- Está bem. Você sabe que nós, gregos, temos um altar ao Deus Desconhecido. Está dito que, num dia distante, Ele se instalará nesse altar para que O adoremos pela última vez, pois está dito que Ele é maior que o próprio Zeus. Os egípcios, babilônios e persas têm também esta lenda... e O esperam. É uma velha lenda. Ele governará o mundo dos homens para sempre, quando chegar. Os judeus O chamam Messias, porém Ele pertence a todos.
- Ouvi a mesma coisa do meu nobre amigo Hillel bem Borush.
- Ah, sim. Para ser conciso a respeito, corre o boato de que aquele santo rabino, que surgiu recentemente, é o Deus Desconhecido.
Aristo deu uma gargalhada que continuou até lhe virem lágrimas aos olhos. Um dos rapazes, vendo seu rosto avermelhar-se e ouvindo sua respiração ofegante, apressou-se a encher seu cálice. Aristo bebeu o vinho de um gole e pareceu estar a ponto de sufocar. Olhou alegremente para o anfitrião com uma bruma nos olhos e esperou companhia para seu riso. Porém, para sua surpresa, Télis estava com ar muito sério e totalmente silencioso, olhando as mãos apertadas, não parecendo ter ouvido a hilaridade de Aristo. O rosto novamente corado inchou e contraiu-se, surgindo nele uma lágrima, para surpresa de Aristo.
- Eu vi o Deus Desconhecido – disse Télis.
Ele também ficou louco?, perguntou-se interiormente, desanimado.
- Por favor, tenha paciência- disse Télis, desta vez olhando para Aristo com tal emoção, com tal paixão, com tal insistência, que este ficou francamente surpreso, pois tinha considerado Télis um homem realista e pragmático, dominado o tempo todo pelo raciocínio e que só tinha desprezo pelo homem de mente excitada e desordenada. – Morei em Israel muito tempo – disse Télis. Sei que, com muita frequência, aparecem rabinos, cujos seguidores dizem ser ele o Messias dos judeus, pois fazem milagres e são irrepreensíveis. Assim, há uma lei no Sinédrio ordenando que esses rabinos, ou professores, ou habitantes do deserto, devem ser levados ao tribunal para serem interrogados e examinados, pois mesmo os cultos e sábios do Sinédrio estão ansiosos pelo seu Messias. Mas em tempo algum esses rabinos declararam ser o Ungido e ficaram tristes porque seus seguidores afirmaram isso. Desejavam apenas servir ao seu Deus em paz, disseram, e então o Sinédrio liberou-os. Esses homens humildes e gentis não blasfemaram. Como sabe, o blasfemador entre os judeus merece a morte e habitualmente é visitado por ela.
“Mas ouvi em Cesaréia que este novo rabino não negou, para os pobres de sua província, que fosse o Messias, nem repreendeu seus seguidores por espalharem tal coisa. Isso não me interessou. Bastava que fosse um milagreiro. Em minha cama, na casa dos meus amigos, fiquei pensando. Fiz perguntas. O milagreiro estava na província da Galiléia, na mísera cidade de Cafarnaum, à beira do mar da Galiléia. Meus amigos supersticiosos ofereceram-se para mandar uma comitiva buscar o rabino judeu... eram bondosos demais. Cafarnaum fica muito longe.
“Mas, naquela noite, tive um sonho muito misterioso. Sonhei que uma enorme mão branca como mármore estendeu-se para mim e uma voz – belíssima – me disse: ‘Venha! Espero-o em Cafarnaum.’ Assim, de manhã, embora ainda estivesse muito fraco para erguer a cabeça, disse aos meus hospedeiros que iria até aquela cidadezinha miserável nas colinas maltratadas. Eles são gregos e ficaram consternados. Chamaram para ver-me um ancião judeu de muito renome em Cesaréia, que me disse que, apesar da maioria dos judeus acreditar que o Messias aparecerá em celeste esplendor, de forma a que todas as nações soubessem dEle instantaneamente, foi profetizado que poucos ou ninguém O conheceriam.
“O ancião repetiu as palavras de um dos seus profetas, constante dos Livros Sagrados:
“Ele foi desprezado e rejeitado pelos homens, Ele, um Homem de sofrimentos, familiarizado com a aflição. E, como um de quem os homens escondem o rosto, foi desdenhado e não o estimamos. Certamente, carregou nossas penas e nossos sofrimentos! Mas nós o consideramos atingido duramente por Deus e angustiado. Contudo, Ele foi ferido por nossas transgressões, foi atingido por nossas iniquidades. Sobre Ele caiu o castigo que nos tornou indenes e, com seus vergões, ficamos curados.”
Confesso – continuou Télis – que não compreendo essas palavras, que nada significam para mim. Mas o ancião não insistiu para que eu desistisse de ir a Cafarnaum. Contei-lhe meu sonho. Ele cobriu a cabeça, à maneira dos judeus, pareceu rezar, colocou as mãos sobre mim, abençoou-me e perguntou se me sentia mais forte. Depois que se foi, senti-me de fato mais forte e preparado para a viagem, de acordo com meu sonho.
Aristo ficou mudo. Foi como se ele tivesse subitamente sido tomado por um encanto. Olhou para o rosto cheio e avermelhado do anfitrião, para seus olhos faiscantes e jovens, permanecendo em silêncio.
- Meus amigos foram bondosos – disse Télis. – Parti na manhã seguinte no veículo mais luxuoso, coberto de tapetes, servido pelos criados mais solícitos. Foi uma longa viagem até aquela região de colinas de basalto negro e terras, montanhas desoladas e valezinhos famintos. Mas isso passou como um sonho. Dormi e repousei. Estava tomado do mais ardente desejo de olhar de frente aquele santo rabino. Meu sangue continuava a fluir pela boca. Às vezes delirava, febril, e paramos em diversas estalagens. Houve outras vezes em que acreditei já estar morto, pois tudo era bruma à minha frente, na qual faiscavam brilhantes raios de luz. Frequentemente, estive inconsciente. A morte estava agarrada à minha garganta. Um pesado torpor tomou meus membros e recusei comer.
“Você não conhece essas cidadezinhas judias, tão pobres, tão exauridas pelos cobradores de impostos, tão desesperadas, tão abatidas, tão maltrapilhas, triste e miseráveis. Vivem cheias de aflição e desespero. Vivem no medo e apesar disso são orgulhosas. Cafarnaum era típica. Eu estava então mudo, os dias eram quentes, as noites frias e a morte estava próxima. Encontramos um pequeno albergue muito rude e nele passamos a noite.
“No dia seguinte, os bondosos criados perguntaram pelo santo rabino e disseram-lhes que o homem podia ser encontrado nas ruas, dirigindo-se ao povo sofredor, levando-lhe uma mensagem de esperança em sua angústia. Eles o amavam. Amontoavam-se em torno dele, tocando suas vestes, suplicando-lhe em lágrimas, e ele sorria suavemente, falando-lhes da misericórdia do seu Deus. Disseram que suas palavras os comoviam menos que seu rosto e maneiras, pois parecia todo amor, força, energia e consolo.
“Assim, no dia imediato, determinei aos criados que me conduzissem numa liteira pelas ruazinhas apavorantes de Cafarnaum, à procura do santo rabino. Pensei que ia encontrar um ancião venerável, de barba branca e passos vacilantes, pois existiam muito poucos santos homens moços! Mas o encontramos subitamente, pois ele estava falando junto de uma fonte, rodeado de uma multidão de mulheres, crianças, velhos, rapazes e virgens, de roupas grosseiras, mãos cheias de cicatrizes, esforçando-se em olhá-lo, chorando, tentando tocá-lo. As mulheres levavam cestos na cabeça, contendo verduras murchas, algumas tinham jarros de água no ombro e seus filhos estavam quase nus em sua pobreza; os velhos, enfraquecidos pela idade e pela fome, sentavam-se nas pedras, aos pés do rabino. Bastava-lhes que ele estivesse ali.
“Levantei-me com grande esforço da liteira e vi-o.
Télis fez uma pausa. Não pôde mais conter as lágrimas. Aristo franziu o cenho. Tudo aquilo parecia indigno do seu amigo.
Garanto-lhe – disse Télis com voz rouca e perturbada – que nunca vi um homem como aquele! Ah, ele era pobre, vestia roupas grosseiras, usava sandálias de sola de madeira com cordas até os tornozelos e uma capa pobre e remendada. Mas parecia um rei! Era belo como o povo da Galiléia que não se misturou a nós, belo como os macedônios e o povo de Cós, tinha cabelos e barba louros e olhos azuis como o céu ateniense. Era jovem. Alto, musculoso, varonil, rosto e mãos queimados de sol, transpirava força e majestade. Era um rei em andrajos.
“Reconheci-o logo. Não ria, meu amigo. Reconheci-o imediatamente como o Deus Desconhecido e não me pergunte como. Eu mesmo não sei! Mas tive certeza e fui tomado de uma indizível alegria.
“Em torno dos ombros largos, usava o inevitável xale de rezar dos judeus e sacudiu as borlas quando falou ao povo com o tom mais suave. Não sei o que ele disse. Exultante, não tirei os olhos dele. Vi-o tocar em aleijados, afagar criancinhas nos braços das mães e foi como se um deus transigisse com aqueles pobres destroços; seus rostos fulguraram de alegria.
“Quem sou eu, perguntei-me, para que o Deus Desconhecido se digne olhar-me ou prestar-me atenção? É suficiente que eu O tenha visto, que O tenha conhecido. Fiquei em condições de partir porque uma profunda paz desceu sobre mim, a dor e a ansiedade desapareceram, a morte não tinha mais importância para mim. Eu tinha sido abençoado pelo simples olhar que Lhe dirigi. Eu queria cantar, abraçar, rir, amar, pois era como se tivesse remoçado e o cego tornado a ver. Que era minha doença para mim?
“Foi então que Ele virou Seu rosto heroico para minha liteira e nossos olhos se cruzaram através de um grande espaço, em silêncio. Depois, Ele sorriu. Ergueu a mão me cumprimentando, como que reconhecendo um amigo que tivesse feito uma longa viagem para vê-Lo. Imediatamente, caí num sono profundo e demorado. Só acordei algum tempo depois e, nessa altura, já estávamos longe de Cafarnaum.
“Mas, meu amigo! A força e a saúde fluíam no meu corpo! A hemorragia tinha cessado. Eu estava tremendamente faminto. Exigi comida. Quando chegamos a uma estalagem, saltei da liteira e os criados me olharam espantados. Comi como um faminto.
Impossível, pensou Aristo. Ou então ele havia encontrado um feiticeiro mágico.
- Olhe para mim! – gritou Télis. – Estou na mais perfeita saúde! Os médicos ficaram perplexos. Não encontraram nenhum defeito no meu corpo, nenhum câncer! Não aconteceu com o decorrer dos dias. Chegou num piscar de olhos, num instante. O Deus Desconhecido me curou com um simples olhar do Seu olho compassivo!
Aristo pigarreou e disse:
- Então você vai tornar-se judeu por gratidão?
Télis o olhou com ar estranho.
- Sabemos que os judeus fazem proselitismo, que procuram atrair todos os homens para sua crença em Deus. Mas aquele a Quem olhei não me dirigiu a palavra. deu-me apenas Sua santa compaixão, como de irmão para irmão. Espero Sua chamada.
- Sua chamada! – exclamou Aristo, cada vez mais incrédulo.
- Certamente ele virá – retrucou Télis. – Enquanto isso, me tornarei mais honesto.
Aristo refletiu. Diziam que os judeus podiam lançar os mais assombrosos encantamentos. Era evidente que um deles havia sido lançado sobre Télis por um rabino judeu, pobre e sem nome. Aristo ficou contente pelo amigo ter recobrado a saúde. Contudo, se ele estava a ponto de tornar-se um homem honesto, isso liquidava todas as ambições de Aristo aprender novos segredos de conseguir riquezas.
- Você saberá! – disse Télis, com voz alegre, de absoluta convicção. – Você também saberá!
Aristo pensou nessa perspectiva deprimente. Desejava desfrutar a vida e todos sabiam que os judeus não desfrutavam a vida. Aquele rabino anônimo era pobre e andrajoso. Poderia fazer uma fortuna na Grécia e em Roma, cujos habitantes eram supersticiosos.
Télis transpirava felicidade e vigor, coisa que Aristo não podia negar, pois o moribundo recebera novas forças e juventude. Aristo balançou a cabeça, numa negação vacilante.
Este trecho longo do livro de Taylor Caldwell, “O grande amigo de Deus”, não poderia de transcrever na íntegra, pois dá uma ideia magnífica da compreensão, incompreensão e conversão ou não a um pensamento.
Tive dessa forma uma nova visão, magnífica, do perfil psicológico de Jesus. É mais um detalhamento de um modelo de comportamento no qual posso espelhar as minhas ações.
- Quando voce me deixou em Cesaréia, caro amigo – disse Télis -, para que eu pudesse visitar meus conhecidos, fiquei muito doente. Acordei um dia, depois de sonhos aflitivos, e vi minha cama empapada do sangue que tinha escorrido de minha boca. Meus amigos chamaram os melhores médicos, inclusive um que tratava de Pôncio Pilatos, e eles anunciaram, balançando as cabeças, que eu estava desenganado por causa do meu câncer. Não pude erguer a cabeça do travesseiro, mal pude engolir um pouco de vinho e preparei-me para morrer.
Era uma tristeza para mim, pois tinha levado uma vida excitante, se não verdadeiramente alegre, e ainda considero a vida, como nós gregos, dizemos, os Grandes Jogos. Tenho propriedades e extensas terras em vários países e meus banqueiros e corretores são, comparativamente, pessoas honestas – na medida do possível para gente da sua classe, o que não é extraordinário, infelizmente -, mas ainda desejava participar dos Grandes Jogos e tenho uma filha que é a luz da minha alma. – Télis suspirou. – Você deve ter observado que mulheres inteligentes não são devotadas nem muito ternas, pois temos olhos vivos para a deficiência de caráter dos homens e não se recusam a falar mal deles em todas as ocasiões, mesmo diante de visitas. Se um homem sente-se indisposto, elas costumam olhá-lo friamente e sugerem que ele se levante e vá para seu escritório, seu trabalho ou outros negócios, como se o lar estivesse precisando de dinheiro e os banqueiros pressionando, uma filha necessitando de um dote ou um filho entrando na adolescência, cuja celebração tem de ser preparada. Além disso os deuses exigem sacrifícios e Deus ajude a casa que não os fizer! Confesso – acrescentou Télis – que sob tal estímulo e pressão, temos de sair de nossas camas de enfermos e, antes do crepúsculo chegar, nossa doença misteriosamente desaparece. No entanto, um pouco de ternura e comiseração, embora atrasem nossa recuperação, confortam a alma de um homem e acalmam o seu corpo. Frequentemente, a doença de um homem não é do corpo e sim da alma, coisa que uma mulher inteligente absolutamente não tolera. Temo que uma mulher assim suspeite que os homens não tem alma.
Por outro lado, a mulher obtusa serve o marido ou o pai com doçura, tolera-o com ternura, não o obriga a levantar-se, vestir-se, sair de casa, dedicar-se aos seus negócios. Ela o convencerá a ficar na cama, lhe levará pedaços de comida deliciosos, o alimentará com suas próprias mãos, mandará servir-lhe o melhor vinho, cantará, se tiver uma bela voz, afagará e refrescará sua testa, manterá a casa em silêncio enquanto durar sua doença, prestará muita atenção aos ruídos do seu corpo, tolerará seus graves pensamentos sobre a vida, a morte e o significado de tudo isso. A doença nessas circunstâncias, pode tornar-se deliciosa e demorada, mas um homem tem de viver unicamente para o dinheiro ou mesmo para a boa saúde?
Esse trecho do livro de Taylor Caldwell, “O Melhor amigo de Deus” trouxe esse pensamento quanto a mulher. Reforça a característica humilde que a mulher deve ter frente ao homem, mesmo que ela seja uma pessoa culta.
Acredito que a autora sendo mulher e inteligente, fez uma boa descrição das duas formas psicológicas que as mulheres apresentam. Concordo também, mesmo entendendo que a mulher humilde, mesmo sendo de grande valor, sempre faz falta um toque de inteligência, desde que não seja para entrar em confronto com elas, que pensam muito mais nos seus interesses particulares. Digo assim pois já tive oportunidade de conviver com mulheres de todos os níveis sociais e perfis psicológicos, e prefiro viver só do que em conflito com mulheres que não tem a capacidade de humildemente colocar os seus interesses subordinados aos meus, não que eu queira ser injusto ao não defender uma relação igualitária entre homem e mulher, mas sim encontrar uma harmonia entre interesses opostos.
Ajustando os meus paradigmas para a vontade do que Deus deseja para mim, vejo que o projeto principal é a atuação espiritual dentro da comunidade da Praia do Meio, através da AMA-PM e Projeto Foco de Luz. Vejo que tenho dois roteiros a ser desenhados para a sua implementação ainda neste semestre. O primeiro é este que abordarei aqui neste dia com o título deste texto.
Prepararei um simples informativo sobre a atuação da AMA-PM, destacando a sua filosofia comunitária cristã, e o motivo de estar visitando toda a casa dessa rua. Irei com um representante da AMA-PM e um morador da rua, junto a quem mais possa se agregar. Tem o objetivo de conhecer os moradores de cada residência, suas necessidades e ofertas de trabalho. Será informado que os casos de doença serão transmitidos ao posto de saúde comunitária que é ligada ao Hospital Onofre Lopes. Os casos de dependência química serão comunicados à Unidade de Tratamento do Alcoolismo e outras Dependências (UTAD), além de serem monitorados pela própria AMA-PM, com minha supervisão. Os integrantes da casa serão convidados para participar dos trabalhos da AMA-PM ou se inscreverem nos diversos programas que já estão em andamento e que estão citados no convite. As casas que já prestam algum tipo de serviço serão fotografadas juntamente com seus responsáveis, para fins de divulgação no jornalzinho que será feito com esse objetivo exclusivo. Também será agendada uma reunião específica para os comerciantes da rua com o objetivo de apoio de crédito, a orientação pelo SEBRAE e possibilidade da construção de uma Cooperativa de comerciantes. Colocaremos também a sugestão de procurar uma instituição como a UNIMED ou Banco do Brasil, para patrocinar o financiamento da pintura da fachada das casas e recuperação de suas calçadas incluindo a jardinagem, sendo que cada residência escolheria um motivo espiritual (santo, anjo, Deus, igreja, religião, etc.) para ser destaque na pintura. Iremos a Câmara Municipal com a proposta de mudança do nome da rua para Rua do Motor Espiritual. Tem o sentido de deixar a Rua com a responsabilidade de mover dentro do bairro a prática dos princípios espirituais, e servir de exemplo para a cidade.
Nessa reunião específica será informada com mais detalhes o objetivo espiritual da AMA-PM, com distribuição das normas de conduta onde cada membro se comporta como um irmão do próximo. A possibilidade de ajuda solidária poderá ser implementada em todos os níveis de envolvimentos, com a classe mais abastada junto aquela mais necessitada. Existirá a possibilidade de adoção de famílias inteiras, de pais ou mães idosos e desamparados, de crianças carentes e mal orientadas, de jovens em trabalhos indignos ou equivocados, e no amparo das vítimas da violência.
Trabalharemos a possibilidade de um espaço mensal na mídia para a divulgação mais ampla deste trabalho dentro da comunidade natalense como um todo. Ficaremos sempre atentos a receber críticas, apoios e sugestões de todas as áreas, sem nenhum preconceito, uma forma de ouvidoria para o aperfeiçoamento deste trabalho.
Reunião realizada na Escola Olda Marinho, em 09-07-15, as 19h, com a presença das seguintes pessoas: 1. Radha 2. Adriana 3. Edinólia 4. Ruth (1ª vez – Profa. Escola Laura Maia) 5. Emilson (1ª vez – matemático) 6. Costa 7. Netinha 8. Marisa 9. Paulo Henrique 10. Francisco Rodrigues 11. Silvana 12. Nivaldo 13. Nazareno 14. Marlene 15. Davi 16. Osmar 17. Clarisse (1ª vez – mestranda em associativismo). Foi lido como preâmbulo da reunião um “Pensamento do apóstolo Paulo”. Em seguida foi lida a ata da reunião anterior que foi feita por Damares e aprovada sem alterações por unanimidade; a prestação de contas do mês de junho também foi lida e aprovada com duas correções nos termos: no quadro receitas onde se lê “balanço”, leia-se “balaio”; e no quadro despesas onde se lê “despesa pessoal, leia-se “despesa residual”. Durante o mês de junho devido a festa do São João, a receita ficou em 4.886,00 e a despesa em 2.511,27, ficando um saldo em dinheiro de 2.831,12 e que somado aos empréstimos, camisas e poupança soma o valor total de 5.016,93. Informes: Ruth, professora de dança, informa da possível transferência de alguns alunos da Escola Laura Maia para esta escola, devido reforma que está sendo realizada; Emilson informa que tem experiência em empreendedorismo e que pode colaborar com o projeto de hospedagem comunitária que foi sugerido por Rosário; Marlene informa que tem uma barraca na Praia do Meio, ao lado da imagem de Iemanjá, e que se coloca a disposição para entregar convites aos barraqueiros para uma breve reunião que a AMA-PM pretende realizar com todos; Clarisse apresenta a cópia de um documento que instrui sobre a forma de criação de Associações e se coloca à disposição para a efetivação legal da nossa. Osmar apresenta o seu projeto de escola de Karatê, diz que pode funcionar de 2ª a 4ª feira e que já está pronto para começar. Paulo Henrique ficou de ver junto com Zélia a possibilidade da implantação do projeto mais educação, junto aos nossos professores voluntários que já realizam o trabalho. Edinólia trouxe o lanche da semana, bolo, café e chá. Ficamos de fazer uma tabela sequencial de quem se responsabilizaria por esse lanche, mas o tema não foi colocado em discussão e continuará a ser realizado por algum voluntário no dia. Paulo conduziu a oração do Pai Nosso ao final da reunião as 20:30h e todos juntos fizemos as fotos oficiais.
Acordei hoje com um sonho vívido na minha mente. Por algum motivo um professor havia cancelado duas aulas, cada uma correspondendo a duas horas aulas, que não podia vir dar, e eu terminei assumindo essa responsabilidade sem dominar o assunto. A disciplina era de história, mas os alunos eram da turma de medicina, e logo eles perceberam minha dificuldade em cumprir essa tarefa. Mesmo assim fiquei matutando na melhor forma de fazer isso, e logo veio uma ideia. Eu diria a todos que a aula iria ser campal, que nós iríamos para o Campus e nos reuniríamos em frente à Cooperativa Cultural. Cada um lesse o assunto correspondente as duas aulas que nós iríamos dar em só um momento. Se cada aula corresponde a duas horas aulas, cada de 50 minutos, então teríamos a nossa disposição 200 horas aulas. Combinaria então com os alunos para nos encontrarmos as 9h e encerraríamos as 12:20h. Cada um devia ler previamente o assunto e quando nos encontrássemos as 9h cada um ou grupo de dois ou três, poderiam dizer o que iriam encenar, após acordo prévio com os colegas por celular.
Dessa forma eu garantiria que todos lessem com atenção o assunto e chegassem a decorar mesmo o trecho da sua performance nesse teatro improvisado. O desempenho de todos na performance dramática que necessariamente iria ser utilizada, serviria de mecanismo de fixação da aprendizagem adquirida. Poderia também ser usados os equipamentos comunitários adjacentes, como Reitoria, TV e Rádio Universitária como ambientação do cenário.
Estava fazendo essas elucubrações dentro do sonho quando acordei. Tudo estava vívido em minha mente, cenas, sentimentos e pensamentos, o que raramente acontece com os meus sonhos. Geralmente os esqueço, não lembro nem mesmo no momento imediato do acordar. Muito provavelmente é mais um recado de Deus para mim, mas ainda não consegui decifrar.
Sei que é uma improvisação que eu devo fazer para levar as pessoas ao aprendizagem e fixação de um assunto. Mesmo que eu não domine por completo esse assunto. Estou pensando agora... será relacionado com o meu trabalho comunitário cristão na Praia do Meio? Estou tentando aplicar um trabalho cristão sem a formação de um sacerdote cristão, ou mesmo um pastor evangélico. Sou simplesmente um acadêmico da área da saúde, um profissional da psiquiatria, como posso ensinar com tanta ênfase, profundidade e produtividade tal assunto? Mas é isso que o sonho quer passar. Eu não dominava o assunto de História ao qual fui incumbido, mas aceitei o encargo e logo estava colocando a criatividade para funcionar no melhor proveito da tarefa. Não será isso que Deus quer dizer? Que eu devo ensinar o Evangelho na prática, envolvendo alunos (associados), pessoas e instituições? Num trabalho que parece uma encenação, mas por trás tem todo um conteúdo prático e transformador?
Sim, acredito nisso! É essa a mensagem que o Pai me transmitiu neste sonho. Ele quer que eu prepare os associados da AMA-PM na condição de um professor, papel este que já desempenho. Tenho agora que preparar um roteiro onde cada um desempenhe o seu papel de evangelizador na prática e ao mesmo tempo recrutador de novos braços e corações para o trabalho a ser realizado. As instituições devem ser ocupadas, principalmente aquelas ligadas a mídia; os serviços públicos devem ser acionados no seu contexto democrático de servir a população, mas imbuído da responsabilidade de também servir ao Pai, com a compreensão de que Este é o gestor máximo de nossas vidas.
Vejo que o trabalho é enorme, as dificuldades são grandes, mas o cenário está posto, o Pai continua a enviar pessoas com o perfil de colaboradores dessa grande Seara. E o Pai confia em mim, por isso estou aqui e penso assim!