Pai, sinto que minha hora está chegando, mas ainda não tenho a certeza do que deverei fazer. Sei apenas que estou engajado, conscientemente, dentro desta batalha espiritual entre o bem contra o mal, que parece ser a mais ferrenha que tem acontecido na história da humanidade. Sei que devo usar o principal símbolo do Mestre que nos enviaste, Jesus de Nazaré. Sei que deverei entrar na batalha com o escudo da Misericórdia entendendo que todos que estão na batalha são nossos irmãos, que eles estão momentaneamente cobertos pelas trevas da ignorância que os fazem ficar presos nos erros que veiculam o mal. Pretendo usar, Pai, a Cruz de Malta como símbolo do meu nicho de combate, falando e defendendo a verdade quando preciso for, e não compactuando com nenhum tipo de mal, em qualquer instância em que me encontre na sociedade. Entendo que o campo de batalha é a cultura que tenta destruir milênios de civilização cristã. Procurarei usar as redes sociais como megafone de expressão da Verdade, de corrigir as falsas narrativas. Manterei o trabalho universitário dentro da comunidade da Praia do Meio como um trabalho cristão, sempre focando na fraternidade, na construção da família universal. Procurarei interagir com as igrejas católicas e protestantes, principalmente, presencial ou online. Procurarei ver como fazer o engajamento de pacientes e alunos nas tarefas que surgirem e se fizerem necessárias. Sei que o Senhor, Pai, sempre está me observando e contribuindo da melhor forma, abrindo caminhos ou aproximando pessoas. Sei que tenho dificuldades pessoais que são as que mais me incomodam, impedem que eu realize o que planejo à contento, e sei que essas ideias que surgem já são contribuições dos diversos irmãos, encarnados ou desencarnados que também querem fazer a Sua vontade, que estão sintonizados com o Cristo, engajados ou não, diretamente, no combate espiritual. Sei que o tempo para mim é cada vez mais escasso, as forças se reduzem, tenho que administrar o corpo que ainda permanece com a vitalidade do Behemoth; e as exigências do combate são altas... que achas, Pai?
Sim, filho, vejo com coerência e honestidade tudo o que colocas. Mas tu esquece uma coisa: Eu preparo aqueles que escolho. Veja na História como se tudo não fosse assim. Veja principalmente o caso de Moisés, um dos maiores líderes, combativo, que está registrado e tu o conhece. Ele não tinha nada de excepcional, a não ser suas boas intenções. Isso também percebo em você. Sei que as circunstancias são bem diferentes, do Egito antigo para o Brasil atual. Naquele tempo era importante que os meus filhos, aqueles que me reconhecem como Pai e querem fazer minha vontade, saíssem da escravidão do Egito e fossem em busca de uma terra estratégica para desenvolver o caminho da verdade em direção a Mim. Hoje, no Brasil atual, você já está no país determinado para ser a pátria do Evangelho e o coração do mundo. A luta agora que todos vocês, meus filhos, devem conduzir é a liberdade do jugo do mal, a partir do próprio coração. Nesse sentido, vejo por teu relato que estás bem encaminhado, que podes jogar a luz da tua consciência no meio social, e se esforçar para ser o sal da terra, a luz do mundo. Confio em ti, filho, tens a minha bênção.
Texto inspirado na Bíblia, livro de Zacarias, 11: 4-17.
Assim diz o Senhor, meu Deus: Apascenta as ovelhas da matança, cujos possuidores as matam e não se têm por culpados; e cujos vendedores dizem: Louvado seja o Senhor, porque hei enriquecido, e os seus pastores não têm piedade delas.
Certamente não terei piedade dos moradores desta terra, diz o Senhor, mas eis que entregarei os homens cada um na mão do seu companheiro e na mão do seu rei; eles ferirão a terra, e eu não os livrarei da sua mão.
E eu apascentei as ovelhas da matança, as pobres ovelhas do rebanho; e tomei para mim duas varas: a uma chamei Suavidade e a outra chamei Laços; e apascentei as ovelhas.
E destruí os três poderes num mês, porque se angustiou deles a minha alma, e também a sua alma teve fastio de mim,
E eu disse: não vos apascentarei mais; o que morrer, morra, e o que for destruído seja, e as que restarem comam cada uma a carne da sua companheira.
E tomei a minha vara Suavidade e a quebrei, para desfazer o meu concerto, que tinha estabelecido com todos estes povos.
E foi quebrada, naquele dia, e conheceram assim os pobres do rebanho, que me aguardavam orando e pedindo socorro nos portões dos quarteis, que isso era palavra do Senhor.
E eu disse-lhes: Se parece bem aos vossos olhos, dai-me o que me é devido e, se não, deixai-o. E pesaram o meu salário, trinta moedas de prata.
O Senhor, pois, me disse: Arroja isso ao oleiro, esse belo preço em que fui avaliado por eles. E tomei as trinta moedas de prata e as arrojei ao oleiro, na casa do Senhor.
Então quebrei a minha segunda vara Laços, para romper a irmandade entre Jair e o Brasil.
E o Senhor me disse: Toma ainda para ti o instrumento mais conveniente de um pastor insensato, os livros da lei.
Porque eis que levantarei um pastor na terra, que não visitará as que estão perecendo, não buscará a desgarrada e não sarará a doente, nem apascentará a sã; mas comerá a carne da gorda e lhe despedaçará as unhas.
Ai do pastor inútil, que abandona o rebanho; a espada cairá sobre o seu braço e sobre o seu olho direito; o seu braço completamente se secará, e o seu olho direito completamente se escurecerá.
Esse mau pastor levantado por Deus contra as ovelhas do Brasil, estar colocado estrategicamente em órgão que possa quebrar a Suavidade sobre o povo, quebrando a confiança daqueles que esperavam por justiça, mostrando o preço da traição àqueles que aguardavam com orações e pedidos de SOS.
Esse mau pastor insensato vai quebrar o Laço entre Jair e o Brasil, vai deixar perecer centenas de ovelhas desgarradas, presas sem visitas, sem saúde. Não apascentará a sã, como seria do seu ofício, mas comerá o gordo imposto do seu trabalho, despedaçando as armas de sua defesa.
Esse mau pastor que abandonou as ovelhas terá o seu braço operacional atingido pela espada que usava; seu olho que deveria ser capaz de discernir sobre a sua responsabilidade de aplicar a justiça, se escurecerá completamente, coberto pelas trevas que deixou penetrar em sua consciência.
Texto inspirado na Bíblia, livro de Zacarias, 10: 1-12.
Pedi graças ao Senhor para o tempo dos sacrifícios. O Senhor faz brilhar o relâmpago, proporciona chuvas para todos e ao homem a vegetação do campo. Os sacerdotes deram falsas pregações, os adivinhos só tiveram visões mentirosas; contam sonhos vãos, e suas consolações são inúteis. Por isso o povo desgarrou-se como um rebanho e se pôs a vagar por falta de pastor.
Minha cólera inflama-se contra os maus pastores, meu castigo vai cair sobre os bodes, esses que os seguem sem discernimento do bem e do mal.
O Senhor dos exércitos visita o Seu rebanho, a casa de Jair, e a constitui o seu cavalo de honra, o bom pastor.
Dela há de provir a pedra angular; dela o mastro da tenda; dela, o arco de guerra; dela todos os chefes.
Todos se portarão como excelentes guerreiros, que espezinham no combate a lama dos caminhos.
Eles batalharão porque o Senhor está com eles; e serão confundidos os que vêm montados à cavalo.
Tornarei poderosa a casa de Jair; restabelecê-los-ei, porque me compadeci de sua sorte e eles serão como se eu não os houvesse jamais rejeitado, porque eu sou o Senhor seu Deus; eu os ouvirei.
Efraim será como um herói; seu coração se alegrará fortalecido pelo vinho; seus filhos verão tudo isso e se alegrarão, e seu coração exultará de júbilo no Senhor.
Vou assobiar e reuni-los, porque os resgatei; serão tão numerosos como o eram outrora.
Eu os semeei por entre os povos, mas eles de longe se lembrarão de mim; instruirão os seus filhos e tornarão a voltar.
Eu os reconduzirei da terra do Egito, retirá-los-ei da Assíria e os levarei para a terra de Galaad e do Líbano, e ali não haverá lugar bastante para eles.
Atravessarei o mar do Egito e o Senhor ferirá as ondas do mar. O leito do Nilo será descoberto. A soberba da Assíria será humilhada, e o cetro do Egito será roubado.
O poder do Brasil crescerá, graças ao Senhor, e eles andarão no seu nome – oráculo do Senhor.
São palavras simbólicas de um livro sagrado ao qual sempre podemos recorrer em momento de dificuldades como estamos passando agora. Como o Brasil está destinado a ser a pátria do Evangelho e o coração do mundo, certamente o Senhor está agindo para que isso aconteça, despertando pessoas para confrontar o mal e dentro do sofrimento surgir a glória de Deus.
Comecei o trabalho de cadastrar as pessoas que trabalham com comércio na Rua do Motor. Coloquei a proposta dentro da reunião da AMA-PM, foi aprovada com interesse, mas não encontrei empenho em ninguém para efetivar a proposta. Segue um padrão que estamos observando dentro da Associação, aquele que lança uma proposta, se não tiver empenho para realiza-la ela não se concretiza. Por isso estou vendo se encontro algum tempo e oportunidade para iniciar o trabalho. Acredito que quando o trabalho iniciar despertará o interesse em outras pessoas.
Outro problema que identifico é relacionado com minha própria personalidade. Já tive mais de uma oportunidade de fazer o trabalho e já estaria bem adiantado. Porém esbarro em minha timidez, introspecção, evito o contato pessoal e dizer as pessoas do que se trata, encontrar parceiros.
Num ímpeto de iniciativa, entrei em contato com Joyce, uma jovem que abriu uma pequena lanchonete e ela mesma produz os seus trabalhos. Disse a ela o trabalho que estávamos iniciando na Rua do Motor e que ela seria a primeira pessoa a ser cadastrada. Não apresentou dificuldade, fiz o seu cadastro dentro do grupo do zap que criei e ela de imediato postou as fotos dos seus diversos produtos da lanchonete. Convidei para ela participar da reunião da AMA-PM, mas ela alegou que não pode porque a lanchonete ficar aberta até as 21h.
Ontem eu combinei com Joyce de comprar um bolo para levar hoje para a reunião. Escolhi um dos tantos que ela postou no grupo e fiquei de pegar hoje a tarde. Prepararei também um kit de produtos da DoTerra para ela procurar vender na sua área.
Cheguei para pegar o bolo com esses dois objetivos, deixar o kit DoTerra e procurar fazer mais alguns cadastros na vizinhança. Tive chance de fazer isso, podia ter entrado em mercearias e outros locais de comércio, mas preferi vir para o apartamento e fazer a hora da reunião lendo ou digitando, como estou fazendo agora.
Fico agora a refletir que aconteceu. Eu sei que estou trabalhando sintonizado com o Pai e sei que este trabalho na Praia do Meio é um dos setores da grande seara que o Pai quer que eu desenvolva, um trabalho que Ele mesmo faria se tivesse no meu lugar.
Vi que fui incompetente, deixei de fazer um trabalho que o Pai esperava. É como se Ele tivesse pedido para eu fazer alguma coisa e eu tivesse aceito, mas logo fiquei perdido em minhas deficiências e não pude fazer a Sua vontade.
Em plena batalha espiritual, das mais ferrenhas que a história já registrou, soldados engajados como eu, fica preso a detalhes de personalidade. Certamente o Cristo, nosso comandante, não fica nenhum pouco contente com tais atitudes. Talvez a vergonha da fragilidade e o arrependimento de não ter agido com eficácia, sirva para que eu encontre mais um pouco de disposição e coragem. Enquanto isso, nem o tradicional encerramento, evocando o nome do Cristo eu sinto que tenho agora condições de fazer, sem sentir que é uma forma de hipocrisia.
Melhor dobrar os joelhos na seara do Pai e orar como aquele coitado do Evangelho: Senhor, perdoa-me, pois, sou um pecador!
Lendo o primeiro tomo da coleção “Patrologia”, de Johannes Quasten, encontro o texto do Cardeal J. H. Newman, que descreve bem a importância do consenso na Igreja Católica, e como ele se distingue da opinião privada dos Padres.
Vejamos como ele pensa...
Eu sigo os antigos Padres, não pensando que em tal assunto eles tenham o peso que possuem em matérias de doutrina e ordenança. Quando eles falam de doutrinas, falam delas como universalmente aceitas. São testemunhas do fato de que essas doutrinas foram recebidas, não aqui e ali, mas em todo o lugar. Nós recebemos aquelas doutrinas que eles, dessa forma, ensinam não porque as ensinaram, mas porque elas dão testemunho de que todos os cristãos em todos os lugares então as aceitavam. Nós os consideramos informantes honestos, mas não autoridades de pleno direito, embora eles também sejam autoridades. Se eles proclamassem estas mesmas doutrinas, mas dissessem: “essas são as nossas opiniões: nós as deduzimos das Escrituras, e elas são verdadeiras”, poderíamos duvidar de que as receberíamos de suas mãos. Poderíamos muito bem dizer que temos tanto direito de deduzir das escrituras quanto eles tinham; que as deduções das Escrituras eram meras opiniões; que, se as nossas deduções concordassem com as deles, seria uma feliz coincidência, mas se não convergissem, não precisaríamos segui-las precisamos seguir a nossa própria luz. Sem dúvida, nenhum homem tem direito algum de impor suas deduções sobre um outro em matéria de fé. De fato, existe uma óbvia obrigação de que o ignorante se submeta aos que estão mais informados; e é conveniente que os jovens se submetam por um tempo ao ensinamento dos mais velhos; mas, exceto nesses casos, nenhuma opinião é melhor que a do outro. Mas esse não é o caso quando se trata dos Padres primitivos. Eles não falam da sua opinião privada; não dizem “isto é verdadeiro, porque nós o vemos nas Escrituras” – uma opinião sobre a qual poderia haver divergências de julgamento -, mas “isto é verdadeiro, porque de fato foi professado, e assim tem sido, por todas as Igrejas, até os nossos tempos, sem interrupção, desde os Apóstolos” em que a questão é meramente de testemunho, ou seja, se eles tinham os meios de saber o que havia sido professado e assim permanecido; pois se foi a crença de muitas Igrejas independentes ao mesmo tempo, sem dúvida só pode ser verdadeira e apostólica.
Bons argumentos. Fazem a gente refletir na autoridade que a Igreja Católica possui ao reproduzir as informações prestadas por aqueles que viveram no tempo do Cristo, que foram testemunhas de suas aulas e milagres, ou então ouviram de tais testemunhas. Um ensinamento que vem mostrando a sua eficácia ao longo dos séculos, como pode um novo ensinamento, como as doutrinas revolucionárias, querer destruir essa história, a não ser pela força das armas, pelo aprisionamento dos crentes, pelo derramamento de sangue? Vejamos as consequências da Revolução Francesa e das demais revoluções que ocorrem no mundo, como prova do que estamos refletindo e diagnosticando.