Interessante procurar saber como o mal pode se desenvolver e ameaçar todos os países do mundo. O que se passou na Alemanha Nazista sob o comando de Hitler e seus asseclas, abordado pela Netflix em uma série sob o título “Hitler’s circle of evil” serve como um bom campo para nossas reflexões.
LXV
LIVRAR DOS JUDEUS
EMIGRAÇÃO OU EVACUAÇÃO
Em 1939, Heydrich ainda está nos 30 anos. Ele é comparativamente jovem. Uma estrela em ascensão. Então, quando recebe a ordem para cuidar da questão dos judeus, claro, isso é uma grande honra. E alguém como Heydrich é ambicioso, implacável e motivado bastante para não desapontar.
Heydrich foi escolhido pelo próprio Führer para realizar o sonho nazista de uma Alemanha racialmente pura, mas com a futura invasão da Polônia, ele logo terá dois milhões de judeus a mais para os quais parece não haver um plano definitivo.
As ordens vindas do topo, quando são particularmente fortes, também são bem vagas. Hitler nunca disse que queria todos executados. Disse para se livrar dos judeus. O que significa? Quem sabe? É preciso dar um jeito. E a interpretação dessas ordens ficou a cargo de Heydrich.
SETEMBRO DE 1939
Enquanto as tropas alemãs invadem a Polônia, Heydrich ficou encarregado de preparar o novo território para a germanização. Para isso ele criou forças-tarefas especiais da SS, ou Einsatzgruppen, para aterrorizar os civis à submissão através do medo.
A tarefa do Einsatzgruppen na campanha polonesa era decapitar a sociedade polonesa. Era preciso matar a elite polonesa, os padres, os professores, os políticos, os líderes econômicos. E mata-los em dezenas de milhares. Era a tarefa do Einsatzgruppen.
21 DE SETEMBRO DE 1939 – POLÔNIA
Mas é só um trabalho de base para medidas mais sistemáticas para realizar o sonho de Himmler de um espaço vital alemão. Os homens de Heydrich têm novas ordens. Milhões de poloneses étnicos seriam levados ao leste para abrir espaço para colonos alemães. E quanto aos judeus poloneses, o destino é ainda mais incerto. Devem ser reunidos e mantidos em guetos urbanos... para futura deportação.
CUSTÓDIA
Repentinamente, no meio da noite, são retirados à mira de arma junto com outras famílias judaicas, levando uma mala. São levados em longas viagens de trem a grandes centros na Polônia ocupada, onde ficam espremidos em pequenos espaços, como sardinhas. É desumano, repugnante e bárbaro.
Até o começo de 1940, centenas de milhares de judeus foram colocados em guetos dentro de uma nova zona criada chamada Governo Geral. Heydrich não tem preocupação moral ou prática pelas condições de vida, em parte porque era uma medida temporária. Mas o impacto dessas grandes migrações forçadas está incomodando outros nazistas do alto escalão.
Hans Frank é o poderoso novo chefe nazista do Governo Geral, que inclui a capital polonesa Varsóvia, e a segunda maior cidade, Cracóvia. Ele não está feliz por Heydrich e Himmler usarem seu novo feudo como ponto de detenção para os judeus. Frank começa a se preocupar de que seu Governo Geral se tornaria uma área de despejo para indesejáveis de outros territórios ocupados. E Frank é um velho amigo de Hermann Göring, rival de Himmler no círculo.
Himmler chama Göring de rei do mercado negro, sempre querendo lucrar. E Göring se refere a Himmler como um pedante, metido a sabichão, burguês, um abnegado desagradável. Não tem como ter duas pessoas mais diferentes.
Quando Göring fica sabendo que as atividades da SS estão ameaçando a viabilidade econômica do Governo Geral, é a chance perfeita para exercer sua autoridade, então ele convoca Himmler e seu velho amigo para uma reunião.
O problema é que Hans Frank ficou incumbido de administrar o Governo Geral na Polônia, e Himmler, de germanizar a Polônia. Temos uma disputa com Frank de um lado dizendo para parar de despejar essa gente na Polônia, e Himmler perguntando: “Aonde mais irão?”
Como segundo em comando do Führer e ministro da Economia, Göring força Himmler a concordar que mais nenhuma deportação acontecerá sem o consentimento de Frank. Para Himmler, é um lembrete frustrante de quem exerce influência no círculo íntimo. Heydrich terá de achar um novo plano para judeus e poloneses. Quanto a Göring, suas prioridades estão na linha de frente, pois acontecerá um novo conflito armado.
ABRIL DE 1940 – NORUEGA
Encorajado por seu sucesso na Polônia, Hitler decide atacar seus inimigos do Ocidente. Agora é a vez deles sofrerem a eficácia devastadora da Luftwaffe de Göring.
Começou no início de abril com Noruega e Dinamarca, e, em dez de maio de 1940, a Wehrmacht atacou os países ocidentais, França, Luxemburgo, Bélgica e Países Baixos.
E voando em missões de combate na Europa Ocidental, está nada menos que Reinhard Heydrich. Ao contrário do seu chefe Himmler, o soldado frustrado, Heydrich satisfaz sua vontade de ver ação militar real.
Era um grande risco para um homem de sua importância no Terceiro Reich. E mostra muito sobre seu desejo de provar que não era bom só atrás de uma mesa, mas também de um avião, ele se arriscava e era um macho alfa, como chamamos atualmente.
Mais uma vez, o apoio da Luftwaffe ao Exército é fundamental para derrotar os franceses e britânicos. Em seis semanas, a Europa Ocidental está sob controle nazista, e Göring é o homem do momento.
Esse jeito nazista de se “livrar dos judeus” e outras etnias inconvenientes foi um soco na ética mundial que deixou tal barbarismo acontecer. Também fica um desafio: como o cidadão comum, conectado à família e ao trabalho tradicional, pode interferir e evitar que grupos truculentos que assumem o poder querem se perpetuar nele? Primeiro, é ter consciência do que está acontecendo, sem ser bloqueado pela falta de educação ou por falsas narrativas; segundo é ter armas à disposição que possam fazer o enfrentamento pela força. Na Alemanha não havia essas condições, como também não existe no Brasil. Felizmente, na época de Hitler havia países com pessoas de bom senso critico, como Winston Churchill na Inglaterra, que fez o contraponto da resistência e evitou a preponderância do mal, como parece estar se delineando agora, quando as iniquidades como corrupção e fraudes são aceitas pelas instituições que deveriam garantir o andamento correto dos diversos procedimentos sociais, como aconteceu com a recente eleição para presidente nos Estados Unidos. O país mais importante na defesa das liberdades democráticas, terminou sucumbindo a fraude eleitoral e colocando no poder uma pessoa com o mínimo de representatividade social, engajado num processo mundial de governo único, uma Nova Ordem Mundial. Nós, cidadãos comuns, que observamos com senso crítico tudo isso se desenrolar, só podemos pedir socorro às instâncias espirituais, capitaneadas pelo Cristo, como governador planetário, imune a qualquer tipo de corrupção ou fraude.
Interessante procurar saber como o mal pode se desenvolver e ameaçar todos os países do mundo. O que se passou na Alemanha Nazista sob o comando de Hitler e seus asseclas, abordado pela Netflix em uma série sob o título “Hitler’s circle of evil” serve como um bom campo para nossas reflexões.
LXIV
Em 1934, enquanto Himmler bebia chá com o Führer, Heydrich orquestrava um expurgo sangrento da SA, o grupo paramilitar original do Partido Nazista. O que acontece é um dos atos mais infames de violência politica. Chama-se a “Noite das Facas Longas”. E, caramba, que facas afiadas!
Acredita-se que em três dias, entre 150 e 200 pessoas foram mortas. Mas o alvo principal era o líder da SA, Ernst Röhm. Ele é o padrinho de um dos filhos de Heydrich. Então, eles estão dispostos a sacrificar um amigo pessoal para ter ganhos políticos e pessoais.
A Noite das Facas Longas estabeleceria a SS como a principal agência de segurança, vigilância e terror do partido, tornando Himmler o novo principal capanga de Hitler. Mas é Heydrich que deve ser observado, mostra mais potencial.
O extraordinário sucesso da SS só pode ser explicado porque Himmler e Heydrich trabalham muito bem juntos. Eles têm talentos que se complementam. Um deles leva jeito para cultivar relações próximas com a liderança nazista, e o outro é um talentoso e eficiente administrador do terror.
JANEIRO DE 1939
Cinco anos após a eliminação de seus rivais da SA, Heydrich está encarregado de toda polícia e agência de segurança no novo Reich. E é como líder da polícia do regime nazista que ele recebe um curto e importante memorando do segundo em comando do Führer, Hermann Göring. Ele o instrui a trabalhar em uma solução... para o problema dos judeus, por meio de emigração ou evacuação... da forma mais conveniente possível.
A pessoa dentro de um grupo que se comporta com os princípios do mal, nunca se sente seguro. Mesmo participando da cúpula do poder, sempre está combatido pelos companheiros, que esperam só a oportunidade para o desestabilizar. Aconteceu com Ernst Röhm, companheiro de Hitler de primeira hora, que fez enfrentamentos armados nas ruas, que foi exilado fora do país, mas nada disso é reconhecido ou respeitado na hora que se torna inconveniente, de alguma forma. Foi eliminado sem compaixão, pelos próprios companheiros. Fato semelhante aconteceu com o prefeito Celso Daniel do PT. No momento que discordou das manobras corruptas que solapava seu munícipio, também foi eliminado sumariamente e até hoje não se sabe quem foram os autores. Também, essas pessoas perigosas que buscam o poder com as armas do mal, podem agredir de morte seus adversários, como quase acontecia com o presidente Bolsonaro, atacado covardemente durante a campanha política. É preciso que as pessoas de bem, que estão alinhados com o Mestre Jesus, tenham o senso crítico suficiente para descobrir quem são essas pessoas do mal e se afastem delas, que não deem ouvidos as suas narrativas.
Interessante procurar saber como o mal pode se desenvolver e ameaçar todos os países do mundo. O que se passou na Alemanha Nazista sob o comando de Hitler e seus asseclas, abordado pela Netflix em uma série sob o título “Hitler’s circle of evil” serve como um bom campo para nossas reflexões.
LXIII
Reinhard Heydrich é o segundo em comando de Himmler e líder do infame SD, a agência secreta de inteligência da SS. Enquanto Himmler foca detalhe e doutrina, é ele quem faz o serviço.
Heydrich é um ideólogo frio e pragmático. Ele não é um sonhador. É alguém que tenta implementar a visão ideológica. Se quiser um desenho cartunesco de um membro maligno da SS, desenhará Heydrich. Ele é alto e loiro. É esperto. É um ótimo esgrimista e altamente ambicioso.
A reputação de Heydrich é tanta que até Himmler precisa tomar cuidado. Heydrich era totalmente implacável e sabia aterrorizar as pessoas. Ele instigava medo em amigos e inimigos. Deixava as pessoas aterrorizadas só de estar na mesma sala que ele. Quando Himmler o conheceu, Heydrich era um homem sem futuro.
1931 – MUNIQUE
Em 1931, enquanto Himmler estava formando sua nova organização paramilitar, a SS, Heydrich estava desempregado e desesperado. Antes de Heydrich se juntar a Himmler, ele estava acabado. Afinal de contas, havia perdido seu cargo na Marinha. A causa de sua desonra foi um vergonhoso triângulo amoroso. Ele estava noivo de duas mulheres ao mesmo tempo, e o pai de uma delas era um homem influente, com contatos no comando superior da Marinha. Heydrich cometeu o erro de largar a garota errada. E seu poderoso pai exigiu que a honra dela fosse restaurada. Heydrich foi exonerado, não tanto por causa dos dois noivados, mas por ter tratado o caso com desprezo, o que era inaceitável para um oficial naval alemão.
PARA ALUGUEL OU VENDA JUNTO COM VIVENDA E RESIDÊNCIA
O momento não poderia ser pior. Com o início da Grande Depressão, ele ficou em apuros e sem perspectiva de carreira. Mas sua noiva favorita lhe deu uma tábua de salvação. A mulher com quem ele iria se casar, Lina von Osten, era, ao contrário dele, apoiadora do movimento nazista já há algum tempo. Foi ela que o apresentou ao movimento e o encorajou a fazer a entrevista com Himmler.
Himmler buscava alguém para criar um novo serviço secreto de inteligência, o SD, dentro de sua SS. Heydrich nunca havia trabalhado com espionagem, mas não deixou isso atrapalhá-lo.
Que experiência Heydrich tem em rede de inteligência? Nenhuma. Ele só leu, quando criança, histórias de detetives e de espiões. E ele usa seu conhecimento dessas histórias para impressionar Himmler sobre um serviço de inteligência.
Para sorte de Heydrich, Himmler, o aspirante a soldado, ficou fascinado pela atitude do ex-oficial. Himmler, que desejava ser um soldado, sem nunca ter sido um, fica impressionado pelo porte, linguajar e pela aparência militar, e decide incumbir a Heydrich a tarefa de criar o SD.
Após ser bem-sucedido em seu primeiro ato de enganação, Heydrich agora era o mestre de espionagem de Himmler. Aquele era o limite de sua experiência, mas foi o bastante, pois, como veremos, Heydrich aprende na prática como ninguém.
Em Heydrich, Himmler encontrou um braço direito implacável, pronto para fazer o trabalho sujo que outros não aguentavam. Ele é muito eficiente, por causa de sua crueldade.
Essa atração por sintonia vibracional é importante ser conhecida e estudada. Como moscas que se sentem atraídas pela sujeira, assim, também as pessoas que vibram de forma maligna, se sentem atraídas por grupos como o nazismo e o PT. Diferente de outro movimento vibracional, como as abelhas que se sentem atraídas pelas flores.
Interessante procurar saber como o mal pode se desenvolver e ameaçar todos os países do mundo. O que se passou na Alemanha Nazista sob o comando de Hitler e seus asseclas, abordado pela Netflix em uma série sob o título “Hitler’s circle of evil” serve como um bom campo para nossas reflexões.
LXII
CAPÍTULO 7 – ASCENSÃO E QUEDA DE REINHARD HEINDRICH
Em 1939, a declaração de guerra do Führer proclama a ascenção de uma das figuras mais fanáticas do círculo íntimo de Hitler. O chefe da SS Heinrich Himmler.
A eclosão da guerra dá a Himmler oportunidade de realizar seus sonhos, seus pensamentos raciais distorcidos para o futuro da Alemanha. Tudo isso poderia acontecer.
Para realizar seus sonhos, Himmler tem em sua SS o nazista mais cruel de todos. Seu nome é Reinhard Heydrich. Ele é um operador completamente implacável. Manipulador e esperto. Alguém muito útil a se ter para a implantação de um estado policial.
Heydrich e Himmler formam um par formidável. Mas enquanto avançam com seus planos radicais, os rivais no círculo já tramam para acabar com a parceria mortal.
Göring olha para Himmler e pensa: “Quer saber? Seu garoto está indo bem. Logo virá problema para você.” E, claro, Bormann leva um pouco de crédito. É um jogo político bem antigo, e Bormann é mestre em jogá-lo.
A ascensão meteórica de Heydrich o tornará um alvo tanto dentro quanto fora do círculo íntimo de Hitler.
Esta é a história dos capangas de Hitler, na luta pelo poder, da ambição cega e dos bajuladores que criarão um monstro e alimentarão os horrores brutais do Terceiro Reich.
Setembro de 1939.
A invasão à Polônia está em andamento. E para Hermann Göring, líder da Luftwaffe e o homem mais poderoso do círculo íntimo de Hitler, tudo está saindo como planejado.
A Luftwaffe obtém muito sucesso. Acaba com cidades e vilarejos e destrói unidades polonesas. É uma parte essencial da Blitzkrieg e Göring leva crédito total por isso.
Fala de Göring mostrando cenas de ataques aéreos: “Neste filme, imagens penetrantes dão ao povo alemão uma impressão poderosa da campanha polonesa e mostram que cada inimigo no caminho será arrasado, destruído”.
É uma completa reviravolta para Göring. No início do ano, ele se opôs aos planos expansionistas de Hitler para o Terceiro Reich. Göring é bem cético quanto a essa empreitada, mas tudo deu certo de forma bem rápida. Isso dá a Göring a confiança de dizer: “É uma ótima ideia. Eu topo.”
Mas há outros no círculo íntimo que também percebem que a Polônia é a chance para brilhar. Heinrich Himmler, o fanático chefe da SS, busca por um plano radical de germanizar a Polônia ocupada.
Himmler é um ideólogo. De várias formas, ele é mais ideólogo que Hitler, se é que é possível. Ele é contra a todos que não são arianos ou teutões. Ele é um ideólogo nacional-socialista fervoroso. Tem uma visão assustadora para a Alemanha futura. É uma visão da qual o Führer compartilha, enquanto celebra sua vitória no Reichstag. Seus planos são claros e intransigentes. Primeiro: a criação de uma frente do Reich, de acordo com condições históricas, etnocratas e econômicas. Segundo: a disposição de um espaço vital de acordo com as nacionalidades, que resolveria o problema...
As palavras do Führer confirmam a Himmler que a Polônia é onde suas ideologias compartilhadas podem virar realidade. Himmler planeja tornar grande parte do território polonês em Lebensraum, ou “espaço vital”, para uma nova raça alemã superior. Ele não só quer se livrar dos judeus, mas também dos eslavos e dos deficientes físicos. Ele pensa: “Vou arianizar a sociedade alemã. Reproduzir gente superior. Vou germanizar todos os lugares que ocupamos.”
O objetivo de Himmler é expulsar milhões de poloneses étnicos e judeus do oeste da Polônia para abrir espaço para alemães. É um projeto radicar motivado não só pelo fanatismo de Himmler, como também pela sua fome de poder.
Quando tudo já estiver germanizado e já tiverem criado o Lebensraum, será a SS que comandará o show. Ao passarem aos territórios ocupados, o papel e a autoridade de Himmler aumentam ao mesmo tempo. E ele tem seu exemplo de supremacia ariana para fazer o trabalho.
Como é perigoso um grupo se instalar no poder e influenciar de forma nociva a vida de milhões de pessoas, sem que essas se deem conta do que está acontecendo. Aconteceu com os alemães na gerencia de Hitler; aconteceu conosco, brasileiros, na gerencia de Lula. Não percebíamos o quanto de nossos recursos estavam sendo desviados de forma criminosa, de como o mal se desenvolveu sob os nossos olhos que não conseguiam ver. E hoje ainda observamos pessoa assim, não conseguem ver o mal que lhes fizeram e ainda defendem os algozes.
Interessante procurar saber como o mal pode se desenvolver e ameaçar todos os países do mundo. O que se passou na Alemanha Nazista sob o comando de Hitler e seus asseclas, abordado pela Netflix em uma série sob o título “Hitler’s circle of evil” serve como um bom campo para nossas reflexões.
LXI
Em Berghof, Bormann está disposto a ocupar a nova vaga, então imediatamente trata de se distanciar de seu antigo chefe. Ele manda a esposa de Hess, Ilse, ser interrogada e ameaçada de despejo de sua casa. Mas ela apela a Eva Braun, e Hitler aceita que ela não estava a par do plano.
Em uma época mais feliz, Bormann havia batizado seus filhos de Rudolf e Ilse em homenagem aos padrinhos. Agora, mandou mudar os nomes legalmente. Em questão de dias, após lidar com tudo, a lealdade de Bormann é recompensada. Hitler elimina o posto de vice do Führer e, apesar de muitas objeções de Göring e Goebbels, nomeia Bormann como chefe da chancelaria, seu assistente mais próximo e guardião.
Com a astúcia de uma raposa, o operador de bastidores finalmente chegou ao auge do seu poder, no centro da injustiça, violência e do terror do Terceiro Reich. Dá para imaginá-lo pensando: “Agora eu consegui, Hess é passado. Tenho tudo isso à minha frente.” Talvez estivesse com os pés na mesa, pegando um cinzeiro para poder fumar.
Para Bormann, é um momento singular.
Na Inglaterra, Hess é levado para um local fora de Londres. Ele está sendo mantido em cativeiro, deve achar que fracassou. Sente-se mais solitário do que sentia no Terceiro Reich. Deve saber que seu futuro é incerto e que foi difamado não só no círculo íntimo, mas por todo o mundo. Eliminado. Ele está no auge do desespero. Para ele, só há uma saída. Ele atinge o ponto mais baixo e tenta se suicidar, jogando-se do corrimão em direção ao saguão do prédio. Mas ele falha de novo. Ele quebrou a perna na queda, sente muita dor. Deve ser seu pior momento. Não só falhou em sua missão, como também falhou em se suicidar.
Rudolf Hess permanecerá preso pelo resto da vida. Ele abre seu coração em cartas da Cruz Vermelha para a família e amigos. “Meus queridos, devem imaginar como ando pensando em vocês. Meus pensamentos também estão com o Führer e a nação. Um dia eu voltarei para casa, e anseio muito por isso. É verdade que eu não consegui nada. Não consegui parar a loucura da guerra e não impedi o que previ que acontecerá, mas fico feliz de ter tentado.”
De um lado ele escreveu algo bem humano. Era um homem que queria paz, não guerra. Do círculo íntimo, ele era o menos beligerante de todos. Mas não devemos ser bonzinhos com ele. Ele propagou e ajudou a chegar ao poder um dos regimes mais malignos que já se viu.
Com um homem a menos, os capangas de Hitler reavaliam suas posições.
Göring está vulnerável. Já Goebbels e Himmler, mantêm-se firmes. E Bormann está a passos largos à frente dos rivais.
Mas com o avanço da guerra, as disputas dentro do círculo íntimo ficarão mais intensas ainda.
O menos mau dentro de um circulo de pessoas endiabradas, não passa a ser bonzinho por ter uma ação positiva. Hess comungou com as estratégias do mau desde o início, mesmo que tenha sido motivado por algo grandioso para a pátria. Com o desenrolar dos acontecimentos e com o fortalecimento do grupo na estrutura do poder, sempre usando de táticas distantes da ética e da fraternidade, se torna compreensível que o membro menos ousado e beligerante de todos terminasse no ostracismo. Seria melhor ter saído de dentro do grupo, se realmente fosse tocado por um sentimento realmente positivo. Foi como observamos aqui no Brasil com os asseclas de Lula enquanto estavam no poder e sufocando a nação com a corrupção massiva em todos os setores. Pouquíssimas pessoas saíram de dentro de tal círculo maligno, e até hoje, fora do poder, continuam lutando com as armas da mentira, das falsas narrativas contra quem se apresenta com bons princípios e mostram que lutam contra a corrupção. Mas tanto aqui no Brasil quanto lá na Alemanha e no mundo como um todo, o mal pode prevalecer em algum momento, mas em seguida a vontade de Deus volta a ser dominante. Estamos vendo agora, a escalada do mal em todo o mundo, como a escalada do Anti-Cristo, previsto nas profecias, mas também, logo em seguida, irá prevalecer a vontade de Deus através daqueles que resistem ao canto de sereia do Maligno.