Nesta continuação irei falar através das palavras em itálico, deixarei o professor falar com as palavras normais, e procurarei iniciar cada parte da aula com o material que ele apresentar na tela, com letras em negrito. Nesta primeira aula não é necessário colocar as palavras da tela iniciando a parte, pois é a mesma frase do título.
Foi falado das políticas das sombras e das políticas humanas. Vamos entender o porquê do umbral, porque das sombras externas, porque do mundo astral exterior. Após isso iremos penetrar na estrutura organizacional das sombras, tanto dentro de nós, como ela funciona, como fora de nós. Para isso temos que entender a diferença de plano material, plano astral, plano espiritual, e por aí afora, pois são muitos conceitos completamente diferentes e ao mesmo tempo confundidos no nosso meio. Não tem como ser abordado sobre dragões, magos negros, principados, poderes, virtudes, potestades das trevas se não for situado nesse contexto, entendendo a origem dessas sombras. Nós precisamos aprofundar. No início logo do livro “Legião”, o espírito Ângelo Inácio nos diz que se nós não entendermos as sombras interiores não teremos condições de estudar as sombras externas. E por que estudar as sombras externas? Porque falamos que estamos numa experiência de guerra espiritual, basta qualquer pessoa dar uma olhada no que ocorre no mundo hoje e nós veremos que tem alguma coisa acontecendo nos bastidores da história humana que está detonando o processo que todos vivenciamos em todos os países da humanidade. Recentemente uma pessoa do colegiado da Bélgica foi procurada por um dos representantes de determinado país da Europa. Permitam não citar o nome por questões éticas. E esse representante perguntou assim: o que está acontecendo? Existe alguma força por trás dos acontecimentos? Parece que nós perdemos o controle de tudo. E ela falou assim: eu tenho a resposta e posso falar com você. Marcou uma reunião e daí viraram 11 reuniões. Isso se deu na Europa, recentemente, e essa pessoa que nunca havia ouvido falar de espíritos, de espiritualidade, ficou preocupada com alguma coisa à mais ocorrendo nos bastidores da vida. Mas precisamos entender que essas sombras externas, elas começam em nós. Ficamos com temor de estudar o reino das sombras, mas se estamos em guerra temos que entender as armas do inimigo, a natureza do inimigo, a geografia do local onde o inimigo está transitando; temos que ter um mapa, uma representação da realidade. O mapa não é a realidade, mas o que vamos fazer agora é o estudo do mapa, bem superficial porque eu vou detalhar cada vez mais. Este estudo vai se desdobrar em três outros estudos daqui para a frente, com muitos detalhes. Mas agora é uma introdução ao tema, desse mapa, dessa geografia do plano extrafísico. Entendendo como funciona esse mapa, nós vamos entender onde cada grupo de atividade que combate os princípios do Bem estão vinculados. Sabendo disso, eu posso compartilhar com vocês algumas outras coisas. Que arma utilizar para cada caso, para cada grupo, para cada ocasião que a gente se defrontar com essa turma. Devemos nos conscientizar que estamos no trabalho do Cristo e ele é o grande general dessa milícia celeste, pela implantação do Reino de Deus, da política de Deus aqui na Terra.
Seguindo o mesmo foco de descobrir a história dos dois espíritos citados na primeira aula do Colegiado dos Guardiões da Humanidade, encontrei na internet o site http://www.oconsolador.com.br/ano6/272/estenio_negreiros.html que aborda a questão.
JOSÉ GROSSO, UM BANDOLEIRO DO BEM.
No ano de 1932, o estado do Ceará foi açoitado por uma das piores secas de sua tão sofrida e heroica história. Não bastassem as convulsões causadas pelas transformações políticas e sociais vividas por nosso país, o nordeste brasileiro se horrorizava com as estripulias de Virgulino Ferreira da Silva, o Lampião, figura que assombrou os sertões nordestinos durante cerca de 20 anos com sua guerra de vinditas contra “aqueles que nele estreparam os espinhos da injustiça”, até 1938, ano de sua morte. Sua ação foi extensiva à grande área dos sertões de sete estados: Alagoas, Bahia, Ceará, Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Norte e Sergipe.
Possuidor de veia poética, compôs aquele celerado o seguinte sinistro soneto enaltecendo suas qualidades de cangaceiro e poeta: “Meu rifle atira cantando / Em compasso assustador / Faz gosto brigar comigo / Porque sou bom cantador. / Enquanto o rifle trabalha / Minha voz longe se espalha / Zombando do próprio horror!” Também é de sua lavra a composição “Mulher Rendeira”, posteriormente imortalizada na voz do cantor Luiz Gonzaga, o Rei do Baião.
Coadjuvado por homens de caracteres semelhantes ao seu, Lampião e seu bando cumpriram uma infeliz sina em sua pungente romagem terrena. Ficaram famosos também os seus companheiros de infortúnio: Antônio e Livino (seus irmãos), Antônio Matilde, Luís e José Fragoso, Antônio do Gelo, Meia-Noite, Gato, Ioiô, Luís Pedro, André Sipaúba, Corró, Muriçoca, Sabiá, Chá Preto, Corneteiro, entre outros.
No ano de 1896, num lugarejo pobre, próximo do Crato, hoje próspera cidade do estado do Ceará, nascia José da Silva, que posteriormente viria a ser conhecido por José Grosso, filho de Jerônimo e Francisca, pais de outros oito filhos. Começa aqui a teia do destino que vai ligar José Grosso a Virgulino.
Como dissemos acima, o ano de 1932 registrou uma das piores estiagens que assolaram o estado do Ceará. Essa ocorrência climática e suas terríveis consequências vieram juntar-se ao fenômeno do cangaceirismo, fruto das condições sociais vigentes. Pelo sertão espalhava-se a fama de Lampião com sua figura romanesca associada à do herói que tira dos ricos para dar aos pobres, um Robin Hood das caatingas nordestinas.
Isso empolgou muito o ânimo de José Grosso que, em seu íntimo, sonhava, como de resto todos os sertanejos nordestinos, com uma terra de paz, sem fome e com justiça amparando também os pobres e os fracos. Animado por esses anseios, vai integrar o grupo de Lampião, por ocasião de sua passagem pela região de Orós, hoje um município do estado do Ceará.
Por não concordar com as atitudes criminosas do bando, que feriam seus princípios de homem justo e bom, decidiu adotar uma perigosa atitude que mais tarde lhe traria graves consequências.
Sem intenção de delatar aquele bando às autoridades policiais, passou a alertar com antecedência às populações das cidades que Lampião tencionava invadir, impedindo assim, que muitas pessoas viessem a ser violentadas ou assassinadas, na onda da fúria insana do cangaceiro e seus sequazes.
Denunciado por alcaguetes, foi levado à presença de Virgulino. Julgado e condenado pelo júri pessoal do bandoleiro, teve seus olhos perfurados à faca, como represália pela traição cometida.
Cego, foi abandonado, ficando perdido e sozinho, vagando desorientado naquelas solitárias e espinhentas brenhas sertanejas.
Não demorou muito e foi acometido de infecção generalizada causada pela mutilação que lhe fizera Lampião, motivando sua desencarnação, no ano de 1936, aos quarenta anos de idade.
Dizem que o espírito José Grosso se comunica em muitos Centros Espíritas espalhados Brasil afora.
Entidade amiga, dotada de bons sentimentos, reencarnou diversas vezes na Terra. Exerceu poder e autoridade na antiga Germânia (Alemanha), quando então tinha o nome de Johannes, homem rígido, disciplinado e místico, tendo desencarnado por volta do ano de 751. Renasceu também na Holanda, onde exerceu o alto cargo de Adido Diplomático, convivendo, dessa forma, com a alta classe daquele país e também com a corte de Francisco I, rei de França.
Logo que desencarnou no Brasil, em 1936, foi recebido na Espiritualidade pelos Espíritos Sheilla e Joseph Gleber, os quais mantiveram laços com ele quando de sua romagem terrena na Germânia.
Em 1949, ano de suas primeiras manifestações, conduzido que foi ao Centro Espírita André Luiz, no Rio de Janeiro, pelos Espíritos acima citados, dizia “ser uma folha caída dos ventos do Norte”.
Entre os médiuns por meio dos quais se comunicava, destaca-se Peixotinho (Francisco Peixoto Lins). Extraordinário médium de efeitos físicos, notabilizado pelas materializações luminosas. Nascido na cidade de Pacatuba, Ceará, em 1º de fevereiro de 1905 e citado na obra Materializações Luminosas de Rafael Ranieri.
Sua caminhada no plano espiritual recebeu também a orientação do Espírito Glacus. Tem-se a informação de que o Espírito José Grosso ainda hoje coopera nas reuniões de efeitos físicos em vários centros espíritas e que se dedica atualmente a trabalhos na Fraternidade Espírita Irmão Glacus.
Ombreando com Peixotinho e Bezerra de Meneses, este cognominado por muitos como “O Allan Kardec Brasileiro”, José Grosso integra as hostes espirituais onde provavelmente transitam outros Espíritos Benfazejos que viveram no sofrido mas abençoado Estado do Ceará, Terra da Luz!
Nos estudos do colegiado de Guardiões da Humanidade, encontrei a citação de dois espíritos que eu não conhecia, José Grosso e Palminha, que pertenceram ao bando de Lampião. Como desenvolveram um trabalho positivo, mesmo estando dentro de um grupo tão agressivo e destruidor, procurei mais informações sobre eles. Encontrei no site https://divulgandoadoutrinaespirita.wordpress.com/2015/06/04/palminha-espirito-uma-breve-biografia/, o seguinte texto:
Palminha (espírito), uma breve biografia.
4 de junho de 2015 por José Márcio de Almeida
Relato ditado, através da audição, pelo espírito de José Grosso ao médium Ênio Wendling.
Viemos de longe, de passadas eras e vamos falar sobre nosso irmão, chamado carinhosamente de Palminha (nome dado ao espírito que, quando se manifestava em reuniões de efeitos físicos, batia palmas). Hoje nessa altura de sua caminhada espiritual, deseja firmemente desempenhar, como vem fazendo, a tarefa de fraternidade, sob a égide de Jesus. Busquemos reportar marcantes épocas da vida desse querido amigo. Reafirmamos que viemos de longe.
Vislumbramos os tempos dos Vedas (os Vedas formam a base do extenso sistema de escrituras sagradas do hinduísmo, que representam a mais antiga literatura de qualquer língua indo-europeia). Os grandes templos de Amon (erguidos à margem do rio Nilo, do lado oposto à cidade de Tebas). As colunas formidáveis da cidade de Soma (subúrbio de Memphis), sob a areia do deserto do antigo Egito.
Identificamos, ainda, o nosso irmão Palminha em Tebas e Memphis (cidades do antigo Egito). Consta que após algumas encarnações de mandos e desmandos, reencarnou-se como escravo núbio (provavelmente da Núbia, região situada no vale do rio Nilo que atualmente é partilhada pelo Egito e pelo Sudão, onde, na antiguidade, desenvolveu o que se pensa ser a mais antiga civilização da África), vivendo por pouco tempo nessa condição, pois devido à circunstâncias que desconhecemos tornou-se senhor. Podemos percebê-lo descansando nos alpendres dos jardins de grande palácio, nas tardes solarentas e cálidas de verão, às margens do Nilo. Como senhor, mercadejou escravos e não demonstrou nenhum sentimento fraterno para com eles, esquecendo-se de que já fora um deles.
Habitou, também, os templos de Carnac (uma comuna francesa na região administrativa da Bretanha, no departamento Morbihan.
Viveu em áreas longínquas na China. Conviveu com os Persas (uma das mais expressivas civilizações da antiguidade; a Pérsia situava-se a leste da Mesopotâmia, num extenso planalto onde hoje corresponde ao Irã, localizado entre o golfo Pérsico e o mar Cáspio).
Nosso Palminha viveu na época do cristianismo em Roma. Suas idas ao circo romano o empolgaram bastante. Segundo Charles Baudelaire, “a multidão sanguinolenta reunia-se no vasto circo de Roma. O Coliseu regurgitava ao murmúrio sinistro de patrícios e plebeus que buscavam, na dor dos desgraçados, o prazer e o tumulto”.
Vivendo em Roma, Palminha conheceu e se identificou com muitos cristãos. Ouviu-os falarem de Jesus.
Muitos deles estão reencarnados e vivendo no Brasil de hoje.
Naquela época, alguns fizeram parte dos quinhentos da Galiléia.
Viveu e ajudou a destruir os templos de Heliópolis (uma das cidades mais importantes do ponto de vista religioso e político do antigo Egito; situa-se a cerca de dez quilômetros a noroeste da atual cidade do Cairo), incendiando-os.
Conviveu no palácio do Califa de Samira, sendo um dos seus familiares.
Renasceu na Pérsia, reviu a Índia, mas desejava, nesse tempo, algo mais da vida.
Seus sentimentos começaram a mudar. Conviveu com amigos e com a turba dos que gostavam de anarquia e destruição, pois seu passado falava muito forte, ainda, em seu espírito.
Viveu numa aldeia em Simiansqui, ao norte do império chinês. Participou das ordens de Gengis Khan.
Estreitou laços com os afins.
Teve reencarnações na Tartária (nome utilizado por europeus desde a idade média até o século XX para designar uma grande extensão de território da Ásia central e setentrional que se estendia do mar Cáspio e das montanhas Urais até o oceano Pacífico, habitado pelos povos turcomanos e mongóis do império Mongol, geneticamente chamados de tártaros; o território conhecido por este nome abrange as regiões atuais da Sibéria, Turquestão (com exceção do Turquestão Oriental), Grande Mongólia, Manchúria e, por vezes, o Tibete). Após essa existência viveu nos Balcãs (região sudeste da Europa que engloba a Albânia, Bósnia e Herzegovina, Bulgária, Grécia, Macedônia, Montenegro, Sérvia, o autoproclamado independente Kosovo, a porção da Turquia no continente europeu (a Trácia), bem como, algumas vezes, Croácia, Romênia, Eslovênia e a Áustria) e reencontrou um espírito muito querido na Germânia (na época romana, era uma vasta região identificada pelos romanos como o território que se estendia do rio Reno às florestas e estepes do que hoje é a Rússia): o nosso José Grosso.
Pertenceu também ao grupo dos seguidores de Alarico VIII (oitavo rei dos visigodos, um povo bárbaro-germânico oriundo do leste europeu).
Após esse período, Palminha desejou ardentemente modificações mais profundas em seu espírito.
Vieram então reencarnações mais suaves, tranquilas e religiosas na França, Espanha e Brasil.
Nos dias de hoje, sua identificação espiritual com os companheiros encarnados é grande.
Quer ser lembrado somente como Palminha.
Seus objetivos se encontram no apostolado do bem, na simplicidade consciente e responsável do espírito que deseja valorizar o atual momento em que estamos vivendo, pois são marcos decisórios para a sua evolução e a de todos nós.
Em sucessivas reencarnações, nosso irmão Palminha experimentou derrotas, conquistas e sofrimentos atrozes. Mas, hoje, considera o momento um oásis de bênçãos na tarefa junto aos companheiros espíritas do Brasil e da Fraternidade.
Não podemos deixar de citar a encarnação de Palminha no Brasil como Antônio da Silva, um dos nove filhos do casal Gerônimo e Francisca, e irmão de José da Silva – José Grosso. Pertenceu, também, a um dos bandos da época, na década de trinta, no nordeste.
Desencarnou com ferimentos, quando do cerco policial nas imediações da cidade de Floriano, no Piauí.
Consta que tentava fugir quando foi alvejado.
Correu sem perceber que seu corpo ficara para trás. Voltou e constatou que “havia desencarnado”.
Não é sabido quanto tempo levou até ser amparado pelos espíritos de Joseph, Sheilla e José Grosso.
Com o passar do tempo, foi convocado a cooperar nas reuniões do grupo Scheilla, em Belo Horizonte. Também junto ao médium Peixotinho, na década de 1940, no Grupo Espírita André Luiz, no Rio de Janeiro.
(Junto ao médium Jairo Avellar ditou os livros Babili, a libertação do povo judeu na Babilônia pelo imperador Ciro II, abrindo os caminhos para a vinda de Jesus; e tudo pode esperar, mas existe um tempo certo para tudo! E presentemente tem comparecido às reuniões do Grupo Mediúnico Maria de Nazaré, da Casa de Caridade Herdeiros de Jesus, em Belo Horizonte).
Observação: os textos entre parênteses foram incluídos por José Márcio de Almeida.
Senhor, por que não queres me ver quieto? Até que eu gostaria de ficar de “pernas-para-o-ar” dentro de casa, sem ter nenhuma obrigação a cumprir, aproveitando da vida que me destes, e dos bens que colocas à minha disposição. Sim, talvez se tivesses colocado somente eu no mundo, como aconteceu com Adão no início, isso pudesse ser assim. Mas a lenda de Adão não tem um respaldo pragmático dentro da realidade. O respaldo real que temos na consciência é que nós fomos feitos por tua vontade como uma centelha divina preparada para se desenvolver no mundo espiritual e material, ir adquirindo consciência e sabedoria até chegar perto de Ti. Não sei bem o que queres com isso, se é um tipo de brincadeira para ver crescer o Universo com dinamismo e autocrítica ou se é outra coisa que não consigo imaginar.
Não importa, Pai, tuas razões, sei que ainda não tenho compreensão suficiente para entender o que poderias me ensinar. Estou conformado em saber que minha origem foi a partir de uma partícula de ti, simples e ignorante, e que devo evoluir num trajeto de diversas experiências onde o livre arbítrio que tenho está sob o meu completo domínio, e não do Teu. Por isso posso cometer erros, e isso é uma certeza, pois não há como evoluir em caminho reto para Ti sem entrar em algum desvio devido a ignorância. E isso acontece com todos os irmãos que estão participando da mesma jornada, com a única diferença do tempo e do acúmulo de experiências, positivas e negativas de cada um.
Como o Pai não pode intervir diretamente no livre arbítrio de ninguém e assim ajustar a sua rota, Ele usa os filhos mais experientes para ajudar os menos experientes. Para isso é necessário que o livre arbítrio de quem vai ajudar e o livre arbítrio de quem vai ser ajudado, sejam sensibilizados pela divina centelha que continua dentro do nosso psiquismo e que deve superar as forças da matéria, do instinto, que querem benefícios exclusivos, e muitas vezes em detrimento do próximo.
É nesse sentido que compreendo que não posso ficar quieto, que tenho que agir para impulsionar minha própria e evolução e colaborar com o Pai naquilo que é necessário fazer para ajudar a correção de rotas dos meus irmãos, quer seja individual ou coletivamente.
Sei que o Senhor já me proporcionou muitos benefícios e que eu aproveitei alguns deles para estar no nível que estou. Por esse motivo não posso rejeitar nenhum dos Seus pedidos, mesmo que na hora eu renegue, faça de esquecido, mas mais adiante eu sei que irei fazer a Tua vontade. É isso que sinto agora, Pai, sei de Tua vontade na minha consciência e sei que irei começar a agir nessa direção, mesmo que no momento eu não saiba com segurança aonde chegarei.
Mas sei que estarás comigo em todos os momentos, que os espíritos santos que também estão engajados em Tua vontade estarão ao meu lado.
Hoje, meu Pai, a minha conversa contigo á para dizer que recebi o Teu recado, e que mesmo eu desejando ficar na cama, irei me esforçar para cair em campo. Só quero fazer três pedidos: forças para vencer a preguiça, sabedoria para vencer a ignorância; e coragem para vencer o medo.
Observando a Natureza vamos concluir que tudo se faz com espontaneidade. O rio serpenteia pela terra sem fazer a conta do bem que produz na sua passagem, o perfume das rosas precisa apenas de espaço para que possa se espraiar e deliciar quem o sente, o sol não escolhe lugar para iluminar, e a chuva não tem preferência para levar fertilidade.
Então, basta olhar a Natureza para ver que todos cooperam, todos são úteis e passam, nada esperam, nada impõem...
Absorvendo essas lições da Natureza, devemos ter cuidado. Não digamos, quando a ingratidão nos bater à porta: nunca mais ajudarei ninguém! Quem tem a coragem de fazer o bem, tem que ter a sabedoria de suportar a ingratidão.
Não exclamemos, quando a impiedade dos nossos beneficiários chegar ao nosso lar: para mim, chega! Pois devemos saber que, com a corrupção morre o corpo, mas com a impiedade morre a alma. Então, são pessoas de alma morta que precisam de nossa caridade.
Evitemos exclamar, quando a soberba dos nossos beneficiários queimar a nossa face: e eu que tudo lhes dei!
Evitemos sofrer, dizendo quando o chicote daqueles a quem amamos ferir o devotamento: arrependo-me de ter ajudado.
Não retribuamos o mal por mal, porque assim vitalizaremos o próprio mal. Vejamos o exemplo de Stalin, ditador e comunista russo, que fez morrer milhares de pessoas e tinha como lema: “Nada melhor do que descobrir um inimigo, preparar a vingança e depois dormir tranquilo”. Foi um grande vitalizador do mal.
Lembremos que a noite domina quando encontra sombras pelo caminho, mas o bem que se faz a alguém é luz que se acende interiormente. Evitemos as sombras em nosso íntimo e façamos todo o bem que irá nos iluminar.
É muito bom experimentar os frutos da gratidão, daquele que foi beneficiado e se mostra reconhecido, mas essa procura de reconhecimento, de gratidão, não é nosso objetivo. Lembrar das lições da Natureza, que tudo faz e nada exige.
Observemos o exemplo da árvore. Não pergunta a quem lhe colhe o fruto para onde o carrega, o que pretende dele. Felicita-se por poder dar e se multiplicar através das sementes, que atiradas alhures, abençoa o novo solo.
Aceitemos sem resistência que nossos frutos bons, produzam frutos bons além; que nossas nobres tarefas, se desdobrem em tarefas superiores mais tarde; que tenhamos a alegria de fazer, doar, e nunca a ideia de colher reconhecimento ou gratidão, pois isso é um tipo de pagamento. Que seja grato o nosso coração, mas não esperemos reconhecimento de ninguém.
Observemos os principais ciclos na vida. Na dimensão material temos o ciclo da água. Ela desce em forma de chuva para formar os rios e correrem em direção ao mar, como a reencarnação que sofremos e o nosso espírito passa a viver na dimensão material. Depois a água evapora, como um tipo de morte, sai da nossa visão e vai para o espaço, para o mundo espiritual, para daí voltar novamente em reencarnação/chuva.
Na dimensão espiritual temos o ciclo do bem. O Mestre Jesus trouxe as lições fundamentais, foram seguidas por pessoas como Pedro, Paulo, Estêvão, Maria, Madalena e tantos outros. Mais próximos de nós temos os mantenedores do ciclo, Joana de Ângelis, Chico, Divaldo, Madre Tereza de Calcutá, Irmã Dulce, etc. E, finalmente, temos nós, que estamos recebendo essas lições como parte da etapa do ciclo do bem e temos por obrigação mantê-lo funcionando.