Sióstio de Lapa
Pensamentos e Sentimentos
Meu Diário
11/01/2019 02h01
ASSASSINO ECONÔMICO (5) - PANAMÁ, 1981

            Continuação da entrevista com o economista John Perkins.

            Omar Torrijos, presidente do Panamá, era um dos meus favoritos, eu realmente o admirava. Quando eu tentava suborna-lo ou corrompe-lo, ele dizia: “Olha, John” – ele me chamava de Juanito – “Olha, Juanito, eu não preciso do dinheiro, o que eu preciso é que meu país seja tratado com justiça. Preciso que os EUA paguem as dívidas que possuem com meu país por toda a destruição que vocês causaram aqui. Preciso estar em uma posição onde eu possa ajudar outros países latino-americanos a se tornarem independentes e se libertarem desta presença terrível do Norte com a qual vocês vêm nos explorando tão terrivelmente. Preciso que o canal do Panamá esteja de volta nas mãos do povo, é disso que eu preciso”. “Me deixem em paz, parem de tentar me subornar”. Isso foi em 1981, e em maio daquele ano, Jaime foi assassinado. Omar sabia muito mais o que era isso, então juntou sua família e disse: “Provavelmente eu sou o próximo, mas tudo bem, porque eu fiz o que vim fazer, renegociei o canal, agora ele estará em nossas mãos”. Ele tinha acabado de fazer um acordo com Jimmy Carter. Em junho de 1981, apenas dois meses depois. Ele também morreu em um acidente aéreo que certamente foi realizado por chacais apoiados pela CIA. Há evidências que um dos agentes entregou ao presidente, quando ele embarcava, um pequeno gravador que continha uma bomba.

            Ainda acontece de serem encontrados pessoas capazes de assumir um cargo público e não se deixar envolver pela corrupção. Certamente não existe apenas uma pessoa com essa característica de ser incorruptível, de seguir as trilhas do amor, quanto mais perto possível do amor incondicional. A dificuldade é que essas pessoas ainda não conseguiram se reunir e atuar em conjunto com ética para influenciar a sociedade, tornar-se modelo comportamental para todos. Isso as pessoas envolvidas com a corrupção fazem muito bem, se associam uns com os outros, formando rede.

            Isso indica que o papel que as pessoas de bem, éticas, honestas, dentro da sociedade, é formarem também uma rede do bem para se contrapor a rede do mal, da corrupção alimentada pelo egoísmo. Talvez o modelo dos Alcoólicos Anônimos usado para combater a doença do alcoolismo, possa servir para o homem combater a doença do egoísmo, que é necessária para a sua evolução enquanto animal, mas não para evolução do espírito humano.

            Quando todos nós reconhecermos a presença do egoísmo em nossas ações, mesmo que não queiramos ser egoístas, nem corruptos, então chega a necessidade de formarmos grupos por todos os agrupamentos humanos, em salinhas pequena, sem ostentação, mas preparadas para receber nossos depoimentos de ações egoístas e como conseguimos deixar as ações de corrupção, e até ser capaz de colaborar com o esforço coletivo para o bem de todos. Talvez se isso tivesse já sendo colocado em prática, o ilustre presidente do Panamá poderia ainda estar em companhia de outras pessoas .

Publicado por Sióstio de Lapa
em 11/01/2019 às 02h01
 
10/01/2019 02h01
ASSASSINO ECONÔMICO (4) - EQUADOR, 1981

            Continuação da entrevista com o economista John Perkins.

            O Equador, por muitos anos, havia sido governado por ditadores a favor dos EUA, normalmente muito violentos. Decidiu-se que haveria uma eleição realmente democrática e Jaime Roldós se candidatou declarando que sua meta, como presidente, seria garantir que os resultados do país fossem usados para ajudar o povo. E ele venceu, com folga, com uma vantagem jamais vista no Equador, e começou a implementar suas políticas para que os lucros do petróleo fossem para ajudar as pessoas. Bem, nós nos EUA não gostamos disso. Fui enviado com outros assassinos econômicos para “dar um jeito em Roldós”, para corrompe-lo, cerca-lo, para dizer a ele que “bem, você sabe, você e sua família podem ficar muito ricos se você jogar nosso jogo, mas se você continuar com essas políticas, promessas... você vai ter que sair”. Ele não quis nos ouvir. Ele foi assassinado. Assim que o avião caiu, toda a área foi cercada e as únicas pessoas autorizadas foram os militares dos EUA que vieram de uma base próxima dali, e os militares do Equador. Quando começaram uma investigação duas das testemunhas-chaves morreram em acidentes de carro antes de dar depoimento. Aconteceram muitas coisas estranhas em relação ao assassinato de Jaime Roldós. Quem investiga o caso como eu não tem dúvidas de que ele foi assassinado e, claro, na minha posição de assassino econômico, eu sempre imaginava que algo aconteceria com Jaime, fosse um golpe ou assassinato, mas ele seria tirado de cena porque ele não era corrupto, ele não se deixava corromper da forma que queríamos.

            O vírus da corrupção mostra a sua força dentro do pensamento humano, e começamos a ver que ele não tem uma ideologia salutar. Onde ele se entranha causa prejuízos à coletividade, à nação, mesmo que venha com cores libertárias, democráticas. Colocarei abaixo um texto escrito por jo.ustra e publicado em 20 de outubro de 2017, que circula na internet e que pode ser acessado em https://www.averdadesufocada.com/index.php?option=com_content&view=article&id=15524:o-assassinato-de-celso-daniel-e-as-outras-misteriosas-onze-mortes&catid=47&Itemid=94.

Corrupção

O assassinato de Celso Daniel e as outras misteriosas onze mortes

Celso Daniel desapareceu em 18 de janeiro de 2002 para surgir morto – e torturado – dois dias depois. Ironia do destino, o primeiro inquérito policial foi concluído no primeiro de abril daquele ano. E tentaria vender a versão de que o prefeito de Santo André teria sido vítima de sete sequestradores trapalhões que levaram o milionário errado, arrependeram-se e resolveram o problema entregando a vítima para um menor disparar-lhe onze tiros. A família, no entanto, defende que o petista fora vítima de crime político, uma vez que possuiria um dossiê sobre um esquema corrupto envolvendo empresas de transporte e o financiamento ao Partido dos Trabalhadores.

Fato é que aquela não foi a única morte estranha envolvendo o prefeito de Santo André. Pelo menos oito pessoas ligadas ao caso morreram misteriosamente nos anos seguintes: Dionísio Aquino Severo - O sequestrador de Celso Daniel morreu três meses após o crime, segundo a versão oficial, vítima de uma “facção rival”; Sergio, o ‘Orelha’

Acobertou o sequestrador após o crime e o fuzilaram em novembro de 2002; Otávio Mercier, o investigador da Polícia Civil que havia ligado para o sequestrador na véspera do assassinato e foi morto a tiros em sua casa; Antônio Palácio de Oliveira, o garçom que serviu Celso Daniel na noite do crime e mataram-no em fevereiro de 2003; Paulo Henrique Brito, testemunhou a morte do garçom e o assassinaram três semanas depois; Iran Moraes Redua, agente funerário que reconheceu o corpo de Celso Daniel jogado na estrada e chamou a polícia e foi morto em novembro de 2004; Carlos Delmonte Printes, era o legista que confirmou as torturas sofridas por Celso Daniel e apareceu morto no próprio escritório em outubro de 2005; Josimar Ferreira de Oliveira, o delegado que registrou a morte de Celso Daniel e foi assassinado em janeiro de 2015.

O prefeito de Santo André, no entanto, não foi a primeira morte estranha envolvendo prefeitos petistas. Quatro meses antes, Antônio da Costa Santos, o Toninho do PT, fora assassinado apenas 8 meses após assumir a prefeitura de Campinas. No inquérito, mais uma vez a polícia tentou vender a versão de que o político havia sido vítima de um crime comum. O caso repercutiu bem menos pois ocorrera na noite anterior ao 11 de setembro de 2001.

Contudo, muito se especula a respeito do que ocorreu há quase duas décadas em Rio Grande da Serra, o município menos conhecido dos sete que completam o “Grande ABC”. O prefeito José Carlos de Arruda foi assassinado num roteiro muito semelhante ao ocorrido com Celso Daniel. “Carlão”, como era conhecido, foi sequestrado na noite de 30 de março de 1998 e, no primeiro de abril seguinte, surgiu torturado e morto com cinco tiros. Por muito tempo, o principal suspeito foi um empresário dono de uma empresa de transportes. Apenas em 2010 alguns culpados foram para a cadeia. Segundo o Diário do Grande ABC, “foram seis acusados de matar o ex-prefeito: dois executores, Reinaldo Dionísio Alves (o Pilica) e Zito; um intermediário, Ademir Miranda, o Brinquinho, e três mandantes, que eram vereadores do município na época do crime – Valdir Mitterstein, o Gaúcho, Ramon Velásquez e Expedito Oliveira.” Todavia, o “ex-prefeito de Rio Grande da Serra, Ramon Velásquez, teve o processo arquivado pelo Tribunal de Justiça por falta de provas“. O próprio PT nacional cuidou da defesa de Velásquez usando o mesmo Márcio Thomaz Bastos que viria a ser ministro da Justiça de Lula.

Em 2016, em mais um primeiro de abril, a Lava Jato prendeu Ronan Maria Pinto, o dono do “Diário do Grande ABC”. O empresário teria chantageado Lula, José Dirceu e Gilberto Carvalho ameaçando contar o que sabia sobre a morte de Celso Daniel. Suspeitava-se que teria recebido R$ 6 milhões para ficar calado. Sérgio Moro o condenou a cinco anos de prisão por lavagem de dinheiro.

Observamos que o vírus da corrupção, engendrado no berço do egoísmo humano está espalhado por todos os lugares do globo e por todas as épocas. Não é uma ideologia também engendrada pelo homem, portador do egoísmo e do vírus, que irá transformar a sociedade corrupta em todos os ângulos. Somente as lições do Mestre Jesus, devidamente absorvida por quem tiver interesse, limpando o coração do egoísmo desenfreado e praticando o amor incondicional é que pode trazer essa transformação social. A questão é: como trazer essa reforma íntima que deve ser operada inicialmente por cada um, para o ambiente da coletividade, da nação? Parece que nesse ponto de extrapolação do individual para o coletivo é que o homem se torna mais frágil, inclusive sob a influência do poder, e o egoísmo passa a ser mais ativo e a corrupção se manifestar, atropelando qualquer princípio de justiça e ética que encontre pela frente.

Publicado por Sióstio de Lapa
em 10/01/2019 às 02h01
 
09/01/2019 02h12
MÍDIA E BOLSONARO

            Estou digitando as falas de um vídeo que circula nas redes sociais e que tentam destruir o potencial que Bolsonaro representa para a presidência da República em 2018.

            “O Bolsonaro não vai ter nem 1%, hoje ele está mais ou menos com 4% das pesquisas, mas a gente vai chegar em 2018 e Bolsonaro vai ter 1%”.

            “Bolsonaro é evidentemente uma piada, para se tornar presidente da República, só faltava essa. É evidente que isso vai desidratar.”

            “Ele perde para todos os candidatos mais influentes.”

            “Por causa do temperamento, eu já falei sobre isso, ele desidrata por falta de condições políticas, por falta de partidos, de capilaridade, de base, não se ganha eleição em rede social. Quando a campanha começar pra valer, quando a máquina de moer do sistema começar a girar, a máquina do estado, ele vai ser moído. Não tenho dúvidas disso!”

            “Urgente! Deu no IBOPE. Bolsonaro é o candidato mais rejeitado e não ganha de ninguém no segundo turno. É isso mesmo, Bolsonaro perde para o PT no segundo turno!”

            “Bolsonaro perde para qualquer candidato. Essas candidaturas meio folclóricas não resistem ao segundo turno: Jânio Quadros, Paulo Maluf, isso não passa mais porque não conseguem maioria, só olhar a rejeição. A rejeição do Bolsonaro é enorme. Tudo que o PT quer é o Bolsonaro no segundo turno, porque é o passaporte para o PT voltar. Então você vota no Bolsonaro e elege o PT. O Bolsonaro não dá conta do PT, vai perder para o PT...”

            “ E por isso no segundo turno ele perde para todo mundo e só empata com a Marina. Quem leva é o Haddad. E aí, tem muito a ver com essa questão da democracia e do risco, do medo do resquício da ditadura, e tal.”

            “Nesse sábado foi o início da derrota do Jair Bolsonaro (Eles vão fazer barulho. Eles não passam de 30%. Podem fazer o barulho que eles quiserem, mas eles sabem que numa situação normal eles não ganham eleição nenhuma. Numa situação de confrontação normal eles simplesmente não ganham eleição. E esse é o problema, pois até com facadas eles não ganham a eleição. Vai ter outro tipo de expediente, sei lá, mais treze facadas e ele consegue chegar a 51%)”

            “A realidade é que as pessoas têm só um reflexo do que é o Bolsonaro. Eles estão começando a conhecer o Bolsonaro agora e o Bolsonaro já está começando a cair nas pesquisas. Aqui em São Paulo ele já caiu já.”

            “Também não acho que seja um candidato para vencer as eleições. Nem Lula nem Bolsonaro.”

            “Plenamente sozinho... mas nenhuma pessoa para dizer: boa Bolsonaro! Mas que triste.”

            “-Uma em cada cinco pessoas vai votar no Bolsonaro. -Você não conhece ninguém que vai votar no Bolsonaro?”

            “Eu acho que Bolsonaro não disputa, e se disputar não tem chance, porque na hora, sabe, as pessoas terão vergonha de dizer que vão votar numa pessoa tão reacionária.”

            “Manchetes de Jornais – Porque Bolsonaro não tem chances em 2018, por Adriano Oliveira. -Bolsonaro não é nome certo para segundo turno, diz pesquisador (cientista político em Harvard aposta na queda de Bolsonaro, vê Haddad cada vez mais competitivo e acredita em polarização PT x PSDB no segundo turno) -Bolsonaro será engolido pelos demais bem antes do início da campanha no rádio e na TV, onde terá espaço irrisório e não terá apoio sequer de um único partido grande. -Bolsonaro não tem condições de ganhar no segundo turno. -Alckmin diz que Bolsonaro não vai para o segundo turno das eleições. -Bolsonaro já está em queda, diz guru do DEM. -Porque Jair Bolsonaro provavelmente não irá para o segundo turno em 2018. -Bolsonaro bateu no teto e não tem forças para se eleger. -Porque Bolsonaro não será candidato à presidência. -Para cientista político, quem declara voto em Bolsonaro deve migrar para PSDB. -Bolsonaro “jamais terá base” para vencer eleição, afirma Tarso Genro. -Estudo da USP revela: Haddad tem 99,4% de chance de vencer.”

            “Vocês erraram, vocês estavam errados, a estratégia de vocês é uma merda, vocês não sabem nada, não conhecem a temperatura das ruas, não conhecem a população, não conhecem a história que está sendo vivida aqui.”

            “Quando eu vim prá cá de carro, eu vinha perguntando pra todo mundo que eu conhecia na rua em quem a pessoa ia votar, e uma coisa surpreendente: de dez pessoas, nove vão votar no Lula, hahahaha... uma vai votar no Bolsonaro!”

            “...Vai ser criado o outro lado. Eu não sei se esse outro lado vai repousar na figura do Bolsonaro, não se que tenha expressão nacional maior.”

            “Como é que uma pessoa vai compor maioria com indivíduos, ao invés de partidos? -O Bolsonaro é uma candidatura a ser condenada por todos os democratas brasileiros, seja eles de direita, esquerda, centro-esquerda... esse deve ser um ponto de unidade de todas as demais forças políticas do Brasil.”

            “Acho que o Bolsonaro é um tosco, uma tragédia pro país e fico muito triste em ver que 15, 20% do eleitorado cogita a votar numa pessoa dessa, mas acredito que ele tenha um teto, um teto que não vai permitir que ele seja uma ameaça aos valores republicanos, aos valores democráticos. Mas é sintoma que precisa ser considerado. Não podemos simplesmente negligenciá-lo e imaginar que porque ele não vai ganhar a eleição, ele não signifique alguma coisa. Ele não tem nenhuma visão estratégica da questão de segurança. Eu repito, a minha sensação é que ele tem um teto...”

            “Esse sonho seu de ser presidente vai ficar alimentado por uma turma de radicais, mas você nunca vai conseguir a maioria (ao fundo se lê: Entenda porque tantos odeiam Bolsonaro).”

            “Numa perspectiva real, o que vai acontecer, eu não imagino... -A candidatura dele vai esvaziar, ele não tem partido, ele tem uma série de pontas mal atadas no seu passado, tem um histórico muito complicado...”

            “Meu problema com Bolsonaro não é a força que ele tem e que vai usar para o mal, ele não é forte, é um candidato à presidência muito fraco.”

            “Esse maluquinho, Bolsonaro, ele vai diminuir, o cenário vai ser outro, provavelmente... ele vai ser candidato, tem direito.”

            “Ele sabe que não tem a possibilidade de ganhar um cargo executivo. Ele ganha, mas para um cargo executivo não. O Bolsonaro não ganha para prefeito, nem para governador, nem para presidente.”

            “Dificilmente você vai conseguir a maioria da população, você vai sonhar a vida inteira em ser presidente e não vai conseguir ser sequer prefeito de uma cidade pequena.”

            “Ele tem chance, sabia? -Tem nada, nada, é abaixo do ridículo, é patético...”

            “Chega a informação de que Jair Bolsonaro está eleito presidente da República. Parabéns ao presidente eleito. (fala do Jornal Nacional e por trás os números: Jair Bolsonaro, PSL, 55.205.640 votos, 55,54%; Fernando Haddad, PT, 41.193.523 votos, 44,46%)

            Podemos observar a avalanche de notícias e falas de pessoas capazes de influir na opinião pública, no sentido de desacreditar um candidato. Políticos, cientistas, artistas, todos colocando uma opinião com a máxima certeza, veiculados maciçamente pela mídia. Isso destruiria um candidato que tivesse sintonizado com as atitudes que o povo consciente rejeita. Os corruptos de todas as cores e ideologias foram descobertos e impugnados pela sociedade, pelo povo que encheu das ruas de diversas cidades brasileiras, pedindo a mudança de tanto roubo e punição dos culpados. Qualquer um que tivesse algum tipo de projeção política e sintonizasse com esse clamor das ruas, teria apoio do povo, como aconteceu com Bolsonaro. Os eminentes cientistas e demais comentaristas, devem estar hoje envergonhados de terem se passado por papel tão deplorável, de mentiroso ou de inocente útil.

            Fica a lição: não confiar numa determinada narrativa só porque alguém famoso a defende ou algum acadêmico, cientista a apoia. Procuremos fazer nossa própria pesquisa e avaliar o conteúdo psíquico de quem defende algo ou alguém.

           

 

Publicado por Sióstio de Lapa
em 09/01/2019 às 02h12
 
08/01/2019 02h01
ASSASSINO ECONÔMICO (03) - GUATEMALA, 1954

            Quando Árbenz virou presidente da Guatemala o país se encontrava sob o jugo da empresa Unitet Fruit. Grandes cooperações internacionais e Árbenz abraçava o seguinte discurso: “Queremos devolver a terra para as pessoas.” E assim que ele assumiu o poder ele estava implementando políticas que fariam exatamente isto, devolver o direito sobre a terra ao povo. A United Fruit não gostou muito disso, e então contratou uma empresa de relações públicas para realizar uma grande campanha nos EUA para convencer o país, o povo... os cidadãos dos EUA, a imprensa dos EUA e o Congresso dos EUA de que Árbenz era uma marionete soviética. Se permitissem que ele continuasse no poder, os soviéticos teriam uma vitória. Naquela época havia um grande temor na cabeça de todos, do terror vermelho, do terror comunista... Para encurtar a história, a partir dessa campanha de relações públicas surgiu um comprometimento da parte da CIA e dos militares de derrubar esse homem. E de fato conseguimos! Enviamos aviões, enviamos soldados, enviamos chacais, enviamos tudo que podíamos para derrubá-lo. E conseguimos. Assim que ele deixou seu gabinete o sujeito que o sucedeu, basicamente devolveu tudo para as grandes corporações internacionais incluindo a United Fruit.

            Observamos aqui uma disputa focal quanto a um produto: frutos da terra. Um país que produz através de seus cidadãos e cujo suor não é suficiente para viverem com dignidade. Mais do que justo que o líder dessas pessoas lute pelo resgate de suas dignidades exigindo o preço justo por seus produtos. Pagar mais por esses produtos implica na empresa que faz a intermediação diminuir seus lucros ou aumentar o preço no mercado consumidor. A outra opção é retirar esse líder de cena e colocar outro que mantenha o status quo de antes. Essa foi a decisão da empresa intermediária, e para isso jogou parte dos seus lucros dentro da mídia do mercado consumidor para destruir a reputação de quem ameaçava seus lucros. Não colocava para esse mercado a real situação do que acontecia. O povo, inclusive seus líderes, terminavam absorvendo essas informações trazidas pela campanha de difamação e o caminho para a destituição do líder rebelde estaria sendo tomado. Aqui entra um ingrediente da mais alta importância para nós que queremos usar nosso senso crítico dentro da justiça, dentro dos princípios cristãos. O poder que a mídia possui em formar a opinião pública e que essa direcionada por falsas narrativas termina trazendo prejuízos ao redor em benefício das elites que a patrocinaram. É importante que o povo tenha um sentido crítico afiado, que tenha acesso à verdade dos fatos, para que possa se manifestar a contento, como vimos acontecer aqui no Brasil na atual eleição de presidente. Colocarei em seguida a transcrição de um vídeo que está sendo divulgado nas redes sociais abordando essa questão, que a força da mídia levando falsas narrativas, não consegue se impor a população que tem conhecimento dos fatos e decide pelo caminho mais apropriado.

Publicado por Sióstio de Lapa
em 08/01/2019 às 02h01
 
07/01/2019 02h01
ASSASSINO ECONÔMICO (02) – IRAN 1953

            Continuação da entrevista com o economista John Perkins.

            A introdução do assassino econômico começou mesmo no começo dos anos 50 quando Dr. Mohammad Mossadegh, escolhido democraticamente, foi eleito no Irã... Ele era considerado “A Esperança da Democracia” no Oriente médio ou do mundo. Ele foi o Homem do Ano da revista Time. Porém... uma das questões que ele trazia e queria implementar era a ideia de que as petroleiras internacionais deveriam pagar muito mais ao povo iraniano pelo petróleo que estavam retirando do Irã e de que o povo iraniano deveria se beneficiar do seu próprio petróleo. “Política estranha?” Claro que não gostamos disso, mas tivemos medo de fazer o que estávamos fazendo, que era enviar os militares. Em vez disso, enviamos um agente da CIA, Kermit Roosevelt, parente de Teddy Roosevelt, e com alguns milhões de dólares, ele mostrou-se muito eficiente e em pouco tempo Mossadegh foi deposto e substituído pelo Xá do Irã que sempre foi favorável ao petróleo, e isso funcionou muito bem.

            REVOLTA NO IRÃ – Noticiário (Bombas explodem perto do Irã, um oficial do exército anuncia que Mossadegh se rendeu e seu regime como ditador virtual do Irã acabou. Fotos do Xá são exibidas pelas ruas à medida que os sentimentos mudam. O Xá é bem-vindo em seu lar.)

Aqui nos Estados Unidos, em Washington, as pessoas olharam aquilo e disseram “uau, aquilo foi fácil e barato!” Então se estabeleceu um modo novo de manipular países, de criar impérios. O único problema de Kermit é que ele era um agente da CIA identificado e se ele tivesse sido pego, as implicações poderiam ter sido muito sérias. Então naquele momento, tomou-se a decisão de usar consultores privados para canalizar o dinheiro através do Banco Mundial ou uma das outras agências de treinar pessoas como eu, que trabalham para empresas privadas. Assim, se fôssemos pegos, não haveria consequências governamentais

Essa é uma engenharia que precisamos avaliar com cuidado. Os EUA capitaneou essas operações de compra por um preço baixo o petróleo que é útil não só para os EUA e sim para os países do ocidente, cujo aumento de preço termina por aumentar o custo de vida da população. Olhando por este prisma, é uma ação positiva para nós, moradores desse lado do mundo. Os EUA estariam protagonizando algo positivo para todos nós. A intenção de Mossadegh de beneficiar o seu povo passava pelo prejuízo causado a um maior número de pessoas? A sua população estaria prejudicada pelo preço baixo do petróleo ou por uma má distribuição de renda? Fenômeno esse que pode acontecer tanto lá quanto cá? O movimento promovido pelo EUA de retirar tal pensamento do poder não seria de manter o status quo que se aplica em todo o mundo? O desvio de recursos financeiros para grupos mais fortes e que mantem subjugados a maioria da população, trabalhando essa para manter o fluxo das mordomias das elites e tentando sobreviver no limite da sua força? Isso justifica a inteligência das elites desenvolver estratégia como “assassino econômico” para preservar seus interesses. Nós, povão, iremos nos rastros dessa caminhada, sem desenvolver uma estratégia que nos retire desse destino: ser escravo das elites. Somente a aplicação na prática das lições do Mestre Jesus, trazendo a reforma íntima para os nossos corações, livrando-os do egoísmo, é que sairemos dessa situação, construiremos a família universal, sem necessidade desses conflitos em busca de hegemonia, e consequentemente, construindo o reino de Deus além dos nossos corações.

Publicado por Sióstio de Lapa
em 07/01/2019 às 02h01
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