No aprofundamento dos estudos espirituais, trago comigo a informação que os espíritos não regridem. Observam com rigor as leis do progresso e da evolução. O que pode acontecer é que fiquem estacionados nesse desenvolvimento por sua insistência na prática do mal.
Porém, na leitura de “Senhores da Escuridão”, Ângelo Inácio/Robson Pinheiro, é explicado que os seres espirituais devotados ao mal podem se tornar vítimas do monoideísmo, uma ideia fixa, decorrente da recordação recorrente dos seus crimes, impondo-lhes sentimentos autopunitivos. A consciência logo responde a essa sensação pungente e provoca metamorfose no psicossoma, que de homem pré-histórico, estátua, chega a aparência reptiliana. Esta aparência remonta à era evolutiva em que os seres vivos abandonaram parcialmente as águas, berço de toda a vida, e fizeram as primeiras incursões pela superfície terrena.
Os seres de aparência reptiliana encontram-se em estágio avançado de degradação perispiritual, a poucos passos de se tornarem ovóides. Antes, porém, experimentam a última etapa da transformação, quando assumem a forma de embriões astrais ou vibriões, muito conhecidos nos laboratórios das sombras como cânceres astrais, devido aos elementos tóxicos que liberam ao serem implantados nos viventes. Na verdade, seu sofrimento é agravado pela pelos agentes extrafísicos das trevas, que os submetem a torturas de uma crueldade inimaginável. Somente depois dessa fase de vibrião é que o espírito se recolhe, finalmente, à forma ovóide.
Assim, a transformação de um espírito em ovóide não se dá da noite para o dia, afinal, a natureza não dá saltos. É todo um processo, posto em movimento pelo atavismo comportamental a que se entregam suas vítimas, que simplesmente estagnaram, recusando-se a prosseguir a jornada evolutiva natural. Lançaram-se nesse quadro doentio por conta própria, ao se rebelarem contra as leis da natureza, ou seja, as leis divinas, tanto protelando a reencarnação indefinidamente, quanto se insurgindo contra as leis do progresso e da evolução.
Os magos negros, senhores da escuridão, seres intelectualmente mais desenvolvidos, porém destituídos de ética, caçam os reptilóides com o objetivo de escraviza-los nos campos de concentração das unidades inferiores do astral. Também recorrem a seu magnetismo para aprisionar os cavernícolas, empregando-os como cobaias em seus experimentos com humanos encarnados. Como se sabe, até os ovóides e as formas pré-ovóides fazem parte dos processos de obsessão complexa engendrados pelos perversos das trevas.
Essas informações de degeneração do espírito até a condição de ovóide parece uma contradição do que foi dito sobre a não involução do espírito. Então, um espírito que perde a forma humana e chega até a forma ovóide, não sofreu uma involução? E por que os senhores da escuridão, os magos negros, também não sofrem essa deterioração? Porque não possuem ética? Mas os que praticaram o mal e continuam a fazê-lo de forma repetitiva parece que também não tem o sentido ético.
Esta informação sobre os ovóides, magos negros, deterioração e evolução vai ficar na minha mente numa espécie de limbo, sem ser incorporada a estrutura de verdade sobre o mundo espiritual que eu já desenvolvi. Irei precisar de mais informações para melhor suportar racionalmente esses aspectos que parecem contraditórios. Afinal, dentro da estrutura da verdade não pode haver contradições.
A Ciência e a Fé devem caminhar juntas, mas o que temos visto, principalmente nos âmbitos de cada uma, na academia ou no clero, é uma tentativa de ver o mundo com um só prisma, escamoteando ou menosprezando o outro. Quem termina prejudicado com esse comportamento é a Verdade.
Procuro fazer a minha caminhada com os dois pés em cada uma dessas trilhas e os dados que vou encontrando, os fatos objetivos ou subjetivos que se adequam à lógica, vão se incorporando nos meus princípios de Verdade, mesmo que não tenham caráter definitivo, pois entendo que possam estar equivocados e que novos dados mais adiante venham redefinir melhor os princípios dessa Verdade por mim considerada.
Essa condição que a lógica impõe como necessária para que eu construa os princípios da minha Verdade, que pode ser diferente de tantas outras e que posso estar equivocado, é o que chamo de Dúvida. Mesmo que a Dúvida esteja sempre presente nas minhas narrativas que considero como corretas, ela não pode ser tão forte que desautorize a Verdade que minha lógica considerou. Sim, a convicção deve considerar a minha Verdade como real, mesmo que exista a dúvida sempre ligada, como um sinal vermelho que se acende quando um novo dado da realidade desautoriza tal ou qual tipo de narrativa.
Assim acontece com o mundo espiritual. Tenho hoje plena convicção da sua existência, que faz parte da Natureza, pelos diversos textos e fontes de informação que tenho lido e que apoiam essa narrativa. Também leio fontes que discordam da existência do mundo espiritual, mas não apresentam dados ou argumentos suficientes fortes para desmontar a minha narrativa de existência do mundo espiritual. Mesmo que eu não tenha nenhuma sensibilidade para comprovar com os meus sentidos a existência desse mundo espiritual, mas respeito a lógica e coerência que o apoia.
Isso facilita o meu desenvolvimento, pois vou conduzindo a minha evolução consciencial sem a necessidade de ficar testando interminavelmente as minhas verdades já adquiridas. Simplesmente vou observando os dados que me chegam à consciência e avaliar com a lógica se são suficientemente fortes para contestar os diversos outros fatos já aceitos como verdade e que sustentam o mundo espiritual.
Por exemplo, não tenho outra explicação mais racional para explicar o conjunto da obra do médium Chico Xavier, mais de 400 livros de várias tendências poéticas, religiosas e científicas, do que a manifestação dos seres que vivem no mundo espiritual. Os trabalhos sistemáticos de Allan Kardec e tantos outros espiritualistas ou cientistas dão sustentação a essa narrativa. Portanto, um texto de qualquer autor que coloca em dúvida a minha narrativa, se não colocar dados que desmantele esse construto teórico e prático das minhas convicções, não irá provocar em mim nenhuma dúvida significativa que chegue a desconsiderar o que eu tenho como Verdade.
Isso posso comprovar no meio acadêmico no qual convivo diariamente com colegas que comungam exclusivamente com a ciência e que desconsidera a existência do mundo espiritual. Por mais autoridade que essa pessoa possua nos seus trabalhos relacionados ao mundo material, considero um total ignorante do mundo espiritual, que não conseguiu ou não teve oportunidade de conhecimento das fontes que mostram racionalmente a existência do mundo espiritual. E podem até ter tido contato com algumas dessas fontes, mas por ter uma convicção tão forte que a sua narrativa de mundo material sem existência de mundo espiritual é a Verdade imutável, não deixa o racional fazer o confronto com sua narrativa de vida. É como se essas pessoas tivessem desligado o botão da Dúvida e agora nada destrói o seu conceito de realidade.
Também existem as pessoas cujo racional foi acionado e passaram a aceitar como consequência lógica a verdade do mundo racional. Mas como tem a consciência inundada pela luz vermelha da Dúvida, sempre estão recuando nas suas convicções e testando vezes sem conta o que já haviam decidido como correto. Essa pessoa se encontra parada numa situação de eterna contemplação, onde a realidade do mundo espiritual faz ele avançar um passo, enquanto a Dúvida faz ele recuar outro.
Compreendo que saí de uma posição de ceticismo e hoje caminho à passos largos na compreensão e aprofundamento da existência do mundo espiritual, com poucas paradas de reflexão sobre a existência do mundo espiritual.
Foi assim que adquiri a Fé raciocinada que me deu a paternidade de um Pai que eu não sabia existir, descobrir que Ele tem uma vontade hierarquicamente superior à minha e que para eu viver com harmonia e felicidade tenho que saber o que Ele quer de mim e fazer todo esforço físico e racional para realizar. Isto faz com que a minha vida hoje tenha uma motivação mais espiritual que material, e isso me deixa mais fortalecido e preenchido nos meus ideais.
Vimos em texto anterior que existe ao nosso redor uma frequência vibracional hipnótica que nos leva a perder a liberdade consciencial e seguir como autômatos orientações projetadas pelo mal, que chega a encher as ruas com a defesa de criminosos ou que alegam a necessidade de crimes para a manutenção de “direitos” inconfessáveis ou dissimulados.
De alguma forma as forças do bem conseguem também chegar nas redes sociais e divulgar ações que servem de vacinas contra esse hipnotismo do mal. Irei reproduzir abaixo um desses texto que não tem nome do autor, mas que poderia ser de qualquer um de nós, sintonizados com o bem e que realça na oração do Pai Nosso aquela frase que diz, “não nos deixe cair em tentação e livra-nos do mal”.
7 coisas que afetam sua Frequência Vibracional
1ª – Os pensamentos – todo pensamento que você possui emite uma frequência para o Universo e essa frequência retorna para a origem, no caso, você! Então, se você tem pensamentos negativos, de desânimo, tristeza, raiva, medo, isso tudo vai voltar pra você. Por isso é tão importante que você cuide da qualidade dos seus pensamentos mais positivos.
2ª – As companhias – as pessoas que estão à sua volta influenciam diretamente na sua frequência vibracional. Se você está ao lado de pessoas alegres, determinadas, você também entrará nessa vibração. Agora, se você se cerca de pessoas “reclamonas”, fofoqueiras e pessimistas, tome cuidado! Pois elas podem estar diminuindo a sua frequência e como consequência te impedindo de fazer a lei da atração funcionar a seu favor.
3ª – As músicas – músicas são poderosíssimas. Se você só escuta músicas que falam de morte, traição, tristeza, abandono, isso tudo vai interferir naquilo que você vibra. Preste atenção nas letras das músicas que você escuta, elas podem estar diminuindo a sua frequência vibracional. E lembre-se: você atrai para sua vida exatamente aquilo que você vibra.
4ª – As coisas que você assiste – quando você assiste programas que abordam mortes, desgraças, traições, etc. seu cérebro aceita aquilo como uma realidade e libera toda uma química no seu corpo, fazendo com que sua frequência vibracional seja afetada. Assista coisas que te façam bem e te ajudem a vibrar numa frequência elevada.
5ª – O ambiente – seja na sua casa ou no seu trabalho, se você passa grande parte do tempo num ambiente desorganizado, sujo, feio, isso também afetará a sua frequência. Melhore o que está a sua volta, organize e limpe o seu ambiente. Mostre ao universo que você está apto a receber muito mais. Cuide do que você já tem!
6ª – A fala – se você reclama ou fala mal das coisas e das pessoas, isso afeta a sua frequência vibracional. Para você manter a sua frequência elevada é fundamental que você elimine o hábito de reclamar e de falar mal dos outros. Então, evite fazer dramas e se vitimizar. Assuma a responsabilidade pelas Escolhas da sua Vida!
7ª – A gratidão – a gratidão afeta positivamente a sua frequência vibracional, esse é um hábito que você deveria incorporar agora mesmo na sua vida. Comece a agradecer por tudo, pelas coisas boas e ruins, por todas as experiências que você já vivenciou. A gratidão abre portas para que as coisas boas fluam positivamente na sua vida. Você já agradeceu hoje?
Com esse tipo de atitude estaremos vacinados contra os efeitos das vibrações hipnóticas ao nosso redor, que reclamam, protestam e oculta a verdade aos nosso olhos. Mesmo assim, não esquecer da ótima bússola comportamental que o Mestre Jesus nos ensinou: “Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos”.
Hoje dia 21 de abril, se comemora o dia da Polícia Militar e Civil, lembrando o nome de Tiradentes, o mártir de nossa independência. Hoje esta homenagem presta justiça a uma classe de trabalhadores que termina sendo hostilizada pelas incoerências de nossa sociedade. Não é que uma parte podre da corporação, como existe em toda instituição humana, deva demonizar todos os trabalhadores desse setor, como podemos ver neste poema e texto que circula na internet:
Enquanto todos dormem
Enquanto todos dormem, eu estou em lugares inimagináveis, matagais intransponíveis, bueiros fétidos, casas abandonadas, entre outros lugares que alguém normal se recusaria ir.
Enquanto todos dormem, eu estou em alerta máximo, tentando, não apenas defender pessoas que nunca vi, nem mesmo conheço, mas também tentando sobreviver.
Enquanto todos dormem, no aconchego de suas casas, debaixo dos cobertores, eu estou nas ruas debaixo da forte chuva, com frio e cansado madrugada a dentro.
Enquanto todos dormem, eu estou travestido de herói, e mesmo não tendo superpoderes estou pronto para enfrentar o perigo, para desafiar a morte e quiçá sobreviver.
Enquanto todos dormem, estou dividido entre o medo da morte e a árdua missão de fazer segurança pública.
Enquanto todos dormem, eu sonho acordado com um futuro melhor, com o devido respeito, com um salário justo, com dias de paz, mas, principalmente com o momento de voltar para casa e de olhar minha esposa e filhos e dizer-lhes que foi difícil sobreviver a noite anterior, que foi cansativo e até frustrante, mas que estou de volta, e que tenho por eles o maior amor do mundo.
Esse texto eu dedico a todos os policiais que como eu só desejam voltar para casa vivo. (Alex Suzarte)
O Policial Militar Alex Oliveira Suzarte, que foi morto durante uma perseguição a dois assaltantes na madrugada do último sábado (21), escreveu um poema poucos meses antes de morrer relatando a rotina de ser policial. Intitulado de “Enquanto todos dormem”, o poema descreve algumas dificuldades enfrentadas pela vítima a cada turno do trabalho.
Enéias Suzarte da Silva Nelo, pai de Alex, afirmou em entrevista ao G1 que desconhecia o hábito do filho de escrever cartas e poemas e que soube do conteúdo da carta apenas durante o velório. “A gente não sabia dessa carta com esse poema. Ele escreveu e pediu para a esposa guardar sob a condição de que caso acontecesse algo com ele, a carta deveria ser lida para todos”, declarou. O pai do policial afirmou também que com a morte do filho, outras cartas e poemas surgiram. “Só a esposa sabia. Eu acabei de ler uma carta que ele falava de anjos e que, no final, dedicou aos quatro anjos da vida dele, que eram a mãe e os três filhos”, contou emocionado.
De acordo com a família, o poema foi escrito por Suzarte cerca de três meses antes de morrer. Em determinado trecho do poema, o policial fala sobre a morte. “Enquanto todos dormem, estou dividido entre o medo da morte e a árdua missão de fazer segurança pública”.
Em outro momento, Alex fala do futuro e da vontade de voltar para a família. “Enquanto todos dormem, eu sonho acordado com um futuro melhor, com o devido respeito, com um salário justo, com dias de paz, mas principalmente com o momento de voltar para casa e de olhar minha esposa e filhos e dizer-lhes que foi difícil sobreviver à noite anterior, que foi cansativo e até frustrante, mas que estou de volta, e que tenho por eles o maior amor do mundo”, diz o poema.
Eis um termômetro importante para verificar a condição de sanidade de nossa sociedade: a segurança pública. Os sentimentos deste soldado, que defendia junto com os colegas a nossa integridade física e financeira, é uma “tapa de luva em nossa cara”, na cara da sociedade que somos parte.
Temos que fazer alguma coisa positiva e propositiva, administração pública, justiça, academia, clero... A nossa sociedade está se diluindo com lobos espalhados por todos os locais, inclusive dentro das instituições com a prática perversa da corrupção, com a legislação em causa própria, com a ameaça àqueles que querem corrigir a atual situação.
Estamos vendo assim um verdadeiro campo de batalha à nossa frente e estamos dentro dele. Somos as ovelhas pacatas e ociosas, esperando que a justiça divina seja operada, sem entender que nós é quem temos que operar essa justiça divina enquanto estivermos aqui encarnados neste corpo tão cheio de egoísmo.
Lembremos que as inteligências associadas ao mal conseguem hipnotizar grande parte da população para não verem os seus crimes e até defenderem os criminosos. Não podemos deixar que nossa consciência se acomode ou que também seja hipnotizada. O nosso Mestre Jesus é o nosso comandante nessa batalha e espera que cada um de nós cumpra o dever que lhe cabe, mesmo com o sacrifício da própria vida, como aconteceu com o valente soldado que tornou-se mais um mártir justificando Tiradentes.
Na continuação da leitura do livro “Senhores da Escuridão”, de Ângelo Inácio/Robson Pinheiro, encontrei um trecho que se aplica perfeitamente ao nosso mundo material, principalmente ao Brasil atual:
... Quando ainda estava acompanhado desses pensamentos, Anton interferiu novamente:
- As irradiações magnéticas observadas não são fruto exclusivamente de mentes desencarnadas ou encarnadas.
- Então fale logo, Anton, se você sabe algo mais a respeito – pediu Raul, curioso.
- Este tipo de vibração me é familiar e com certeza procede de equipamentos mecânicos similares a diversos outros que encontramos antes.
- Magnetizadores e hipnos... – deduziu Raul.
- Certamente! São irradiações peculiares a projeções ilusórias que afetam a mente dos espíritos que têm a frequência mental sintonizada com uma faixa vibratória específica.
- Só posso concluir que estamos próximos de alguma base comandada por seres intelectualizados ao extremo.
- Veremos o que será lá encontrado – disse Jamar. – Decerto não viemos parar aqui por acaso, pois somos guiados de mais alto por aqueles que nos tutelam as tarefas.
Avistamos algo incrível depois de pouco tempo literalmente caminhando por aquela paisagem. Bandos de espíritos estavam como que paralisados momentaneamente diante de algo mais anacrônico do que aquela região em si. Uma cidade, certamente produto de uma ilusão criada por cientistas e magnetizadores desencarnados, erguia-se diante de nós. A luminosidade alaranjada, junto com outros elementos exóticos, mostrava tratar-se de uma projeção, conforme suspeitávamos antes. Os grupos de desencarnados que tiveram forças para vencer as dificuldades do ambiente astral e ali estavam pareciam seduzidos pelo lugar. Uma irradiação poderosa atraía aqueles seres e penetrava profundamente em seu psiquismo, causando uma espécie de fascínio. Estavam perplexos diante da projeção criada por alguma mente que arquitetava planos sombrios. Mais uma vez foi Raul quem nos chamou a atenção para a natureza dos pensamentos emanados. Talvez por sua condição de encarnado, embora desdobrado no plano extrafísico, pudesse ser mais sensível à frequência vibratória das ondas mentais que se propagavam no local. Entramos em sintonia momentânea com as vibrações que hipnotizavam vários grupos presentes. Palavras eram pronunciadas de forma a inebriar aquelas almas já desligadas da indumentária carnal:
Felicidade... satisfação plena... gozo sem fim. Deixe aflorar seus mais secretos desejos e venha se deliciar conosco neste paraíso.
Essas frases eram repetidas constantemente numa cadência melodiosa; paralelamente, imagens eram projetadas na mente dos espíritos, que estavam embriagados diante do enganoso paraíso.
- É algo assustador o que fazem com esses pobres seres! – pronunciou Jamar.
- Agora reconheço a natureza da operação que estão realizando – completou Saldanha. – É óbvio que a turba está sob ação hipnótica de algum magnetizador, que detém tanto o conhecimento necessário quanto a destreza para atingir, por meio da hipnose, tão largo espectro. Quem quer que seja, sabe empregar suas habilidades com maestria. São mensagens hipnossugestivas transmitidas numa frequência baixíssima, porém com grande potência.
Aproximei-me de um dos espíritos e convidei Raul a me acompanhar na tentativa de auscultar o panorama íntimo de alguém que recebia a influência hipnótica. Entramos no contexto mental do espírito e pudemos perceber a sedução a que ele se entregara, mediante a profusão de ideias que captava. Estava deslumbrado com a mensagem repetitiva e as imagens que lhe eram sugeridas. Via e ouvia apenas as coisas que estavam bem distantes da realidade à nossa frente.
Desconectamos da mente daquele ser e procuramos observar o que ocorria com outros mais. A situação era semelhante. As imagens visualizadas pelos espíritos pareciam obra de artista, de tão bem elaboradas, repletas de requinte. Algo estava sendo inserido naquelas mentes. Ou melhor, talvez lhes tivesse sendo extraído. Fato é que aqueles seres estavam sob o completo domínio da estranha força. Paralelamente aos conceitos individuais de felicidade, emergia da intimidade de cada ser os desejos mais secretos, mesclados com uma aura de sexualidade que, sorrateiramente, parecia dominar a consciência desprevenida de todos por ali.
A situação atual do Brasil lembra muito esse efeito magnetizador e hipnotizante sobre aquelas pessoas que sintonizam na mesma faixa vibratória específica: a corrupção e suas recompensas.
A justiça brasileira conseguiu identificar uma rede de corrupção espalhada por todos os meandros do poder, conseguiu provar e prender alguns dos envolvidos, retirar da chefia do poder pelos meios constitucionais a presidente eleita na base da mentira e que alimentava a rede de propinas. Mesmo assim, as pessoas envolvidas nessa faixa vibratória não conseguem ver essa realidade, ficam a repetir chavões como “é golpe”, “fora Temer”, de forma mecânica, irracional.
É como se fosse criada uma ilusão pelos magnetizadores que vibram hipnoticamente ao redor dessas pessoas, com o mesmo conteúdo observado acima: Felicidade... satisfação plena... gozo sem fim. Deixe aflorar seus mais secretos desejos e venha se deliciar conosco neste paraíso.
Essas ideias são jogadas de forma repetitiva na mente das pessoas embriagadas por recursos fáceis sem querer saber da fonte natural do trabalho para essa conquista.
As pessoas ficam seduzidas com essas mensagens e não percebem ou querem considerar à realidade à sua frente. Ficam sob o completo domínio dessa vibração hipnótica, com a consciência desconectada das lições do Cristo, que coloca a Verdade como Caminho para a construção do Reino de Deus.