Hoje sofri uma tentação inusitada quando retornava de Caicó para Natal, depois do trabalho que realizo naquela cidade. Comprei como de costume a passagem com a cadeira nos fundos do ônibus, pois como sempre não viaja lotado, eu teria oportunidade de usar a cadeira ao lado com meus livros, revistas e notebook. Infelizmente desta vez não tive a mesma sorte. O ônibus estava lotado e sentou ao meu lado um rapaz de cerca de 30 anos, usava óculos, e era gordo. Muito mais gordo do que eu me considero ainda neste momento. O rapaz tentou sentar normalmente na cadeira, mas não conseguiu encostar suas costas ao lado das minhas. A minha cadeira como era a última ficava ao lado do bebedouro do ônibus e assim fazia uma espécie de caixa onde os passageiros tinham que se encaixar. Era suficiente para duas pessoas normais, mas incompatíveis para dois gordos. Eu fui o primeiro a entrar no ônibus, já estava devidamente instalado, inclusive tive que tirar minha pasta e colocar no colo, para ele sentar. Agora não era interessante eu tirar as minhas costas para ele se apoiar. Ele ainda olhou para todos os outros assentos, mas todos estavam ocupados. Se resignou a ficar sentado sem apoiar as costas. Eu não fiz o mínimo gesto de ser solidário, de tirar as minhas costas para ele apoiar as dele. Não fiquei com remorsos devido a isso, pois alem de ser mais idoso eu havia chegado primeiro. O ônibus deu partida e quando ele cansou daquela posição incômoda procurou se apoiar no encosto da cadeira com o seu corpo virado para mim. Senti o seu abdome em contato com o meu corpo, mas não me incomodei, sabia que ele estava em situação difícil.
Durante o trajeto do ônibus a posição do sol entrou pela janela e atingia nós dois. Como eu estava no controle da janela, fiz a cortesia de fechar a cortina, apesar do sol não me incomodar. Notei seu ar de satisfação com minha atitude e com o ar de penumbra que se formou em nossa poltrona. Ele se aconchegou com mais satisfação onde estava, com sua mão um pouco acima do meu joelho. Eu continuava a ler minha revista sem disposição, como sempre estou, para muita conversa... ou pouca. Daí a pouco eu senti que a sua mão tocava o meu joelho. Eu imaginei que ele havia cochilado e sua mão havia descido involuntariamente. Não tive coragem para checar olhando para seu rosto. Vai ver que ele estava acordado e olhando para mim? Esse cruzamento de olhar poderia ser fatal. Bom... mas isso eram conjecturas com as quais eu não devia me preocupar. Continuei a minha leitura. Acontece que eu percebia que a mão do gordo descia e subia pela minha coxa. Comecei a ficar preocupado, a dúvida me atormentava, se ele estava acordado ou não, se aquela descida da mão era simplesmente o efeito da gravidade ou se existia outros interesses por trás... também continuava sem coragem de confirmar se o cara estava com o olho aberto ou não. Mas tive que reagir rapidamente quando percebi que aquela mão ganhava vida e os dedos como tentáculos se aproximavam perigosamente da minha área vital. Puxei instintivamente a minha bolsa para cima de minha área genital, não me preocupando em ser educado com aquela mão invasora. Ele se mexeu mesmo sem jeito no seu lado da poltrona, justificando com um risinho amarelo: apertado aqui, não é? Não respondi com a voz, mas o meu jeito meio com medo, meio com raiva, foi quem disse que eu não estava nada feliz. Ele não saiu da posição em que estava, apenas voltou a mão para colocá-la na posição original, acima do meu joelho. Vi que aquela mão nervosa poderia voltar a agir, e abri novamente a cortina da janela não me incomodando com a ação do sol sobre meu inconveniente vizinho. Foi como o efeito da luz do sol sobre um vampiro. O meu vizinho voltou a ficar na sua posição forçada longe do encosto da cadeira até a parada na próxima cidade onde desceram alguns passageiros e para a minha sorte ele se transferiu para outra cadeira.
Fiquei a pensar nessa tentação inusitada que sofri, se aquela mão tentadora pertencesse a um corpo feminino jovem, cheio de curvas e hormônios, se eu não teria sucumbido aos desejos obscuros, masculinos, naquela penumbra cúmplice. Percebi que Deus fora bondoso comigo e me fez passar por um teste onde eu tinha naturalmente um alto grau de rejeição.
Um pouco mais adiante o novo vizinho do gordo chegou perto de mim, como se tivesse fiscalizando o ambiente, dizendo que “aquele gordo saiu daqui e foi me imprensar na minha cadeira”. Mostrei a ele que aonde ele estava era pior ainda. Ele olhou sem muita convicção e voltou para a sua “via crucis”... Afinal, Natal já estava perto.
Este é o terceiro dia que estou caminhando no meu “deserto consciencial” em busca de uma maior aproximação com Deus, seguindo as lições de Jesus. Apesar de estar bem preparado mentalmente para o que irei encontrar, confesso que minha caminhada não está sendo fácil, as tentações e os testes surgem e eu tropeço neles como pedras inevitáveis. Caio e me levanto, olho para frente e peço perdão a Deus. Meu espírito que aparentava limpeza, começa a ficar sujo e molambento, pois a cada queda eu sinto a sujeira do pó do egoísmo a me impregnar e rasgar.
O Anjo da Caridade se aproximou de mim na forma de um pedinte, estirou sua mão e meu coração respondeu com raiva e com medo. Raiva porque todos podem ter uma “bolsa-família” paga pelo governo com o nosso dinheiro e essa pessoa ainda assim vem pedir parte do meu trabalho que já é retirado mais de um terço para a sustentação deles; medo por estar contribuindo com a vadiagem de alguém que prefere mendigar a aceitar um trabalho. Todos são argumentos lógicos que minha mente aceita como racionais e também são referendados pela sociedade. Mas acontece que o meu espírito não fica satisfeito. Depois da reação instintiva de negação, surge o sentimento de arrependimento. A mão que se estende em minha direção pedindo a minha ajuda tem um apelo muito forte. Algo que eu não encontro palavras ainda para explicar, para justificar a ajuda frente os argumentos da negação.
A preguiça é outro adversário que está sempre me jogando ao chão. Não consigo colocar o corpo em regime de trabalho forçado para atualizar o que preciso fazer na vida prática e com os compromissos espirituais. Esperava que essa entrada no “deserto” me desse a motivação suficiente para isso acontecer, mas continuo com o mesmo padrão de dormir e acordar, de procrastinar, como vinha acontecendo.
Outro tropeço aconteceu hoje. Fui convidado para um jantar de confraternização do término de residência em psiquiatria do Hospital Universitário e não consegui deixar a essência do cristão se manifestar de forma efetiva. Estava no terceiro dia de Jejum, mas por obediência à cortesia eu teria que quebrar esse jejum que pensava estender até o quinto dia. No aspecto da gula não cometi grandes excessos, apesar ter evitado tomar tanto líquido. O que mais me incomodou foi não ter falado para meus colegas do sentido cristão desse período e da minha participação dentro dele, sem demonstrar com isso qualquer vaidade. Mas permaneci a maior parte do tempo calado, ouvindo conversas irônicas sobre músicas, escritores, filmes... Poderia eu ter falado sobre a importância de Jesus em nossa sociedade, da possibilidade de construirmos o Reino de Deus com o conhecimento que já possuímos, de como fazer para nos livrar dos instintos egoístas que herdamos... enfim, tanta coisa que eu tinha domínio e poderia colocar em debates, não fiz. Este foi o meu grande tropeço nesse início de caminhada no “deserto”.
Espero que o Pai tenha piedade de mim, me dê forças e sabedoria para que eu possa enfrentar os outros desafios que tenho pela frente.
Em 19-02-15 foi feita mais uma reunião da AMA-PM e Projeto Foco de Luz com a presença das seguintes pessoas: 1. Adriano 2. Rosário 3. Ana Paula 4. Edinólia 5. Washington 6. Silvana 7. Nivaldo 8. Davi 9. Aninha 10. Zélia 11. Radha 12. Adriana 13. Paulo Henrique 14. Francisco Rodrigues 15. Roberto (convidado de Davi – Música) 16. Maciel (convidado de Davi – Informática) 17. Luzimar 18. Raulinson 19. Damares 20. Nazareno 21. Ezequiel. Foi lido o preâmbulo espiritual com o título “Conselhos do Papa Francisco” e logo em seguida o relatório da reunião anterior, que foi aprovada sem correções. Rosário informa que o Prof. Raimundo disponibiliza a quadra de esportes da UFRN para a os alunos do futebol. Zélia informa que pode viabilizar um ônibus para a condução dos alunos se for concretizado um projeto. Também informa que ainda não houve a eleição no colégio para o Conselho Escolar devido os feriados do Carnaval e doença na família. Deixa uma previsão dessa realização na próxima terça feira, as 17h. Adriano, advogado coloca-se como voluntário para fazer uma consultoria jurídica uma vez por semana na Escola Olda Marinho, com um atendimento médio de 20 pessoas. Radha se dispôs a atuar como auxiliar nesta atividade, já que fez estágio na prática jurídica durante o seu curso. Adriano também orientou sobre as datas e a forma da eleição da diretoria da AMA-PM, que deverá ser realizada depois de 15 dias de divulgado o Edital, assim como a compra de dois livros, um de atas e outro de ações das diretorias. Em seguida foi feita a discussão para a montagem da chapa que será votada ou aclamada no dia da eleição. Depois de várias considerações a chapa ficou montada da seguinte forma, mas com a possibilidade de ser alterada até o dia da eleição, de acordo com as conveniências de cada candidato: Presidente: Paulo Henrique; Vice-Presidente: Luzimar; Secretário: Costa; Vice-Secretário: Ezequiel; Tesoureira: Edinólia; Vice-Tesoureira: Anynha. Conselho Fiscal: Titulares: Davi, Nivaldo e Cíntia; Reservas: Estela, Zélia e Radha. Também ficou sinalizado que na construção das coordenações e das diretorias após a eleição, Rosário ficará com a coordenação de Projetos e Damares com a coordenação Social. As 20:30h foi encerrada a reunião com a oração do Pai Nosso conduzida por Aninha e uma oração do coração feita por Luzimar. Todos posaram para a foto.
Conforme compromisso assumido ontem com o sonho que foi a raiz de minhas convicções, vou esclarecer mais uma vez o projeto de vida que o Pai incutiu na minha mente e ao qual associo a minha vontade e determinação. Isso parece que obedece a uma cronologia que está acima das minhas elucubrações, pois hoje começa a Quaresma, período em que pretendo entrar numa espécie de “deserto psicológico” onde eu possa ficar bem mais próximo do Pai e seguindo as lições de Jesus. Nada mais apropriado do que eu passar em revista os momentos e cognições que fizeram eu me afastar da pratica mundana, cultural, e me aproximar do mundo espiritual e colocar os seus valores associados ao Amor Incondicional como prioridade em minha vida.
Lembro que antes eu era uma pessoa como qualquer outra pessoa, com desejos e vontades de montar uma família nuclear e viver com fidelidade a esse projeto até o fim da minha vida, junto a minha companheira na saúde e na doença como havíamos jurado perante o altar. As circunstâncias da vida começaram a forçar a minha compreensão no sentido da minha mente e racionalidade alcançar um nível de compreensão onde o Amor Incondicional fosse superior ao amor romântico e todos os condicionamentos que ele exige. A força do instinto sexual criado por Deus dentro de nós fez com que fosse criado um clima de simpatia entre mim e uma colega de trabalho. Logo começaram os convites que ela fazia para aprofundarmos o afeto que nós sentíamos na intimidade sexual, sem qualquer tipo de compromisso a não ser gozarmos do prazer que isso iria nos trazer. Tanto eu como ela sabíamos de nossa atual situação familiar e não existia nenhuma proposta de mudar isso. Era simplesmente aprofundar o afeto que desenvolvemos na base da simpatia, desejo e que poderia fortalecer o Amor... Amor Incondicional, que estaria sendo feito sem condicionamento de qualquer espécie.
Relutei muito a fazer isso, pois entendia que estava traindo a minha esposa. Por outro lado eu não via o mal que isso poderia causar a ela, se o que estava sendo proposto dizia respeito apenas a mim e a minha colega. Claro, podia acontecer algum tipo de acidente, como um filho, alguém que nos descobre e vai denunciar algo que ele também considera incorreto, e assim por diante. Mas na hipótese de que nenhum acidente desse tipo aconteça, eu não via nenhum prejuízo que estaria causando em terceiros por causa dessa minha interação sexual que eu poderia fazer com minha colega, com todos os cuidados para evitar acidente.
Foi este raciocínio que terminou prevalecendo e serviu como gatilho para disparar toda uma sequência comportamental que deveria ser seguida em obediência a lógica, a coerência e a justiça. Primeiro e o mais importante, a minha esposa poderia também ter a mesma experiência que agora eu estava aceitando para mim. A simpatia, afeto, desejo, amor que eu estava desenvolvendo por outra pessoa agora, ela poderia também sofrer o mesmo processo e, portanto, deveria ter o mesmo direito que agora eu estava defendendo e praticando.
Essa situação no início tinha a força maciça do instinto sexual, que era disciplinado dentro de mim pelo senso da justiça. Com o passar do tempo fui percebendo com clareza a diferença entre o amor romântico, fortemente ligado a sexualidade e cheio de condicionamentos, com o Amor Incondicional, influenciado pelo instinto sexual, mas não se submetendo a ele, se mantendo como prioridade no campo comportamental. Dessa forma destruiu a família nuclear que eu havia formado e comecei a construir uma família ampliada que eu sentia muito mais próxima do amor Incondicional, muito mais parecida com a família universal que Jesus ensinou que deveria construir o reino de Deus.
Assim foi que, se as circunstâncias favorecem, é permitido que junto de mim existam mais de uma companheira e que assim possamos formar uma família ampliada, mesmo que por força dos condicionamentos e pressão cultural, tenhamos que morar em casas separadas. Isso não implica que junto de mim possam existir apenas companheiros, pois como as mulheres tem o mesmo direito e sentimentos que eu tenho, elas podem também em alguma ocasião incluir um companheiro dentro do seu campo de interação e que se junta à família ampliada.
Portanto, longe do que muitos pensam que estou construindo um harém no formato do oriente, onde um homem (sultão) tem varias mulheres (odaliscas) esta família ampliada não deve exigir a exclusividade de um único homem, pelo contrário, é a existência de outros homens dentro da família ampliada baseada no amor Incondicional, que irá dar a característica de família universal com o devido respeito, fraternidade, solidariedade e capaz de acabar com o egoísmo preponderante hoje dentro da humanidade, da cultura, e nas diversas relações sociais. Teremos assim alcançado o Reino de Deus.
Então, esta foi a reflexão que o Pai exigiu que eu fizesse para entrar no período da Quaresma, onde eu vou estar mais próximo dEle, e com certeza Ele que ouvir de mim o que vai no meu coração, nos meus pensamentos e nas minhas ações.
Acordei hoje as 4h da madrugada com a lembrança de um sonho vívido na minha mente. Acredito que pelos efeitos retardados ainda das atividades ritualistas do Novo Paganismo, da Wicca, no encontro da Nova Consciência em Campina Grande, onde ao som do tambor deixei a minha alma expressar a natureza do meu ser. Este ser é ligado a natureza do ar, conforme meu signo zodiacal, virgem. Os meus três eus (racional, emocional e divino) entraram em contato durante o sono e formataram um “teatro” para que o meu “eu racional” conseguisse ao acordar fazer a reflexão que pretendo fazer agora.
Durante o sonho o Sr. X, marido da minha amiga, Dra. Y, me aborda fazendo a seguinte pergunta:
- É verdade que você se relaciona com mais de uma pessoa na condição de companheira?
Sim, respondi que era verdade, mesmo que tivesse notado o seu cenho franzido, numa postura de reprovação. Mas o meu compromisso com a verdade impedia que eu negasse o que fazia, principalmente quando eu era provocado com uma pergunta direta como ele fez. Mesmo que durante o nosso relacionamento que foi feito através da sua esposa que é minha colega de profissão e amiga, ele nunca tenha sabido desta minha nuance comportamental, eu nunca tenha chegado para ele e falado sobre isso, ou ele tenha sabido de forma escandalosa por terceiros que tenham se sentidos prejudicados.
- Voce está fazendo uma coisa muito errada, está abominando a lei de Deus e escandalizado a comunidade!
Tentei me defender dizendo que estava procurando cumprir com integridade a lei de Deus e que não procuro com este comportamento escandalizar a sociedade, pois não fico expondo a todos de forma gratuita o que faço na intimidade. Mas senti que minhas respostas não alcançavam o seu raciocínio, incendiado que estava pelas forças emocionais incendiadas pela raiva e talvez medo e frustração. Medo por saber que sua esposa se relaciona com muito afeto comigo, e frustração por me ter na conta de uma pessoa muito especial e de repente descobre que eu violo os seus princípios mais importantes: os sacramentos do casamento.
Deixei ele se afastar raivoso e reclamante daquela confirmação que teve sobre meu comportamento, talvez esperasse saber que tudo não passava de uma brincadeira. A minha característica de desenvolver empatia com as pessoas, tentei ficar no lugar do meu interlocutor que se afastava à passos rápidos.
Provavelmente ele estaria agora a pensar que eu era um depravado e que na surdina estava a enganar as mulheres para atender os meus desejos mais impuros de sexo diversificado. Talvez a sua esposa tivesse sofrido esse “ataque” psicológico, e se ela tivesse cedido? Não acreditaria, ele sabia que sua esposa era digna da maior confiança e se ela mantinha amizade comigo em nível tão espiritualizado era porque também estava sendo enganada. Mas como é que pode uma pessoa tão correta na aparência, principalmente na relação com Deus, ser uma pessoa tão depravada na vida íntima?
Foi essa racionalização que me motivou a escrever amanhã, na quarta-feira de cinzas, a explicação detalhada para mostrar que eu fazendo assim estou obedecendo ao próprio Deus que colocou na minha consciência essa missão, que muito mais além do sexo que me é permitido eu carrego comigo as dores que provoco na alma de quem se aproxima de mim e que estão condicionados a outra forma de comportamento, muito diferente da que agora estou praticando.
Amanhã também será um dia especial, pois sendo a quarta-feira de cinzas, evoca o meu animal do poder, a Fênix, que dormita dentro de mim. Também descobri que este era meu animal do poder dentro de uma atividade deste mesmo grupo em outro encontro da Nova Consciência em Campina Grande, há cerca de 4 anos. A Fênix é um pássaro da mitologia grega que morria em combustão depois de algum tempo e renascia das próprias cinzas. Possuía uma grande força capaz de carregar pesadas cargas durante o seu voo, chegando ao ponto de carregar até elefantes. Certamente para simbolizar que a carga que eu iria carregar no meio de pessoas tão fortemente condicionadas pelo amor condicional iria ser muito grande. Também suas lágrimas tem o poder curativo, talvez simbolizando que apesar de eu ser médico e treinado em cuidar das pessoas pelas técnicas científicas, são as minhas lágrimas provenientes do meu sofrimento das incompreensões que sofro, do trabalho exagerado que pratico, o melhor recurso terapêutico que possuo. Tudo isso simboliza no conjunto a força que devo ter para tocar esse projeto de característica imortal, que depois de mim outros irão praticar até o renascimento do paraíso perdido, do Reino de Deus.