Sióstio de Lapa
Pensamentos e Sentimentos
Meu Diário
07/02/2019 02h01
MIGUEL DE UNAMUNO

Irei reproduzir um texto que inspirou os artigos anteriores deste diário, que merece ser também refletido por meus leitores. Aborda a questão da religião de uma perspectiva livre de dogmas e associada fortemente com a verdade.

Escreve-me um amigo desde o Chile me dizendo que lá se encontrou com algumas pessoas que, referindo-se aos meus escritos, lhe disseram: ''Bem, de modo resumido, qual é a religião deste senhor Unamuno?''. Pergunta análoga me foi dirigida aqui várias vezes. E vou ver se consigo, não a responder, coisa que não pretendo, mas expor melhor o sentido desta pergunta. Tanto os indivíduos como os povos de espíritos preguiçoso - e pode ocorrer preguiça espiritual junto a atividades de ordem econômica muito fecundas e de outras ordens análogas - tendem ao dogmatismo, saibam-no ou não, queiram-no ou não, propondo-se a ele ou não. A preguiça espiritual escapa da posição crítica ou cética.

Cética digo, mas tomando a voz do ceticismo em seu sentido etimológico e filosófico, porque cético não quer dizer aquele que duvida, senão aquele que investiga ou vasculha, por oposição ao que afirma e crê haver achado. Há quem esquadrinhe um problema e há quem nos dá uma fórmula, acertada ou não, como solução dele. Na ordem da pura especulação filosófica, é uma precipitação pedir-se a alguém por soluções prontas, sempre que tenha adiantado a exposição de um problema. Quando se faz um cálculo errado, apagar o que foi feito e começar de novo significa um progresso relevante. Quando uma casa ameaça ruir ou se faz completamente inabitável, o que se faz é derrubá-la, e não há mais o que pedir senão que se edifique outra sobre ela. Cabe, sim, edificar a nova com materiais da velha, mas derrubando-a antes. Entretanto, as pessoas podem se abrigar numa barraca, se não têm outra casa, ou dormir ao relento.

E é preciso não perder de vista que para a prática de nossa vida, raras vezes temos que esperar pelas soluções científicas definitivas. Os homens viveram e vivem sobre hipóteses e explicações muito descartáveis, e mesmo sem elas. Para castigar a um delinquente não definiram se ele tinha ou não livre-arbítrio, assim como para espirrar ninguém reflete sobre o dano que lhe pode fazer o pequeno obstáculo na garganta que lhe obriga ao espirro. Os homens que sustentam que por não crerem no castigo eterno do inferno seriam maus, creio, em honra deles, que se equivocam. Se deixaram de crer numa sanção além-túmulo não se tornariam piores por isso, mas buscariam então outra justificativa ideal para a sua conduta. Aquele que sendo bom crê numa ordem transcendente, não é bom tanto por crer nela, mas nela crê por ser bom. Proposição esta que haverá de parecer obscura ou enviesada, disto estou certo, aos inquisidores de espírito preguiçoso.

Bem, me dirão, ''Qual é a tua religião?'' E eu responderei: minha religião é buscar a verdade na vida e a vida na verdade, mesmo sabendo que não hei de encontrá-las enquanto viva; minha religião é lutar incessante e incansavelmente contra o mistério; minha religião é lutar contra Deus desde o alvorecer até o cair da noite, como dizem que contra ele lutou Jacó. Não posso transigir com este negócio de Inconhecível - ou Incognoscível, como escrevem os pedantes- nem aquilo de ''daqui não passarás''. Rechaço o eterno ignorabimus. E em todo caso, quero ascender ao inacessível.

''Sede perfeitos como vosso Pai que está no céu é perfeito'', disse-nos o Cristo, e semelhante ideia de perfeição é, sem dúvida, inexequível. Mas nos impôs o inacessível como meta e termo de nossos esforços. E isto ocorreu, dizem os teólogos, com a graça. E eu quero combater meu combate sem preocupar-me com a vitória. Não há exércitos e até mesmo povos que vão na direção de uma derrota certa? Não elogiamos aqueles que se deixaram matar lutando antes de render-se. Pois esta é minha religião.

Estes, os que me dirigem esta pergunta, querem que eu lhes dê um dogma, uma solução na qual possam descansar o espírito da sua preguiça. E nem isto querem, apenas buscam classificar-me e meter-me em um dos quadrados em que colocam os espíritos, dizendo de mim: é luterano, é calvinista, é católico, é ateu, é racionalista, é místico, ou qualquer outra destas alcunhas, cujo sentido claro desconhecem, mas que os dispensa de seguir pensando. E eu não quero me deixar classificar, porque eu, Miguel de Unamuno, como qualquer outro homem que aspire à consciência plena, sou um espécime único. ''Não há enfermidades, apenas enfermos'', soem dizer alguns médicos, e eu digo que não há opiniões, apenas opinadores.

Na ordem religiosa não há quase nada que eu tenha racionalmente resolvido, e como não o fiz, não posso comunicar logicamente, porque só é lógico e transmissível o que é racional. Tenho, sim, com efeito, com o coração e com o sentimento, uma forte tendência ao cristianismo sem ater-me à dogmas especiais desta daquela confissão cristã.

Considero cristão todo aquele que invoca com respeito e amor o nome do Cristo, e me repugnam os ortodoxos, sejam católicos ou protestantes - estes costumam ser tão intransigentes quanto aqueles - que negam o cristianismo a quem não interpreta o Evangelho como eles. Conheço cristão protestante que nega que os unitários sejam cristãos.

Confesso sinceramente que as supostas provas racionais - a ontológica, a cosmológica, a ética, etc. - da existência de Deus não me demonstram nada; que quantas razões se queira dar de que existe um Deus me parecem razões baseadas em paralogismos e petições de princípio. Nisto estou com Kant. E sinto, ao tratar disto, não poder falar aos sapateiros em termos de sapataria. Ninguém conseguiu me convencer racionalmente da existência de Deus, mas tampouco de sua não-existência; os raciocínios dos ateus me parecem de uma superficialidade e futilidade ainda maiores do que os de seus contraditores.

E, se creio em Deus ou, pelo menos, creio crer Nele, é, sobretudo, porque quero que Deus exista, e depois, porque se revela a mim, por via cordial, no Evangelho e através do Cristo e da História. É coisa de coração. O que quer dizer que não estou convencido disto como o estou de que dois mais dois são quatro. Caso se tratasse de algo que não mexesse com a paz da minha consciência e com o consolo de ter nascido, talvez não me ocupasse do problema; mas como nele vai toda a minha vida interior e o estímulo de todas as minhas ações, não posso contentar-me em dizer: não sei nem posso saber. Não sei, é certo; talvez não possa saber nunca, mas ''quero'' saber. Quero-o, e basta. E passarei a vida lutando contra o mistério e ainda sem esperança de nele penetrar, porque esta luta é meu alimento e meu consolo. Sim, meu consolo. Me acostumei a extrair esperança do próprio desespero. E não gritem ''Paradoxo!'' os mentecaptos e os superficiais.

Não concebo a um homem culto sem esta preocupação, e espero muito pouca coisa na ordem da cultura - e cultura não é o mesmo que civilização - daqueles que vivem desinteressados do problema religioso em seu aspecto metafísico e somente o estudam em seu aspecto social ou político. Espero muito pouco para o enriquecimento do tesouro espiritual do gênero humano daqueles homens ou daqueles povos que, por preguiça mental, por superficialidade, por cientificismo, o pelo que seja, se apartam das grandes e eternas inquietudes do coração. Não espero nada dos que dizem: ''Não se deve pensar nisso!''; espero ainda menos dos que creem em um céu e em um inferno como aqueles em que acreditávamos na infância, e espero até menos daqueles que afirmam com a gravidades do néscio: ''Tudo isto não passa de fábulas e mitos; quem morre é enterrado, e acabou''. Somente espero dos que ignoram, mas que não se resignam a ignorar; dos que lutam sem descanso pela verdade e põem sua vida na própria luta mais que na vitória.

 E o maior dos meus trabalhos tem sido sempre inquietar aos meus próximos, remover-lhes a quietude do coração, angustiá-los, se puder. Já o disse em meu Vida de Dom Quixote e Sancho, que é a minha mais extensa confissão a este respeito. Que eles busquem, como eu busco, que lutem, como luto eu, e, entre nós todos, algum fiozinho de segredo arrancaremos de Deus, e, pelo menos, essa luta nos fará mais homens, homens de mais espírito. Para esta obra, obra religiosa, foi-me necessário -em povos como estes povos de língua castelhana, carcomidos de preguiça e de superficialidade de espírito, adormecidos na rotina do dogmatismo católico ou do dogmatismo livre-pensador ou cientificista - parecer por vezes impudico e indecoroso, em outras duro e agressivo, não poucas enrolado e paradoxal. Em nossa minguada literatura não se ouvia ninguém gritar desde o fundo do coração, descompor-se, clamar. O grito era quase desconhecido. Os escritores temiam fazer-se ridículos.

Acontecia-lhes e lhes acontece o mesmo que àqueles que suportam à uma afronta no meio da rua por temor ao ridículo de se verem com o chapéu no chão ou presos pela polícia. Eu, não; quando senti vontade gritar, gritei. Jamais me conteve o decoro. E esta é uma das coisas que menos me perdoam estes meus companheiros de ofício, tão comedidos, tão corretos, tão disciplinados até mesmo quando pregam a incorreção e a indisciplina. Os anarquistas literários se preocupam, acima de tudo, com a estilística e a sintaxe. E quando saem do tom o fazem afinadamente; seus desacordes conseguem ser harmônicos.

Quando senti uma dor, gritei, e gritei em público. Os salmos que figuram em meu volume de Poesias não são mais que gritos do coração, com os quais busquei fazer vibrar as cordas dolorosas dos corações dos outros. Se não têm essas cordas, ou se as têm tão rígidas que não vibram, meu grito não ressoará nelas, e declararão que isso não é poesia, pondo-se a examiná-los acusticamente. Também se pode estudar acusticamente o grito que lança um homem quando vê seu filho de repente cair morto, e quem não tem nem coração nem filhos, fica nisso.

Estes salmos de minhas Poesias, com outras várias composições que ali estão, são minha religião cantada, e não exposta logica e racionalmente. E a canto, bem ou mal, com a voz e o ouvido que Deus me deu, porque não posso raciociná-la. E quem veja nestes meus versos raciocínio e lógica, e método e exegese, mais do que vida, por neles não haver faunos, dríades, silvanos, nenúfares, ''absintos'' (ou seja, losna), olhos glaucos e outras joias mais ou menos modernistas, que lá permaneça com os seus, pois não vou tocar-lhe o coração nem com arcos de violino ou martelos.

Do que fujo, repito, como da peste, é de que me classifiquem, e quero morrer ouvindo perguntar de mim os folgados de espíritos: ''E este senhor, que é?'' Os liberais ou progressistas tontos me terão por reacionário e acaso por místico, sem saber, é claro, o que isto quer dizer, e os conservadores e reacionários tontos me terão por uma espécie de anarquista espiritual, e uns e outros, por um pobre senhor desejoso de singularizar-se e de passar por original e cuja cabeça é um pote de grilos. Mas ninguém deve se preocupar do que dele pensam os tontos, sejam progressistas ou conservadores, liberais ou reacionários. E como o homem é teimoso e não costuma querer se informar e tem o hábito de depois de lhe haverem pregado sermões por quatro horas voltar aos passeios, os perguntões, se leem isto, voltarão a me perguntar: ''Bom; mas que soluções trazes?'' E eu, para concluir, lhes direi que se querem soluções, corram para a loja da frente, porque na minha não se vende semelhante artigo.

Meu empenho foi, é e será, que aqueles que me leem, pensem e meditem nas coisas fundamentais, e nunca foi de dar-lhes pensamentos prontos. Eu busquei sempre agitar e mais sugerir do que instruir. Se vendo pão, não é pão, mas levedura ou fermento. Há amigos, e bons amigos, que me aconselham a deixar de lado este esforço e me recolher a fazer o que chamam de obra objetiva, algo que seja, dizem, definitivo, algo de construção, algo duradouro. Querem dizer algo dogmático. Declaro-me incapaz disto e reclamo minha liberdade, até mesmo de me contradizer, se for o caso. Eu não sei se algo do que fiz ou que venha a fazer na sequência haverá de perdurar por anos ou por séculos após a minha morte; mas sei que se for dado um golpe num mar sem orla as ondas ao redor prosseguirão sem cessar, mesmo que se enfraquecendo.

Agitar é algo. Se por conta desta agitação vier atrás de mim outro que faça algo duradouro, nele durará minha obra. É obra de misericórdia suprema despertar o adormecido e sacudir o inerte, e é obra de suprema piedade religiosa buscar a verdade em tudo e descobrir onde quer que seja o dolo, a necedade e a inépcia. Já sabe, pois, meu bom amigo o chileno o que tem que responder a quem lhe pergunte qual é minha religião. Agora, bem; se for um destes mentecaptos que creem que guardo ojeriza a um povo ou à uma pátria quando lhe cantei as verdades a algum de seus filhos irreflexivos, o melhor que pode fazer é não lhes responder.''

Miguel de Unamuno - Salamanca, 6 de novembro de 1907.

Sim, Miguel de Unamuno, naveguei por seus mares e me deliciei com suas ondas de pesquisa e de dúvidas, de reconhecimento da ignorância de não poder se associar à nenhuma religião sob pena de perder a indispensável liberdade de navegar por tantos mares quais sejam os que apareçam no espírito humano.

Sim, Miguel de Unamuno, seus mares são como os meus, cheios de certezas deléveis que se rearranjam ao sabor dos ventos da verdade, dos fatos percebidos ou dos pensamentos coerentes.

Publicado por Sióstio de Lapa
em 07/02/2019 às 02h01
 
06/02/2019 02h01
MINHA RELIGIÃO

            Li um texto do colega do site Recanto das Letras, Richard D Foxe, um autor cuja inteligência e perspicácia na filosofia admiro, que fala sobre a Religião. Tenho opinião parecida com a dele e irei pinçar um trecho do seu artigo para justificar o que não concordo com ele, que faço ideia diferente. Não quer dizer isto que ele esteja errado e eu certo, é para colocar para os meus leitores opiniões diferentes dentro de um contexto aceitável por ambos os contentores, e despertar neles reflexões sobre o assunto.

            Assim, vejamos o que o Richard escreveu:

... O que vai ser de nós após a morte isso não sei, e ninguém sabe e quem afirma saber está mentindo. Posso apenas raciocinar e considerar que a mera existência física, que sempre acaba com o horror da decomposição, frequentemente é precedida por sofrimentos prolongados de uma maneira que contrasta com a beleza, a perfeição e o esplendor do Cosmo. Tudo isso resulta num paradoxo que só pode ser superado admitindo a continuação da vida em outro plano, mas, como não tenho elementos que comprovem essa afirmação, ela permanece no campo da metafísica e deve ser vista apenas como mera hipótese, uma tênue esperança. Entretanto, o ato de cogitar o prosseguimento da consciência em outra dimensão é, de uma certa forma, uma fé, não tanto num Ser, mas na lógica e corresponde a admitir que o próprio Universo sabe o que faz. Obviamente, com a palavra Universo me refiro não apenas ao Cosmo visível, mas ao Tudo que o constitui, não acreditando numa criação do nada, mas na emanação oriunda duma hipóstase (como diria Plotino) cujo único atributo certo é a existência.

Outro ponto importante é que, enquanto Unamuno mostra ''uma forte tendência ao cristianismo'', quem escreve não sente nenhuma atração para uma fé que reputa ter sido construída durante os séculos juntando elementos oriundos de religiões anteriores (em boa parte pagãs) e dogmas oportunos, assim como as crianças fazem com os tijolinhos da Lego. Apesar desses pontos de vista diferentes, posso fazer minhas as palavras de Unamuno e afirmar que: ''Minha religião é buscar a verdade na vida e a vida na verdade''.

Essa primeira frase é muito forte. Coloca a minha forte convicção no que aprendi sobre o pós-morte como um atestado de mentiroso. Se estamos no campo do raciocínio, ele e eu, se usamos a coerência em busca da verdade da existência, terminamos, por caminhos diferentes. Eu encontrei a doutrina espírita que a minha coerência admitiu como uma filosofia impecável, respaldada por aspectos científicos da mediunidade, capaz de ser comprovada em laboratório e que se ajusta a um procedimento religioso ensinado por Jesus de Nazaré. Os elementos comprobatórios que faltaram ao colega, eu encontrei na Doutrina Espírita. Certamente ele estudou essa doutrina, e poderá dizer em que destoa a sua coerência da minha.

No segundo parágrafo, também sinto uma forte tendência ao cristianismo, pois me considero cristão e procuro seguir suas lições, principalmente no que diz respeito ao Amor Incondicional e formação da Família Universal. Essa peculiaridade dessa fé ter sido construída por tijolos de religiões anteriores, para mim serve mais como atrativo do que repelente. A fé que eu tenho está em constante transmutação, de acordo com a verdade que é descoberta e que devo incluir no meu paradigma de fé. Por esse motivo posso me incluir entre os dois, Richard e Unamuno, e dizer também: “Minha religião é buscar a verdade na vida e a vida na verdade”.

Por esse motivo estou dissecando e colocando no meu diário as duas séries da Netflix, “Trótsky” e “Hitler – O Círculo do Mal”, procurando encontrar a verdade nesses dois movimentos históricos tão importantes, Comunismo e Nazismo, cujo comportamento humano chega até nossos dias influenciando a tantas narrativas, geralmente tão longe da verdade.

Publicado por Sióstio de Lapa
em 06/02/2019 às 02h01
 
05/02/2019 02h01
A CIÊNCIA E A BÍBLIA

            Tenho muitas restrições com relação a Bíblia, principalmente o Velho Testamento. Tenho muita consideração pela ciência, que trabalha em busca da verdade, de retirar a cortina de ignorância dos nossos olhos. Muitos acreditam que na Bíblia está a palavra de Deus, eu não entendo que seja assim. Vejo a Bíblia como uma coletânea de livros, feita por um povo que tinha um bom relacionamento com o Deus que eles acreditavam, e que foi descrito de uma forma no Velho Testamento, conforme Moisés e tantos profetas, e que difere daquele do Novo Testamento ensinado por Jesus. Este eu acredito que é o verdadeiro, pois é o que sintoniza com o amor, que deve ser a essência de Deus.

            Mas, recebi um texto com o título acima, que cita o comportamento de um cientista bem conhecido, Louis Pasteur, que merece ser reproduzido aqui para nossas reflexões. 

A Ciência & A Bíblia

Um senhor de 70 anos viajava de trem, tendo ao seu lado um jovem

universitário, que lia o seu livro de ciências.

O senhor, por sua vez, lia um livro de capa preta. Foi quando o jovem percebeu que se tratava da Bíblia e estava aberta no livro de Marcos.

Sem muita cerimônia o jovem interrompeu a leitura do velho e perguntou:

O senhor ainda acredita neste livro cheio de fábulas e crendices?

Sim, mas não é um livro de crendices. É a Palavra de Deus. Estou errado?

Respondeu o jovem:

- Mas é claro que está!

- Creio que o senhor deveria estudar a História Universal. Veria que a Revolução Francesa, ocorrida há mais de 100 anos, mostrou a miopia da religião. Somente pessoas sem cultura ainda creem que Deus tenha criado o mundo em seis dias.

- O senhor deveria conhecer um pouco mais sobre o que os nossos cientistas pensam e dizem sobre tudo isso.

- É mesmo? - indagou o idoso senhor.

E o que pensam e dizem os nossos cientistas sobre a Bíblia?

- Bem - respondeu o universitário -, como vou descer na próxima estação, falta-me tempo agora, mas deixe-me o seu cartão, que lhe enviarei o material pelo correio, com a máxima urgência.

O velho, então, cuidadosamente abriu o bolso interno do paletó e deu o seu cartão ao universitário.

Quando o jovem, descendo na plataforma, leu - curioso - o que estava escrito, e sentiu-se profundamente constrangido.

O cartão dizia:

Professor Doutor Louis Pasteur, Diretor Geral do Instituto de Pesquisas Científicas da Universidade Nacional da França.

E um pouco mais abaixo, uma frase estava escrita, em letras góticas negritadas:

" Um pouco de ciência nos afasta de Deus. Muita, nos aproxima".

[Fato verídico, ocorrido em 1892, narrado na Biografia de Louis Pasteur]

A leitura estava sendo feita na parte do Novo Testamento, na Bíblia, e, portanto, estava sintonizado com o Deus de amor citado por Jesus. Somente a colocação de que a Bíblia é a palavra de Deus destoa do meu modo de pensar, pois entendo que ali tenha mais o interesse humano apoiado pelo Deus dos exércitos, do que o interesse do Deus do amor. Mas a finalização é perfeita, mostrando a humildade do cientista, a prepotência do estudante e devida colocação, sem alardes, inscrita no cartão.

Publicado por Sióstio de Lapa
em 05/02/2019 às 02h01
 
04/02/2019 02h01
TERRORISMO DE VOLTA?

            No tempo do Regime Militar o Brasil sofreu uma série de atentados terroristas por grupos de guerrilheiros que queriam implantar a ditadura do proletariado, um regime semelhante ao que aconteceu na União Soviética. Quem garantia financeiramente essas atividades terroristas, eram os países do bloco comunista comandados diretamente pela Rússia, ou o seu satélite mais próximo de nós, Cuba, através do ditador Fidel Castro. Além disso, provocavam internamente assaltos a banco para manter sua atividade e promover diversas mortes de soldados ou civis.

            Há rumores que o acidente do rompimento da barragem de Brumadinho, que provocou diversas mortes tenha sido um ato de sabotagem, conforme atua os terroristas. Se isso for confirmado, constata que voltamos aquele tempo em que o assassino não era um ladrão comum que procura roubar nossa carteira, e sim um ladrão treinado com técnicas militares que tenta roubar a nação, a mando de um grupo ideológico.

            Vejamos o que circula na net para nossa reflexão:

Uma fonte ligada a ABIN confirmou nessa tarde que a Polícia Rodoviária Federal deteve nessa tarde, próxima a cidade de Itaguará, cerca de 68 km de Brumadinho, um venezuelano e um cubano.

O carro em que viajam estava em alta velocidade, houve troca de tiros e um terceiro homem foi morto durante a perseguição.

Uma funcionária que sobreviveu a tragédia, confirmou ter ouvido uma explosão antes do rompimento da barragem. A fonte informou ainda que o Venezuelano é Juan Pablo Mercês, ex-guerrilheiro das FARCS, possui 7 mandados de prisão na Colômbia. O cubano é Antonio Cabalero, conhecido instrutor da Polícia Secreta do Governo Castro, condecorado com a Estrela Vermelha, por sua atuação destacada em ações de sabotagem na guerra civil de Angola

Até agora o interrogatório apurou que várias células terroristas venezuelanas se infiltraram no território nacional, desde a vitória de Bolsonaro no primeiro turno das eleições, em outubro.

O objetivo das células são promover atentados terroristas visando sabotar as principais atividades econômicas que compõe as exportações brasileiras, aprofundando a crise econômica e, ao mesmo tempo, frustrando a abertura econômica conduzida por Paulo Guedes.

As células têm como alvo estradas, linhas férreas e portos da infraestrutura de exportação de soja e carne bovina. Barragens e estradas de ferro da Vale e plataformas e oleodutos da Petrobrás.

As ações vinham sendo planejadas para início de março, com objetivo de frustrar as votações da reforma da previdência no Congresso, outro item fundamental para recuperação econômica.

No entanto, o reconhecimento do governo brasileiro de Juan Guaidó como presidente da Venezuela, anteontem, as ações foram antecipadas.

A ABIN, Polícia Federal e Polícia Rodoviária Federal, prosseguem as buscas por mais 5 células terroristas infiltratadas.

fonte: ODB- Observatório Direita Brasileira

Se for confirmada essa notícia, é sinal que voltou o tempo de terrorismo no Brasil. Dentro dessa situação, o recente governo democrático de Jair Bolsonaro, deve atuar com firmeza para proteger a força militar brasileira, e, principalmente os cidadãos civis, que são efeitos colaterais e muitas vezes diretos de tais ações, como aconteceu em Brumadinho.

Existe informações de que esse texto é fake, e acredito que seja mesmo. No entanto, tantas informações e fatos comprovados de crimes que chegar a esse nível não é impossível. Nesse ponto, as forças de segurança devem agir com rigor.

Até aí tudo bem, ninguém discorda que esse é o papel do gestor da nação, agir com firmeza para punir os terroristas e principalmente, evitar novas ações. Nesse ponto é que observamos uma falta de coerência que ocorre em nome do humanismo. Quando um terrorista é preso e se recusa a dizer os planos de seus cumplices, a vida de dezenas ou centenas de pessoas estão ameaçadas. O humanismo impede que o governo atue de forma mais severa para extrair essa informação, e com isso deixa de evitar a morte de tantos. Será que esse humanismo que permite a morte de tantos para evitar o sofrimento de uma pessoa é coerente? Como aconteceu no passado, e os criminosos da época até hoje tentam ressarcimento de sofrimentos ou de simples prisões que o Regime Militar implementou, sem nenhuma proteção para as vítimas reais?

Ficam essas ações para nossa reflexão.

Publicado por Sióstio de Lapa
em 04/02/2019 às 02h01
 
03/02/2019 02h01
O DESPERTAR DO POVO

            Os grupos que por motivos inconfessáveis plantam notícias falsas, deturpam o trabalho e a personalidade de quem consideram adversários, e constroem falsas narrativas para enganar o povo, termina por esbarrar na inteligência das pessoas que não fazem parte dos seus interesses. Vejamos o que encontrei na net que mostra essa situação que já acontece comigo e com tantos outros que já despertaram para a verdade ou que já reexaminam os seus paradigmas para verificar com honestidade se são dignos ou não de serem mantidos.

Email  de Simone Ramos à Rede Globo de televisão e enviado através do site deles.

"Boa tarde, Rede Globo. Não é com satisfação que envio esta mensagem, pois esta empresa esteve presente na minha vida desde a infância, e por muitos anos foi, para mim e todos ao meu redor, referência de jornalismo sério, comprometido e imparcial.

Ocorre que, ser pensante que sou, não poderia deixar de notar o teor grosseiramente tendencioso com o que noticiam todo e qualquer acontecimento envolvendo o sobrenome Bolsonaro.

Creio que vale lembrar que, neste exato momento de nossa história, este senhor é o Presidente da República, (dos que gostam e dos que não gostam) e isto, por si só, já deveria ser motivo de respeito e deferência, o que não acontece em NENHUM de seus noticiários.

Nota-se claramente a intenção nociva de denegrir, desacreditar e criar um ambiente hostil ao redor do Presidente e dos seus, e isto me causa profunda vergonha. Vergonha real! Daquelas que a pessoa sente o rosto queimar e a vontade de se esconder.

 Bem, para quem defendia a seriedade de suas notícias, hoje é assim que me sinto, com vergonha. Creio que dentro desta empresa, ainda deve haver aqueles que se sentem como eu, mas que presos ao vínculo empregatício que os sustenta, repetem o que lhes mandam os "patrões". É até aceitável, considerando que as contas chegam no final do mês para a esquerda e para a direita, não é mesmo?... O que não é aceitável é que vocês entrem em nossas casas chamando idiotas do BBB de heróis, enquanto tentam denegrir uma pessoa que, até este momento, está demonstrando profundo respeito pelo País.

Não é aceitável que estejam tentando fazer buracos num navio aonde todos nós estamos. Não, definitivamente não é aceitável. Bom, certamente não será a minha indignação com sua postura (ou falta dela) que os fará mudar sua forma nojenta de "mostrar a notícia", mas ressalto que este meu pensamento retrata, na melhor das hipóteses, o mesmo pensamento de algumas centenas de pessoas que conheço, e que já desligaram suas  tv´s para vocês.

Informo também que não espero retorno nenhum, se for para dizer frases longas de palavras bonitas e boa maquiagem, pois isso seria perda de tempo. Se quiserem responder com o devido respeito, respondam quando começaremos a falar sobre os filhos do atual presidiário Luiz Inácio Lula da Silva, ou então quando a Globo se pronunciará sobre o rombo bilionário em impostos devidos à Receita Federal? Ou quem sabe, o JN poderia mencionar qualquer coisa que fosse sobre alguns de seus artistas envolvidos com uso suspeito das verbas provenientes da Lei Rouanet. Olha aí quanta sugestão de matéria boa e que geraria audiência acima da média, né?! E para finalizar, este mesmo texto será amplamente divulgado nas redes sociais para fins de informação.

Att, Simone Ramos."

            Perfeito! Participo da mesma sensação da Simone, e tenho dificuldade agora de assistir programas divulgados pela Rede Globo, o que antes muito me agradava e agora sinto que está sendo causa de ojeriza.

            Termino por ficar enojado por ver com tanta clareza essa tendenciosidade contra o nosso atual presidente da nação, sem considerar todo o esforço feito para a sua eleição, sem compactuar com nenhum tipo de corrupção, que muito certamente os seus adversários estão envolvidos, e até com crimes mais perversos como retirar a vida de uma pessoa ícone de nossa revolta contra tanto roubo do nosso suor.

            Espero que a voz da consciência popular sadia, que não foi infectada pelo vírus da desinformação ou mesmo da corrupção, seja cada vez mais ampla e capaz de manter na lama da iniquidade aqueles que de lá não querem sair.

Publicado por Sióstio de Lapa
em 03/02/2019 às 02h01
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