Sióstio de Lapa
Pensamentos e Sentimentos
Meu Diário
23/10/2013 01h01
OS CAMINHOS DE DEUS

 

            Fico impressionado e ao mesmo tempo com o sentimento de total ignorância quanto aos caminhos de Deus, o que Ele deseja para cada filho, conforme os caminhos que coloca à nossa disposição, e conforme ver dentro de nossos corações, de nossas convicções.

            Nesta viagem que fiz a Campo Mourão, à casa dos avôs paternos do meu sobrinho, fiz esta reflexão. A avó dele tem descendência alemã, da Baviera. Um povo que primava pela pureza racial e que chegou até a provocar uma guerra mundial por esse motivo. Nós aqui do Brasil, temos uma descendência multivariada, geralmente associada a extremo grau de pobreza, principalmente no nordeste do país. Foi dado a oportunidade do encontro das duas famílias e daí foi gerado um filho, motivo do nosso encontro atual. Os conflitos que existiram no início foram apagados pelo tempo.

            Na leitura de conteúdo espiritual que fizemos, usamos um livro de forma improvisada que em tudo mostrava ter ali também o “dedo de Deus”. O texto era intitulado “Expulsos da terra”. Falava de pessoas que foram expulsos de onde moravam, suas casas foram queimadas pela ganância de outros, que as pessoas choravam sobre o abandono em que se encontravam. Logo abaixo vinha a interpretação dos textos divinos que condenam o egoísmo dos homens, quem não se vêem como irmãos, e que tendem a se explorar uns aos outros.

            Nós como sempre fazemos, depois da leitura do texto, fizemos a interpretação, dando a oportunidade de cada um se manifestar, a partir do menor de idade para o de maior idade. Na minha vez de falar, disse que a leitura do texto lembrava muito o que aconteceu com minha família. Saímos da cidade onde nasci para outra vizinha por questões familiares; minha mãe e meus irmãos deixaram o estado em que nasceram e foram para outro estado por questões econômicas. Para sobreviverem do trabalho honesto, sem qualificação, minha mãe e irmãs foram trabalhar como empregadas domésticas. Passavam a semana inteira fora do lar e os filhos menores sendo cuidados pelo filho menor de maior idade. Nessa condição ficavam expostos aos perigos que a natureza oferece.

            Não entrei nos detalhes do envolvimento afetivo que aconteceu entre o filho deles e a nossa irmã e que causou tanto conflito. Acredito que isso não era necessário, todos deviam saber das implicações do que estava em reflexão.

            Finalmente saímos de Campo Mourão com a sensação de que cumprimos a vontade de Deus, nas decisões que tomamos. Fizemos o que parecia bom ao nível do coração e alma.

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em 23/10/2013 às 01h01
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22/10/2013 01h01
CATARATAS DE ÁGUAS E LÁGRIMAS

            Fui visitar as cataratas do Iguaçú... Estava um pouquinho mais espiritualizado do que no dia que fui para as compras no Paraguai. Estava em frente a uma das grandes forças da natureza, a terceira maravilha natural do mundo, eleita numa campanha popular pela internet que durou até o fim do ano de 2011 quando foi atingido o número de 1 bilhão de votos. É formada por um conjunto de cerca de 275 quedas de água no Rio Iguaçu (na Bacia hidrográfica do Rio Paraná), localizada entre o Parque Nacional do Iguaçu, Paraná, no Brasil (20%), e o Parque Nacional Iguazú, Misiones, na Argentina (80%), fronteira entre os dois países. A área total de ambos os parques nacionais, correspondem a 250 mil hectares de floresta subtropical e é considerada Patrimônio Natural da Humanidade.

            Seu nome vem das palavras Tupi ou Guarani: y (água) + ûasú wa’su (grande). Conta a lenda tupi-guarani onde tenta explicar o surgimento das Cataratas do Iguaçú, que há muitos anos o Rio Iguaçu corria livre, sem corredeiras e sem cataratas. Em suas margens habitavam os índios caingangues que acreditavam que o grande pajé M’Boy era o deus-serpente, filho de Tupã. Ignobi, cacique da tribo, tinha uma filha chamada Naipi, que iria ser consagrada ao culto do deus M’Boy, divindade em forma de grande serpente. Tarobá, jovem guerreiro da tribo se enamora de Naipi e no dia da consagração da jovem, fogem para o rio que os chama: “Tarobá, Naipi, vem comigo!” Ambos desceram o rio numa canoa. M’Boy, furioso com os fugitivos, na forma da grande serpente, penetrou na terra e retorceu-se, provocou desmoronamentos que foram caindo sobre o rio, formando o abismo das cataratas. No desespero da morte que chegava, os amantes fazem um último apelo ao Deus Tupã, que salve suas vidas, pois faziam tudo isso por amor. Tupã compadecido do trágico amor romântico dos jovens índios, num relâmpago do amor divino, fez o milagre no momento em que envolvidos pelas águas os amantes caíam de grande altura. Tarobá transformou-se numa palmeira à beira do abismo, e Naipi em uma pedra junto da grande cachoeira, constantemente açoitada pela força das águas. Vigiados por M’Boy, o deus-serpente, os amantes permanecem ali, Tarobá condenado a contemplar eternamente sua amada sem poder tocá-la, com suas lágrimas quentes a reduzir a dor do chicote das águas frias.

            Fiquei ao lado de Naipi, uma grande pedra escura açoitada constantemente pela força das águas. Fiquei admirado, pois a sabedoria popular diz que “água mole em pedra dura, tanto bate até que fura”, mas aquela pedra não mostra nem um sinal de que foi ou será furada pela força das águas. Ali existe o mistério dos deuses e humanos, o mistério do amor incondicional e o amor romântico. Não deixei de também soltar minhas lágrimas em solidariedade a Tarobá. Fiquei pensando... Eu também, Tarobá, como você, eu observo o sofrimento das minhas amadas, onde nunca podem estar todas ao meu lado, e a serpente do egoísmo usa o chicote da distância, do ciúme e do exclusivismo para açoitar sem piedade a alma de cada uma.

            Mas, apesar de tudo isso, vi através das cortinas de águas e de lágrimas, uma réstia de esperança. Junto de Naipi eu vi as corujas, mensageiras de Atenas, deusa da sabedoria, e permitidas por Zeus, o pai de todos os deuses da mitologia grega. As corujas enfrentavam com coragem a queda das cataratas e voavam da pedra (Naipi) para a palmeira (Tarobá). Levavam para os amantes conselhos de sabedoria, como se fossem intérpretes de um e de outro, já que eles não podiam se falar, devido a grande serpente (M’Boy) estar vigiando. Mas essa condição de aprendizado divino é permitida por Deus, levar sabedoria à dureza da pedra e à incapacidade da palmeira, para que ambos consigam superar a força do egoísmo, da serpente que os açoita e vigia até alcançar o amor incondicional que tudo entende, compreende e liberta!

Publicado por Sióstio de Lapa
em 22/10/2013 às 01h01
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21/10/2013 01h01
DENTRO DO MUNDO MUNDANO

 

            Fui para Foz do Iguaçú onde fiquei hospedado no Foz Presidente Hotel. De lá fui para Ciudad del Leste, do lado paraguaio, passando pela Ponte da Amizade. O objetivo era fazer compras, principalmente de eletrônicos, pois o preço era bem abaixo do mercado. Aluguei uma van para deslocar o nosso grupo até o lado paraguaio, já que tivemos a informação de que não adiantava ir de tranporte próprio, a kombi que alugamos, pois os guardas paraguaios criavam a maior dificuldade quando percebiam que o veículo não estava no nome do condutor; iríamos gastar mais tempo e dinheiro.

            Ao atravessar a ponte já observei o intenso movimento de pessoas carregadas de bolsas e o motorista informava que o movimento nesse dia não estava tão intenso como em outros dias. Fico a imaginar, agora no momento que escrevo este texto. Onde está a minha espiritualidade? Quando entro no mundo materialista, de apelo ao lucro, ao prazer dos sentidos, no burburinho das pessoas que cruzam e que oferecem todo tipo de apelo que atiça a curiosidade, fico envolvido com essa egrégora de pensamentos, sentimentos e emoções da qual nao consigo escapar. Não consigo lembrar de nenhum pensamento diferente que poderia fazer eu agir de forma mais espiritualizada. Fico totalmente envolvido com os interesses de cada pessoa do meu grupo, que também não estão sintonizados com nada de espiritual.

            Agora, ao fazer essa reflexão, vejo o quanto não estou ainda preparado para o embate espiritual de forma pública. Posso ter avançado bem do ponto de vista íntimo, com meus pensamentos e sentimentos, mas fora do confronto com o mundano.  

            Lembro das palavras de Saint Germain quando ele diz que somos poderosos, além do que imaginamos, mas que não encontraremos o nosso poder até que comecemos a manifestar a Vontade Divina nas decisões que tomemos, em qualquer lugar que estivermos, principalmente no lado mundano da vida. Qual foi a Vontade Divina que expressei nesse momento do passeio? Nenhum!

            Bem que eu não me comportei com maldade em nenhum momento, procurei agir dentro do imenso mercado desorganizado que existe no lado do Paraguai com justiça e fraternidade, mas sempre estava temendo ser enrolado pelos espertalhões que existem em quantidade naquele comércio. Por outro lado procurava encontrar os objetos mais baratos, ao lado de pessoas humildes que fazem do seu ganha-pão esse tipo de trabalho cotidiano, onde a esperteza é a qualidade que a maioria procura, com preços que procuram aplicar sem nenhum tipo de consideração pela justiça das ações, quanto mais lucro melhor, mesmo que aquele fregues eventual que muito provavelmente ele nunca mais o veja fique no prejuizo.

            Enfim, tudo se passou nesse pequeno momento no comércio, longe da vontade de Deus, no sentido de aplicar a sua vontade na construção do Seu Reino. Eu, que me considero um dos seus construtores, ~e como se tivesse tirado também férias de Sua vontade... Devo pensar melhor sobre tudo isso e procurar corrigir o quanto ainda tenho de imperfeição, considerando a qualidade de um discípulo do Mestre e um obediente filho de Deus.

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em 21/10/2013 às 01h01
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20/10/2013 02h01
61º ANIVERSÁRIO

 

            Hoje chego aos 61 anos de vida. O ano passado fiz uma grande festa no aniversário e decidi que teria mais seis anos de intensa vida na realização dos projetos que existem em minha consciência. Faria como Jesus fez, que aos 30 anos de vida passou a exercer a sua missão pública para as quais Ele foi enviado. Eu, como seu discípulo, intui que teria um caminho parecido, quardadas as devidas perspectivas. Ele teve tres anos para realizar Sua tarefa, eu terei seis anos para realizar a minha.

            Neste primeiro ano que decorreu fico com a impressão de que não consegui fazer o suficiente do quanto pretendia. Mantenho, é claro, as minhas intenções e procuro aplicar a teoria na prática, mas nadana intensidade do que Jesus fazia. Nem mesmo na reprodução do que Ele fazia na casa dos amigos e discípulos, quando se reuniam à noite. É uma oportunidade que tenho de reproduzir a Sua mensagem, desde que a minha missão eu não consigo implementar à nivel de ensino objetivo, somente com o meu exemplo pessoal. Muitas vezes eu fico intimidado com a situação e não sei como colocar a importância do que tenho a dizer. Essa é uma falha enorme naquilo que eu tenho como responsabilidade máxima.

            Hoje é o dia do meu aniversário e que estou longe de casa, num lugar estratégico onde posso vivenciar o encontro de tres paises, Brasil, Paraguai e Argentina. Depois irei até a casa dos avós paternos do meu sobrinho, uma senhora cujo passado de intenso conflito com minha irmã, traz toda uma conjuntura de dificuldades de relacionamento característico do ser humano, com suas emoções e sentimentos criados em torno dos interesses egoísticos de cada um, como intolerância, raiva, ressentimento, paixão, etc. Hoje será o momento de reconciliação entre os principais atores desse drama, e eu terei um papel ativo no desenrolar da situação. Sou de todos, acredito, aquele que mais conhecimento tem sobre o Amor Incondicional e que mais o procura aplicar na prática. Sou intimamente reconhecido como discípulo de Jesus, que devo agir de acordo com as Suas lições. Agora depende de minha sabedoria, que ainda é tão incipiente, encontrar as palavras necessárias para artenuar o medo de um lado e o ressentimento do outro, para se possa favorecer o clima de fraternidade no reencontro de pessoas que no fundo desejam a reconciliação das almas.

            O sucesso dessa ação com a minha efetiva participação, será o melhor presente que eu mesmo possa me dar. E esta será uma nova visão que eu possa incrementar a partir de hoje: encontrar algo de significado, como é a reconciliação da minha irmã com a avó do seu filho.

            Também do ponto de vista humano e espiritual será uma nova experiencia. Estarei dentro de uma comunidade totalmente desconhecida,  com pessoas envolvidas principalmente com seus interesses materialistas. Como irei aplicar a minha espiritualidade nesse contexto, eu que também estarei envolvido com as mesmas emoções que fazem aquela comunidade funcionar com tanta exuberância.

            Espero que eu consiga a obediência junto ao Pai como uma forma humilde de devolver um pouco do tanto Amor que recebo, para que Ele esteja sempre ao meu lado como sempre esteve desde o primeiro dia que eu tive consciência de Sua presença, e que a dúvida não mais se instalou na minha mente como forma de O anular.

            Espero que eu consiga falar e exemplificar a verdade que o Pai colocou emminha consciência para que as minhas companheiras desenvolvam o sentimento de solidariedade uma com as outras, como forma de melhor construirmos a família ampliada, o Reino de Deus, que somente será viabilizado quando substituirmos o exclusivismo do amor romântico, pela inclusividade do Amor Incondicional.

            E finalmente, espero que eu consiga agir com o próximo, quem quer que seja, aonde estiver, com a mesma atenção e carinho que eu gostaria que tivessem comigo. 

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em 20/10/2013 às 02h01
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19/10/2013 00h01
REFLETINDO SAINT GERMAIN (5)

            Saint Germain comunica que “eles” estão ali para nos ajudar aqui. Refere-se ao plano espiritual e ao plano material. Querem que nós saibamos o que devamos saber, porque estamos lutando, qual é o nosso alvo. Ressalta que nós devemos lutar pela liberdade de pensar e usar a mente como desejamos; que nós temos uma Energia Vibracional Superior a energia do mundo externo, a energia do Amor. Explica que sendo o mundo que nós vemos apenas um reflexo da nossa mente e da mente coletiva, para mudar o que nós vemos, precisamos mudar a nossa mente. Isso implica na exigência de se dizer não a tudo que  não está em alinhamento com o nosso Ser Superior, nosso Deus interior, nosso coração.

            Este ensinamento é de grande importância prática. Somos ensinados e acostumados a ver o mundo ao redor como uma realidade indiscutível. É difícil agora passar a ver como falso tudo ao redor e fazer como objetivo de vida a mudança da forma de pensar. Penso que consegui fazer essa lição, mesmo que não tenha tido tanta clareza dela. Por procurar seguir na vida fiel a esse objetivo, aos pedidos do coração, no ajuste da melhor aplicação da justiça, terminei por enfrentar e aplicar toda uma forma sui generis de comportamento. Vejo a humanidade caminhando na grande maioria como bois onde vão todos numa mesma direção. Quem pensa diferente grupo logo fica discriminado, olhado de soslaio, quando não raro, escorraçado.

            Sinto que o meu comportamento está alinhado com o meu Ser superior, que sigo a vontade de Deus, como Ele colocou em minha consciência, e isso me deixa satisfeito frente a divindade e a todos que convivem comigo, apesar do estresse e sofrimento sejam uma constante, desde que nos meus relacionamentos eu não consiga encontrar ninguem que aceite o amor inclusive e torne sua irmã todos os outros relacinomentos afetivos que eu venha a construir.  

            Ontem foi o primeiro dia de viagem e ao chegar em Curitiba fui logo receber a Kombi que havia alugado para ficar sob meu controle até o final do período de férias,  como assim estamos encarando essa viagem. Após muito viajar parei numa hospedaria à beira da estrada para evitar continuar a jornada por uma estrada não conhecida e durante a noite. O casal de proprietários, idosos, nos acolheu muito bem. Pensei em sair logo cedo, de cinco horas, pois ainda falta 4 horas de viagem para chegar na Foz do Iguaçu, onde pretendemos ficar um dia.

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em 19/10/2013 às 00h01
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