Sióstio de Lapa
Pensamentos e Sentimentos
Meu Diário
25/07/2020 00h23
MATÉRIA ESCURA 

            Um documentário da Netflix, The Most Unknown, traz diálogos interessantes sobre temas já abordados que é interessante refletirmos sobre alguns, como é o caso do primeiro sobre a Matéria Escura. Vejamos, com a participação de Jennifer Macalady, Ph.D., microbiologista da Universidade de Penn State e Davide D’Ângelo, Ph.D., físico da Universitá degli Studi di Milano.

            JM – Estou indo a um laboratório de física conversar com um físico em seu próprio Habitat, o que é sempre interessante de se ver. Um organismo em seu habitat natural. Sou microbiologista. Espero que o físico seja capaz de comunicar o que ele faz e o porquê em termos que eu consiga entender. Quero manter a mente aberta sobre isso.

            Ela se dirige para o Laboratório Nacional de Gran Sasso, Itália.

            JM – Você é por acaso D’Ângelo?

            DD – Sim, sou eu

            JM – Sou a Jennifer.

            DD – Matéria Escura é algo que não sabemos o que é. Acreditamos que a matéria escura esteja lá, mas nunca a detectamos. 

            JM – O que é Matéria Escura?

            DD – Não sabemos.

            JM – Que legal. Por isso é chamada de escura.

            DD – Exato.

            JM – Sabe, temos matéria escura em microbiologia também. Roubamos o termo.

            DD – Por que o usam?

            JM – Temos evidência que há cerca de 35 trilhões de espécies microbianas e... conhecemos cerca de um milhão. Então, o resto é matéria escura.

            DD – É, acho que faz sentido porque o que chamamos de Matéria Escura é um tipo de partícula nova, que ainda não descobrimos.

            JM – Então, a hipótese é que a Matéria Escura exista porque é consistente com todas as nossas observações. 

            DD – Exato.

            JM – Então, talvez não exista, mas achamos que sim por causa do...

            DD – Até a detectarmos, não podemos afirmar com certeza. Todas as observações apontam para essa direção.

            JM – É muito misterioso.

            DD – Matéria Escura é um dos grandes desconhecidos na física de partículas. De toda a matéria que deve existir, cerca de 85% é invisível. Essas partículas se movem através de nós pelos nossos corpos enquanto conversamos. A maioria passa sem nenhuma interação. 

            JM – Então, como vai encontra-las? Como vai detectá-las?

            DD – Então, por que estamos aqui? Estamos abaixo de cerca de 1.800 metros de rocha. Estamos no subsolo porque os experimentos aqui, seja os que procuram Matéria Escura ou neutrino, ou qualquer outro tipo de evento raro, eles precisam estar protegidos da radiação cósmica. Há prótons ou íons mais pesados que aquecem a atmosfera. Eles criam chuva de partículas que nos atingem na superfície. A montanha é um filtro para isso. Então, quando está aqui, há o chamado “silêncio cósmico”.

            JM – Estamos no silêncio cósmico. Embaixo da montanha. Amo isso.

            DD – Você pode ouvir os raios cósmicos aqui.

            JM – Adoraria ver o novo detector.

            DD – Tudo bem. Ainda não está pronto.

            JM – Tudo bem. Esse é seu novo experimento?

            DD – Sim. Ainda é um protótipo. Vai provar todo o conceito da detecção.

            JM – E então, dessa Matéria Escura que achamos que existe, mas não temos certeza. O cristal que vai colocar aí dentro vai ajuda-lo, e será o melhor detector possível que você sabe construir? 

            DD – Sim. Há cristais lá dentro.

            JM – Como você ver o que o cristal está vendo? Como o cristal conversa com você aqui fora?

            DD – Ele emite luz e há dois fotomultiplicadores em cada lado. Então, você lê os fotomultiplicadores do lado de fora aqui. É bem simples. Você vê a luz e registra. É simples.

            JM – Esse é meu amigo, o físico da Matéria Escura.

            DD – O que é mais simples que isso?

            JM – Confesso que comecei do zero na Matéria Escura. Isso é o que entendo de como funciona.

            DD – Estamos rodando em um mar de partículas de Matéria Escura.

            JM – Há um... recipiente?

            DD – Então, construímos um detector que é... cujo centro é...

            JM – Um cristal especial, cultivado de forma cuidadosa.

            DD – Um cristal de iodeto de sódio.

            JM – Quando o cristal é atingido por essa partícula de Matéria Escura...

            DD – Você vê um pequeno flash de luz.

            JM – Essa luz é detectada por esses aparelhos na borda do recipiente. E esses aparelhos, então, traduzem a luz em um pulso elétrico que vai para um computador que diz: “Oi, Matéria Escura. Estou aqui.” Se você tivesse que... sei que não é o que fazemos, mas se você fosse chutar, onde estaria a Matéria Escura? Dá para chutar? Não arriscaria um chute?

            DD – Ciência não chuta.

            JM – Eu sei que não chuta. Mas, às vezes, sonho com resultados que talvez possa atingir.

            DD – Posso dizer. Aqui, você vê o modelo... o Modelo Padrão Supersimétrico Mínimo para ver Matéria Escura nessa área aqui. Modelo de dimensões extra para ver Matéria Escura nessa área aqui. Esses outros estarão aqui. Esses outros estarão aqui.

            JM – Em minha área, há uns dez anos, se me perguntasse onde estaríamos hoje, teria dificuldade de responder porque estamos... Não estamos só...

            DD – Entendo.

            JM – Não estamos só preenchendo detalhes, estamos examinando uns abismos escuros nos quais não conseguimos enxergar bem. E dependendo de onde a lanterna ilumine primeiro, talvez tomemos uma direção completamente diferente. É difícil, quando se está nesse limite do desconhecido, é muito difícil dizer para onde a ciência vai em seguida. É onde a física da Matéria Escura está agora ou... há algo mais análogo?

            DD – Estamos prestes a conseguir algo que não sabemos o que é. É inacreditável que haja muito mais matéria no universo do que percebemos até agora. Não sabemos o que é. Precisamos descobrir se é verdade, se há Matéria Escura lá, se há outra explicação sobre a qual ainda não pensamos. Porque ciência também é isso. Às vezes você passa anos procurando algo, e no final, ele não está lá. E você tem que mudar a forma como estava pensando sobre as coisas.

            JM – Pessoal, isto é incrível, são estalactites. Está vendo? Um canudo de soda. São estalactites.

            DD – Este lugar não existia há 20 anos, não pode ser.

            JM – Pode sim. Gostaria de saber do que é feito.

            DD – Pode ser sal. Então pode crescer rápido. Vê essas manchas? São todas de micróbios que buscam a luz. Todas. O vermelho é um tipo, o escuro é outro, o verde é outro.

            DD – Então há sabores como neutrinos.

            JM – Sim. Sabores de micróbios.

            DD – Quantos há?

            JM – Há 35 trilhões de sabores.

            DD – É mais que nossos três sabores. Os seus são estéreis?

            JM – Os nossos não são estéreis. Não conhecemos nenhum sabor estéril ainda. Isso seria... uma pergunta interessante. Há um problema em biologia onde achamos que toda a vida, todas as 30 trilhões de espécies, descendem do mesmo ancestral. Mas, e isso significa que é fácil vê-las, porque sabemos o que procurar. Mas se há outro ancestral, não seríamos capazes de vê-lo, por não sabermos pelo que procurar.

            JM – Há quanto tempo procuramos por isso? Essa Matéria Escura? Há quanto tempo a estamos buscando?

            DD – Pelo menos 20 anos em Fond du Lac. Talvez mais. Claro, se você vir a Matéria Escura, ganhará o Nobel. Se não, fará uma boa publicação.

            JM – O que o torna diferente? O que o faz querer pesquisar algo que nem sabemos que existe?

            DD – Deve existir.

            JM – Como sabe disso?

            DD – Ciência é uma jornada que o leva a lugares onde ainda não esteve. Alguns preferem se concentrar na Ciência da Vida. Outros preferem entender como o universo foi construído. Só estudei Física, então não sei como minha mente seria se tivesse estudado outro assunto

            Esse diálogo entre dois cientistas mostra como existem dúvidas e incertezas dentro da ciência. Esta hipótese da Matéria Escura é uma boa aproximação com o mundo espiritual que sabemos da sua existência, temos dados que provam cognitivamente essa realidade, mas que a ciência não tem aproximação. Eu poderia dizer que o mundo espiritual coexiste dentro da Matéria Escura, que ambas permeiam todo o universo material sem com eles oferecerem interação direta. Essas reflexões ainda vão se estender ao longo do tempo.

Publicado por Sióstio de Lapa
em 25/07/2020 às 00h23
 
24/07/2020 00h22
EITA E FAMÍLIA UNIVERSAL

            Talvez eu tenha dado o primeiro passo objetivo dentro da proposta da Escola-Igreja Trabalho e Amor (EITA) na construção da Família Universal com base no trabalho e Amor incondicional.

            Fui à casa de Josiane na companhia de Simone. Ela é paciente do CAPS. Fui lá sem motivação sexual, apenas de solidariedade com a sua situação dela, de mãe sem marido, sem emprego, vivendo com os benefícios do INSS, com depressão e com três filhos sob sua dependência e orientação.

            Comprei uma sacola de alimentos por 50,00 reais e fui com Simone ao encontro que havia combinado com ela, as 16h do sábado, dia 18-07-20.

            Estava em casa com os três filhos. Moveis espalhados pelo chão, desarrumados, sem cadeira para sentarmos. Conversamos em pé. Falei da Polishop, que iria levar seus dados para fazer seu cadastro e ela ter a possibilidade de vender para ganhar algum dinheiro. Disse que havia trazido uma sacola de alimentação para eles, e o filho foi até o carro comigo, para pegar.

            Quando cheguei em casa, na volta, ela mandou os dados que eu havia solicitado e abri logo a sua loja. Dei as dicas iniciais e disse que ela iria entrar em contato com Alice quanto a orientação sistemática.

            Foi feito o primeiro passo para uma ligação afetiva, sem foco sexual. Josiane é minha filha espiritual, e seus filhos, são os meus netos. Eu, como o pastor-professor dessa igreja-escola chamada EITA, que tem no trabalho e no amor a sua base, estou conduzindo uma das minhas primeiras ovelhas neste aprisco. Uma das tarefas, talvez a principal, seja a de manter o contato, a aproximação. Este vai ser um dilema, pois quanto mais ovelhas com esse perfil vai entrando no redil, menos tempo irei ter para atender a tantos casos. Tenho que encontrar uma forma de contornar este problema. 

            A estratégia do marketing multinível nos negócios talvez sirva para resolver a problemática da falta de tempo relacionada a entrada de novas ovelhas no aprisco. As minhas indicações diretas serão também minhas responsabilidades diretas. Mas devo procurar associar novas pessoas com as pessoas sob a minha responsabilidade. Essa ligação de Josiane poderia ter sido feita com Neta. A minha ideia de ir na casa dela com Neta e Idiana, seria para fazer essa inclusão com ela. Mas falhei no sentido de ter promovido com mais eficácia essa intuição que recebi. 

            Sinto que o Pai esteja me mostrando caminhos que eu deva seguir para fazer a Sua vontade e não a minha, mas o corpo envia impulsos para minha mente no sentido de boicotar o trabalho que precisa ser feito. Usa a preguiça e outros pecados capitais para desviar o meu foco. Portanto, o trabalho com Josiane ficou parcialmente realizado. Ela foi acolhida, entrou no aprisco, mas com a minha responsabilidade direta, enquanto podia ter ficado com a responsabilidade direta de Neta, com a observação de Idiana. Serviria para reforçar a rede de Neta e motivar Idiana para participar do nosso projeto, tanto com o foco comercial, como com o foco espiritual. 

            Espero ser mais competente nas próximas oportunidades. 

Publicado por Sióstio de Lapa
em 24/07/2020 às 00h22
 
23/07/2020 00h19
PROTÓTIPO DA FAMÍLIA UNIVERSAL

            Acredito que eu esteja dando passos seguros na formatação desta família universal que Jesus apontou como base para o Reino de Deus. E parece que os filhos se tornam como “um agente catalisador” importante, ao lado dos instintos biológicos. O primeiro associado ao aspecto espiritual, a fraternidade, força harmônica para manter o fluxo do amor, e o segundo associado ao aspecto material, a sexualidade, força reprodutiva para manter os seres biológicos.

            Procurando desenvolver a vontade de Deus, inteligência suprema que sei, encontra-se em qualquer ponto do universo assim como dentro de mim, procuro manter os meus relacionamentos com essa força motriz divina e bifurcada, na matéria e no espírito, assim como fomos criados. Na primeira bifurcação, material, encontro a energia da sexualidade, mesmo debilitada nas funções biológicas, pelos meus 67 anos, mas íntegra nas funções psicológicas; na segunda bifurcação, espiritual, encontro a energia do amor incondicional, representada na lição deixada por Jesus, de fazer ao próximo aquilo que desejamos ser feito a nós. 

Nesse ponto existe a confluência de forças: as mães que desejam o melhor para seus filhos, por um imperativo biológico e os desejos sexuais por parceiros masculinos; os pais (parceiros masculinos) que desejam as parceiras femininas, por um imperativo biológico para a reprodução dos seus gens. Observamos que prevalece nessa primeira reflexão as forças biológicas associadas à matéria. Como pode entrar nesse contexto as forças espirituais?

O espírito é quem tem as condições morais de entender e praticar o amor incondicional, aquele que não impõe nenhuma condição, que deve seguir a bússola comportamental que o Mestre nos ensinou: fazer ao próximo aquilo que desejamos para nós. Se o meu desejo sexual aponta para determinada parceira feminina, que tem um filho com o qual tem o máximo desejo de fazer o bem, a minha força instintiva deve se aliar ao que ela deseja, sabendo que esse desejo dela é positivo: colocar ordem na vida de uma pessoa sob sua responsabilidade. 

O espírito é quem vai tomar a decisão: seguir os desejos da carne e simplesmente ir em busca do orgasmo e espalhar os seus gens em busca de mais disseminações do seu corpo, ou seguir as lições do Mestre e se aliar as preocupações dessa parceira feminina que é mãe e procura salvar o seu filho? Seguindo este último caminho o espírito se engaja no amor incondicional, trata o filho dela como se fosse seu, dentro de todo seu contexto de atividades, onde pode encontrar outras parceiras femininas, com todo tipo de ideologia com relação ao sexo e a reprodução.

Publicado por Sióstio de Lapa
em 23/07/2020 às 00h19
 
22/07/2020 00h18
VINHA DE LUZ 11 – ABRE A PORTA

            João escreveu em seu Evangelho (20:22) que Jesus, após o Calvário, compareceu a reunião dos companheiros, espalha sobre eles o seu espírito de amor e vida, e exclamando disse-lhes: Recebei o Espírito Santo.

Fica a pergunta... por que não se ligaram as bênçãos do Senhor, automaticamente, aos aprendizes? Por que não transmitiu Jesus, pura e simplesmente, o seu poder divino aos sucessores? Ele, que distribuíra dádivas de saúde, bênçãos de paz, recomendava aos discípulos recebessem os divinos dons espirituais. Por que não impor semelhante obrigação?

É que o Mestre não violentaria o santuário do livre arbítrio de cada filho de Deus, onde nem o próprio Deus pode intervir, nem mesmo por amor.

Cada espírito guarda seu próprio tesouro no coração e só ele pode abrir as portas sagradas à comunhão com o Pai. 

O Criador oferece à semente que plantou dentro de nós, nosso espírito, o sol e a chuva, o clima e o campo, a defesa e o adubo, o cuidado dos lavradores e a bênção das estações, mas a semente terá que germinar por si mesma, elevando-se para a luz solar, para o Divino Pai. 

Todos nós recebemos, igualmente, o Sol da Providência e a chuva de dádivas, as facilidades da cooperação e o campo da oportunidade, a defesa do amor e o adubo do sofrimento, o carinho dos mensageiros de Jesus e a bênção das diversas experiências; todavia, somos constrangidos a romper por nós mesmos os envoltórios inferiores, elevando-nos para a Luz Divina.

As inspirações e os desígnios do Mestre permanecem à volta de nossa alma, sugerindo modificações úteis, induzindo-nos à legítima compreensão da vida, iluminando-nos através da consciência superior, entretanto, está em nós abrir-lhes ou não a porta interna.

É hora de pararmos a guerra de nossas criações inferiores, de ficarmos associados aos interesses egoístas, sem refletir com isenção sobre os fatos ao nosso redor, ter a firmeza e inteligência de descobrir a Verdade e a coragem de desmascarar as iniquidades, mesmo que elas nos beneficiem.

Podemos ficar muito tempo dentro associado a pensamentos ideológicos que ressaltam um lado positivo que pode ser alcançado e não relatam os pontos negativos que já foram atingidos e que desqualificam a ideia.

Penso no quanto tempo eu passei defendendo ideias socialistas, filiado e militante do PDT, associado a outros partidos de esquerda, sem saber o mal que eles causavam por onde conseguiam alcançar o poder. Cheguei a eleger o Lula na sua primeira eleição e o defendia, até descobrir que ele promovia atos de iniquidades, de corrupção, e que mentia descaradamente. Foi quando eu procurei ver com outros olhos o outro lado que não me mostravam e descobri o quanto eu estava sendo manipulado em direção a interesses que não tinha nada a ver com o meu projeto espiritual. 

Cessemos, pois, a guerra de nossas criações inferiores do passado e abramos a porta, cada dia, às realizações novas de Deus, instituídas a nosso favor, perseverando em receber, no caminho, os dons da renovação constante, em Cristo, para que nossa semente se desenvolva para a vida eterna, para a proximidade do Pai.

Publicado por Sióstio de Lapa
em 22/07/2020 às 00h18
 
21/07/2020 00h17
CONCEITUAÇÃO ESPÍRITA - 03

            O site consciencial trouxe um texto longo, mas importante para nossa reflexão da vida, principalmente para quem tem o foco espiritual. Vejamos o que é escrito nesta terceira e última tomada.

            Seguindo essas teorias e embarcando na ideia lançada por André Luiz em Evolução em Dois Mundos, segundo a qual somos co-criadores dessa consciência universal, e cada vez mais responsáveis por gerir o estado vibracional das nossas próprias “cordinhas” – a chamada dimensão Psi, por vários investigadores espíritas – à medida que delas nos conscientizarmos, chegaremos à harmonia perfeita quando realmente entrarmos em sintonia com a consciência geradora que está em nós, e também no todo, vulgarmente conhecida por Deus, ou como alguns físicos teóricos sustentam “O Supremo Agente Estruturador”.

Leiamos o Codificador em O Livro dos Espíritos:

5. Que dedução se pode tirar do sentimento instintivo, que todos os homens trazem em si, da existência de Deus?

- “A de que Deus existe; pois, donde lhes viria esse sentimento, se não tivesse uma base? É ainda uma consequência do princípio – não há efeito sem causa”.

7. Poder-se-ia achar nas propriedades íntimas da matéria a causa primária da formação das coisas?

- “Mas, então, qual seria a causa dessas propriedades? É indispensável sempre uma causa primária”.

Interpretemos Allan Kardec em A Gênese, Cap. II - A Providência:

20 - A providência é a solicitude de Deus para com as suas criaturas. Ele está em toda parte, tudo vê, tudo preside, mesmo às coisas mais mínimas. É nisto que consiste a ação providencial.

“Como pode Deus, tão grande, tão poderoso, tão superior a tudo imiscuir-se em pormenores ínfimos, e preocupar-se com os menores atos e os menores pensamentos de cada indivíduo?” Esta a interrogação que a si mesmo dirige o incrédulo, concluindo por dizer que, admitida a existência de Deus, só se pode admitir, quanto à sua ação, que ela se exerça sobre as leis gerais do Universo; que este funcione de toda a eternidade em virtude dessas leis ás quais toda criatura se acha submetida na esfera de sua atividade sem que haja mister a intervenção incessante da Providência.

Esta consciência única do raciocínio quântico transforma-se em dois elementos: um objetivo e outro subjetivo. O subjetivo chamamos de ser quântico, universal, indivisível. A individualização desse ser é consequência de um condicionamento. Esse ser quântico é a maneira como pensamos em Deus, que é o ser criador dentro de nós.

Voltemos ao gênio de Lyon em A Gênese, Cap. II - A Providência:

- Sendo Deus a essência divina por excelência, unicamente os Espíritos que atingiram o mais alto grau de desmaterialização o podem perceber. Pelo fato de não o verem, não se segue que os Espíritos imperfeitos estejam mais distantes dele do que os outros; esses Espíritos, como os demais, como todos os seres da Natureza, se encontram mergulhados no fluido divino, do mesmo modo que nós o estamos na luz.

Geralmente, nós interpretamos Deus como algo unicamente externo. Pensamos em Deus como um ser separado de nós. Isso é a causa dos conflitos. Se Deus também está dentro de nós, podemos mudar por nossa própria vontade. Mas se acreditamos que Deus está exclusivamente do lado de fora, então supomos que só Ele pode nos mudar e não nos transformamos pela nossa própria vontade. Não podemos excluir a nossa vontade, dizendo que tudo ocorre pela vontade de Deus. Temos de reconhecer o deus que há em nós, como afirmou o Doce Amigo há dois mil anos. Então seremos livres.

Allan Kardec atesta em A Gênese Cap. II - A Providência:

24 - (...) Achamo-nos então constantemente, em presença da Divindade; nenhuma das nossas ações lhe podemos subtrair ao olhar; nosso pensamento está em conta ininterrupto com o seu pensamento, havendo, pois, razão para dizer que Deus vê os mais profundos refolhos do nosso coração. Estamos nele, como ele está em nós, segundo a palavra do Cristo.

Para estender a sua solicitude a todas as criaturas, não precisa Deus lançar o olhar do Alto da imensidade. As nossas preces, para que ele as ouça, não precisam transpor o espaço, nem ser ditas com voz retumbante, pois que, estando de contínuo ao nosso lado, os nossos pensamentos repercutem nele.

Concluímos com Allan Kardec em O Livro dos Espíritos, resumindo toda esta teoria da física moderna de forma magistral, simplesmente espantosa, acreditem.

27. Há então dois elementos gerais do Universo: a matéria e o Espírito?

- “Sim e acima de tudo Deus, o criador, o pai de todas as coisas. Deus, espírito e matéria constituem o princípio de tudo o que existe, a trindade universal. Mas ao elemento material se tem que juntar o fluido universal, que desempenha o papel de intermediário entre o Espírito e a matéria propriamente dita, por demais grosseira para que o Espírito possa exercer ação sobre ela. Embora, de certo ponto de vista, seja lícito classificá-lo com o elemento material, ele se distingue deste por propriedades especiais. Se o fluido universal fosse positivamente matéria, razão não haveria para que também o Espírito não o fosse. Está colocado entre o Espírito e a matéria; é fluido, como a matéria, e suscetível, pelas suas inumeráveis combinações com esta e sob a ação do Espírito, de produzir a infinita variedade das coisas de que apenas conheceis uma parte mínima. Esse fluido universal, ou primitivo, ou elementar, sendo o agente de que o Espírito se utiliza, é o princípio sem o qual a matéria estaria em perpétuo estado de divisão e nunca adquiriria as qualidades que a gravidade lhe dá”.

Luís de Almeida é dirigente do Centro Espírita Caridade por Amor, da cidade do Porto, Portugal, com página na Internet://www.terravista.pt/PortoSanto/1391 Portal do Espírito: //www.espirito.org.br/index.asp

Concluindo, a Teoria das Supercordas é considerada uma das mais complexas e belas hipóteses para explicar a estrutura básica do nosso universo. Ela parte do pressuposto de que, na verdade, as partículas que compõem os átomos (quarks, elétrons, neutrinos entre outras do zôo subatômico), na verdade não são compostas por algum tipo de “matéria”, mas são o resultado da vibração de uma “corda”.

Segundo essa hipótese, tal “corda” seria infinitamente pequena, parecendo-se com um ponto, e todas as características da partícula (como massa, spin, carga e outras) seriam fruto de uma “vibração” dessa corda. Ela estaria contida num ambiente multidimensional (alguns cientistas falam até em onze dimensões, além das quatro em que vivemos – largura, comprimento, altura e tempo) e, portanto, teríamos acesso só a alguns dos aspectos que as formam.

As equações que cercam a teoria das supercordas são tão complexas que ainda não existem soluções para elas, visto que ainda não foram obtidas ferramentas matemáticas novas que possibilitem solucioná-las, deixando o mistério sobre a teoria ainda maior. (AlexAlprim).

(Revista Espiritismo e Ciência 9, páginas 10-17)

            Encontramos dessa forma uma aproximação entre a ciência e a espiritualidade. O porquê de a ciência não ter ainda penetrado no mundo espiritual, pois somente agora está desenvolvendo a Teoria das Supercordas que parece ser o portal vibracional que deixa o acesso a uma e outra dimensão. Se eu consigo um estado vibracional, conscientemente, que cause uma vibração nas Supercordas em direção ao mundo espiritual, posso agir dentro dessa dimensão com o olhar científico e desenvolver novas formas de pesquisa. 

Publicado por Sióstio de Lapa
em 21/07/2020 às 00h17
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