Sióstio de Lapa
Pensamentos e Sentimentos
Meu Diário
27/10/2018 09h11
MISERICÓRDIA E JUSTIÇA

            Nós, cristãos, estamos sempre associando Jesus à misericórdia, à paz e a todos os elementos constitutivos do amor (tolerância, perdão, solidariedade, verdade, etc.) – Vinde a mim todos os que estão cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei (Mt 11:28)

            Mas, essa não é toda a personalidade do Cristo, meigo e cálido. Parece que esquecemos ou não lemos aquelas passagens onde Ele expulsa os vendilhões do templo, aos berros, derrubando mesas: - Jesus entrou no templo e expulsou dali todos aqueles que se entregavam ao comércio. Derrubou as mesas dos cambistas e os bancos dos negociantes de pombas, e disse-lhes: “está escrito: Minha casa é uma casa de oração, mas vós fizestes dela um covil de ladrões”. (Mt 21:12-13) – Chegaram a Jerusalém e Jesus entrou no templo. E começou a expulsar os que no templo vendiam e compravam; derrubou as mesas dos trocadores de moedas e as cadeiras dos que vendiam pombas. Não consentia que ninguém transportasse algum objeto pelo templo. E ensinava-lhes nestes termos: “Não está porventura escrito: a minha casa será chamada casa de oração para todas as nações. Mas vos fizestes dela um covil de ladrões”. Os príncipes dos sacerdotes e os escribas ouviram-no e procuravam um modo de o matar. Temiam-no porque todo o povo se admirava da sua doutrina. (Mt 11:15-18) – Em seguida entrou no templo e começou a expulsar os mercadores. Disse ele: “Está escrito: A minha casa é casa de oração! Mas vós a fizestes um covil de ladrões”. Todos os dias ensinava no templo. Os príncipes dos sacerdotes, porém, os escribas e os chefes do povo procuravam tirar-lhe a vida. Mas não sabiam como realiza-lo, porque todo o povo ficava muito admirado quando o ouvia falar. (Lc 19:45-48).

            Também disse, com toda radicalidade para aqueles que o queriam seguir, que não veio trazer a paz, mas a espada. – Não julgueis que vim trazer a paz à Terra. Vim trazer não a paz, mas a espada. Eu vim trazer a divisão entre o filho e o pai, entre a filha e a mãe, entre a nora e a sogra, e os inimigos do homem serão as pessoas de sua própria casa. Quem ama seu pai ou sua mãe mais que a mim, não é digno de mim. Quem ama seu filho mais que a mim, não é digno de mim. Quem não toma a sua cruz e me segue não é digno de mim. Aquele que tentar salvar a sua vida irá perde-la. Aquele que a perder por minha causa, irá reencontrá-la. (Mt 10:34-39)

            Avaliando essas passagens do Evangelho do Cristo e comparando com os dias atuais no Brasil, de intensa campanha política, onde a verdade se digladia com a mentira, vejo, entre todos que estão no principal foco da campanha, o candidato Jair Bolsonaro como aquele que mais se aproxima do comportamento do Cristo. Assim como o Cristo considerava o templo como uma casa de oração, o deputado Jair considera o Congresso como uma casa de justiça e era uma voz acusatória tonitruante contra a corrupção, fazendo com que os poderosos procurassem um meio de tirar-lhe a vida, como tentaram, apesar de todo apoio popular.

            Ele também mostra um discurso radical contra as iniquidades, está de espada erguida em defesa dos mesmos ideais do Cristo, é tanto que colocou no slogan de sua campanha “Brasil acima de tudo, Deus acima de todos”. Observamos que realmente ele não veio trazer a paz, veio em nome da justiça e por isso trouxe divisão entre familiares, colegas de trabalhos, amigos, etc.

            Por isso somos chamados a raciocinar onde está a raiz da corrupção, das iniquidades, da forma mais livre de qualquer condicionamento humano que seja possível, para identificar onde está a verdade, elemento fundamental do amor, que serve tanto a misericórdia para aqueles que estão iludidos pela mentira e querem se recompor, como serve à justiça para mostrar aos iníquos contumazes que a lei de Deus já está nas mãos das pessoas de bem. É hora de decidirmos pois estamos em batalha, ou empunhar a espada em nome de Deus, ou a faca em nome dos iníquos.

            Deus é nosso Pai, Jesus é nosso mestre e comandante, e o Jair, agora, no momento, é nosso capitão.

            Ave Cristo!

 

Dr. Francisco C. Rodrigues – Psiquiatra (ANP/ABP)

Prof. UFRN-CCS-DMC

Disciplina - Medicina, Saúde e Espiritualidade

Publicado por Sióstio de Lapa
em 27/10/2018 às 09h11
 
26/10/2018 16h38
TORTURA... COMO É? PARA QUE SERVE?

            Essa prática de tortura está sendo colocada com muita ênfase no atual contexto político para “detonar” uma candidatura que o povo brasileiro identificou como sua, que não necessita ser pago para ir às ruas. Uma colega médica indignada por ver tanto ataque a um candidato que hoje representa a vontade de limpar o Brasil das iniquidades dos partidos de esquerda, construiu sua versão do que seja “tortura” para que possamos refletir.

            Médica indignada, desabafa.

            Tenho ouvido falar tanto em tortura, que tive que me manifestar! Não vivi a Ditadura, logo não comento sobre a mesma...

Mas sobre tortura, posso falar:

Tortura é ter que reanimar um paciente no chão, porque não há sequer uma maca.

Tortura é precisar de uma Tomografia de urgência e não dispor sequer de uma ultrassonografia no serviço público.

Tortura é ter que improvisar uma incubadora para um bebê prematuro, em uma caixa de sapatos.

Tortura é ter que escolher entre 2 pacientes, qual deles irá usar o único respirador disponível.

Tortura é precisar prescrever um medicamento, ouvir do doente que não tem dinheiro pra comprar e saber que na rede pública, também não há o remédio e o paciente não poderá se tratar.

Tortura é chegar com um paciente grave ao hospital e não haver um leito disponível para acomodá-lo.

Tortura é ver o Governo culpar ao médico e ao corpo clínico do hospital por todas as mazelas da saúde e desviarem ainda mais dinheiro com o pretexto de trazerem médicos cubanos - como se a culpa fosse nossa.

Tortura é ver o idoso indo para a fila às 4h da manhã, ser atendido por profissionais não habilitados do Mais Médicos, enquanto os ladrões se tratam com os melhores especialistas no Sírio Libanês de SP.

Tortura é dar a alta para o paciente e o mesmo pedir para ficar, porque em casa não há comida.

Tortura é fazer um juramento no dia da nossa formatura e perceber que a corrupção no Brasil nos impede de cumpri-lo.

Se você nunca viveu este tipo de tortura e está só replicando o que leu, pare, pense e seja menos egoísta!

Chega de roubo

#ForaPT

Texto de Giselle Freihat.

Entendendo a tortura como uma forma de aplicar sofrimento extremo a uma pessoa, podemos imaginar que cada uma dessas pessoas apontada pela colega Giselle, individualmente, não estão sofrendo tortura no mesmo nível. Mas, se somarmos o pequeno sofrimento que cada cidadão em particular sofre pelos efeitos da corrupção, será que não supera em muito o que alegam ter ocorrido com algumas pessoas? Não estou querendo com este texto, sem aprofundamento nas causas e motivos, justificar a tortura ocorrida no período do regime militar. Mas não posso deixar de ver a coerência no que descreve a colega, pois os sofrimentos que ela relata também deteriora a dignidade do cidadão e pode leva-lo a morte. Também posso apontar para os corruptos e acusa-los de torturadores, de assassinos, além da simplicidade de ladrões pelos quais muitos estão presos ou com tornozeleiras eletrônicas.

Para que servia a “tortura” no período militar? Para proteger os cidadãos das armadilhas e ataques dos guerrilheiros comunistas que lutavam pela ditadura do proletariado?

Para que serve a “tortura” no regime corrupto? Para enriquecer os líderes e fortalecer a sua ideologia ao redor do mundo?

Esses são argumentos para nossa reflexão!

Publicado por Sióstio de Lapa
em 26/10/2018 às 16h38
 
25/10/2018 23h59
CARTA DA PSIQUIATRIA

            Recebi de um colega clínico, envolvido na medicina comunitária, naturalista, uma carta onde diversos colegas psiquiatras manifestam apoio a Fernando Haddad do PT. Irei reproduzir a carta, pretensamente assinada pelos colegas, para nossa reflexão.

            PSIQUIATRAS EM APOIO A FERNANDO HADDAD

A prática da psiquiatria, através da escuta e do olhar observador, compreensivo e não-julgador, objetiva acompanhar uma pessoa na liberdade de ser quem ela é, respeitando suas especificidades e particularidades, seja através da diminuição ou remissão de sintomas, seja através da potencialização de suas possibilidades existenciais. A saúde mental engloba o meio social em que cada indivíduo se encontra, que deve garantir condições básicas para uma existência digna.

A partir destas premissas, nós, psiquiatras, diante do processo eleitoral em que nos encontramos, nos colocamos em oposição ao candidato que ao longo de sua vida exaltou a tortura, considerou a eliminação de minorias e desdenhou de direitos básicos imprescindíveis para a garantia da saúde mental. Nós, que nos servimos da escuta como ferramenta profissional, nos colocamos contra o discurso de intolerância e ódio e contra a isenção e o silêncio que banalizam este mesmo discurso. As palavras e os afetos nos dizem quem uma pessoa é, ou pelo menos quem ela quer ser; as palavras constroem histórias, e não podemos desconsiderar o que foi e tem sido dito.

Como psiquiatras entendemos que os comportamentos e possibilidades de expressão humanas são diversos e múltiplos. Valores como a tolerância, o respeito, a solidariedade e a compreensão são geradores de um espaço de liberdade em que cada vida é celebrada em toda sua potencialidade. Todas e todos devem ter seu direito à felicidade protegido. A democracia foi, tem sido e será o espaço de inclusão para toda a diversidade humana.

Nós, psiquiatras abaixo-assinados, declaramos nosso voto em Fernando Haddad, pelo respeito a direitos básicos e porque escutamos nas palavras do outro candidato elementos incompatíveis com as premissas da saúde mental.

Segue uma lista de pretensos colegas que assinam a carta.

No primeiro parágrafo é colocado o contexto do trabalho do psiquiatra que acredito, nenhum colega se oponha. Porém, no segundo parágrafo, observo considerações superficiais sobre a posição política do candidato Bolsonaro. Não há uma reflexão do contexto da dita tortura, não há em seu discurso nenhuma proposta de eliminação de minorias e não vejo o desdém dos direitos básicos imprescindíveis para a saúde mental. Pelo contrário, o partido do candidato Haddad, o PT, foi quem desmoronou a assistência hospitalar dos pacientes psiquiátricos, com uma desospitalização irresponsável que até hoje perdura, com hospitais sucateados, falta de medicamentos e profissionais, sem uma rede alternativa suficiente extra-hospitalar, o que obriga os hospitais sucateados, como o nosso Hospital João Machado acumular pacientes em ambiente de Pronto Socorro, em condições sub-humanas, leito chão, sem a devida supervisão por falta de profissionais, e sem ter aonde encaminhar para internar por falta de vagas. Dentro desse cenário, cai por terra toda a linguagem poética de “valores como a tolerância e a compreensão são geradores de um espaço de liberdade em que cada vida é celebrada em toda sua potencialidade. Todas e todos devem ter seu direito à felicidade protegidos”. Como tolerar o comportamento de pessoas que praticam a corrupção em todos os níveis da administração, causando a carência e a falência de serviços essenciais como saúde, educação e segurança, que envia graciosamente nossos recursos para países de igual ideologia, que enche seus bolsos, de familiares e amigos se enchendo de felicidade enquanto a nação se desmancha na infelicidade?... Milhões foram às ruas em todo o País contra esse estágio de coisas, inclusive eu... Quem eu via e ouvia no Congresso Nacional, denunciar com toda veemência esse estado de iniquidades, era o Deputado Bolsonaro, por isso ele se tornou a voz da nação naquele momento e agora. Não é a construção de narrativas que manipulam a verdade que vai retirar a convicção da maioria dos brasileiros que devemos varrer de uma vez por todas esse sistema de corrupção e deterioração dos valores éticos, do poder nacional.

Publicado por Sióstio de Lapa
em 25/10/2018 às 23h59
 
24/10/2018 21h46
CARTA DE UM PAI PARA A FILHA

            Neste tempo de campanha política, tão carreado de narrativas que tentam denegrir um ou outro candidato, li uma suposta carta de um pai para a sua filha que apresenta os seus argumentos enquanto militar. Não posso garantir a veracidade de todos os fatos, como acontece com todas as narrativas. Sempre existe um tom um tanto distorcido sobre os fatos apresentados, na intenção de beneficiar ou prejudicar A ou B. Por isso temos a obrigação de ler qualquer narrativa com o sentido crítico e aplicando o máximo de coerência dentro da nossa consciência, para não nos deixar envolver com as mentiras, seja de qual lado for.

            Mas, vejamos o que diz a carta:

            Carta de um pai militar para a sua filha.

            Minha filha,

            Sei que você tem sido ativa nas redes sociais divulgando-se contrária a #elesim e possivelmente vota na Esquerda.

            Embora não concorde, respeito profundamente suas opiniões e seu direito de se expressar da maneira que achar melhor, mas preciso lhe contar algumas coisas.

            Na USP, sua Faculdade, você ouviu falar muito sobre os militares serem fascistas, antidemocratas, etc., mas quero lhe dizer que nunca conheci em minha vida um lugar mais democrático que as Forças Armadas, em especial a AMAN, onde vivi os mais duros e melhores anos de minha vida, mesma escola onde também foi formado #elesim.

            Naquela casa, todos sem exceção, eram tratados de forma igualitária, sem distinção de etnia ou classe social. Dormíamos em apartamentos coletivos, negros brancos, índios, filhos da alta sociedade e gente da favela, acordando cedo, estudando, ralando nos treinamentos que a maioria dos jovens da nossa idade não suportaria. O mérito, seja de quem fosse, era valorizado, assim é que você conhece vários “tios” afrodescendentes ou com “cara de índio” que foram promovidos a general, a mais alta patente das Forças Armadas.

            Na AMAN, o terror eram as instruções da SIEsp, onde aprendíamos técnicas de contra-insurgência, montanhismo, sobrevivência na selva e outros treinamentos muito duros. Nos momentos de dificuldades, mãos se estenderam para mim e eu não lembro da cor de nenhuma delas, pois estavam tão machucadas quanto as minhas. Alguns instantes depois era minha vez de encontrar energia onde eu nem sabia que existia para ajudar um outro companheiro, o qual também não lembro a cor ou classe social, pois ele estava tão sujo e fedido quanto eu.

            Pois bem, em 1986, ano em que seu pai se formava, #elesim deu uma entrevista não autorizada à revista Veja (Ed. 939) falando dos baixos salários. Foi punido disciplinarmente por isto. No ano seguinte, a Veja publicou um artigo (Ed. 999) onde constavam alguns esboços de um suposto atentado a bomba à adutora do Guandu, que teria sido articulado por #elesim. Se esse atentado tivesse acontecido, o Rio de Janeiro ficaria imediatamente desabastecido de água, causando danos enormes. Novamente #elesim foi punido disciplinarmente e definitivamente despertou a ira do governo, que ainda vivia sob a sombra do recém terminado Regime Militar. Abriu-se um processo na Justiça Militar contra #elesim, no qual foi absorvido no Superior Tribunal Militar por falta de provas.

            Um pouco depois outro capitão se insurge e faz um cerco à prefeitura de Apucarana-PR com sua companhia de infantaria, adentra na sala do prefeito e entrega um manifesto contra os baixos salários e péssimas condições de trabalho às quais os militares estavam submetidos. Também foi punido. Para você ter uma ideia, um ascensorista do Congresso Nacional ganhava muito mais que um tenente, não tínhamos dinheiro para nada, o salário acabava no dia 10 e vivíamos de empréstimos na Poupex e do Cheque Ouro do Banco do Brasil.

            No quartel, não havia dinheiro para pagar a luz e o banho era frio. Para quem acha que militares não são democratas, o banho era frio, do soldado ao coronel.

            Depois que esses dois oficiais se revoltaram, recebemos do Sarney um aumento tipo “cala a boca”. Você estava por nascer e esse dinheirinho veio bem a calhar, embora o ascensorista do Congresso ainda ganhasse mais que seu pai, piloto de helicópteros.

            Voltando a matéria da Veja sobre o atentado do Guandu, não sei se #elesim estava realmente envolvido, pois nada foi comprovado. Mas sei que boa parte dos fundadores deste partido que se opõe a #elesim confessam publicamente que participaram ativamente de atentados a bomba, assassinatos, roubos e outros crimes nas décadas de 60 e 70, com motivações que, sem julgamento de mérito, eles acreditavam serem justas.

            Quem está certo ou errado? Você tem uma opinião e eu provavelmente outra.

            Quando você veio, começamos pouco depois a pagar prestação de um pequeno apartamento. Este você já se lembra, pois vivemos muitos anos nele. A prestação nos consumia mais da metade do salário, que continuava péssimo. Tínhamos um Fiat 147 velho, que fundiu o motor e não pudemos consertar por falta de dinheiro, ficando encostado por meses na garagem. Eu deixava de tomar o iogurte ou comer a maça que de vez em quando eram oferecidos no café da manhã lá do quartel, para levar para casa no fim do dia e dar para você e sua mãe, que puxava no que podia para fazer comida, limpar a casa, cuidar de você e de sua irmã já na barriga. Foi uma heroína. Mais tarde acabamos nos separando por outros motivos, mas saiba que tenho o mais profundo reconhecimento e respeito por ela.

            Nesse tempo, #elesim já estava na política e continuava a esbravejar contra as péssimas condições a que os militares eram submetidos, enquanto outras carreiras se refestelavam com altos salários. E mesmo ganhando muito menos que o ascensorista do congresso, eu continuava cumprindo minha missão, voando de helicóptero nas fronteiras da Amazônia, levando tiro das FARC, essas mesmas que as esquerdas brasileiras acenam dom gracejos hoje em dia. Nem você nem sua mãe nunca souberam disso. É a primeira vez que comento. Peço aqui seu perdão por todas as minhas ausências em sua infância... eu estava lutando pela democracia, tanto quanto se dizem as lideranças atuais da oposição a #elesim.

            O fato é que #elesim, lá atrás, deu sua cara a tapa para que eu, jovem tenente, pudesse ter melhores condições de criar você. E diferente de você, que se formou com professores comunistas na USP, conheço os princípios morais que #elesim aprendeu na AMAN. Talvez não tenha sido o mais brilhante e disciplinado oficial de sua turma, mas foi forjado nos mesmos Campos de Membeca, teve suas mãos surradas e machucadas nas mesmas operações de treinamento que eu, e ombreou os companheiros de seu tempo, índios, negros, ricos, pobres, como eu, aprendendo que “Ser cadete é cultuar a Verdade, a Lealdade e a Probidade”, coisas que o partido que se opõe a #elesim e boa parte dos seus professores na USP nem sabem o significado real.

            Talvez por tudo isso eu me sinta mais tranquilo em votar #elesim, sem medo de que represente algum perigo contra as instituições democráticas, pois não foi isso que aprendemos na AMAN.

            Entendo que você tenha seus receios, o que respeito, mas se o que escrevi acima não é suficiente para te explicar o porquê de meu voto #elesim, acho que devemos concordar que a oposição não pode oferecer algumas coisas, por simples definição ideológica:

            1 – Temor a Deus, porque comunistas são ateus, muito embora o pragmatismo revolucionário os tenha ensinado que não podem falar disto abertamente;

            2 – Amor ao Brasil, porque o comunismo tem e sempre teve o objetivo de criar uma pátria grande (Foro de São Paulo, empréstimo de nosso dinheiro a Cuba, Venezuela, etc.);

            3 – Respeito a família, porque no comunismo, as pessoas devem ser tuteladas pelo Estado forte, que se sobrepõe à autoridade dos pais.

            A propósito, mesmo que no seu tempo de criança não existisse a Lei das Palmadas, nunca levantei minha mão contra você e não seria agora que o faria, nem com gestos, pois palmadas já não cabem numa mulher adulta, nem com palavras, pois te amo e te respeito profundamente.

            Por fim, desejo a você uma boa eleição no 2º turno e que seus filhos possam ter um País do qual se orgulhem. Assim como quando combati a guerrilha narco-comunista como tenente e capitão, o que me fez ausente em parte de sua infância, continuarei cumprindo a missão... #elesim. Brasil acima de tudo, Deus acima de todos.

            Pode ser que os fatos não tenham acontecido como descrito, que o autor tenha usado mais a imaginação do que a realidade, mas que tem grande coerência dentro do que vivemos, tem sim!

 

Publicado por Sióstio de Lapa
em 24/10/2018 às 21h46
 
23/10/2018 23h59
UNÇÃO

            A unção significa que a uma pessoa pode ser aplicada azeite, óleo comestível, tinta cal com um objetivo espiritual. A pessoa se torna assim um ungido, um Cristo. No grego clássico a expressão descreve processos corriqueiros, como “esfregar levemente” ou “espalhar” cosmético (azeite, óleos) no corpo, após o banho. Também pode se referir ao preparo de flechas para a batalha aplicando veneno nas pontas, ou aplicar tinta, cal, em alguma superfície ou objeto.

            O padrão de tradução usado na LXX (Versão dos Setenta – Septuaginta) e traduzido pelo grego, remete ao ato de untar com azeite, óleo ou gordura. Esse padrão de tradução utilizado na LXX serviu de modelo para os escritores do Novo Testamento, razão pela qual é aconselhável priorizar o sentido hebraico (semítico) desses termos para uma melhor compreensão do vocábulo “Cristo”.

            Aplicado de forma rotineira ou cotidiana, o verbo “ungir” poderia se referir a ação de aplicar óleo ao corpo, passar óleo em um escudo, ou pintar uma casa.

            No contexto do ritual religioso judaico “ungir” envolvia a aplicação cerimonial de óleo no tabernáculo, no altar ou na bacia, ou até mesmo a aplicação de óleo sobre o animal que serviria de oferta pelo pecado

            No contexto da administração, o verbo “ungir” designava a investidura cerimonial em cargos de liderança, uma atividade que envolvia o derramamento do óleo que estava num chifre sobre a cabeça da pessoa investida no cargo.

            A unção em Israel, no âmbito religioso, indicava uma separação oficial para o serviço divino. No entanto, o título de Messias não evocava um catálogo fixo de atividades, deveres ou obrigações, antes, propunha a questão de se saber para qual atividade aquele ungido específico foi comissionado.

            Essa missão divina podia assumir diversas formas: 1) Deus unge ou comissiona Reis para representá-lo e para concretizar na Terra, seu reinado divino de justiça, retidão e paz; 2) Sacerdotes são ungidos para dirigir o culto; 3) Profetas são ungidos para comunicar a vontade de Deus e para combater práticas consideradas pecaminosas.

            É desconcertante o caso do Rei pagão da Pérsia, Ciro, nomeado nas escrituras hebraicas como “ungido” ou “messias”, já que Deus lhe entregou a tarefa de libertar os exilados hebreus, residentes na Babilônia no Séc. VI aC

            Essa história reforça a ideia de que não há um rol taxativo das tarefas típicas de um “messias”, ao contrário, demonstra que mesmo um pagão pode ser comissionado para uma missão divina.

            No contexto no qual o Brasil está indicado para ser a “Pátria do Evangelho e Coração do Mundo” necessita da unção de alguém para cumprir esta tarefa. Deus tem os seus próprios caminhos os quais muitas vezes não compreendemos. Na minha forma de raciocinar, Deus permitiu que o Brasil se cobrisse de escândalos, de corruptos e corruptores, que a nação se visse mergulhada na iniquidade, com prejuízos financeiros, sociais e morais, para que surgisse uma voz, mesmo simplória e até insignificante, como Davi frente à Golias, para que o povo despertasse para a justiça e fizesse a sua unção na forma de milhões de pessoas abarrotando as ruas das diversas cidades brasileiras, sem recursos financeiros, sem quaisquer estruturas políticas, inclusive rejeitando a verba pública para alimentar a campanha política por considera-la iníqua.

            Assim, Jair Bolsonaro, que tem Messias em seu nome, surge cada vez mais caracterizado como essa pessoa ungida capaz de concretizar a vontade de Deus em solo brasileiro, e para isso o seu slogan de campanha é bem significativo: “Brasil acima de tudo; Deus acima de todos”.

Publicado por Sióstio de Lapa
em 23/10/2018 às 23h59
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