A informação que Jesus deixou de que o Reino de Deus já estava próximo, sempre leva à primeira impressão que é um Reino construído externamente, como acontece com todos os outros reinos que conhecemos. Mas devemos lembrar que Ele deixou também a lição que tudo começaria por dentro, por nossos próprios corações.
A versão cristã preponderante que conhecemos quanto ao Reino de Deus, entende que Jesus apregoava um lugar alhures, no tempo e no espaço, apartado da intimidade humana, para onde o indivíduo irá ao futuro incerto, além da morte física. Isto se tiver a capacidade de, apenas em uma existência física, ter sido bom e correto o suficiente para merecer esse espaço paradisíaco.
Essa é uma ideia que não satisfaz a razão e ao bom-senso, tendo em vista que nós estamos cheios de erros e defeitos, que uma só existência não é capaz de corrigir. Se essa ideia prevalecesse, o Reino de Deus estaria fadado a ficar desabitado, talvez por toda a eternidade, já que os pecadores iriam pagar suas penas também de caráter eterno em outros lugares definitivos, como purgatório e inferno.
Mas, analisando a visão racional das lições do Cristo, e até interpretando com fidelidade o que Ele quis ensinar, entendo que esse ensinamento leva a uma introspecção do que eu sou, que leva ao conhecimento de mim mesmo. Isso faculta a realização do Reino de Deus dentro de minha intimidade, a qualquer tempo e situação, de maneira progressiva e contínua.
Assim, sou o construtor do Reino de Deus a partir da reforma do meu coração. Quando eu passo a sentir que os desejos do mundo já não me afetam tanto, é porque estou trilhando o caminho correto. Cada vez mais percebo uma harmonia interna na sintonia do que Deus deseja para mim.
O que ainda me deixa desconfortável é perceber que a maioria das pessoas não percebe essa dimensão espiritual, vivem quase que exclusivamente dentro dos interesses do mundo material, mesmo que algumas pessoas em alguns momentos, deixe entender que compreende os interesses do mundo espiritual e que vão se esforçar para vivenciá-lo, para construir dentro do coração delas também o Reino de Deus.
Com essa percepção e construção de paradigmas a minha intenção e atenção se volta completamente para a conquista cada vez mais ampla deste Reino de Deus dentro de mim, e o reflexo do meu comportamento frente ao próximo deve ser sempre de compreensão e ajuda, de fazer por ele o que eu gostaria que fizessem por mim. Isso implica que quem estiver perto de mim, e funcionar dentro dos interesses do mundo material, com a prevalência dos sentimentos egoístas, vai sempre se incomodar com os meus cuidados com terceiros em detrimento dos cuidados que eu poderia ter para com quem estivesse no momento distante.
Hoje, dia dos santos Santa Ana e São Joaquim, também é considerado dia dos avós, por eles serem os pais de Maria e avós de Jesus. Fiz uma reunião com os parentes ontem e cada um colocou sua opinião sobre a relação com os avós ou também a sua condição de avô ou avó para quem já tenha atingido essa situação.
Observei que os comentários feitos sobre a minha avó materna, aquela que me criou e educou, foram indiferentes ou negativos. Quando todos fizeram suas observações, fiz uma reflexão sobre essa avó específica.
Disse que todos nós que estamos encarnados na Terra sempre desempenhamos algum papel na vida das pessoas que estão ao nosso redor. Essa avó que me criou teve um papel fundamental em minha vida, que refletiu na vida de todos que se relacionam comigo na atualidade. Ela era uma pessoa rígida, agressiva, tinha dificuldade de expressar o amor, se preocupava excessivamente com a sobrevivência, morava e trabalhava em ambiente hostil, com muita bebida, violência e prostituição. Foi dentro desse ambiente que ela me criou e colocou em boas escolas, além de ter exigido com disciplina militar que eu trabalhasse nos afazeres domésticos, mesmo sendo trabalhos de natureza feminina, e que também colaborasse nos trabalhos comerciais de natureza masculina, mesmo com pouca idade. Dentro de tudo isso ela exigia que eu não me misturasse com as outras crianças que eram criadas e educadas nesse ambiente, para que eu não me perdesse com drogas, prostituição ou vadiagem. Chegava a me espancar com cordas que guardava com esse objetivo para que meus desejos de criança não prevalecessem sobre as necessidades do trabalho ou do estudo. Assim a minha vida de criança e adolescência foi transcorrida dentro desses limites rígidos que me obrigavam a ser uma criança isolada e tímida. O meu mundo era permeado pelos livros da escola e pelas revistas em quadrinhos das quais me tornei um grande fã. Trabalhava a noite e nos vesperais dos domingos com um carrinho de balas na frente do cinema, e de forma indireta, pois apenas via os cartazes, também me tornei um grande fã dos filmes. Durante o dia eu arrumava e varria a casa, ou trabalhava entregando água das cisternas às casas de quem me contratava, levando duas latas de 20 litros nos ombros. No pouco tempo que me restava, por ser sozinho, não conviver com meus irmãos, eu brincava sozinho com tampas de garrafas construindo castelos e condições onde o bem que eu sempre personificava, geralmente ganhava do mal, como eu lia nas revistas em quadrinhos. Tinha meus sonhos de adolescências, até garotas que eu simpatizava e chegava até a amar, desejando tanto namorar, mas o medo que fora introjetado dentro de mim impedia qualquer ação minha nesse sentido.
Esse foi o universo da minha infância/adolescência, tão cheio de trabalho e com tão pouco amor, que formou minha personalidade e cristalizou minhas intenções em direção ao bem e ao crescimento pessoal com sentimento de solidariedade ao próximo, de correção das injustiças que eu pudesse fazer. Quem capitaneava todo esse processo era a minha avó, mesmo sem nenhuma instrução, pois era uma pessoa rude, marcada pelo medo de não conseguir sobreviver na condição de mulher pobre, preta e analfabeta. Ela não conseguia expressar o amor, como a minha mãe sabia, pois talvez ela nunca tivesse tido a chance de aprender sobre isso. Ela pagou um preço altíssimo com relação a isso, pois eu, a criança que ela tanto investiu para eu ser “alguém” na vida, também não aprendeu a expressar o seu amor, principalmente com ela, a quem eu via mais como um comandante militar do que uma mãe, ou mesmo avó que na realidade ela era.
Foi assim que eu consegui ser “alguém” na vida, até mais do que ela esperava, mas, mesmo tendo o meu reconhecimento e sempre procurando lhe ajudar e ficar na sua companhia enquanto fosse possível, jamais fui capaz de lhe dar o amor com expressividade como eu chegava a fazer algumas vezes com minha mãe. Mas foi assim que eu consegui as condições de ajudar todos os meus parentes, e por isso eu tenho, por direito e por justiça, de resgatar esse trabalho que ela fez de proteção aos riscos que eu corria durante os meus primeiros momentos de formação, mesmo que de forma tão politicamente incorreta. Mas quem sou eu para a condenar? Que não sei a dimensão do seu sofrimento e da capacidade de sobrevivência? Sei apenas que devo destacar na sua vida as qualidades que ela tinha e que por isso me protegeu e fez-me chegar aonde estou. Por isso eu queria partilhar com todos, essa necessidade de reverenciar neste dia a esta avó, que de forma direta ou indireta todos nós tanto devemos.
Jesus veio ao mundo físico numa missão determinada pelo Pai, na condição de governador de nosso sistema solar. Vários profetas previram a vinda dEle e colocaram várias situações de características físicas, ambientais e psicológicas, como forma de nosso reconhecimento para figura tão importante para o nosso desenvolvimento material e espiritual. Tudo isso ficou registrado nos livros que compõem a Bíblia, que os sacerdotes deviam estudar e se preparar para essa recepção. Mas como existem distorções na forma da transmissão da vontade de Deus devido a fraqueza e excessiva dependência do pensamento humano aos imperativos corporais, expressos nas mais diversas formas de egoísmo, tanto os escritores dos livros sagrados, quanto os leitores, mesmo que sejam sacerdotes, colocam em suas ações os desvios instintivos que o egoísmo necessário à sobrevivência do organismo promove. Por isso é que encontramos tantas distorções e incoerências nos livros da Bíblia, e da mesma forma encontramos distorções na forma de compreender o que está escrito.
Isso foi bem exemplificado no caso de Saulo de Tarso, que tinha uma visão completamente distorcida de como seria o Messias que ele esperava, e por isso atacava de forma tão brutal os seguidores de Jesus. Podemos ver isso num trecho do livro de Taylor Caldwell, “O grande amigo de Deus”, que diz assim:
Dei-lhe minha própria arma, hem? Bem, você também falou da história do seu ladrão com o selvagem do deserto, que foi executado pelo rei Herodes. Encontrei-o uma vez lá. Um tal Iocanã (João Batista), filho de dois velhos galileus, um pequeno sacerdote chamado Zacarias e sua mulher, Isabel. Fiquei convencido de que era louco, apesar de sua voz e eloquência de feiticeiro, que enganou até o meu amigo, José de Arimatéia, que me levou a vê-lo. Confesso que ele tinha o aspecto de um jovem profeta, uma forma de falar dominadora, não era ignorante, apesar de Galileu, tinha instrução, intimidade com o Pentateuco e todas as outras escrituras, às quais citava.
Fascinou-me como fez com os outros, e depois ofendeu-me. Ou talvez eu não tenha compreendido o seu tom rude, embora José não tivesse falado nisso. Ele deixou implícito que o Messias já havia nascido! ‘Entre nós uma criança nasceu, entre nós um filho foi dado!’ Ora, isso é blasfêmia. Se o Messias tivesse nascido, Jerusalém teria sido alçada às maiores alturas, num círculo de glória e luz, brilhando ao sol. A santidade abundaria na terra; a verdade, a justiça, amor, vida eterna e paz teriam estabelecido seu reino num simples respirar. As portas de Jerusalém teriam ficado repentinamente incrustadas de joias cintilantes, cegando com seu esplendor. Não haveria mais trabalho; os ventos e as chuvas teriam plantado e colhido, cidades teriam sido construídas num segundo, à simples ordem de uma voz. O Messias teria edificado Seu novo Templo entre uma respiração e outra, e nele restaurado, imediatamente, a Arca, com fogo celeste nos altares, o Candelabro de Ouro, e teria havido nesse templo o Sheshinah e serafins, para que todos vissem. As nações do mundo, ouvindo essas maravilhas, tendo sido informadas delas e da ressurreição dos mortos, de acordo com as profecias, teriam convergido dos quatro cantos para Jerusalém, anunciadas por vozes de anjos. E Israel teria absorvido o mundo, numa infinita beatitude de amor, e não haveria mais nenhuma nação. Aconteceu alguma coisa dessas?
Eis a forma de ver a vinda de um Messias, de um salvador da humanidade. Forma de ver de um alto membro da cristandade, como Paulo de Tarso. Assim se comporta o pensamento humano ao longo do tempo. A compreensão do mundo espiritual toma características diferentes na mente de cada pessoa e devido a isso o comportamento torna-se muito variado. Por outro lado, o estímulo para o entendimento do mundo material em primeiro plano sempre é feito desde o nascimento, pois os instintos biológicos prevalecem e a escola se preocupa em ensinar a melhor forma de se adaptar e evoluir dentro dos padrões materiais conduzidos pela ciência. As informações espirituais muitas vezes são omitidas e outras vezes distorcidas. Depende muito da vocação e tendência inata de cada à procura da verdade espiritual e se desviando dos obstáculos preconceituosos ou dogmáticos que vai encontrar pelo caminho.
Posso me incluir na minoria que procura descobrir e seguir essa verdade espiritual, colocando-a em primeiro plano e tentando disciplinar minha vontade e atenção para aquilo que entendo ser a vontade de Deus. É neste estágio que me encontro e sabendo que ainda tenho que ajustar muito do meu comportamento para me sentir pleno dentro da vontade de Deus. Procuro ajustar ao máximo a minha compreensão e comportamento aos caminhos indicados pelo Messias, assim como procuro compreender com a maior fidedignidade Suas lições. É como se eu estivesse num campo de olimpíada onde procuro receber o bastão do meu antecessor e correr com ele para passar adiante. Por isso não posso me equivocar de quem seja o Messias, como Paulo se equivocou no início, e a meu ver durante o seu trabalho apostólico também ensinava questões equivocadas que não estavam ao nível de sua compreensão. Espero que eu possa superar essas dificuldades e passar ensinamentos mais fidedignos com relação à verdade, com relação à missão do Messias.
A reunião desta semana estava prevista para ser realizada após a missa que iria acontecer na capela de Santana, na Rua do Motor, pois decidimos participar da abertura dos festejos dos padroeiros da comunidade, Santana e São Joaquim, avós de Jesus. Como tinha muita gente na igreja, consegui perceber a presença dos seguintes membros que frequentam a reunião da AMA-PM: 1. Edinólia 2. Radha 3. Paulo Henrique 4. Nivaldo 5. Silvana 6. Damares 7. Emilson 8. Davi 9. Ezequiel 10. Francisca 11. Ruth e eu, 12. Francisco Rodrigues. Ruth havia levado um amigo, professor de capoeira, para apresentar seu trabalho na associação, mas devido a dificuldade de reunir todos os membros devido a festa que iria acontecer depois da missa, ficamos de fazer essa apresentação na próxima semana. Rosário não pôde comparecer a reunião, mas informou pelo whatsapp os pontos da comunidade comunitária: 1. Localizamos o site de hospedagem ‘airbnb’; 2. George indica que façamos um cadastro das residências que pretendem oferecer cômodos para hospedagem; 3. Que façamos (ele ou outro técnico) um aplicativo para inserir os cômodos cadastrados e monitorar o nosso movimento junto ao site da airbnb; 3.1. Não entendo de informática e não sei explicar esta parte, só George poderá fazê-lo para a AMA-PM numa data próxima; 4. Os proprietários dos cômodos alugados pagariam uma taxa a AMA-PM e esta repassaria ao site o devido percentual pelo uso do serviço; 5. A AMA-PM contrataria o George ou outro técnico, por um curto período, para fazer o aplicativo e o cadastro inicial dos imóveis e cômodos; 5.1. Logo em seguida a AMA-PM contrataria esse técnico para o gerenciamento contínuo do serviço. Rosário conclui dizendo que estas são as primeiras ideias para viabilizar nosso projeto de Hospitalidade. Vamos discutir e viabilizar o que for melhor para a AMA-PM, para os proprietários e para os objetivos do Foco de Luz! Também não foi possível informar sobre a reunião que fizemos na Escola Olda Marinho, como foi previsto na reunião que fizemos na Secretaria de Educação, como condição para voltarmos a fazer outra reunião com projetos mais definidos, mas colocaremos neste registro o que discutimos: A reunião foi realizada com a presença de Edinólia, Radha, Luzimar, Paulo Henrique, Francisco e Zélia (diretora da escola). Foram citadas as atividades de aula extraclasse coerentes com o projeto “Mais Educação”: 1. Violão 2. Flauta 3. Karatê 4. Xadrez 5. Futebol 6. Capoeira 7. Dança 8. Orientação ao estudo e 9. Fuxico. Dessas, somente as quatro últimas, sublinhadas, estão inseridas no projeto. As demais sofrem dificuldades pelo pequeno número de alunos da escola e por ter alunos de outras escolas participando. Foi visto a possibilidade de incluir a escola no projeto “Escola-Comunidade” com abertura da Escola nos sábados com atividades que possam atender essas que estão à descoberto. Também ficou de ser avaliado a possibilidade de atividades no turno noturno, uma “Sala de Recursos Multifuncionais” com a Educação de Jovens e Adultos e 1 sala de alfabetização. Também ficou de ser visto a implantação do projeto “Esporte na Escola” como forma de ser o principal atrativo de novas matrículas já que existe uma grande demanda de pais e crianças por essas atividades esportivas, principalmente o futebol. Foi listada também a necessidade de consertar goteira permanente no telhado, a falta de bebedouro, os armários enferrujados e a falta de carteiras escolares em bom estado. São essas as colocações que iremos apresentar na próxima reunião na Secretaria de Educação, junto com o projeto de “Reforço Escolar” a ser elaborado e proposto pela professora Rosário. O padre citou a presença da AMA-PM na missa e nas atividades do Tríduo de Santana e São Joaquim, cumprimentando a todos na pessoa de Paulo Henrique, presidente. Francisco recebeu do padre o título de afilhado dos padroeiros da comunidade, e isso o deixa numa posição mais comprometida com o Evangelho, na condição de tio adotivo de Jesus. Após a missa, as 20:30 horas e de termos nos confraternizados com a oração do Pai Nosso, encerramos a nossa atividade associativa dentro da igreja. Esquecemos-nos de fazer a foto oficial junto ao padre e seus auxiliares. O lanche ficou a cargo da quermesse que iniciou logo em seguida.
Hoje foi mais um dia de ir para a hidroginástica. Ao caminhar pelo calçadão, observei à minha direita nas nuvens sobre o nascente, uma imagem azul escura desenhada pelo clarão do sol ao redor, que parecia dois dedos de uma mão. Era uma imagem sui generis, não me lembro de ter visto algo semelhante no céu. Talvez porque agora estou muito atento, como antes eu não estava. Agora eu procuro ver sinais de comunicação de Deus para comigo. Esses dois dedos como se fizessem parte de uma mão oculta, eu interpretei logo que seria uma advertência, uma admoestação do Pai para comigo. Ele estava me dizendo que eu não poderia ficar me aproveitando do fato de saber que eu sou cheio de defeitos, principalmente a gula e a preguiça, para fazer corpo mole porque sei da capacidade de perdão dEle. O contrato que Ele acabara de fazer comigo implicava no meu esforço para vencer os meus adversários e não ficar hipnotizado por eles e não fazer ou mesmo não tentar fazer o que é necessário. Ele diz ainda que estar me abastecendo constantemente com ideias e com pessoas para que eu coloque em prática a Sua vontade.
Estava absorto com esses pensamentos quando uma senhora que caminhava em sentido contrário cruzou comigo e fez a observação, vendo que eu estava com a atenção fixa na imagem desenhada no céu – Que estranho essa figura, não é? Nunca eu tinha visto isso. – Concordei com ela e disse que parecia com uma mão. Não ressaltei a figura mais evidente dos dois dedos que pareciam me admoestar.
Continuei a caminhar e a observar a figura que o vento estava a transformar. Vi logo surgir entre os “dois dedos” outra excrescência que pareceu uma cabeça e os dois dedos agora eram duas asas. Um anjo pensei eu, certamente é uma comunicação do Pai para comigo, e assim pensei que os pensamentos que eu tinha quanto as admoestações dos dois dedos eram válidos. Devia me preocupar com isso e ser mais laborioso naquilo que eu concordei e assinei um contrato.
Finalmente, já próximo do local da hidroginástica, surgiram mais duas excrescências na figura e passou a ter a aparência de uma mão, com os cinco dedos abertos, numa postura de bênção. Entendi que seria a mão do Pai, satisfeito por eu ter entendido a mensagem e agora dava a Sua bênção. Antes de encontrar com os colegas da hidroginástica, a imagem no céu se dissipou.
Sei que existem explicações científicas para todos esses fenômenos, tanto para os arco-íris dos dias anteriores, como para essa figura no céu. Mas agora eu tenho outra ferramenta de análise dos fatos que extrapola os limites da ciência, são os argumentos lógicos que a fé raciocinada me proporciona. Claro que esta é uma dimensão que não posso argumentar com nenhum materialista cuja base de raciocínio se estrutura nos limites da ciência. Estou caminhando em outra dimensão com tanta convicção que os materialistas podem identificar em mim esse comportamento como sinais de insanidade.
Mas eu não tenho saída cognitiva, a minha mente aceita como correta todos os ensinamentos dados pelos espíritos, não encontro na minha razão nenhuma incoerência que derrube esses paradigmas que construí. Seria uma covardia da minha parte, fugir de um raciocínio que eu considero correto, porque a maioria pensa diferente.
Continuarei a seguir esse caminho de sintonia cada vez mais profunda com o Criador, mesmo que isso me afaste dos limites rígidos da ciência materialista, mas não deixarei de usar os mesmos princípios científicos para testar minhas hipóteses. Mas na condição da ciência não ter meios de avaliar uma suposição, não é por causa disso que irei de antemão desconsiderar ou declarar a sua inexistência.
Peço ao Pai apenas um pouco de sabedoria para que eu consiga discernir o certo do errado para que eu não entre em desvios da minha meta por ignorância.