Sióstio de Lapa
Pensamentos e Sentimentos
Meu Diário
08/09/2013 00h01
DESTEMOR

            Terminei no dia de ontem a análise crítica da mensagem que recebi sobre a essência da minha missão, suas características, o caminho a percorrer, qual o objetivo. Encontrei este ensinamento no Baghavad Gita que serve para uma complementação para ensinar qual deve ser o meu estado de espírito nesta caminhada: o destemor.

            Diz assim. Aqueles que estão situados na natureza transcendental progridem na liberação deste mundo material. A vida sexual não é condenada, contanto que se use o processo em consciência de Krsna (Deus). Aqueles que estão em consciência de Deus não geram filhos como gatos e cachorros, mas sim para que nasçam e se tornem conscientes de Deus. A criança que nasce de um pai e mãe absortos em consciência de Deus deve ter essa prerrogativa. As qualidades transcendentais servem para a progressão na compreensão espiritual de modo a levar a libertação do mundo material. Essa renúncia dos apelos materiais forma o líder ou mestre espiritual de todas as posições e ordens sociais. A primeira qualificação que surge é o destemor, porque essa pessoa termina por ficar sozinha sem nenhum apoio ou garantia de apoio, simplesmente tem que depender da misericórdia de Deus. Essa pessoa pode pensar assim: “Depois que eu romper minhas relações, quem me protegerá?” Ela deve ter plena convicção de que Deus estará sempre situado no seu íntimo, que Ele está vendo tudo e que Ele sempre sabe o que se pretende fazer. Deve então ter a firme convicção de que Deus tomará conta da alma que se rende a Ele. Essa pessoa deve pensar: “Jamais estarei sozinho, mesmo que eu viva nas regiões mais escuras da floresta, estarei acompanhado de Deus, e Ele me dará toda a proteção.” Esta convicção chama-se destemor. Quem está na ordem de vida transcendental precisa deste estado de espírito.

            Aceitei por completo a lição e procurarei desenvolver o destemor nas minhas ações, com a convicção de que tenho Deus dentro de mim. Fazendo assim eu irei agir com audácia e surge assim o pensamento do pensador alemão Immanuel Kant sobre o assunto: “Avalia-se a inteligência de um indivíduo pela quantidade de incertezas que ele é capaz de suportar.” Suportar não significa sucumbir, mas resistir às incertezas e continuar. Para resistir as incertezas é preciso ter audácia, porém não confundir com aventura. Audacioso é aquele que planeja, organiza, estuda e vai. Aventureiro é quem vai que vai para ver no que dá.

            Então, possuindo as características do audacioso, pois eu estudo muito, planejo o suficiente, sou fraco na organização, mas posso melhorar. Agora é o momento de ir, de agir. Com todo o preparo que adquiri com tanto estudo realizado, tenho a convicção de que tenho Deus dentro de mim, que posso agir com audácia e destemor, pois agora sei que tenho Deus comigo e Ele me dará toda a proteção.

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em 08/09/2013 às 00h01
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07/09/2013 00h01
COMPREENSÃO DA MISSÃO (7) – EU VOS ESCOLHI

Seguindo na análise minuciosa da mensagem recebida em fins de agosto, para melhor compreender a missão que o Pai me ordenou, destaco agora o trecho final:

Não fostes vós que me escolhestes, mas eu vos escolhi e vos constituí para que vades e produzais fruto, e o vosso fruto permaneça. Eu assim vos constituí, a fim de que tudo quanto pedirdes ao Pai em meu nome, Ele vos conceda. O que vos mando é que ameis uns aos outros.

            Esta parte final da lição, apesar de eu ter a intuição dela, mas sendo dita de forma tão veemente, ainda me causou surpresa. Então eu não escolhi Jesus como Mestre, foi Ele que me escolheu como discípulo!? Parece estranho, pois eu sentia uma autonomia de procurar os meus caminhos, em quem acreditar, em quem seguir... Tenho diversas leituras de todos os cantos do planeta, com instruções espirituais profundas... O meu intelecto de forma vaidosa aponta que a decisão é minha de escolher qual o caminho a seguir, de ser discípulo de quem quer que seja. Dá uma espécie de parafuso na cabeça, essa perda de minha autonomia de escolher e passar a ser escolhido. Parece uma coisa passiva, que eu tenha sido escolhido como um objeto. Mas logo vem na minha racionalização outros argumentos, que podem muito bem terem sido colocados pelo Mestre.

            Eu não perdi a minha autonomia, o meu livre arbítrio, em qualquer momento eu posso sair do caminho que percorro e entrar em outro; posso deixar de seguir o Mestre e encontrar outro modelo. Mas o Mestre tem amplas condições dadas pelo Pai de sondar os nossos corações. Observou no meu as condições apropriadas para investir com profundidade na essência de suas lições. Assim fez a Sua escolha por mim, me constituiu com as lições que me colocou à disposição nos diversos livros, filmes, músicas, experiências pessoais e de terceiros. Em tudo Ele mostrava a essência da Sua lição do Amor Incondicional e eu ia absorvendo sem preconceitos, com senso de justiça e solidariedade. Ele me preparou dessa forma para ir pela vida e produzir os meus frutos, que eles tenham qualidade divina e que permaneçam. Ele assim me constituiu e me capacitou para que tudo que eu peça ao Pai seja atendido, pois Ele sabe que nada mais pedirei além daquilo que seja para cumprir a vontade de Deus, que é o objetivo principal dEles, do Pai e do Filho. E reforça sempre na minha consciência: amai aos outros!

            Pronto, termino assim essa série de considerações a respeito de minha missão. Depois desse pente fino, afugento as minhas dúvidas sobre a natureza divina da missão que sinto dentro da consciência. Não podia Jesus ter sido mais claro nessas justificativas que enviou para mim. Não posso mais perder tempo e voltar a ter dúvidas, devo prosseguir no meu caminho, pois muito tenho a fazer. Claro, sempre estarei aberto às críticas, mas elas têm que justificar racionalmente a incoerência dessas lições que acabei de receber e analisar com minúcias.

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em 07/09/2013 às 00h01
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06/09/2013 00h01
COMPREENSÃO DA MISSÃO (6) – DAR A VIDA

Seguindo na análise minuciosa da mensagem recebida em fins de agosto, para a compreensão da minha missão dada pelo Pai, destaco agora o trecho seguinte:

Este é o meu mandamento: amai-vos uns aos outros, como eu vos amo. Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a sua vida por seus amigos. Vós sois meus amigos, se fazeis o que vos mando. Já não vos chamo servos, porque o servo não sabe o que faz seu senhor. Mas chamei-vos amigos, pois vos dei a conhecer tudo quanto ouvi de meu Pai.

            Esta lição encaixa bem com as vibrações do dia de ontem que foi dedicado ao irmão. Como dizia Benjamim Franklin, um irmão pode não ser um amigo, mas um amigo sempre será um irmão.

Mais uma vez Jesus explica com profundidade a essência da minha missão: amar aos outros como Ele ensinou. Jesus disse que me consideraria Seu amigo se eu fizesse o que Ele manda. E diz ainda a graduação do amor; o maior Amor é daquele que dar a vida aos seus amigos. Nesse ponto eu fiquei com uma dúvida. Acho que o Mestre generalizou para melhor terminar Sua lição. No final tudo se harmoniza, mas no caminho é preciso melhor entender essa lição do Mestre.

Ele classificou dois tipos de pessoas, os amigos e os servos. Caracterizou bem o servo, aquele que não sabe o que faz o seu senhor. Apenas cumpre ordens. Amigo é aquele que Ele ensinou tudo quanto ouviu do Pai. É muito interessante essa passagem da lição e até esse momento eu não tinha percebido a sua dimensão. Então quando eu passo a conhecer o que Jesus ensinou sobre o Pai, eu me torno o Seu amigo. Mas não é tão automático assim, pois eu tenho que fazer o que Ele manda. São duas condições para ser amigo de Jesus: ouvir (conhecer) e obedecer.

Dessa forma me considero amigo de Jesus, obedecendo aos seus critérios: conheço suas lições e procuro obedecer. Resta agora verificar a intensidade, o grau, a profundidade dessa amizade. Sabemos que existem amigos mais próximos e mais distantes e isso é o que Jesus quer ensinar também quando diz que ninguém tem maior amor do que aquele que dar a sua vida por seus amigos.

Vejo então o exemplo de Jesus que extrapolou as suas lições, ele deu sua vida, explicitamente do alto do madeiro por toda a humanidade, amigos e servos. Foi uma missão de alta responsabilidade à serviço do Pai.

Agora, reconheço que não tenho essa capacidade espiritual de Jesus, até a compreensão de suas lições ainda não tenho com toda a profundidade que Ele deseja que alcancemos. Mas já posso dar os primeiros passos. Da mesma forma que ele fez comigo dando o exemplo do Pai, eu posso fazer com as pessoas do meu convívio dando o exemplo dEle na aplicação da lei do Amor. Assim, se as pessoas me ouvirem e fizerem o que mando (de acordo com as lições dEle) eu posso considerar meus amigos. Quem assim não me fizer os considerarei apenas servos na seara do Pai, dentro da Natureza. Sei que é difícil aplicar o Amor quando o coração ainda está cheio de impurezas. Não vou procurar perfeição em ninguém, pois nem mesmo eu a possuo, mas devo verificar quem entende a importância da lição de Jesus e procura a cumprir, mesmo com toda a dificuldade, com toda a resistência que a dureza do coração impõe. Não importa que eu seja vítima dessa dureza, dessa ignorância, da intolerância que brota de um coração cheio de egoísmo e seus derivados; importa que a pessoa reconheça o Pai, o Mestre Jesus e que pratique o Amor pelo menos num mínimo aspecto de suas vidas. Assim, mesmo que a pessoa me considere o seu inimigo, eu a considerarei a minha amiga, principalmente quando existir no meio de nosso relacionamento pessoas que amamos de forma comum.

Com estas considerações, me considero em condições de dar a vida por meus amigos, no sentido de que o trabalho que realizo, que ocupa boa parte do meu tempo, o meu suor, o meu vigor, eu possa contribuir com os amigos. Este é o sentido! Quando distribuo os meus recursos materiais adquiridos com o esforço físico, quando distribuo os ensinamentos adquiridos com horas de estudo e reflexão, quando faço essa distribuição sem nenhuma intenção de receber qualquer tipo de compensação das pessoas beneficiadas, quando tenho o sentido simplesmente de favorecer os meus amigos sem prejudicar os servos ou amigos mais distantes, estou dando a eles a minha vida. E quanto mais eu tiver condições de fazer isso, mais amigo de Jesus eu serei, mais próximo do Pai eu estarei. E viverei alegre e feliz, aqui e alhures... esta é a minha compensação, vinda das mãos do Pai!

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em 06/09/2013 às 00h01
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05/09/2013 00h01
COMPREENSÃO DA MISSÃO (5) – PERSEVERAR NO AMOR

Seguindo na análise minuciosa da mensagem recebida em fins de agosto, para a compreensão da minha missão, destaco agora o trecho seguinte:

Como o Pai me ama, assim também eu vos amo. Perseverai no meu amor. Se guardardes os meus mandamentos, sereis constantes no meu amor, como eu também guardei os mandamentos de meu Pai e persisto no seu amor. Disse-vos essas coisas para que a minha alegria esteja em vós, e a vossa alegria seja completa.

Jesus procura ser bem didático e fazer uma relação direta dEle, com o Pai e comigo, na corrente do Amor. Da mesma forma que Ele ama o Pai, Ele também me ama; se eu perseverar no meu Amor a Ele, guardar os Seus mandamentos, ser constante no Seu Amor, da mesma forma que Ele guarda os mandamentos do Pai e persiste no Seu Amor, a alegria dEle estará em mim e minha alegria será completa.

Então o meu modelo de comportamento será o modelo de Jesus frente ao Pai. Da mesma forma que Ele ama ao Pai com perseverança, eu também deverei amar ao Mestre com perseverança que automaticamente estarei amando ao Pai, como se fosse um papel carbono. Amando a Jesus estarei amando a Deus. Para pessoas mais materializadas poderia ser difícil amar diretamente a um Deus que não se ver, não se toca, não se ouve; é mais fácil amar uma pessoa que está ao nosso lado, que convivemos com ela. Então Jesus veio até nós, assumiu a carne animal com todos os seus instintos e motivações, para dar o exemplo mais claro que poderia ser, de como amar ao Pai que ninguém ver. Basta amar a Jesus da forma que Ele ama ao Pai, que estamos também amando a Deus.

Aprendi bem essa lição que Jesus deu. Hoje eu tenho plena convicção da existência do Pai como Jesus ensinou, que Ele está ao meu alcance a qualquer hora ou lugar, e que posso me relacionar diretamente com Ele, que posso inclusive absorver a Sua essência e ser “como um Deus”, pois foi isso que o Mestre disse: “vós sois deuses”.

Assim, eu me considero discípulo do Mestre, sigo Suas lições, seus exemplos, mas reconheço uma ordem direta do Pai para mim, que é coerente com as lições de Jesus, mas que me colocam num caminho diferente, quando aplico o Amor nas minhas relações afetivas, íntimas, o que não acontecia com Jesus. Mas o Pai me mostra que tudo na vida é evolução e o Seu filho mais capacitado, Jesus, não conseguiu ensinar tudo que sabia a nós porque ainda estávamos muito atrasados. Somente a reformulação da lei de Moisés para a aplicação da lei do Amor, já foi um esforço considerável para que entendêssemos e pudéssemos aplicar. Depois de mais de 2000 anos dessas preciosas lições ainda estamos patinando aqui na Terra. Defendemos com veemência a lei do Amor, sabemos que ela é fundamental para a formação do Reino de Deus, mas poucos conseguem a aplicar.

Aqui estou então nessa posição, o irmão caçula de Jesus, que ainda não consegue caminhar com firmeza nas próprias pernas, que não consegue ainda articular o pensamento e defender com sabedoria a vontade de Deus em qualquer circunstância. Sou intimidado diversas vezes, tenho medo de ser ridicularizado, tido como um radical, um xiita da religião... Mas aceito a vontade de Deus, como Ele quer que eu aja, e mesmo engatinhando e balbuciando pelo caminho, mas é o caminho que ele me quer dentro dele e assim o farei: perseverar no Amor!

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em 05/09/2013 às 00h01
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04/09/2013 00h01
COMPREENSÃO DA MISSÃO (4) – DAR FRUTOS

Seguindo na análise minuciosa da mensagem recebida em fins de agosto, destaco agora o texto seguinte:

Nisto é glorificado meu Pai, para que deis muito fruto e vos torneis meus discípulos.

Agora chega uma espécie de complementação do “amar aos outros” como condição de ser discípulo de Cristo: dar frutos!

Isso quer dizer que o ato de amar não pode ficar na ociosidade, na contemplação. Exige que haja frutos, haja trabalho, realizações. É uma condição que deve estar associada uma a outra, amar e dar frutos.

Faço agora uma reflexão sobre isso e procuro lembrar, desde quando eu assumi ser discípulo de Cristo, que decidi amar aos outros e colaborar na construção do Reino de Deus, quais foram os frutos que produzi? Fiz amigos, fiz filhos, fiz companheiras... Esses parecem que são os meus principais frutos. Pode ser contestado, mas isso todo mundo não faz? Acontece que nesses meus frutos eu procuro injetar o Amor Incondicional, uma forma de nutrir que leva ao desenvolvimento pessoal material e espiritual. Todas as pessoas que estão no meu círculo, amigos, parentes e companheiras, recebem de forma justa o quinhão de Amor que posso lhes dar, respeitando os devidos limites do tempo e do espaço... Não posso estar com todos ao mesmo tempo e a minha ausência da vida de alguns pode parecer muito dolorosa.

Devo fazer constantemente uma avaliação na seara que o Senhor destinou para mim, para ver a qualidade e quantidade de meus frutos. Devo ser habilidoso, pois o Pai quer muitos frutos, mas quanto mais fruto eu produzo menos tempo eu tenho para cada um deles. Assim eles entram no sofrimento devido a ausência, a saudade, que pode se transformar em desgosto, em ressentimento. Se isso acontece, é como uma verdadeira praga nos campos do coração. O Amor que eu procuro injetar em cada coração, se não estiver limpo do egoísmo, vai deteriorar a natureza desse amor e se transformar até no seu oposto, o ódio. Tal qual o leite, ao ser depositado numa vasilha suja, logo azeda e estraga.

Cada fruto que eu produza, devo logo procurar limpar o seu coração da sujeira do egoísmo, mostra a natureza do meu trabalho na seara do Senhor, de produzir o máximo de frutos com o uso do Amor Incondicional, e que a ausência de perto dele em determinados momentos vai ser uma necessidade e uma constante. Que essa ausência com o sofrimento que traz, sirva de motivo para júbilo junto a mim, mesmo distante, com a compreensão que esse é o meu trabalho no cumprimento da vontade de Deus e que se a pessoa existe como um fruto meu, é porque assim estou fazendo a vontade do Pai.

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em 04/09/2013 às 00h01
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