Seguir as lições de Jesus significa desenvolver a capacidade de liderança para instruir e pedir para o ouvinte segui-Lo, como Ele fazia.
Para desenvolver essa capacidade de liderança devo ouvir o eco da chamada do Cristo no íntimo de minha alma e descobrir aquelas pessoas que realmente desejam e necessitam seguir com fidelidade as lições que o Cristo deixou.
Não deverei hesitar em chamar a pessoa para seguir-me nos passos do Cristo, se percebo que ela tem esse potencial. É preciso fazer com que a pessoa se sinta que é necessária a realização do trabalho, como de fato é.
Sinto o chamado para atuar num ministério dentro da comunidade como uma igreja informal, sutil, mas presencial.
Praticarei uma ação de alcance social, comunitário e empresarial, onde cada pessoa convertida ao chamado coloque seus talentos na produção de frutos levando o benefício pessoal e coletivo, sempre com o intuito da fraternidade, do amor universal.
Procurarei não titubear ao encontrar os meus Pedro, Tiago, João. Convidá-los-ei a se juntarem a mim na labuta do Cristo, na condição de trabalhador da última hora.
Deverei fazer o convite de forma pessoal, enfrentarei o desafio de convidar as pessoas que julgo essenciais, que possam colaborar com seus talentos.
O convite será feito no sentido de levar a mensagem às pessoas mais próximas e mais sensíveis ao conteúdo da mensagem. Essa pessoa deve ter o potencial de ser convertida, ser incluída no grupo e ela mesma conduzir o trabalho no estilo de marketing de relacionamentos, desenvolvido por algumas empresas. Entre essas empresas se encontra a empresa de produção de óleos essenciais DoTerra, da qual sou consultor de Bem-Estar.
Deverei ter em mente de que forma farei esse chamado, por exemplo: “Fulano, fui chamado na minha alma para fazer um trabalho de evangelização, de resgatar o irmão das malhas da ignorância espiritual e engajá-la no exército do Cristo e quero você na minha equipe, cujo líder é o próprio Cristo a quem devemos prestar contas continuamente através do exame de nossa consciência”. Esse convite parece bem conveniente: Fulano, quero você na equipe.
Devo ter toda a estratégia montada para mostrar aos meus convocados como iremos trabalhar. Devo lançar minha rede o mais abrangente possível, considerando o mérito de cada um.
Serei receptivo ao talento, caráter e comprometimento, onde e com quem estiver com essas qualidades. Devo enxergar abaixo da superfície, do histórico familiar, da posição social, do nível acadêmico, da aparência pessoal.
Devo procurar com denodo por pessoas reais, com virtudes reais, em todas as áreas da vida. Não posso deixar de convidar alguém por imaginar através de preconceitos.
Devo demonstrar fervor, sinceridade e sobretudo fé.
Tudo que nós criamos, se temos um bom psiquismo, tudo será bom. Imaginemos agora Deus, como o Criador, o Pai, com um psiquismo perfeito. Tudo que Ele criar vai ser naturalmente bom. Mesmo que no passar do tempo se observe dentro da natureza momentos de violentas transformações, como furacões, tempestades, terremotos, tudo isso para que ocorra as devidas acomodações que já estão previstas no curso da natureza.
Tudo está seguindo na natureza a lei de Deus. Apenas um pequeno detalhe na sua quantificação, mas grande na qualificação, escapa da obrigatoriedade de seguir a Lei do Criador: o homem. Este, criado com o potencial do livre arbítrio quando atingisse a qualificação material, neuronal, tem a condição de decidir pelo Bem ou pelo Mal. Pelo Bem quando respeita a lei de Deus, seus limites; pelo Mal quando se rebela contra a lei e passa agora a usar sua força física ou psicológica e sai dos limites, prejudicando a natureza, principalmente ao próximo.
Durante o processo evolutivo, verificamos que o homem usa o seu potencial cognitivo para direcionar o seu livre arbítrio em direção a sobrevivência do corpo. Para esse homem primitivo, não existia nenhuma outra forma de vivência fora do campo material. A morte do corpo era o fim de sua existência. A evolução que ele fazia acontecer com seus recursos, era sempre destinado a reforçar a sua existência e de seus parentes. A violência contra a vida do próximo passou a ser uma constante, mesmo com toda a tecnologia e ciência, que davam os seus primeiros passos.
Foi necessário que Deus interviesse e encontrasse uma pessoa que fosse capaz de O reconhecer como o Criador e fosse capaz de obedece-Lo. Encontrou Abrão e combinou um pacto com ele alicerçado na fé, e Abrão demonstrou ser confiável. A partir daí desenvolveu toda uma genealogia levando consigo a ideia do Deus criador, que devia ser respeitado através da obediência de Sua lei.
Nesse processo evolutivo de criar uma comunidade reconhecendo e respeitando o Criador, observamos vários profetas, sacerdotes, reis, até chegarmos em Jesus Cristo, que veio para reformar o que estava sendo escrito de forma enviesada e preparando a comunidade dos filhos de Deus, daqueles que O reconhecem como Pai, para a construção do Reino dos Céus.
Jesus foi muito competente como Mestre e fez germinar a semente de transformação no psiquismo humano, conseguindo formar diversos reinados obedientes às suas instruções. Avançamos por 2,000 anos evangelizando e tentando consolidar o Cristianismo como ideologia global em nosso planeta. Acontece que os instintos animais se deixaram cooptar com as forças telúricas do espaço e conseguiram inverter o pensamento cristão em muitas pessoas, que colocadas em postos chaves nas instituições estão destruindo as base do cristianismo e fazendo sofrer a humanidade que se tornou hipnotizado em sua maioria.
Cabe a nós, cristãos que não fomos hipnotizados, ou que foram, mas conseguiram sair da hipnose, como eu, para entrar na batalha que se desenvolve ao nosso redor, na luta renhida do Bem x Mal
Com a idade de apenas 12 anos, Jesus já afirmava com palavras o sentido do Seu ministério entre nós, encarnados num corpo material: “Não sabíeis que devo estar na coisas de meu Pai?”
Para quem não aceita a missão espiritual de Jesus entre nós, não consegue explicar como uma criança de 12 anos tinha esse estado de avançada consciência espiritual, possuindo uma noção de Reino de Deus muito maior que o mais espiritual dos homens possui no fim de sua vida terrestre.
Os venerandos mestres de Israel, sumos sacerdotes no Templo de Jerusalém, encanecidos no estudo dos livros sacros, de repente se tornam discípulos de uma criança que nunca frequentou escola nem teve mestres humanos.
O homem dotado de intuição espiritual não descobre Deus em parte alguma do universo nem de si mesmo. Ele descobre que não há nada fora de Deus e que Deus é a única realidade, o Um e o Todo do mundo. Deus é o oceano único permitindo a pluralidade das ondas; a luz incolor que permite a existência de todas as luzes coloridas do prisma cósmico divino; é a grande Causa única em todos os pequenos efeitos, o Eterno em todos os fenômenos transitórios; um só Ser no meio dos muitos existires, a Essência Universal e única em todas as existências individuais.
Esta é uma forma de Panteísmo que entende que Deus está em tudo e tudo está em Deus (Monismo), que Deus é a íntima essência de todas as coisas e que estas são outras tantas manifestações da única Realidade “Deus”, uma expressão da verdade objetiva.
Quando Jesus afirma que Ele e o Pai são Um, que as obras que Ele faz não são dEle, é do Pai que nEle está. Quando Paulo de Tarso diz que já não é ele que vive, mas que é o Cristo que nele vive, não há dúvida alguma de que há em tudo isto uma afirmação do Panteísmo, dentro desta racionalização.
Logo depois de dizer “eu e o Pai somos Um”, acrescenta: “Mas o Pai é maior do que Eu”. Dessa forma, o Panteísmo de Jesus é idêntico ao Cristianismo genuíno e racionalmente esclarecido.
Desde a sua infância Jesus sabia que sua missão peculiar, aqui na Terra, era estar nas coisas do Seu Pai, e que só assim é que Ele podia realizar eficientemente a vontade do Pai.
Ninguém pode exercer efeito benéfico e real sobre as coisas do plano horizontal se não se identificar primeiro com o espírito da linha vertical. Só uma profunda solidão com Deus produz e mantém verdadeira solidariedade com os homens. Ninguém pode ser eticamente solidário se não for misticamente solitário.
O homem espiritual não atua tanto pelo que diz e faz como pelo que é. Estar com as coisas do Pai celeste é ser alguém, é ter realizado o seu verdadeiro e eterno Eu. Ser alguém é muito mais importante do que fazer algo. Só quem, por dentro, é só de Deus, pode ser, por fora, de todas as criatura de Deus.
Criamos no Departamento de Medicina Clínica (DMC) o projeto de Extensão Universitária “Foco de Luz” com o objetivo de colaborar diretamente com a comunidade da Praia do Meio e adjacências, onde está localizado o Hospital Universitário Onofre Lopes (HUOL), sede de nossas atividades profissionais. Observamos as dificuldades da comunidade como saúde, educação, desemprego, abuso de drogas, prostituição, violência, e criminalidades em geral. O nosso foco é levar a ideologia do Cristo, o Cristianismo, como ferramenta filosófica já comprovada como eficaz nos projetos de harmonização individual e coletiva. Para ser mais eficaz nessas ações dentro da comunidade, criamos a Associação Cristã de Moradores e Amigos da Praia do Meio (AMA-PM) com sócios dentro e fora da comunidade que se sentem atraídos por este chamado de Cristo. Podem colaborar com qualquer valor dentro de suas possibilidades para fazermos cumprir as necessidades financeiras que sempre surgem para um ente jurídico que foi formalizado. Mas o nosso foco principal será sempre o de cuidar do corpo para uma vida digna neste mundo material e direcionar a alma para a vida eterna na espiritualidade e sintonia com o Criador. Com o objetivo de contribuir com mais eficácia (nível gerencial) e eficiência (nível operacional) para dirimir as dificuldades financeiras das pessoas dentro da comunidade, formamos uma Cooperativa para coleta de resíduos sólidos, e já tivemos contato com setores do HUOL para uma parceria.
Hoje, nesta reunião com a atual direção do HUOL (Dra. Eliane) e com a que a antecedeu (Dr. Stênio), viemos colocar essa exposição de motivos a partir do Projeto Foco de Luz com a participação da AMA-PM e da Cooperativa.
Como podemos imaginar, o trabalho de filosofia cristã traz uma série de dificuldades , pois devemos trabalhar com a verdade, com o objetivo de servir as necessidades da comunidade, sem esperar deste trabalho recompensas materiais, financeiras ou honrarias. Nossa recompensa está sendo dada no dia-a-dia quando o Pai sonda os nossos corações e percebe, com um sorriso, que estamos fazendo a Sua vontade.
Colocamos nossas dificuldades à direção do HUOL por percebermos aqui dentro do Hospital centenas de talentos dados pelo Pai, a cada servidor, técnico, professor ou aluno. Esperamos ter criado um espaço onde cada um possa se sentir como um “Irmão” reconhecendo a vontade do Pai e que possamos agir fraternalmente dentro de nossos talentos de acordo com nossas intenções. O primeiro passo é a questão financeira, pois mesmo não sendo a nossa meta, termina sendo os meios para alcança-la. Mas, nenhum meio de conseguir recursos deve nos desviar da meta de fazermos a vontade do Criador. Como irmãos, capazes de opinar, sugerir ou determinar, vejamos o que precisamos:
Lendo Huberto Rohden no seu livro “Filosofia Cósmica do Evangelho” encontrei trechos interessantes que irei colocar aqui 3 deles para nossa reflexão, sendo este é o terceiro:
A magnífica frase de Albert Schweitzer “O Cristianismo é uma afirmação do mundo que passou pela negação do mundo” resume lapidarmente o que entendemos por Cristianismo Cósmico.
Quem afirma o mundo sem o ter negado é materialista e idólatra.
Quem nega o mundo sem ter a coragem de o afirmar é asceta espiritualista.
Quem afirma o mundo depois de o ter negado e continuando a negá-lo, internamente, pelo desapego, esse é cristão genuíno e integral, homem cósmico.
O Verbo se fez carne para que a carne pudesse fazer-se Verbo...
O espírito se materializou para que a matéria pudesse espiritualizar-se...
O Cristianismo é a vida de todo cristão, é uma permanente encarnação do Verbo e uma constante verbificação da carne, uma contínua descensão do espírito de Deus ao mundo e uma incessante ascensão do mundo a Deus.
O Cristianismo e a vida cristã, é Natal e Páscoa, encarnação e ressurreição, descida do espírito divino para dentro do homem, e subida do homem para o espírito de Deus. A manjedoura de Belém e o túmulo vazio do Gólgota, a noite do nascimento de Jesus e a noite do ressurgimento do Cristo – eis a mais breve síntese do homem cósmico!
No meio entre esses dois extremos, porém, está a cruz, não apenas como símbolo de sofrimento, mas também, e sobretudo, como emblema da vida universal., abrangendo com suas quatro pontas o norte e o sul, o leste e o oeste, a totalidade de todas as coisas que há em todas as alturas e profundezas, em todas as latitudes dos horizontes. A cruz é o símbolo cósmico por excelência.
Quem adora o mundo é idólatra.
Quem odeia o mundo é desertor.
Quem ama a Deus no mundo e o mundo em Deus é homem cósmico, crístico.
Este é um quadro performático bem descrito de como podemos estar enquadrado na caminhada da vida. Parece que a meta mais coerente e sábia é a que nos deixa sintonizados com o Pai e considerado um cidadão do Reino de Deus, um homem cósmico, cristão.