Nasci no dia 20 de outubro de 1952, ano em que foi lançado os belíssimos filmes “Dançando na Chuva”, “Luzes da Ribalta”, “O Maior Espetáculo da Terra” e “Viva Zapata” entre outros que acredito trouxeram inspiração para o Eu espiritual que começava a se instalar no meu corpo.
O local era uma ilha chamada de Areia Branca, cidade do Rio Grande do Norte, onde fiquei morando até os cinco anos. Nesse momento minha mãe separou dos meus pais e fui morar com ela e minha avó materna em outra ilha, Macau, no mesmo estado, ambas produtoras de sal. Será que essa dupla dose de sal teria algo a ver com a mensagem de Jesus, de que somos o sal da Terra?
Como primogênito tive dificuldade de atravessar o canal do parto. Foi necessário meus parentes fazerem um pacto com São Francisco, o santo mais importante do mês no imaginário deles, que se eu escapasse com vida receberia o nome dele. Assim aconteceu.
Tive dois irmãos de pai e mãe, mas com a separação tive outros mais, tanto por parte da minha mãe, com quem fiquei em Macau, quanto por parte do meu pai, que permaneceu em Areia Branca e com o qual não tive mais contato.
Fui criado por minha avó, devido as dificuldades financeiras da minha mãe. Logo cedo comecei a trabalhar e estudar. Fazia tanto um como o outro sem queixas. Minha avó tinha uma religiosidade próxima aos povos africanos de sua origem, e vez por outra se envolvia em batalhas místicas, com feitiços e catimbós que enviava e recebia. Cheguei a testemunhar alguns desses fatos. Mas ela me colocou para estudar em escola católica, fui escoteiro e auxiliar do padre nas missas e procissões.
Por esses caminhos desenvolvi também a minha religiosidade. Gostava de frequentar qualquer expressão religiosa, e cheguei a ver flutuando no céu, num momento em que estava em casa balançando na rede, a imagem de Nossa Senhora, tal como a via na igreja.
Fiquei diferenciado logo cedo dos outros meninos, por minha capacidade de leitura, lia com gosto e desenvoltura o grosso livro, cheio de imagens, da vida de Jesus. Ficava muito tempo dentro de casa, brincando sozinho com tampas de garrafas, construindo casas, fortificações, ou colocando-as enfileiradas simulando um duelo entre mocinhos e bandidos, torcendo sempre para a vitória do bem.
Por ficar muito tempo sozinho, os sonhos eram frequentes, e ficava divagando sobre o futuro, uma profissão de herói, o casamento com uma bela mulher com a qual eu viveria com muito amor até o fim da vida.
Mas tamanho isolamento trouxe dificuldade nos meus relacionamentos. Até as garotas pelas quais meu coração despertava, eu não tinha coragem de me aproximar e demonstrar meu afeto. Meus amores foram sempre platônicos, tinha medo até de olhar para quem eu gostava, com medo de ser interpretado como vilão, que queria roubar a pureza de uma virgem.
Assim foi com aspectos importante da biologia, pois até os 17 anos eu não sabia como ocorria a relação sexual. Na escola não ensinava, não tinha pais para me explicar, a minha avó era mais castradora, sargentão, do que uma educadora. Meus amigos e irmãos, quando eu tinha oportunidade de encontra-los, não abordávamos esse assunto.
Assim vivi a minha vida, mergulhado na ignorância da vida prática, mas alcançando uma boa bagagem teórica, que fazia eu mergulhar no universo místico e fantasioso, e por outro lado dificuldade de caminhar pelas diversas estradas da vida prática, que implicava em relacionamentos. Não procurava ver a maldade do mundo. Procurava a sintonia sempre com o bem.
Assim foi até os 18 anos, quando fui convocado para servir a Marinha do Brasil, na capital, Natal, e tive que deixar a casa da minha avó. Começaria outra etapa da minha vida.
Foi postado por Thiago Eloi um texto interessante que traz informações produzidos por Christian Jarrett que é um neurocientista cognitivo e que virou escritor de ciência, cujo trabalho apareceu em New Scientist, The Guardian, Psychology Today, entre outros.
Esse trabalho traz más notícias sobre a natureza humana, em 10 descobertas da psicologia. Defende que essa é uma questão que reverbera através dos tempos: são humanos, apesar de criaturas imperfeitas, essencialmente gentis, sensatas e bem-humoradas? Será que estamos, no fundo, ligados para sermos maus, cegos, ociosos, vaidosos, vingativos e egoístas? Não há respostas fáceis, e há claramente muita variação entre os indivíduos, mas aqui são destacadas algumas evidências sobre o assunto através de 10 descobertas desanimadoras que revelam os aspectos mais sombrios e menos impressionantes da natureza humana. Irei fazer um contraponto em cada uma delas, após a observação do autor.
Nós vemos as minorias e os vulneráveis como menos humanos
Um exemplo notável dessa flagrante desumanização veio de um estudo de varredura do cérebro que descobriu que um pequeno grupo de estudantes exibia menos atividade neural associada a pensar nas pessoas quando elas olhavam fotos de moradores de rua ou viciados em drogas, em comparação com indivíduos de status mais elevado. Outro estudo mostrou que as pessoas que se opõem à imigração árabe tendem a classificar os árabes e muçulmanos como literalmente menos evoluídos que a média. Entre outros exemplos, há também evidências de que os jovens desumanizam os idosos; e que homens e mulheres desumanizam mulheres bêbadas. Além disso, a inclinação para a desumanização começa cedo – crianças de até cinco anos veem rostos de fora do seu grupo (de pessoas de uma cidade diferente ou de um gênero diferente da criança) como menos humanas do que as do seu grupo.
Esta é uma confirmação das tendências psicológicas de nossa natureza animal. Nossa condição humana é um estágio para sairmos dessa condição anormal, assumindo atitudes contrárias, em direção à angelitude. Atitudes de solidariedade, fraternidade, abnegação, tolerância, perdão, etc., seguindo os princípios evangélicos e de todos os livros associados ao amor, justiça e misericórdia, produzidos ao redor do mundo pelos diversos avatares, dos quais Jesus Cristo é o mais perfeito.
A Doutrina dos Espíritos nos mostra com profundidades os aspectos filosóficos, científicos e religiosos dessa forma de pensar e se comportar, entrando no nível evolutivo superior, da evolução moral, que supera a evolução biológica que é a única preocupação de quem está restrito ao campo material.
Portanto, lutemos com o nosso racional, usando a força da vontade para obedecer ao nosso livre arbítrio e dirigir o nosso comportamento em busca da evolução espiritual, esquecendo as forças que até agora foram importantes para a construção e manutenção do corpo biológico, que passa agora a ser instrumento da evolução do espírito.
Parece que esses dois sistemas, comunismo e capitalismo são incompatíveis, que não é possível a sua coexistência num mesmo espaço político. Mas, ao ler o que acontece no mundo espiritual, na Colônia Nosso Lar, de acordo com o que escreve o autor espiritual André Luiz através da mediunidade de Chico Xavier, vejo que isso é possível.
Na Colônia existe um sistema monetário chamado bônus-hora que é a remuneração do trabalho de acordo com a sua natureza. Todos que estão em Nosso Lar têm direito ao alimento e vestuário necessários, que são distribuídos pela Governadoria. Uma ação de natureza comunista.
O espírito dedicado ao trabalho pode adquirir bens de consumo além dos oferecidos pela Governadoria e até mesmo comprar uma casa. Isso é capitalismo.
O espírito ocioso fica nos Campos de Repouso, conformado com o mínimo, ou nos parques de tratamento, sob a intercessão de amigos. Tudo bem justo.
O trabalhador oferece no mínimo oito horas de trabalho durante seis dias e se desejar, mais quatro de esforço extraordinário, atingindo o limite máximo permitido de setenta e duas horas semanais.
Nos serviços sacrificiais, a remuneração é duplicada ou até triplicada, segundo sua natureza.
Na Terra, dimensão material, a natureza do serviço é complicada pela ingerência do egoísmo animal. Há os que se valem dos títulos e das posições de comando administrativo para exigirem altas remunerações sem fazerem jus a elas, desconhecendo que todo ganho externo do mundo é lucro transitório, e que 70% dos administradores terrenos não observam os deveres morais que lhes competem.
Governos e empresas pagam profissionais que matam o tempo que é devido, esquecendo-se de que pagarão caro pelo descaso, pois isso sempre implica em prejuízos, em injustiça na distribuição dos recursos.
Também existe o Bônus-hora-Regeneração, quando o trabalhador gasta energia em benefício de si mesmo, e o Bônus-hora-Esclarecimento, que torna o servidor mais sábio.
Todos trabalham para adquirir experiência, educação e enriquecimento de bênçãos divinas. Também pode usar seu bônus-hora para interceder em favor de amigos e de seres amados, e para assegurar auxílio das organizações do Nosso Lar a seu favor, quando encarnado na Terra.
A transferência do bônus-hora de um para outro não é permitida, sendo o montante revertido ao patrimônio comum, mas a família herda o lar adquirido pelo antecessor.
Passa a compreensão que nada existe sem preço e que para receber é indispensável dar alguma coisa.
Essa forma de administração e remuneração não é muito complicada, desde que exista pessoas sérias para as implementar, deixando o egoísmo à parte e considerando a família universal, todos em progressão evolutiva em direção ao Pai.
O episódio do cerco de Jericó narrado na Bíblia, sempre me deixa com a impressão que esse livro trata de dois deuses com características diferentes. O Deus que deu ordens para “seu povo” invadir a cidade fortificada de Jericó, destruir todo seu povo, crianças, idosos, homens e mulheres, não é o mesmo Deus ensinado por Jesus que ama a todos os seus filhos independentes de onde a pessoa tenha nascido.
A ler o Velho Testamento sobre essa história do cerco de Jericó, não consigo criar empatia com aqueles soldados que sitiaram a cidade durante sete dias, até ter as muralhas da cidade derrubadas com a orientação do Deus do exército de Israel e promoverem a carnificina, deixando escapar apenas a prostituta que os ajudaram na tarefa. A minha empatia se volta para aquelas pessoas amedrontadas, com medo da destruição que de fato aconteceu. Se eu vivesse naquela época, muito provavelmente não participaria daquele exército invasor, eu estaria entre os habitantes da cidade, já que não tenho perfil israelita, não tenho um Deus de estimação exclusivamente meu e que comete injustiças ao redor ao meu favor.
O Deus que eu venero e que procuro cumprir a Sua vontade, é aquele Deus que Jesus ensinou, que é Pai de todos os homens, independentemente de sua nacionalidade, quer tenham conhecimento da existência dEle ou não, quer acreditem nEle ou não. É o Deus que espera que todos nos comportemos como irmãos, pois todos fomos criados por Ele; que devemos aplicar a lei do Amor, pois o Amor é a Sua essência dentro da Natureza, que é a expressão material da Sua existência.
Dessa forma, observamos pensamentos distintos em cada um desses deuses, o do Velho e o do Novo Testamento. Mas sabemos que só pode existir um único Deus, e que Deus não pode ter comportamento contraditório. Então devemos escolher qual Deus devemos ou queremos seguir: o Deus do Velho Testamento como fazem os judeus, os israelitas, ou o Deus do Novo Testamento, como nos ensinou Jesus.
Jesus já ensinava, que não podemos servir a dois senhores, pois ao obedecer a um poderemos estar desobedecendo ao outro. Se eu estudo a vontade de Deus e observo que Ele ordena que eu mate o meu irmão por não acreditar nEle, como acontece com algumas religiões, e se eu já tive conhecimento do Deus que Jesus me apresentou e que reconheci a lógica da Sua existência, não posso obedecer a uma ordem que venha matar o meu irmão, pois desobedecerei aquele Deus que minha consciência já aceitou como correto.
Agora, como conviver com pessoas que aceitam esses dois deuses como um só? Como conviver com essa incoerência? Usando a tolerância? A paciência de ouvir louvores a um Deus que manda assassinar crianças e pessoas indefesas, o mesmo comportamento que Herodes teve para garantir a sua realeza?
Sei que o meu Deus é misericordioso até com os perversos e ignorantes, pois Ele faz brilhar o mesmo sol sobre todos. Sei que Ele mandou o Seu filho mais preparado para nos ensinar essas lições, veio para corrigir nossa ignorância, mandando amar, orar e vigiar. Se somos expulsos e escorraçados por procurar cumprir esse mandamento (amar ao próximo como a si mesmo) ou mesmo querer ensinar sobre ele, não devemos desistir. Ao aceitar Jesus como Mestre, passamos a nos colocar como instrumentos de Deus, e talvez essa seja nossa função como instrumento: trazer luz às consciências obnubiladas pelas trevas da ignorância. E, se, for eu o ignorante que está nas trevas da ignorância, que o Pai me envie, por favor, um Mestre mais competente que Jesus para me ensinar o que não consegui aprender.
Série da Netflix, segundo episódio.
A cena se desloca para a Rússia, 1919. Uma pessoa é enxotada do meio de pessoas fardadas que bebem e cantam no meio da rua.
- Temos um mundo novo a criar! Venham aqui!
- Ele rompeu o fronte entre o 8º e o 9º exércitos e ganhou a retaguarda.
- Quem? Foram quantos homens? Para onde ele está indo? Investigue. Informe.
- Sim, camarada presidente. Eu procuro você.
- Aqui, aqui! Sorriam, todos vocês! Não me provoquem! Sorriam, rapazes!
- T. O que está acontecendo?
- Fiquem em pé! É uma foto juntos, só isso. Pegamos um kike na rua. Digo, um fotógrafo.
- T. E isso aí? (aponta uma estátua)
- Expropriado para as necessidades do exército. Seria uma pena deixar uma gostosa dessa para trás.
- Camarada presidente! Por favor, uma foto juntos! Não vão acreditar em mim! Um simples vagabundo. Não vão acreditar que fui da sua tropa. Uma foto para fazê-los acreditar?
Trótski aceita ser fotografado com os soldados enquanto vem à sua mente palavras do passado: - Quero ver as pessoas que merecem amor. Ver rostos normais, lindos, felizes, sorrindo. Como o seu.
A Primeira Guerra Mundial terminou em 1918, a Revolução Russa aconteceu em 1917. O país tenta se estabilizar, os líderes da revolução, como Trótski, são aclamados, respeitado entre os soldados. É uma honra tirar uma foto com tal pessoa. Seu pensamento positivo quanto a sociedade em geral permanece, seu foco ainda é este, mas talvez isso tenha sido o motivo para seu afastamento do poder, que para se manter geralmente está enrodilhado com iniquidades.
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A cena se desloca para o México. Trótski viaja no banco de trás de um automóvel na companhia do jornalista.
- J. Devo escrever sobre isso também?
- T. O livro é seu. Você decide. Me diga Jacson, para que serve a propaganda?
- J. Para informar ás pessoas a posição do Estado.
- T. (rindo) Para criar ilusões de que você vai gostar. A imagem do seu mundo é maravilhosa. Um paraíso na Terra governado por titãs bons e justos protegendo-nos de todo o mal. Você está disposto a acreditar nisso que sua mente rejeita qualquer fato que contradiga essa imagem. Infelizmente. Esta auto hipnose ocorre por seu desejo de conforto, não pelos fatos.
Pensamento muito lúcido de Trótski. Ele tem autoridade de falar isso, pois sofreu na pele essa propaganda feita pelo governo, muito longe da verdade do governo da justiça, e bem próximo das falcatruas para o empoderamento de quem já está no poder e usa todos os meios para mantê-lo e ampliá-lo.
- J. O fato é, à propósito, que meio mundo venera o Lenin. E o Stalin é discípulo dele. Será que dois zeros poderiam ter tanto sucesso?
- T. Você usou a palavra certa, Frank. Venera. Liberte a sua mente, comece a pensar! Veneração é religião. Como ateu, você deve evitar isso. Aliás, eles não inventaram nada. Usaram mitos antigos. Lenin faz o papel de Deus Pai, Stalin, de Deus Filho.
- J. Sim. E você é Judas.
- T. Sim. Já ouvi isso. Trótski, o Judas. (rindo)
- J. Mas você é, julgando pela sua história. Você traiu os dois: Lenin e Parvus. Judas é o personagem cristão que melhor se encaixa a você.
Esta informação está cristalizada na mente do jornalista como uma verdade, e ele busca na entrevista os motivos para que isso acontecesse. Não está procurando entrar na história dos fatos que o outro possa contar e daí tirar uma nova conclusão, que seja favorável ou não a sua opinião inicial.
- T. você acha que culpariam Judas se ele traísse o Alto Sacerdote e não Jesus?
- J. E se os sacerdotes tivessem construído um paraíso na Terra, as pessoas venerariam eles ou Jesus?
Dois lances racionais inteligentes, onde cada um procura mostrar a verdade do que acredita. Trótski tem a vantagem, pois ele vivenciou os fatos. Jackson depende do que leu nas narrativas e no que pode colher com algum personagem da história. Para quem está na posição de Jackson, de colher a verdade, deve entrar nos relatos desarmado para procurar descobrir se existe alguma incoerência de algum lado.
- T. Você tem uma mente muito aguçada para um stalinista. Até amanhã, Jacson. E anote isso: Lenin e Parvus não queriam construir um paraíso, talvez, só para eles. Só isso.
Essa ironia de Trótski é muito atual. Geralmente quando passamos a venerar alguma personalidade acima do que os fatos mostram como inverso, é porque a mente não foi suficientemente ágil e capaz de perceber o engodo em que tal personalidade está embutida.
Jacson se afasta no carro que deixou Trótski, enquanto esse adentra o seu quarto sozinho, e entra em monólogo, que logo se transforma em diálogo com a figura imaginária de Freud.
- T. Do que você precisa? Eu? Eu já morri há um ano, não preciso de nada. Achei que tivesse me ligado. Outro homem morreu por minha causa. E não senti nada. Eu sou vazio.
Do outro lado responde a figura imaginária de Freud.
- F. Sim. Você não se tornou serial killer ou fanático religioso. Você se tornou algo mais terrível.
- T. Você não está sendo original. Ouvi muito isso desde que me exilaram da URSS.
- F. Um maníaco mata para sentir. Um fanático se mata e os outros sentem. Por um longo tempo, você não sente nada, Sr. Revolucionário. Nenhum amor, dó ou ódio. Nenhuma compaixão por suas vítimas.
- T. O que você quer? O meu pedido de desculpa?
- F. Eu me lembro de olhar nos seus olhos e ver suas pupilas se contraírem num momento de estresse. Foi lindo. Mas o que eu vejo agora? Nada. Um olhar vazio. Você está indiferente à morte dos outros... e à sua.
- T. Apenas os fracos temem a morte, Sr. Freud. Você tinha me acusado de fraqueza. Agora eu sou forte. E não tenho medo de morrer.
- F. Seu destemor é bem natural. Sabe quem não tem medo de morrer?
- T. Quem?
- F. Aqueles que já... estão mortos.
A consciência de Trótski se debate com aquilo que lhes acusam. Será que ele é tão sanguinário assim? Será que as tantas mortes que ele proporcionou, chegou ao ponto de matar a sua alma? Valeu a pena tanto esforço e agora viver exilado, longe da sua terra?