Sióstio de Lapa
Pensamentos e Sentimentos
Meu Diário
06/09/2017 01h21
CGH – AULA 02 – A EXTENSÃO DE NÓS MESMOS (PARTE 3)

            Não existe queda ou pecado, erro ou mal. Mas nós criamos a culpa, o remorso, a punição. Existem duas coisas no Universo: vitória e aprendizado. O inferno ou o umbral é o resultado do nosso sentimento de culpa e não da punição divina.

            Há uma diferença entre a lei divina, que tudo cobra para tudo dar certo e o Evangelho que representa a misericórdia. Então, a lei é a Justiça e o Evangelho a misericórdia. A lei diz, faz! Te ordena. O Evangelho diz, está feito, estou fazendo o que posso. Olhe a diferença. A Lei te cobra, o Evangelho te liberta. Posso dizer, estou fazendo, mas não estou pronto ainda. Então a Justiça vem, e se te encontra trabalhando, vai dando oportunidade para você se recompor. Então, queda, pecado, erro ou mal, isso foi invenção da religião, porque, sem o pecado, sem o erro e sem o mal, não tem porque existir religião no mundo. Certa feita eu estava numa cidade na Europa, passeando, depois de um período de trabalho em Portugal, e eu vi uma frase na cidade de Salamanca, que era de um bar: “O doce sabor do pecado”. Assim que você entrava tinha outra mensagem escrita: “A força do pecado é que sustenta religião”. Se você acabar com o pecado da gula, você não vai dar sustento para religião. Portanto, peque para que os religiosos existam. É uma filosofia deles lá, mas eu estou só trazendo isso para falar o que? O que dá força para existir todo esse clero, essa hierarquia? O pecado. Mas, no universo isso não existe. Existe só vitória e aprendizado. Não existe erro ou acerto, pecado ou virtude. Nós traduzimos isso no nosso linguajar porque no estágio atual aonde nos encontramos, muita gente, muitas comunidades ainda se sentem necessitadas de alguém para ditar normas, de uma lei que impinja, que ela possa ser respeitada, de uma lei que se alguém a desrespeitar, seja punido. Muita gente sai do erro com medo do inferno e da punição. Veja o que ocorre na maior parte das igrejas neopentecostais. Por que elas estão cheias? Porque a força do Diabo é muito grande. Fala-se muito mais no inferno, no Diabo, no Inimigo, do que em Deus, do que na vivência cristã e tudo que é positivo. E, por medo, pela religião do medo, isso faz com que as pessoas saiam do pecado. Mas é um grupo de pessoas que promovem isso, mas o universo não é dessa forma. Nós não precisamos sofrer para pagar. A única moeda de troca no universo chama-se Amor. Nós estamos, ou em aprendizado ou em estágio de vitória.  Nós criamos a culpa, o remorso. E toda a culpa produz a autopunição. Significa que eu vou forjar o meu ambiente externo de acordo com as minhas crenças, de acordo com o meu mundo interno. Eu posso estar sentado aqui, eu posso estar gravando aqui junto com a equipe técnica, posso estar no Inferno, e posso estar no Céu, embora o ambiente seja o mesmo. Porque o que determina isso é a minha culpa, o meu remorso que produz punição, a minha crença, que eu estou errado, que eu sou pecador e que eu mereço sofrer. E aí não tem quem vá convencer o contrário, porque você formatou a sua mente, o corpo mental superior fica formatado num processo que se chama de auto hipnose ou monoideísmo, ideia fixa, uma ideia gravitante, negativa, que se fixa e o corpo mental registra isso de maneira que você só veja em torno de si a desgraça, a dor e o sofrimento. E isso é o que determina o estágio de sofrimento no umbral. Muitas vezes não é o que você fez, mas o que você acredita a partir do que você fez. O inferno ou umbral é apenas o resultado do nosso sentimento de culpa e não da punição divina, porque não existe essa punição. Acho que a maioria de vocês já sabem isso, mas talvez não tenham pensado tão detalhadamente. Por que nós precisamos muito de terapia? Muita gente diz: eu não preciso de terapia, de terapeuta, porque eu já vou assistir ao Evangelho. Vai assistir o Evangelho escrito por espíritos que eram ex-católicos, interpretado por dirigente espíritas mal resolvidos, que não tem conhecimento de Bíblia, não tem conhecimento de evangelho, não sabe como a doutrina espírita foi feita, não sabe os objetivos de Kardec, e interpretam para te prender dentro do Centro. Precisamos de terapia, sim, até para entender a nossa relação espiritual com os mentores, com os obsessores... Esses dias eu tive ajuda imensa de um obsessor. Ele veio falar certas verdades comigo. Doeram durante cinco minutos, depois eu comecei a dar razão a ele e anotei tudo. Não é que o desgraçado tem razão? Meu mentor não ia falar isso comigo, iria passar a mão na cabeça. Ai eu passei a ser amigo dele. Ele ficou com raiva de mim, porque eu não fiquei com raiva dele. “Você não vai achar ruim isso não?” Não! Você tem razão! ... Você só está me ajudando fazer a revisão de minha vida, e me ajudou. O confronto com ele foram duas horas e meia de bate-papo, de conversa ácida. Mas eu falo assim, obsessor não precisa inventar, ele fala a verdade. Na verdade ele amplifica a coisa, mas ele não inventa. Então, eu peguei aquilo ali que ele trouxe para mim, e reformei uma série de coisas na minha vida a partir do que ele falou. Porque as minhas crenças anteriores, eu suponha que estavam equivocadas. As vezes a gente precisa ouvir isso, foi um processo terapêutico e isso foi determinante para mudar a minha atitude.

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em 06/09/2017 às 01h21
 
05/09/2017 18h36
CGH – AULA 02 – SOMBRA E UMBRAL (PARTE 2)

            A sombra nossa de cada dia. Por que sofrer? Por que ir para o umbral? O que é sombra? O que é umbral?

            O que é o reino das sombras? O reino das sombras começa dentro de nós. Existe uma passagem do Evangelho em que Jesus diz que o Reino de Deus está dentro de nós, mas também o inferno está dentro de nós. Depende muito da sintonia que nós tivermos. Que sintonia eu tenho agora? Eu posso estar oscilando entre uma situação e outra. Quando a gente fala do reino das sombras ou da nossa sombra de cada dia, vem à tona um pensamento, um questionamento. Por que sofrer? O sofrimento é algo imposto para você? É resultado de uma escolha? Essa dor pode estar inserida no contexto do universo como elemento reparador para forçar a criatura sair do caos e vir à ordem? Voltar do caos para a disciplina. O que você acha? Nós temos um mecanismo universal cheio de regulagens que foram colocadas pela providência divina, pelas mentes cósmicas, os Cristos Cósmicos que dominam o universo, as ilhas siderais, as galáxias, as constelações, etc. Existem mecanismos de regulagem do Universo, e o mais próximo de nós no contexto humano, chama-se dor. Mas a pergunta não é somente pela dor humana. Quando se fala em sofrer, por que o espírito sofre após o desencarne? O que gera o sofrimento? O sofrimento é gerado pelas suas atitudes, pelos seus atos, pelos seus pecados, pelos seus desvios. O sofrimento é gerado pelos seus defeitos morais. E aí vem uma pergunta logo após essa: aqueles que são resgatados do umbral, das trevas, das situações aflitivas, qualquer o nome que se queira dar; aqueles que são resgatados das trevas para as regiões de luz... foram resgatados por que? Por que mereceram? Por que fizeram por merecer? Nós precisamos entender esse mecanismo até para nos defender daqueles que nos perseguem no plano invisível. Obsessor comum, magos negros... por que ir para o umbral? O próprio Cristo ao desencarnar desceu às regiões inferiores. Nenhum de nós escapará de passar pelo umbral. Primeiramente, porque aqui onde estamos já é o umbral, o umbral médio, não é o umbral denso. Se você sair do corpo numa viagem astral, você já está no umbral; você desencarna, você já está no umbral; você está encarnado, você está no umbral. Umbral significa pórtico de entrada para o plano extrafísico. Por que se sofre no umbral? Porque fez coisas erradas, roubou, matou, etc. por que são resgatados? Por que mereceram? Se fizeram isso tudo, eles não mereceram. Ninguém na Terra tem capacidade de merecer do universo recompensas. Existe outro mecanismo que nós queremos estudar e que talvez vocês não tenham percebido ainda. Merecimento é coisa de católico mal resolvido. Chico Xavier falava que espiritismo é religião de católico fracassado. É preciso ir para o umbral, não de passagem, mas para estagiar em processos dolorosos. Isso está associado à culpa da pessoa. Nem tanto ao ato praticado, mas a culpa que foi gerada, a interpretação que ela deu aquele ato. Tem um trecho no Livro dos Espíritos que foi indagado ao Espírito Verdade sobre o suicídio e a resposta é que depende da intenção da pessoa que fez aquele mal. Não quer dizer que toda vez a pessoa vai pagar o erro que cometeu, mas tem uma coisa, a intenção. Tem outro elemento, culpa, remorso... esses três, a intenção, a culpa e o remorso, formatam imediatamente o ambiente em torno de nós. Mesmo que o ato não tenha sido tão grave, ou que tenha sido. As vezes você cometeu uma ato que é comum no processo de aprendizado, mas a sua formação espiritual te faz sentir culpado por aquilo. Se você desencarna, não tem alma iluminada que possa te ajudar, porque o teu remorso e a tua culpa, determinam imediatamente a transformação da ambiência em torno de você. O mundo extrafísico é extremamente plástico, sensível, hipersensível aos nossos pensamentos, emoções, mas sobretudo, ele é sensível às nossas crenças. Então, crenças que são negativas, limitadoras, limitam também a sua felicidade, o seu estado de satisfação do outro lado. Em geral, elas criam a culpa, criam a limitação e impedem que você possa ver um palmo além de você. Vejamos o caso do espírito André Luiz, que desencarnou sentindo-se culpado pelo tipo de vida que ele tinha. Mas que nem os espíritos de Nosso Lar achavam tão grave assim, pois era comum à época dele certos comportamentos. Então, ele foi auxiliado muito de perto por Fabrício, pela mãe dele, por outros espíritos, mas ele não os via, pois estava preso na culpa e remorso. Um deles é relativo à empregada doméstica da casa dele, que ele havia tido um relacionamento íntimo com ela, e ela suicidou depois disso. E esse remorso e culpa ficou na cabeça dele, além de outras coisas também. Se ela c[suicidou, foi porque ela quis, ela era adulta, embora ele pudesse ter alguma participação. Ela não era criança, ela não foi induzida por ele ao suicídio, mas ele se sentiu responsável, peça principal disso tudo, e veio o remorso, a dor, veio tudo e forjou o ambiente umbralinos em torno dele por mais de 8 anos. Então, para você ir para o umbral longamente nessas regiões de sofrimento, é porque você é possuidor de culpas, de situações mal resolvidas, de emoções conturbadas, que você não as enfrentou. Portanto, é melhor para nós enfrenta-las agora, resolvermos na caminhada, fazer uma imersão em nós para conhecermos e descobrirmos que nós não estamos aqui para sermos perfeitos, estamos para fazermos bem feito dentro da capacidade de cada um.

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em 05/09/2017 às 18h36
 
04/09/2017 01h33
CGH – AULA 02 – ENTENDENDO AS SOMBRAS INTERIORES PARA COMPREENDER AS SOMBRAS EXTERIORES (PARTE 1)

            Nesta continuação irei falar através das palavras em itálico, deixarei o professor falar com as palavras normais, e procurarei iniciar cada parte da aula com o material que ele apresentar na tela, com letras em negrito. Nesta primeira aula não é necessário colocar as palavras da tela iniciando a parte, pois é a mesma frase do título.

            Foi falado das políticas das sombras e das políticas humanas. Vamos entender o porquê do umbral, porque das sombras externas, porque do mundo astral exterior. Após isso iremos penetrar na estrutura organizacional das sombras, tanto dentro de nós, como ela funciona, como fora de nós. Para isso temos que entender a diferença de plano material, plano astral, plano espiritual, e por aí afora, pois são muitos conceitos completamente diferentes e ao mesmo tempo confundidos no nosso meio. Não tem como ser abordado sobre dragões, magos negros, principados, poderes, virtudes, potestades das trevas se não for situado nesse contexto, entendendo a origem dessas sombras. Nós precisamos aprofundar. No início logo do livro “Legião”, o espírito Ângelo Inácio nos diz que se nós não entendermos as sombras interiores não teremos condições de estudar as sombras externas. E por que estudar as sombras externas? Porque falamos que estamos numa experiência de guerra espiritual, basta qualquer pessoa dar uma olhada no que ocorre no mundo hoje e nós veremos que tem alguma coisa acontecendo nos bastidores da história humana que está detonando o processo que todos vivenciamos em todos os países da humanidade. Recentemente uma pessoa do colegiado da Bélgica foi procurada por um dos representantes de determinado país da Europa. Permitam não citar o nome por questões éticas. E esse representante perguntou assim: o que está acontecendo? Existe alguma força por trás dos acontecimentos? Parece que nós perdemos o controle de tudo. E ela falou assim: eu tenho a resposta e posso falar com você. Marcou uma reunião e daí viraram 11 reuniões. Isso se deu na Europa, recentemente, e essa pessoa que nunca havia ouvido falar de espíritos, de espiritualidade, ficou preocupada com alguma coisa à mais ocorrendo nos bastidores da vida. Mas precisamos entender que essas sombras externas, elas começam em nós. Ficamos com temor de estudar o reino das sombras, mas se estamos em guerra temos que entender as armas do inimigo, a natureza do inimigo, a geografia do local onde o inimigo está transitando; temos que ter um mapa, uma representação da realidade. O mapa não é a realidade, mas o que vamos fazer agora é o estudo do mapa, bem superficial porque eu vou detalhar cada vez mais. Este estudo vai se desdobrar em três outros estudos daqui para a frente, com muitos detalhes. Mas agora é uma introdução ao tema, desse mapa, dessa geografia do plano extrafísico. Entendendo como funciona esse mapa, nós vamos entender onde cada grupo de atividade que combate os princípios do Bem estão vinculados. Sabendo disso, eu posso compartilhar com vocês algumas outras coisas. Que arma utilizar para cada caso, para cada grupo, para cada ocasião que a gente se defrontar com essa turma. Devemos nos conscientizar que estamos no trabalho do Cristo e ele é o grande general dessa milícia celeste, pela implantação do Reino de Deus, da política de Deus aqui na Terra.

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em 04/09/2017 às 01h33
 
03/09/2017 06h35
JOSÉ GROSSO

            Seguindo o mesmo foco de descobrir a história dos dois espíritos citados na primeira aula do Colegiado dos Guardiões da Humanidade, encontrei na internet o site http://www.oconsolador.com.br/ano6/272/estenio_negreiros.html que aborda a questão.

            JOSÉ GROSSO, UM BANDOLEIRO DO BEM.

            No ano de 1932, o estado do Ceará foi açoitado por uma das piores secas de sua tão sofrida e heroica história. Não bastassem as convulsões causadas pelas transformações políticas e sociais vividas por nosso país, o nordeste brasileiro se horrorizava com as estripulias de Virgulino Ferreira da Silva, o Lampião, figura que assombrou os sertões nordestinos durante cerca de 20 anos com sua guerra de vinditas contra “aqueles que nele estreparam os espinhos da injustiça”, até 1938, ano de sua morte. Sua ação foi extensiva à grande área dos sertões de sete estados: Alagoas, Bahia, Ceará, Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Norte e Sergipe.

            Possuidor de veia poética, compôs aquele celerado o seguinte sinistro soneto enaltecendo suas qualidades de cangaceiro e poeta: “Meu rifle atira cantando / Em compasso assustador / Faz gosto brigar comigo / Porque sou bom cantador. / Enquanto o rifle trabalha / Minha voz longe se espalha / Zombando do próprio horror!” Também é de sua lavra a composição “Mulher Rendeira”, posteriormente imortalizada na voz do cantor Luiz Gonzaga, o Rei do Baião.

            Coadjuvado por homens de caracteres semelhantes ao seu, Lampião e seu bando cumpriram uma infeliz sina em sua pungente romagem terrena. Ficaram famosos também os seus companheiros de infortúnio: Antônio e Livino (seus irmãos), Antônio Matilde, Luís e José Fragoso, Antônio do Gelo, Meia-Noite, Gato, Ioiô, Luís Pedro, André Sipaúba, Corró, Muriçoca, Sabiá, Chá Preto, Corneteiro, entre outros.

            No ano de 1896, num lugarejo pobre, próximo do Crato, hoje próspera cidade do estado do Ceará, nascia José da Silva, que posteriormente viria a ser conhecido por José Grosso, filho de Jerônimo e Francisca, pais de outros oito filhos. Começa aqui a teia do destino que vai ligar José Grosso a Virgulino.

            Como dissemos acima, o ano de 1932 registrou uma das piores estiagens que assolaram o estado do Ceará. Essa ocorrência climática e suas terríveis consequências vieram juntar-se ao fenômeno do cangaceirismo, fruto das condições sociais vigentes. Pelo sertão espalhava-se a fama de Lampião com sua figura romanesca associada à do herói que tira dos ricos para dar aos pobres, um Robin Hood das caatingas nordestinas.

            Isso empolgou muito o ânimo de José Grosso que, em seu íntimo, sonhava, como de resto todos os sertanejos nordestinos, com uma terra de paz, sem fome e com justiça amparando também os pobres e os fracos. Animado por esses anseios, vai integrar o grupo de Lampião, por ocasião de sua passagem pela região de Orós, hoje um município do estado do Ceará.

            Por não concordar com as atitudes criminosas do bando, que feriam seus princípios de homem justo e bom, decidiu adotar uma perigosa atitude que mais tarde lhe traria graves consequências.

            Sem intenção de delatar aquele bando às autoridades policiais, passou a alertar com antecedência às populações das cidades que Lampião tencionava invadir, impedindo assim, que muitas pessoas viessem a ser violentadas ou assassinadas, na onda da fúria insana do cangaceiro e seus sequazes.

            Denunciado por alcaguetes, foi levado à presença de Virgulino. Julgado e condenado pelo júri pessoal do bandoleiro, teve seus olhos perfurados à faca, como represália pela traição cometida.

            Cego, foi abandonado, ficando perdido e sozinho, vagando desorientado naquelas solitárias e espinhentas brenhas sertanejas.

            Não demorou muito e foi acometido de infecção generalizada causada pela mutilação que lhe fizera Lampião, motivando sua desencarnação, no ano de 1936, aos quarenta anos de idade.

            Dizem que o espírito José Grosso se comunica em muitos Centros Espíritas espalhados Brasil afora.

            Entidade amiga, dotada de bons sentimentos, reencarnou diversas vezes na Terra. Exerceu poder e autoridade na antiga Germânia (Alemanha), quando então tinha o nome de Johannes, homem rígido, disciplinado e místico, tendo desencarnado por volta do ano de 751. Renasceu também na Holanda, onde exerceu o alto cargo de Adido Diplomático, convivendo, dessa forma, com a alta classe daquele país e também com a corte de Francisco I, rei de França.    

            Logo que desencarnou no Brasil, em 1936, foi recebido na Espiritualidade pelos Espíritos Sheilla e Joseph Gleber, os quais mantiveram laços com ele quando de sua romagem terrena na Germânia.

            Em 1949, ano de suas primeiras manifestações, conduzido que foi ao Centro Espírita André Luiz, no Rio de Janeiro, pelos Espíritos acima citados, dizia “ser uma folha caída dos ventos do Norte”.

            Entre os médiuns por meio dos quais se comunicava, destaca-se Peixotinho (Francisco Peixoto Lins). Extraordinário médium de efeitos físicos, notabilizado pelas materializações luminosas. Nascido na cidade de Pacatuba, Ceará, em 1º de fevereiro de 1905 e citado na obra Materializações Luminosas de Rafael Ranieri.

            Sua caminhada no plano espiritual recebeu também a orientação do Espírito Glacus. Tem-se a informação de que o Espírito José Grosso ainda hoje coopera nas reuniões de efeitos físicos em vários centros espíritas e que se dedica atualmente a trabalhos na Fraternidade Espírita Irmão Glacus.

            Ombreando com Peixotinho e Bezerra de Meneses, este cognominado por muitos como “O Allan Kardec Brasileiro”, José Grosso integra as hostes espirituais onde provavelmente transitam outros Espíritos Benfazejos que viveram no sofrido mas abençoado Estado do Ceará, Terra da Luz!

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em 03/09/2017 às 06h35
 
02/09/2017 20h08
PALMINHA

            Nos estudos do colegiado de Guardiões da Humanidade, encontrei a citação de dois espíritos que eu não conhecia, José Grosso e Palminha, que pertenceram ao bando de Lampião. Como desenvolveram um trabalho positivo, mesmo estando dentro de um grupo tão agressivo e destruidor, procurei mais informações sobre eles. Encontrei no site https://divulgandoadoutrinaespirita.wordpress.com/2015/06/04/palminha-espirito-uma-breve-biografia/, o seguinte texto:

            Palminha (espírito), uma breve biografia.

            4 de junho de 2015 por José Márcio de Almeida

            Relato ditado, através da audição, pelo espírito de José Grosso ao médium Ênio Wendling.

            Viemos de longe, de passadas eras e vamos falar sobre nosso irmão, chamado carinhosamente de Palminha (nome dado ao espírito que, quando se manifestava em reuniões de efeitos físicos, batia palmas). Hoje nessa altura de sua caminhada espiritual, deseja firmemente desempenhar, como vem fazendo, a tarefa de fraternidade, sob a égide de Jesus. Busquemos reportar marcantes épocas da vida desse querido amigo. Reafirmamos que viemos de longe.

            Vislumbramos os tempos dos Vedas (os Vedas formam a base do extenso sistema de escrituras sagradas do hinduísmo, que representam a mais antiga literatura de qualquer língua indo-europeia). Os grandes templos de Amon (erguidos à margem do rio Nilo, do lado oposto à cidade de Tebas). As colunas formidáveis da cidade de Soma (subúrbio de Memphis), sob a areia do deserto do antigo Egito.

            Identificamos, ainda, o nosso irmão Palminha em Tebas e Memphis (cidades do antigo Egito). Consta que após algumas encarnações de mandos e desmandos, reencarnou-se como escravo núbio (provavelmente da Núbia, região situada no vale do rio Nilo que atualmente é partilhada pelo Egito e pelo Sudão, onde, na antiguidade, desenvolveu o que se pensa ser a mais antiga civilização da África), vivendo por pouco tempo nessa condição, pois devido à circunstâncias que desconhecemos tornou-se senhor. Podemos percebê-lo descansando nos alpendres dos jardins de grande palácio, nas tardes solarentas e cálidas de verão, às margens do Nilo. Como senhor, mercadejou escravos e não demonstrou nenhum sentimento fraterno para com eles, esquecendo-se de que já fora um deles.

            Habitou, também, os templos de Carnac (uma comuna francesa na região administrativa da Bretanha, no departamento Morbihan.

            Viveu em áreas longínquas na China. Conviveu com os Persas (uma das mais expressivas civilizações da antiguidade; a Pérsia situava-se a leste da Mesopotâmia, num extenso planalto onde hoje corresponde ao Irã, localizado entre o golfo Pérsico e o mar Cáspio).

            Nosso Palminha viveu na época do cristianismo em Roma. Suas idas ao circo romano o empolgaram bastante. Segundo Charles Baudelaire, “a multidão sanguinolenta reunia-se no vasto circo de Roma. O Coliseu regurgitava ao murmúrio sinistro de patrícios e plebeus que buscavam, na dor dos desgraçados, o prazer e o tumulto”.

            Vivendo em Roma, Palminha conheceu e se identificou com muitos cristãos. Ouviu-os falarem de Jesus.

            Muitos deles estão reencarnados e vivendo no Brasil de hoje.

            Naquela época, alguns fizeram parte dos quinhentos da Galiléia.

            Viveu e ajudou a destruir os templos de Heliópolis (uma das cidades mais importantes do ponto de vista religioso e político do antigo Egito; situa-se a cerca de dez quilômetros a noroeste da atual cidade do Cairo), incendiando-os.

            Conviveu no palácio do Califa de Samira, sendo um dos seus familiares.

            Renasceu na Pérsia, reviu a Índia, mas desejava, nesse tempo, algo mais da vida.

            Seus sentimentos começaram a mudar. Conviveu com amigos e com a turba dos que gostavam de anarquia e destruição, pois seu passado falava muito forte, ainda, em seu espírito.

            Viveu numa aldeia em Simiansqui, ao norte do império chinês. Participou das ordens de Gengis Khan.

            Estreitou laços com os afins.

            Teve reencarnações na Tartária (nome utilizado por europeus desde a idade média até o século XX para designar uma grande extensão de território da Ásia central e setentrional que se estendia do mar Cáspio e das montanhas Urais até o oceano Pacífico, habitado pelos povos turcomanos e mongóis do império Mongol, geneticamente chamados de tártaros; o território conhecido por este nome abrange as regiões atuais da Sibéria, Turquestão (com exceção do Turquestão Oriental), Grande Mongólia, Manchúria e, por vezes, o Tibete). Após essa existência viveu nos Balcãs (região sudeste da Europa que engloba a Albânia, Bósnia e Herzegovina, Bulgária, Grécia, Macedônia, Montenegro, Sérvia, o autoproclamado independente Kosovo, a porção da Turquia no continente europeu (a Trácia), bem como, algumas vezes, Croácia, Romênia, Eslovênia e a Áustria) e reencontrou um espírito muito querido na Germânia (na época romana, era uma vasta região identificada pelos romanos como o território que se estendia do rio Reno às florestas e estepes do que hoje é a Rússia): o nosso José Grosso.

            Pertenceu também ao grupo dos seguidores de Alarico VIII (oitavo rei dos visigodos, um povo bárbaro-germânico oriundo do leste europeu).

            Após esse período, Palminha desejou ardentemente modificações mais profundas em seu espírito.

            Vieram então reencarnações mais suaves, tranquilas e religiosas na França, Espanha e Brasil.

            Nos dias de hoje, sua identificação espiritual com os companheiros encarnados é grande.

            Quer ser lembrado somente como Palminha.

            Seus objetivos se encontram no apostolado do bem, na simplicidade consciente e responsável do espírito que deseja valorizar o atual momento em que estamos vivendo, pois são marcos decisórios para a sua evolução e a de todos nós.

            Em sucessivas reencarnações, nosso irmão Palminha experimentou derrotas, conquistas e sofrimentos atrozes. Mas, hoje, considera o momento um oásis de bênçãos na tarefa junto aos companheiros espíritas do Brasil e da Fraternidade.

            Não podemos deixar de citar a encarnação de Palminha no Brasil como Antônio da Silva, um dos nove filhos do casal Gerônimo e Francisca, e irmão de José da Silva – José Grosso. Pertenceu, também, a um dos bandos da época, na década de trinta, no nordeste.

            Desencarnou com ferimentos, quando do cerco policial nas imediações da cidade de Floriano, no Piauí.

            Consta que tentava fugir quando foi alvejado.

            Correu sem perceber que seu corpo ficara para trás. Voltou e constatou que “havia desencarnado”.

            Não é sabido quanto tempo levou até ser amparado pelos espíritos de Joseph, Sheilla e José Grosso.

            Com o passar do tempo, foi convocado a cooperar nas reuniões do grupo Scheilla, em Belo Horizonte. Também junto ao médium Peixotinho, na década de 1940, no Grupo Espírita André Luiz, no Rio de Janeiro.

            (Junto ao médium Jairo Avellar ditou os livros Babili, a libertação do povo judeu na Babilônia pelo imperador Ciro II, abrindo os caminhos para a vinda de Jesus; e tudo pode esperar, mas existe um tempo certo para tudo! E presentemente tem comparecido às reuniões do Grupo Mediúnico Maria de Nazaré, da Casa de Caridade Herdeiros de Jesus, em Belo Horizonte).

            Observação: os textos entre parênteses foram incluídos por José Márcio de Almeida.

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em 02/09/2017 às 20h08
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