Durante grande parte da história as doenças mentais não existiram, eram apenas loucura. Os enfermos eram temidos e perseguidos. O tratamento não se diferenciava da tortura e do assassinato. Imaginava-se que eles se comportavam de forma estranha porque estavam possuídos por espíritos malignos ou pelo próprio diabo. Dessa forma, se imagina que o doente era atacado por forças estranhas e externas.
A trepanação foi a primeira tentativa de se retirar a influência externa que havia se interiorizado. As aberturas no crânio tinham essa finalidade, deixar escapar os valores nocivos presos dentro do cérebro.
Os romanos cunharam o termo lunático, pessoa influenciada pela lua, aluada, excêntrico. Diz-se de quem tende a divagar ou vive no mundo da lua. Tem como exemplo diversos imperadores, principalmente Calígula que chegou a dar o título de senador ao seu cavalo e mandou matar a própria mãe.
O tratamento cristão das pessoas edemoniadas, possuídas por espíritos malignos, mostra um paradoxo. Enquanto Jesus conseguia curar essas pessoas com a simples imposição das mãos, os seus seguidores na idade média colocava essas pessoas na fogueira, o espirito do fogo do inferno era combatido com igual veneno, o fogo das fogueiras que consumiam suas carnes.
No século XVI foi adotado a sangria, pois acreditava-se que nos fluidos vitais dos indivíduos se abrigava as enfermidades. Foi um tratamento que se tornou popular entre os médicos, que podiam usar também as ventosas para formar bolhas que deveriam ser perfuradas em seguida.
Também foi usada uma cadeira giratória que produzia a força centrífuga necessária para deslocar esses fluidos nocivos do centro do corpo para a periferia, para os membros, onde, supostamente, eles não poderiam causar tantos efeitos.
No século XVII surgiram os manicômios, uma instituição que até hoje, apesar das críticas, continua existindo. São três as instituições que podem abrigar os doentes mentais: o primeiro, o manicômio, é o local onde ficam em grande número, colocados por determinação judicial, sem a autoridade médica para dar alta. Atualmente existem os Hospitais de Custódia para fazer esse serviço. A segunda instituição é o asilo, local que ficam os doentes mentais que não tem para onde ir, sem referência familiar e muitas vezes sem raciocínio para conduzir suas vidas. Atualmente existem as Residências Terapêuticas para cumprir essa função. E a terceira instituição é o Hospital Psiquiátrico, responsável para acolher a pessoa doente mental em crise, controlar a urgência e retornar a pessoa à comunidade ou a outra instituição após um prazo de até 30 dias. Infelizmente, por incapacidade do Estado suprir a comunidade com as instituições necessárias, o Hospital Psiquiátrico continua a abrigar pacientes com características asilares e manicomiais, independente da vontade dos seus funcionários, e por isso continua a ser, injustiçadamente, criticado por isso.
Nesses manicômios, enormes, os doentes ficavam, sem outra alternativa, muitas vezes amarrados ou trancados em celas. Uma ação mais humanitária foi vista no final do século XVIII, no ano de 1795 com Philippe Pinel, na França, no Manicômio da Salpêtrière, onde ordenou que os loucos fossem retirados das correntes e das celas fortes.
No século XIX, com a publicação em 1801 do livro “Tratado médico filosófico sobre a alienação mental ou mania”, tem início a Psiquiatria moderna. Pinel foi o primeiro a classificar as diferentes formas de psicose e sintomas como alucinações, ausências, delírios e outros. Aboliu tratamentos como cárceres, sangrias, surras e banhos frios, propondo o tratamento humanizado e amigável do paciente.
Mas continuava a procura de uma forma de tratar os transtornos mentais. Franz Mesmer defendia que se podia canalizar a energia mental do paciente através dos olhos, deixando o paciente em transe. Foi criado o Mesmerismo, ou Magnetismo Animal.
Jean Charcot deu maior credibilidade ao transe magnético criando a Hipnose que fazia desaparecer sintomas histéricos de conversão (paralisia, movimentos automáticos, cegueira, etc.). Explorava os pensamentos mais profundos do paciente e os sintomas desapareciam enquanto durava o transe. Como conclusão, os sintomas eram aparentemente neurológicos, mas a doença não era somática.
Um dos alunos de Charcot, Sigmund Freud, percebeu que não era necessário a hipnose para atingir os problemas mais profundos do paciente. Desenvolveu um método de ouvir o paciente que ficava deitado num divã e suas respostas a estímulos desencadeados pelo terapêutica, em associação de ideias, e iria construindo uma verdade que estava registrada no inconsciente. Assim, concluiu que a gênese da doença estava no psiquismo e que tinha origem nos primeiros anos de vida. Desenvolveu os construtos de id, ego e superego, e também do consciente, subconsciente e inconsciente. Deu o nome de Psicanálise a esse trabalho pelo qual trazia à consciência do doente, o psíquico que há recalcado nele.
Mesmo assim, a Psicanálise servia para quem tinha tempo e dinheiro para investir. As demais pessoas, a massa da população, não tinha acesso e continuava as tentativas de encontrar uma forma de controle dos seus sintomas. Continua a hidroterapia para levar conforto ou o similar a uma bofetada como forma de impactar o paciente.
No século XX, 1917, descobriu-se que a introdução de vírus atenuados da malária, outra doença grave e fatal, era capaz de curar devido a febre elevada que gerava, os doentes de sífilis que atingiam o estágio terciário da doença, demenciavam e caminhavam para a morte. Foi a primeira vez que se conseguia um sucesso no campo da biologia. Isso fez os pesquisadores olhar para outras possibilidades, e verificou-se que paciente epilépticos que sofriam de convulsões não apresentavam a mesma estatística de psicoses que se observam nos pacientes que não sofriam convulsões. Então se procurou desenvolver convulsões nos pacientes psicóticos com substâncias como Insulina e Cardiazol. Foi atingido o sucesso na cura desses pacientes graves, principalmente os depressivos, mas a letalidade do procedimento era alta. Na procura de deixar o método mais seguro se chegou à Eletroconvulsoterapia (ECT) que trouxe maior sucesso, mas também maior número de abusos. Era usado em alguns serviços como método de castigo e da orientação terapêutica de ser aplicada um número ideal de 12 sessões, chegava-se a um número exorbitante de 300 sessões, com graves prejuízos ao cérebro do paciente. Também em países como a Rússia comunista foi usada como método de tortura em presos políticos, o que causou punições nos médicos que faziam o procedimento.
Outros estudos continuavam sendo feitos, como aqueles de Franz Gall que mapeou o crânio no estudo das protuberâncias para diagnosticar diversas doenças ou tendências mentais. Não era ainda o correto mas se estava trilhando o caminho certo. Um acidente com um funcionário de ferrovia, que trabalhava instalando trilhos com o uso de dinamite, teve um acidente e o bastão de aço atravessou o seu crânio destruído a área frontal do cérebro. Após sua recuperação descobriu-se que ele havia mudado a personalidade e comportamento. Então foi imaginado que o mesmo poderia ser feito com pacientes mentais para melhorar o seu comportamento. Egas Moniz desenvolveu a técnica da Lobotomia que teve bastante sucesso e por ser econômica frente a internação do paciente em hospitais, foi usada em larga escala e o seu autor foi laureado com o prêmio Nobel de Medicina.
Felizmente, chegamos à época dos psicofármacos com o uso da Clorpromazina em 1952, que promoveu, sem decretos oficiais, uma verdadeira desocupação dos hospitais. Foi seguida por outras substâncias que colocaram definitivamente a psiquiatria dentro do contexto médico, com o estudo das neurociências, principalmente da neuroquímica.
Atualmente, apesar dos avanços da psicofarmacologia e das técnicas de psicoterapias, ainda nos debatemos com a insuficiência dos serviços e de uma resposta definitiva sobre o mecanismo de ação que gera a doença mental.
Uma perspectiva promissora no futuro é a associação do mundo material com o mundo espiritual e a aplicação pratica do Evangelho ou qualquer outro livro sagrado que oriente para as ações do amor, na terapia individual, familiar ou grupal dos pacientes.
Atendendo a convite para entrevista na TV União sobre a importância da espiritualidade na saúde mental, foram encaminhadas as seguintes perguntas que poderão ser respondidas da seguinte forma:
A partir de uma ideia do colega Edmundo passamos a elaborar uma proposta de criação de um Instituto para o enfrentamento da Dependência Química, cobrindo uma lacuna do serviço público e privado nessa área, mas com a colaboração, tanto dos entes públicos quanto dos privados.
O Instituto tem um propósito de atuar na área de prevenção e tratamento, com foco no ambulatório, comunidades terapêuticas, hospitais especializados, grupos de mútua ajuda e escolas, presenciais e à distância.
Para o início do trabalho deve ser construído um Estatuto, oficializado o serviço, e viabilizado um Ambulatório Multiprofissional com a participação de médicos, enfermeiros, assistente social, advogado, com uma retaguarda mínima que verifique as finanças e parcerias.
Este ambulatório deve funcionar inicialmente em Ceará Mirim, que servirá como polo aglutinador de toda a demanda existente no estado. Será aberto às necessidades dos gerentes públicos, prefeitos e governos do estado, das empresas, e dos particulares que possam fazer a cobertura dos custos, individualmente ou através de planos de saúde.
Conforme o caso, o paciente poderá ficar em regime ambulatorial no próprio serviço (Ambulatório Multiprofissional), seguindo um planejamento de abstenção e recuperação. Caso haja a necessidade, será encaminhado para os parceiros, comunidades terapêuticas, Hospitais especializados, grupos de mútua ajuda, etc., sempre com a monitoração do Instituto.
À medida que esse trabalho se desenvolve, as ações educativas estarão sendo implementadas para dar o apoio preventivo como uma das prioridades do Instituto. O município de Ceará Mirim está surgindo como o polo mais promissor para o desenvolvimento do trabalho, contando com o espaço físico, a simpatia da gerência municipal e o amplo interesse nas escolinhas de futebol tanto masculino como feminino espalhados nos diversos distritos, assim como outras modalidades desportivas e atléticas.
Feito contato com a prof. Carmem que é responsável por um trabalho de Educação á Distancia na área de Dependência Química. Esse trabalho pode ser oferecido de forma ampla dentro do município, tanto aos professores de escolas públicas e privadas, as pessoas que trabalham na Assistência Social, na Justiça e nos desportos.
Já foi marcada para este mês, dia 25, a Assembleia para a aprovação do Estatuto Social e encaminhamento para registro cartorial. Farei parte do Conselho Diretor que terá a composição de nove membros. Será eleita também o Concelho Fiscal composto por três membros.
Também foram construídas duas forças-tarefas para trabalhar o Regimento Interno do Instituo e as Relações Públicas, com o objetivo de captar os recursos necessários para o funcionamento.
A partir da eleição, o Conselho Diretor encaminhará ao cartório os documentos necessários para a aquisição do CNPJ e fazer em seguida os registros suplementares junto ao INSS, Receita Federal, Prefeitura e demais instituições necessária ao funcionamento da instituição e capacitação de recursos.
Assisti um filme baseado no livro “A Cabana”, muito conceituado nos círculos espiritualistas. Realmente, traz boas lições quanto os princípios espirituais que devemos desenvolver para evoluir e ficarmos próximos de Deus.
O filme inicia com a retrospectiva do principal personagem, que geralmente espancado pelo pai alcoólico, termina se vingando colocando veneno em sua bebida. A história dar um salto e passamos a ver esse filho casado, com 3 filhos, e todos frequentando a igreja. Apesar de sua infância tumultuada, ele se tornou um bom pai, bom marido e bom cristão. Porém, uma fatalidade acontece durante um acampamento que a família foi fazer e na hora de voltar a filha caçula desaparece. Após intensas buscas, inclusive com o uso de helicóptero para vasculhar a floresta, terminam por encontrar uma cabana com vestígios da morte da criança por um assassino de menores que já estava sendo procurado na região.
A partir desse momento o protagonista se torna uma pessoa amarga, convivendo com a culpa de sua filha ter sido assassinada e nem ao menos o corpo ter tido oportunidade de sepultar.
Um dia descobre na sua caixa de correio, uma carta deixada de forma misteriosa, pois não tinha pegadas de quem a colocou. Nessa carta tinha a mensagem para ele comparecer à cabana onde a sua filha tinha sido, provavelmente assassinada. Ele pega emprestado o carro de um amigo e armado de um revolver se dirige para o local. Imagina que seja o assassino e por isso ele terá a chance da vingança.
No caminho se envolve num acidente com o carro, mas felizmente nada de grave acontece e ele consegue chegar à cabana. Entra e está tudo deserto, os móveis jogados, a neve por todo o canto. Revoltado, quebra todos os objetos que estava ao seu alcance, jogando-os contra a parede, e termina caindo, batendo com a cabeça. Pega o revolver e pensa em destruí sua vida, quando passa na porta da cabana um alce, que desvia sua atenção. Sai da cabana para ver qual o destino do alce, e percebe que tem uma pessoa se aproximando. Ele se esconde por trás da árvore e ver um jovem conduzindo um feixe de madeira. Ele ameaça o jovem com o revolver, mas esse não se abala, simplesmente convida para ele voltar à cabana. Ao retorna ele percebe que tudo está mudado, a cabana está agora bem mobiliada e habitada por três pessoas que ele termina entendendo ser Deus, Jesus e o Espírito Santo.
O protagonista se revolta com Deus por Ele não ter impedido o assassinato de sua filha, que Ele é um Deus perverso. Deus explica que não pode intervir no livre arbítrio de ninguém e por esse motivo o mal surge no mundo pela ignorância de quem não sabe ainda o caminho correto. Jesus vai com ele para o lago, o protagonista fica sozinho num barco, remando para distante, quando percebe que o barco está furado, afundando, na água do mar que se torna escura. Jesus na margem diz para ele tirar o foco de sua atenção dessa situação perigosa, que olhe nos olhos dEle para evitar o perigo. Com muito esforço ele consegue seguir o conselho e sente a situação ao seu redor se normalizando. Ver Jesus caminhando sobre as aguas em sua direção e ele termina, com fé, caminhar com Jesus até a margem do lago.
Essa cena mostra que o protagonista estava mergulhado em culpas sombrias que estavam lhe arrastando para a morte. Que ao retirar sua atenção desses problemas do passado e colocar nas instruções de Jesus, ele consegue sair da situação de perigo e até caminhar sobre o perigo das águas com o amparo do Nazareno.
Em outro momento Jesus deixa o protagonista caminhar sozinho em direção à sabedoria. No primeiro diálogo, a sabedoria diz que ele está sempre julgando, numa posição de juiz, e agora ele demonstra com muita energia essa condição, querendo a morte do assassino de sua filha de qualquer jeito. A sabedoria então faz ele se sentar na cadeira do juiz onde ele possa exercer com firmeza sua função de julgar e condenar. A sabedoria mostra que os filhos do protagonista apresentam comportamento de mentira, de evitar o contato com os pais, e que merecem também a punição. O protagonista se ver na condição de julgar os filhos e condenar com o mesmo rigor que condena os erros dos outros. Então pede à sabedoria que seja aplicada a punição nele e que seja perdoado os filhos. Então a sabedoria mostra que Deus age da mesma forma com os seus filhos. Quando algum deles erra, Ele prefere se sacrificar, como no caso de ter enviado Jesus para pagar os pecados dos filhos ignorantes que precisam de punição.
Depois dessas lições o protagonista reconhece que foi muito duro quando criticou Deus por ter sido perverso e não ter evitado a morte da filha. Viu que o perdão era necessário, pois mesmo o seu pai que tanto o espancou, teve na sua infância tanto sofrimento quanto ele.
O filme termina mostrando que o protagonista conseguiu perdoar o gesto assassino que retirou a vida da sua filha e resolve voltar para o lar sem o peso da culpa que destruía sua vida. Agora ele estava capacitado para voltar a amar e ajudar a sua filha que também sofria o peso da culpa pela morte da irmã.
Em resumo, o filme enfatiza a importância do perdão para aqueles que fazem algum tipo de mal para a gente, não no intuito de deixar um crime sem castigo, mas que isso é função de Deus, mas sim de deixar o nosso coração limpo para continuar a amar. Reconhecer Deus como Pai de todos e que tanto recompensará o justo por suas ações, quanto punirá o mau e ignorante por suas ações, na forma da lei que Ele coloca em nossas consciências, se tivermos tirocínio para isso, ou vidas amarguradas pelas mais diversas mazelas, se essa consciência não se fizer operar.
A história humana registra a preocupação que sempre houve com os mortos, como as pirâmides do Egito, o Livro dos Mortos (considerado o primeiro livro da humanidade), a Divina Comédia, um ensaio sobre o destino das almas que passam para o mundo espiritual, além das cerimônias e colóquios que se estendem até os dias atuais.
Com a vinda de Jesus, os mortos deixam a condição de passividade, de ficarem esperando dentro de um túmulo, no céu, inferno ou purgatório, para assumirem a condição de espíritos imortais. Os próprios discípulos testemunharam o Mestre falando com o espírito de Moisés e o de Elias, Maria Madalena tentou tocá-lo pela primeira vez quando ele acabara de sair do túmulo, dois discípulos caminharam com seu espirito pela estrada de Emaús; Ele permitiu que o incrédulo Tomé tocasse em suas mãos perfuradas como prova que Ele estava ali novamente, até a ascensão do seu espirito deixando a promessa que voltaria o Consolador e que Ele estaria no meio de nós sempre que precisássemos.
A vinda do Consolador passou a ser considerada com a chegada dos ensinamentos feitos pelos próprios espíritos e codificado por Allan Kardec, como atestado eloquente da imortalidade do espírito. A morte e o nascimento são apenas veículos para mudança de dimensões e de favorecimento à aprendizagem. Os livros que compõem o pentateuco espírita (O Livro dos Espíritos, O Evangelho segundo o Espiritismo, O livro dos Médiuns, A Gênese, e O Céu e o Inferno), os livros de Emmanuel (como “Há dois mil anos”) e de André Luiz (como “Nosso Lar”) são provas irrefutáveis da realidade do mundo espiritual e da sua importância no mundo material.
Agora, nem todos que vivem na carne estão vivos, nem todos que são considerados mortos estão mortos. Alguns vivem, mas poucos estão vivos para a vida.
O que isso significa? Significa que muitos que estão vivos na carne, estão hipnotizados na sua condição material e relacionamentos perniciosos, que levam consigo essas informações para o mundo astral e de lá retornam com elas, continuando a viver na Terra uma eterna hipnose. Estão mortos para a vida espiritual!
Por outro lado, alguns que passaram para o mundo espiritual, que consideramos como mortos, continuam a trabalhar com afinco no mundo astral e contribuem valorosamente com nossa aprendizagem, para sairmos das trevas da ignorância.
São muitos os que estão mortos no corpo físico, não importa a condição em que são encontrados, como pode demonstrar o estudo do eneagrama das diversas personalidades.
Os vivos que se comportam como mortos estão cadaverizados pelo egoísmo, mumificados pelo orgulho, corruptores da moralidade, hipnotizados pelo prazer, aprisionados pela indignidade, torporizados pelo gozo animal, abraçados à cobiça e apodrecidos no ócio.
Os mortos que se comportam como vivos levantam as bases da sociedade, como as obras de Allan Kardec (codificação das respostas de diversos espíritos elevados) e de Emmanuel psicografadas por Chico Xavier (Pão Nosso; Caminho, Verdade e Vida; Fonte de Luz; Paulo e Estêvão; etc.); amam e retornam ao cativeiro da carne para que suas vozes falem sobre a vida (como Madre Tereza, que dizia “não espere por líderes, faça você mesmo, sozinho, pessoa por pessoa); sofrem e voltam para anunciar as surpresas do Mundo Espiritual (como André Luiz que escreveu 13 livros, através da psicografia de Chico Xavier, falando sobre a realidade do mundo espiritual e como se relaciona com o mundo material); trabalham e distendem braços incorpóreos na direção da ignorância alheia (como Joana de Ângelis que patrocina este estudo com a sua mente experiente e solidária); ou dilatam o Reino de Amor e de Benignidade nos corações e nos espíritos (como Bezerra de Menezes, que deixou de ir para mundos superiores e permanece voluntariamente na atmosfera pesada Terra no intuito de nos ajudar).
Podemos assim concluir que temos mortos e Mortos. Mortos com M maiúsculo estão mortos e ausentes, estão ao nosso lado por toda parte, encarnados e desencarnados, por isso nem sempre os vemos, e mesmo falando conosco não os escutamos. Os mortos com m minúsculo, estão vivos e atuantes, também estão ao nosso lado por toda a parte, vemos com os olhos da alma, falam conosco por diversos meios, diretos ou indiretos, e quando sintonizamos, os escutamos. Por isso, examinemos de perto essas instruções usando a luz do discernimento.
É hora de refletir... Como agimos? Que pretendemos? Como vivemos? Se somos do grupo que caminhamos para a vida, não nos detenhamos no charco das lamentações, não paremos no poço escuro da revolta e arrebentemos as algemas da culpa por nossos erros, praticando o refazimento harmônico.
Lembremos mais uma vez da lição poderosa de Jesus para quem deseja seguir em direção ao Pai: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vem ao Pai senão por mim.”
Aproveitemos a oportunidade e sejamos instrumentos desses “mortos” diligentes, que procuram seguir as lições de Jesus, em quem cremos, amamos, e que nos fala a mensagem valiosa, traduzida, explicada, exemplificada, para que nós, depois da morte do corpo físico, sejamos também como eles, um desse incansáveis “mortos”.