O espírito Ramatis foi quem me introduziu na doutrina espírita, apesar de não encontrar os seus livros nas livrarias de que seguem a orientação da Federação Espírita Brasileira. Não vou entrar aqui nesses motivos, mas irei colocar um trecho do seu livro Elucidações do Além, para refletirmos sobre o conteúdo e sobre a personalidade de quem o traz.
(Extraído do livro Elucidações do Além pelo Espírito Ramatís, psicografia do médium Hercílio Maes)
As almas dos déspotas sanguinários, vítimas da loucura, do egoísmo, da cobiça e autores do morticínio de milhares de criaturas sacrificadas para garantir-lhes a prepotência e a ambição, são como o cavalo selvagem que arremessa o seu cavaleiro ao solo, produzindo-lhe ferimentos nas quedas dolorosas! Infelizmente, devido a vibração violenta das energias maléficas que ainda lhe excitam o perispírito, o tirano, o conquistador sanguinário ebós seus comparsas perversos, ao encarnarem na Terra, o trauma psíquico que o perturba violenta-lhes o trabalho harmônico das células físicas, fazendo-os nascer idiotas e anormais.
Sob o violento e desordenado abalo do perispírito, alteram-se as linhas de forças na composição dos genes e nos ajustes dos cromossomas do corpo físico. Então o déspota surge à luz da vida terrena, parvo, alienado do cérebro e dos nervos, vivendo sob a chacota e sarcasmo da mesma humanidade que tanto subestimou e prejudicou no passado. Assim, o corpo do idiota reflete condições enfermiças do espírito brutal ali encarnado, funcionando à guisa de um cárcere que reprime os impulsos desordenados e perigosos do seu ocupante, tal qual freio que domina o cavalo fogoso e destinado. As paixões violentas como a crueldade, a ambição e o orgulho que desatam as forças do instinto animal selvático, impossibilitadas de sua ação destruidora, vão se debilitando pouco a pouco, de modo a não voltarem a manifestar-se sob os mesmos impulsos indomináveis. A glândula Pineal, delicadíssima antena do sistema psico-nervoso "central elétrica ou usina piloto" do organismo humano, funciona, nesse caso, oprimida na sua atuação, tornando-se incapaz de transmitir, com clareza, a mensagem racional dirigida pelos neurônios, que constituem o aparelho receptor e transmissor do espírito para a matéria. Nesse retardamento obrigatório, de um corpo físico tardo no seu metabolismo motor nervoso, o perispírito enfermiço readquire, gradualmente, a sua vibração normal e a alma o seu domínio salutar.
Represando na carne o seu excesso perturbador, ela submete-se à terapêutica obrigatória do repouso vibratório, pois disciplina a sua emotividade, reprime as forças instintivas que fervilham na intimidade perispiritual, assim como o cavalo indócil, atado a pesado veículo, embora fica impedido dos desatinos prejudiciais a si mesmo.
Pouco a pouco, a alma enferma, que, devido aos seus impulsos animalizados, praticou crimes, distúrbios e atrocidades coletivas no mundo físico, termina por corrigir-se dos excessos danosos sob o domínio das "grades" de um corpo físico deformado. Ela exaure-se e cansa, antes das tentativas inúteis de dominar, a seu talante, um sistema nervoso rígido e retardado, que lhe anula a coordenação dos raciocínios e a impede de usar suas forças maléficas.
As paixões tão comuns dos déspotas e guerrilheiros como o orgulho, a ambição, a prepotência e a impiedade, que eles manifestam quando portadores de corpos sadios e cérebro normais, terminam arrasados e impedidos de qualquer ação sob o organismo carnal atrofiado. As suas ideias perigosas e as emoções atrabiliárias nem chegam a ultrapassar-lhes o campo subjetivo, pois extinguem-se ou cessam por falta de um sistema cerebral nervoso, correto e sensível capaz de dar-lhes forma e a ação do mundo exterior.
Contudo, não há punição deliberada para tais espíritos doentes, mas apenas a reparação espiritual no sentindo de se ajustarem ao padrão da vida superior. O corpo imbecilizado a subjugar-lhes os impulsos homicidas, sufocando-lhes a eclosão violenta das paixões animais, constitui-se no abençoado "estágio" para a sua evolução espiritual no futuro.
Esta é uma informação bem esclarecedora sobre a causa de pessoas nascerem com tantas dificuldades biológicas, que chegamos até a pensar num Deus injustos, se não sabemos a história que há por trás.
Encontrei no site Consciencial um texto que evoca o papel das mulheres. É interessante a sua leitura e nossa reflexão sobre o assunto
As 1000 Mães Divinas
http://consciencial.org/mae-divina/as-1000-maes-divinas/
Era uma vez numa pequena cidade do interior...
...uma pobre família, cuja mãe era lavadeira e trabalhava na beira do rio...
Era uma vez numa grande metrópole uma menina que nasceu em berço de ouro e formou-se em medicina seguindo seus sonhos...
Era uma vez uma professorinha querida e amável do interior, que cuidava muito bem de seus aluninhos queridos...
Era uma vez uma meretriz que trabalhava nas ruas, atendia bem seus clientes, e criava muito bem seus 3 filhos pequenos, com muito amor, em sua vida dupla e de boa mãe...
Era uma vez uma mulher analfabeta de pés descalços, abandonada pelo marido que teve que fazer biscoitos para vender para sustentar seus dois filhos pequenos, cujo um ainda estava no colo...
Era uma vez uma mulher jovem, bonita, sedutora e desinibida que adorava as baladas e encontros da noite...
Era uma vez uma mulher serena que nadava no lago da sabedoria...
Era uma vez uma esposa bem casada que não queria ser mãe e nem queria ter filhos...
Era uma vez uma mulher ateia que era muito correta com as outras pessoas...
Era uma vez uma moça jovem que engravidou sem planejar, foi abandonada pelo namorado e teve que fazer um aborto...
Era uma vez uma beata religiosa, que com base em suas medidas doutrinárias julgava e condenava a todos...
Era uma vez uma mulher terrível, furiosa e forte que era lutadora que golpeava quem a desafiasse...
Era uma vez uma mulher gentil e afável que meditava todos os dias nos leitos da paz profunda...
Era uma vez uma mulher índia, que amava suas terras e sua tribo e cuidava muito do bem-estar de todos...
Era uma vez uma mulher terapeuta e curadora que tentava amenizar as dores das almas e os sofrimentos de seus amigos e pacientes...
Era uma vez uma mulher muito inteligente que se tornou cientista fazendo inovações e descobertas e causando inveja a seus pares masculinos...
Era uma vez uma mulher que tinha que aguentar a estupidez e ironia agressiva de seu próprio marido...
Era uma vez uma menina de 5 anos que foi vendida como mercadoria...
Era uma vez uma adolescente bonita que foi sequestrada para ser escrava sexual...
Era uma vez uma mulher executiva que trabalhava numa empresa legal e pegava o ônibus todos os dias...
Todas elas são as frações do Coração da Mãe Divina!
A Grande Mãe reúne o amor e a força de todas as mulheres do mundo num só vigor, numa única honra, na mesma retidão.
Todas as forças e virtudes de todas essas mulheres do mundo somadas, integradas e multiplicadas, perfazem o CORAÇÃO DA MÃE DIVINA.
Minha reverência, a cada uma dessas mulheres!
Meu amplexo lacrimoso e emocionado a cada uma dessas deusas!
Meus respeitos profundos a dor e força de cada uma dessas princesas!
Eu, poeta da Mãe Divina, vos peço perdão por tudo!
Eu vos ofereço minha paz, vos ofereço minha poesia cheia do AMOR E COMPAIXÃO DA MÃE DIVINA!
Pelo ódio e frieza do mundo, a você todas, eu peço perdão!
Cada mulher é uma Joia da Compaixão da Mãe Divina!
Paz, Amor e Luz em humildade serena...
http://consciencial.org/mae-divina/as-1000-maes-divinas/
Observamos que não há julgamento no que cada mulher faz, todas são integradas, inter-relacionadas, criadas por Deus numa versão feminina da Mãe Divina. É uma indicação para que nós funcionemos assim, observando a teia da vida onde todos estão com uma função. Se algum elo está em erro, cabe a nós, criaturas, ajudar ao irmão em dificuldade para corrigir seu caminho. Isso lembra a filosofia do Ho’oponopono, que quer dizer justamente isso: corrija se erro. Teremos oportunidade de abordar essa filosofia e terapia mais adiante.
Nomes são apenas nomes ou têm por trás algum significado? Acredito que um nome é simplesmente um nome, mas o seu portador pode dar um significado maior ou menor, uma carga positiva ou negativa. Comparemos os nomes Jesus e Hitler. Ambos têm uma forte carga que deixaram seus nomes marcados, um positivo e outro negativamente. Os nomes marcados negativamente tendem a não se reproduzir na pia batismal, os marcados positivamente, sim.
Vejamos o nome Francisco. Era um nome comum até que, em Assis, cidade da Itália, o seu portador se destacou tanto no campo espiritual, em seguir os passos do Cristo, as suas marcas comportamentais, e chegou até a exibir as marcas físicas, os estigmas da crucificação. Seu comportamento influenciou o papa da época que permitiu que ele desenvolvesse o ministério franciscano, dando um novo alento à igreja católica, tão envolvida com os bens materiais, com o poder temporal, com o luxo e a ostentação.
Seu exemplo de caridade atravessou os séculos, motivando tantas pessoas a colocarem o mesmo nome em seus filhos. Assim aconteceu no século 20 com uma família do interior de Minas Gerais que colocou o nome do seu filho de Francisco Cândido Xavier, conhecido entre nós por Chico Xavier. Um dos maiores médiuns que o mundo já viu. Viveu com simplicidade e humildade, praticando a caridade, até o fim dos seus dias.
Outro exemplo que sei bem os motivos, também a família colocou o nome de Francisco em seu filho. Era o primeiro a nascer, e por esse motivo entre outros, o parto sendo feito em casa e a passagem pelo canal do parto muito difícil, que resistia a todos esforços da parteira, não se via outra saída para salvar a vida de ambos, mãe e filho, a não ser um milagre. Era o dia 20 de outubro, mês do nascimento do santo de Assis, Francisco, reconhecido também por proporcionar milagres em nome de Jesus. Então, foi feito uma negociação com o santo em forma de promessa. Se a mãe conseguisse se salvar e o filho nascesse com vida, este seria oferecido ao santo, teria o nome de Francisco. Assim aconteceu, ambos foram salvos e a promessa foi cumprida.
Na atualidade, este Francisco salvo pelo milagre, conheceu a história do que se passou e ficou agradecido pelo que aconteceu. Conheceu a vida, a história e o trabalho daquele Francisco de Minas Gerais e aprendeu com ele a realidade do mundo espiritual, da importância de Jesus como médium de Deus e governador do nosso planeta. Conhecendo essa realidade, não tinha como fugir da responsabilidade, de fazer a vontade de Deus, o nosso Pai, o Criador.
Para concluir estas reflexões surge um novo Francisco. Dessa vez o nome foi escolhido por ele mesmo e não por seus pais. O cardeal da Argentina, Jorge Bergoglio, integrante das hostes franciscanas, ao ser eleito papa escolheu o nome de Francisco para conduzir a nação católica em todo o mundo.
Aqui estou eu, depositário dos favores de Francisco de Assis, agradecido a Francisco Xavier por ter me passado tantos conhecimentos do mundo espiritual, me tirando da ignorância dessa realidade, e sob o carisma do Francisco sentado no Vaticano.
Que faço eu, comparado a tão importantes personalidades, eu que tomei o nome como pagamento de um favor? Devo respeito e obediência primeiro a Deus, o senhor da vida, o Criador; segundo a Francisco de Assis, que tornou a vida possível neste mundo material; a Francisco Xavier pela vida exemplar e tanto trabalho de ensino e cura sem alimentar o egoísmo; finalmente o papa Francisco, renunciando a pompa e riqueza da igreja para mostrar ao mundo o exemplo da humildade, tolerância e compaixão.
Fico envergonhado por não ter o que mostrar. Mas talvez seja este o caminho que o Pai queira que eu siga, mostrar aos irmãos a dificuldade, mas não a impossibilidade de seguir esses passos espirituais, reconhecendo o baixo nível em que ainda nos encontramos. Talvez seja este o meu papel: uma cobaia espiritual.
As marcas são importantes para distinguir um produto do outro, o trabalho de um fabricante, a qualidade objetiva ou subjetiva. Da mesma forma que usamos nossa criatividade para construir alguma marca com o que produzimos, também observamos as marcas externas para obter aquilo do nosso interesse.
Paulo dizia que: “Desde agora ninguém me moleste, porque trago no meu corpo as marcas do Senhor Jesus.” - Paulo. (Gálatas, 6:17.)
Todas as realizações humanas possuem marca própria. Casas, livros, artigos, medicamentos, tudo exibe um sinal de identificação aos olhos atentos. Se medida semelhante é aproveitada na lei de uso dos objetos transitórios, não se poderia subtrair o mesmo princípio, na catalogação de tudo o que se refira à vida eterna.
Jesus possui, igualmente, os sinais dEle. A imagem utilizada por Paulo de Tarso, em suas exortações aos gálatas, pode ser mais extensa. As marcas do Cristo não são apenas as da cruz, mas também as de sua atividade na experiência comum.
Em cada situação, podemos revelar uma demonstração do Divino Mestre. Jesus forneceu padrões educativos em todas as particularidades da sua passagem pelo mundo. O Evangelho no-lo apresenta nos mais diversos quadros, junto ao trabalho, à simplicidade, ao pecado, à pobreza, à alegria, à dor, a glorificação e ao martírio. Sua atitude, em cada posição da vida, assinalou um traço novo de conduta para os aprendizes. Todos os dias, portanto, nós, discípulos podemos encontrar recursos de salientar nossas ações mais comuns com os registros, as marcas de Jesus.
Devo procurar ao término de cada dia, passar em revista minhas experiências. O que fiz de certo ou errado. Parece tão simples dizer dessa forma, comparar nossas marcas na Terra com as marcas do Cristo, ensinadas há 2.000 anos. Mas, na minha experiência, o que parece tão simples é na verdade muito raro. Quantas vezes eu fiz essa reflexão de comparar minhas marcas com as marcas do Cristo? Procuro lembrar e não encontro uma noite sequer. No entanto, ao fazer essa digressão ao digitar este texto e procurar referir meus deveres, coloco como um comportamento que devo fazer com frequência. Não é assim. Tenho que fazer esse esclarecimento para não cair na hipocrisia. Posso dizer que vou me esforçar para agir assim, a partir deste momento. Paro a digitação e reflito o que fiz durante o dia...
Não foi difícil. Gastei menos de cinco minutos para passar em revista todo o meu dia. Não achei muita discrepância do meu comportamento comparado ao que o Cristo podia ter feito, no aspecto de não ter feito mal a ninguém. Porém, quando observo que as marcas do Cristo são fundamentalmente aquelas do sacrifício de si mesmo para o bem de todos, vejo que ainda estou bem distante. Ainda não deixei todos os meus bens de lado e segui as marcas do Cristo...
Existe um clamor, dentro de nossa cultura, quando uma pessoa morre. Por mais espiritualizada que seja, geralmente a pessoa se comporta como se aquele ente querido que teve o seu corpo colapsado, que vai se decompor e voltar à matéria de onde saiu, deixou de existir, foi perdido para sempre.
O paradigma espiritualista que implica no mundo espiritual, onde os espíritos que animam e gerenciam os corpos se deslocam após a morte desses, não é respeitado como devia. Se a pessoa tem a compreensão que na realidade não morre, que seu espírito, o condutor da vida real, somente se desloca de um plano para outro, por que tanto desespero com essa passagem?
Confesso que recebo críticas por ter um comportamento de tranquilidade, de compreensão dessa passagem para o mundo espiritual, e até fico contente, quando a pessoa estava sofrendo com alguma doença, incurável, cujo destino final era a morte do corpo físico. Entendo que a pessoa ficou livre desse pesado encargo, do sofrimento gerado, e passou para uma dimensão, onde o espirito livre do peso carnal, não tem mais o sofrimento gerado pelo corpo. Numa situação dessa, qual seria o sentimento lógico? Tristeza ou alegria? Não uma alegria de ficar livre do ente querido, mas sabendo que ele conseguiu a libertação de um sofrimento inevitável, de uma doença, preso à carne e agora está numa situação de alívio, bem perto de Deus, se conseguiu obedecer sua lei, como Jesus ensinou.
Aconteceu comigo, agora, recentemente, algo associado a morte, nas minhas mãos, fato até comum, na minha profissão de médico e professor, e fiz logo associação com tudo que escrevi acima.
Estava acostumado com ela, caminhava com ela perto do coração. Tinha afeto por ela. Mas sabia que ela um dia não iria mais existir. Mas isso não me preocupava. Vivia o dia-a-dia com ela, aproveitando os bons e maus momentos, os pensamentos alegres e tristes. Fazíamos poesias, textos científicos, românticos... eu a abraçava com carinho, meus dedos gostavam de sentir o seu contorno liso.
Comecei a perceber que ela estava cada vez mais ativa, como se tivesse gastando um pouco mais de sua energia. Em seguida essa energia acabou, de forma súbita, procurei faze-la ficar ativa, mas não consegui. Entendi que ela havia morrido, estava apenas com o seu corpo, inerte, sem mais função. Olhei por um momento tudo que havíamos feito juntos, com saudade, mas sem derramar lágrimas.
Fechei os seus olhos com a tampa azul e a joguei na lata do lixo.
Passei no mercadinho e comprei outra caneta Bic, novinha, cheia de energia, e começamos uma nova relação.
Por quê ter medo da morte?