É um dos santos relembrados hoje pela igreja católica, como primeiro sumo-sacerdote, no século XIII antes de Cristo. Aarão é o irmão mais velho de Moisés e tinha uma irmã mais jovem, Miriam. Ele foi enviado pelo Senhor para se reunir com Moisés no Monte Horeb. Os dois conversaram sobre a volta ao Egito a fim de efetuar a libertação do seu povo do cativeiro. Deus já havia aparecido a Moisés, indicando que Aarão seria seu porta-voz na nova missão. A partir daí os dois irmãos trabalharam lado a lado para garantir a liberdade para o seu povo oprimido. Mesmo depois da saída do Egito, Aarão continuou, pelo menos algumas vezes, como porta voz de Moisés para os filhos de Israel. Em Refidim, a pouca distância do deserto de Sin, Aarão e Hur sustentaram os braços levantados de Moisés na batalha vitoriosa com um grupo de amalequitas. Durante a estadia junto ao Monte Sinai, a Aarão e aos seus filhos Nadab e Abiú, juntamente com 70 anciãos de Israel, foi dado o privilégio especial de acompanharem Moisés além do limite na base da montanha do qual o povo normalmente não deveria transpor. Durante a ausência prolongada de Moisés do acampamento, Aarão condescendeu com a exigência do povo de terem “deuses” visíveis ao fazer um bezerro de ouro e liderou a sua adoração.
Essa história traz muitas reflexões. Primeiro, sobre a Natureza de Deus, que é claramente a favor de um povo em desfavor de outro, diferente daquele Deus ensinado por Jesus, cuja essência é o Amor, que não se arbitra de juiz para condenar ninguém. Cada um é condenado de acordo com a corte da própria consciência que o julga culpado e a desarmonia íntima leva à geração do sofrimento.
Segundo, é sobre a natureza dos homens escolhidos por Deus para serem seus profetas. São homens rudes, cheios de defeitos e fragilidades. Aaron, após pouco tempo que ficou sem a presença de Moisés, logo deixou-se abater pela opinião da turba e deixou acontecer a construção de um ídolo de adoração na forma de um bezerro de ouro, e passou a ser o sacerdote desse símbolo.
Para mim parece tudo isso algo muito distante do divino. Serve apenas mais como uma simbologia que sirva para a orientação de nossas ações. Reconhecer que todos somos imperfeitos, mas que devemos obedecer ao chamado de Deus, que deve acontecer na intimidade da consciência. Isso acontecendo, devemos nos pôr na trilha que Deus nos oferece, e sentir a segurança de que Ele sempre vai estar por perto quando por acaso viermos a precisar.
O objetivo que devemos alcançar pode ficar comprometido devido aos nossos próprios erros de interpretação, de voltar a nossa atenção para outros objetivos, outros deuses, e esquecer que o Deus principal nunca deixará de existir.
Acredito que o verdadeiro Deus, aquele cuja essência é o Amor, continua a recrutar consciências mais sintonizadas com o divino, mesmo que essa pessoa seja frágil e cheia de defeitos. O que mais importa é a honestidade de sentimentos e o esforço que é feito cotidianamente para se tornar melhor e diminuir a carga da ignorância.
Pode ser que não exista sobre essa pessoa a aura de um “profeta de Deus”, que está sendo portador de Sua palavra. Mas certamente essa pessoa possuirá a aura da fraternidade e sempre está engajada em ações sociais que visem a compreensão do mundo espiritual e da prevalência de Deus sobre tudo.
Após ter feito e publicado a resenha da Festa Junina na comunidade, vi uma série de comentários que achei por bem publicar mais uma vez neste espaço.
SL – Gostei do texto, FR, imaginei tudo o que você falou pela grandeza dos detalhes e tempo real dos fatos. O senhor é um ótimo roteirista. Parabéns! E em relação ao evento ontem! O que tenho a dizer é que também senti falta da sintonia entre as pessoas, que não só na festa ontem, mas esta propaganda nas ruas, nos lares e nas festas, pois está dentro do coração das pessoas “modernas” e para isso tem uma bela frase de um poeta sertanejo pra meditarmos: “Nesse sertão de gente, nesse mar de vaidade, quem tem ouvidos para ouvir com o coração????” Ela me trouxe várias respostas e espero que traga algo de bom para quem a lê! Pois só quem entender vai saber do que estou falando.
FR – Pois é SL... Por mais que tenhamos títulos acadêmicos, quando somos testados quanto à vontade de Deus, somos reprovados vergonhosamente. Tanto esforço feito por nossos irmãos, no trabalho, na organização, e nos perdemos dentro das motivações egoístas que sintonizam mais com o dinheiro ou o sexo e esquecemos a nossa carência espiritual. Mas não vamos desistir, o Pai nos chamou para trabalhar nesta seara e o Mestre nos deu o Evangelho para nos orientar. Vamos estudar e orar, e tentar mais uma vez praticar a vontade dEle. Felizmente estamos cheios de companheiros com boas intenções, e se não conseguimos ainda fazer a vontade do Pai, não é porque somos maus, e sim muito ignorantes.
RM – Positivo, SL, podemos perceber no texto sentimentos, melancolia, vindos de um ser especial... Sem hipocrisia, lutando com um monstro que está lá dentro de cada um nós, que muitas vezes nem percebemos. Ontem quando eu retornava a casa por volta das duas da madrugada, lembrei que eu tinha sacos de leite e não fui capaz de oferecer aquele moço; portanto, H, não é só você que tem dificuldades...
FR – Sim, precisamos orar mais ao Pai, pois nossas dificuldades são imensas.
JV – Percebi muita coisa nesse arraiá que teria sido muito melhor se fosse organizado e elaborado com mais calma e pensando na integração de todos. Fica a experiência para o próximo ano. Deveria ter sido v=feita reuniões com todos os participantes e ambulantes, uma divulgação melhor para atrair até a atenção de turistas, ter sido explicado melhor sobre nossa associação, enfim, tem muitos pontos que servirão como experiência.
FR – É mesmo Jaqueline, talvez tenhamos que fazer isso da próxima vez. Vou falar com o Paulo, ver se é possível reunirmos o pessoal da festa para fazermos uma avaliação global.
MST – Hoje estavam mostrando um morador de rua em Sampa. Porque você não está na tenda armada para amenizar o frio?
- “Tem pessoas que precisam mais do que eu.”
Uma lição!
Essa reflexão coletiva graças a essa experiência. Sempre perguntei-me por que? Essas pessoas passam a ser o que chamo “os invisíveis”! Quantas vezes eu passo por essas pessoas, tropeço nas suas chagas, aí eu paro para pedir desculpas. Desculpas pelo que mesmo? Por minha insensibilidade, incoerente com o que prego! Será que sou o que você pensa? Ou simplesmente um ego inflado na multidão? Precisamos estar atentos. Pensamentos... tem muita força! Transformam-se em ações e palavras. Tenho que vigiar as palavras para não machucar tanto. A quem pensávamos que estava indolor ou invisível.
WM – Grande noite. Abraços.
MST – Pegue lição para mim criatura.
WM – Cada um precisa fazer a sua parte.
GD – Muito bem, FR, a festa foi mais pagã que cristã. E por ser uma festa onde Cristo foi esquecido, o inimigo fez a festa, até com a gente que tem um conhecimento da vida espiritual. Caímos na armadilha, nos estressando.
FR – Talvez tenhamos ficado dispersos e confusos nesta festa junina, mas o Mestre ao nosso lado já está atuando, intuindo em várias mentes o que fazer para melhorar as ações evangélicas no meio de uma festa, mesmo que tenha alguns aspectos pagãos, mas o principal, não pode deixar de ser cristão. VAMOS NOS ORGANIZAR PARA O NATAL!
FR – Isso mesmo, FR, vamos sim. O Natal vai ser ainda melhor!! Temos que nos organizar para que tudo se saia bem. Tudo serve de aprendizado para quem quer aprender, principalmente os erros, né mesmo? Mas com amor e união com certeza teremos êxito na nossa missão de vida! Que tem que ser honrada por prazer e não por obrigação! E vamos que vamos. Abração e até mais focos de luz.
Enfim, parece que todos os companheiros tem essa mesma percepção, de que devemos nos esforçar mais para dar o destaque evangélico em nossas ações. Ainda bem!
Tudo corria em paz naquele pequeno hospital geral, de uma pequena cidade do interior. O tempo estava frio e a ameaça de chuva fazia pouca gente adoecer, um fenômeno que até hoje a ciência médica não conseguiu resolver.
Os técnicos de plantão bem que gostavam daquela situação, nenhum paciente chegando e poucos para atender, somente aqueles que o médico tinha avaliado e que havia deixado em observação. Se resumia em quatro pacientes, um idoso que chegara com pressão arterial elevada, uma mulher jovem com ameaça de aborto, um alcoólico de quarenta e poucos anos que se recuperava dos excessos das bebidas com comidas de milho, e uma freguesa do Pronto Socorro, diabética, que não conseguia obedecer a dieta.
Já se aproximava da meia noite e todos os técnicos já estavam recolhidos nos seus respectivos repousos, sem saberem que o tempo estava fechando cada vez mais, com nuvens tão pesadas que se aproximavam cada vez mais da terra.
Foi justamente no toque da meia, depois que muitos foram repousar, depois de assistirem a novela dos Dez Mandamentos, cujo episódio relatava os tremores de terra pelo qual Deus castigava seus filhos teimosos, que o inesperado aconteceu.
As nuvens que já descarregavam os seus conteúdos aquosos, se chocaram com forte descarga de energia, luminosa e auditiva. O clarão do relâmpago não foi percebido por muitos que já estavam de olhos fechados em seus leitos, mas o barulho ensurdecedor do trovão foi inevitável. Ainda bem que não tinha nenhum cadáver no necrotério, pois seria capaz dele ter se levantado atordoado. Mas os viventes não escaparam... a jovem assistente social que fora repousar impressionada com a novela, foi a primeira a chutar a porta de seu repouso e sair gritando pelo corredor em roupas mínimas: AI, MEU DEUS... SOCORRO!!!!
Esta foi a senha para o hospital entrar em desespero. O médico, ateu, logo imaginou um ataque terrorista onde um avião tinha sido jogado na caixa d’agua do prédio; o idoso que além de hipertenso era surdo, ficou apenas impressionado com tanta correria no hospital, altas horas da noite; a garota que esperava o seu primeiro filho e era muito católica, logo pensou que o brilho era da estrela de Belém e que os anjos com suas trompas exageravam no anúncio do nascimento do seu filho; o alcoólico, acostumado com seus delírios nas mesas do bar, já estava correndo para embarcar no brilhante disco voador que tinha freado na forma de corisco no telhado do hospital; e a diabética jurava que dessa vez iria cumprir a promessa de não comer açúcar para jamais voltar a esse endiabrado hospital.
Antes que todo mundo se acomodasse, e a bateria dos corações diminuíssem seus ritmos, ainda se podia ouvir o som estridente de uma ambulância que se afastava velozmente do hospital, cuja vítima era o próprio motorista, tentando escapar de um terremoto que vinha lhe pegar...
Depois que tudo passou e horror se transformou em piadas, jamais essas pessoas iriam olhar para esse hospital da mesma forma!
Mais uma vez (segundo ano) participamos da festa de São João na comunidade da Praia do Meio. No ano passado a AMA-PM foi quem protagonizou o evento e fiquei dentro dele do início ao fim, procurando dar uma conotação evangélica a essa festa religiosa que se tornou essencialmente pagã. Até mesmo as músicas que deviam evocar o simbolismo religioso, terminam por se contaminar com o erotismo e as quadrilhas passam a explorar mais as relações instintivas do primitivo do que intuitivas com o sagrado.
Este ano a AMA-PM participou como convidada, colocando apenas uma barraca dentro do evento, comercializando com prioridade as comidas típicas. O que evocava o Evangelho era apenas o símbolo das camisas que algumas pessoas usavam ou o adesivo para carros que eu acabara de receber da gráfica, com os dizeres: “EU SOU O CAMINHO, A VERDADE E A VIDA. JESUS. AMA PRAIA DO MEIO. NATAL-RN.”
Ainda tentei dar um toque de organização, de falar sobre os organizadores da festa, dos apoiadores e dos participantes. Mas senti que não havia espaço para tal, pois as quadrilhas já estavam chegando e não havia como controlar os espaços de som e de apresentação para colocar dentro deles a mensagem evangélica. Até mesmo um convidado que veio para falar exclusivamente da natureza evangélica do evento, não encontrou espaço para isso.
Fiquei resignado, sentado numa mesa comendo bolo e espetinhos de churrasco. Refletia sobre o evento e qual seria a forma de atingir esse povo que só pensava em diversão da carne, e quase nada para o alimento do espírito. A ocasião junina era propícia, falar de João, o batizador, aquele que primeiro falou sobre o advento do Reino de Deus que viria a ser instalado através do Messias que ele precedia. Para falar também de Pedro, como aquele rude pescador que resolveu seguir o Mestre sem compreender muito bem o que estava fazendo, qual era a missão, mas que devotava fé no seu Mestre e por isso assumiu o seu lugar quando esse saiu fisicamente do meio de nós.
Nada disso foi dito, nada disso foi lembrado, nada disso foi incentivado para ser praticado... nós da AMA-PM, que semanalmente estamos juntos e abrindo a reunião com uma reflexão evangélica, estávamos ali no meio da turba e absorvidos por ela. As lições do nosso Mestre não saiam de nossas bocas.
Fiquei impotente frente essa realidade. Fiz uma prece muda ao Pai, pedindo sabedoria para fazer a vontade dEle.
Tive oportunidade de sair antecipadamente da festa e ao me dirigir ao carro fui confrontado com a miséria humana, face a face. Um pastorador de carros que no primeiro momento me causou asco e vontade de repudiá-lo, tive que ficar perto dele para deixar minha filha sair com segurança daquele ambiente. Ele teve oportunidade de me fazer um pedido e eu passei a interroga-lo, tentando mostrar a ele a importunidade de fazer qualquer pedido para mim. A minha ojeriza foi bombardeada pelo conhecimento que ele passou para mim: era uma pessoa jogada na rua, sua família fragmentada se espalhava por toda cidade, cada parente com suas dificuldades e cuja mãe não podia ou não queria recebe-lo. Ele dormia no relento, num dos quiosques da praia. O seu rosto deformado por tumorações parecia a face de um novo leproso, vagante pelos modernos prédios das cidades civilizadas. E eu, parecia um novo Francisco, em tudo parecido com aquele de Assis que odiava os leprosos e que tentava bater neles para não se aproximarem.
Sai dali no meu carro e coloquei em sua mão áspera, umas poucas pratinhas que eu já reservara para fazer minha “caridade” por onde passasse.
Vim direto para o meu apartamento refletindo sobre o fato e resolvi escrever esse texto. Colocar de público a fraqueza do meu espírito, que tanto deseja fazer a vontade de Deus; eu que estou colocado ao lado de pessoas que representam o Seu filho amado, pessoas que vagam por esse mundo afora como invisíveis, que passam fome e frio, que perderam a dignidade humana e agora se apegam a sobrevivência animal; e eu que fico apenas ensimesmado em como falar dos apóstolos dentro de uma festa mais pagã que religiosa...
Sim, Pai, eu te pedi sabedoria e Tu me mostrou quanto sou ignorante. Pelo menos não fui incoerente.
Com este tema foi aberta mais uma reflexão evangélica no âmbito familiar. Foi interessante, pois muitos não imaginava jamais que tantos pudessem praticar atos tão ilícitos. A leitura do texto “A flor da honestidade” foi quem provocou na consciência de cada um a motivação para falar das ações que foram ou não honestas.
Uma compreensão interessante que surgiu dessas reflexões foi que a honestidade para ser plena não deve ter testemunhas. Caso eu pratique uma ação desonesta na frente de terceiros, certamente essa pessoa pode me desmascarar se eu divulgar um comportamento honesto. Mas, se eu pratico um ato honesto sem ninguém está presente, quando eu poderia me beneficiar de algo ilícito, sem testemunhas, sem possibilidade de ser descoberto, e mesmo assim eu faço o que é lícito, então essa é a verdadeira honestidade, que não foi coagida por ninguém.
Na lição, a jovem honesta levou o seu vaso sem a flor que ela imaginava não ter sabido cultivá-la, enquanto suas concorrentes todas levavam as mais belas flores, sem nenhuma saber que o príncipe havia dado a cada uma delas uma semente estéril. Então a desonestidade de todas foi descoberta com esse ardil.
Aqui no mundo material, muitas vezes são empregados esses ardis para pegar os desonestos. Mas não devemos ser excessivamente preocupados com esses desonestos, pois caso escapem das leis humanas, certamente nenhum irá ficar impune, pois Deus, o juiz supremo, está sempre no controle de tudo.
É bom sempre ressaltar que o comportamento desonesto tem milhares de forma de se expressar. Uma dessas formas é a hipocrisia e a outra é a maledicência.
Na hipocrisia a pessoa aparenta ser ou fazer uma coisa, para induzir que outras pessoas sejam ou façam aquilo que ela não é capaz de ser ou fazer.
Na maledicência a pessoa fala mal geralmente de outra pessoa quando esta não está presente. Na presença dessa pessoa ou de alguém que a defenda, essa pessoa fica calada e algumas vezes até lançam elogios falsos.
Foi observado por todos que essa honestidade é difícil de ser alcançada, pois muitas vezes alimenta o nosso ego, no orgulho e vaidade. Por isso é importante o confessar dos pecados ao padre ou qualquer outro ministro religioso, assim também como aconteceu dentro da reunião, pois isso levanta na consciência a procedência do mal realizado e da disposição de ficar atento para corrigir o que de mal foi feito e vigiar para que a falsidade, a desonestidade não mais se repita, mesma que venha com toda a força da instintividade. Caso não achemos conveniente falar a verdade em determinados momentos para não provocar constrangimentos desnecessários, mas se formos provocados para expor a verdade, jamais devemos nos esconder por trás das mentiras.