Sióstio de Lapa
Pensamentos e Sentimentos
Meu Diário
01/11/2019 15h28
ORAÇÃO NOVEMBRO 2019

            Pai, sinto cada vez mais o quanto estamos mergulhados em dores e sofrimentos neste planeta de provas e expiações. O egoísmo campeia pelas mentes sofisticadas, a ignorância é a tônica da massa que tenta sobreviver, pensando que tudo termina com a morte.

            Vejo o meu país sucateado por uma quadrilha que se apossou do poder; a justiça tenta prender e recuperar parte dos bens surrupiados, mas os beneficiados pelas iniquidades não conseguem ver o crime cometido, se envolvem em falsas narrativas que tendem a dominar o cenário do debate.

            Somente o Cristo pode nos levar por caminhos da vida, com a verdade na frente, atropelando toda a mentira que surja, tanto à direita quanto à esquerda.

            Sei que esta é a Tua vontade, Pai, que reneguemos a mentira, estratégia do mal. Sei que Tua vontade é ordem para quem Te reconhece como Pai.

            Sei que enviastes o Cristo para ser o nosso pastor, para nos conduzir nessas estradas sombrias cheias de iniquidades, onde o nosso irmão não reconhece o Senhor como Pai comum e se comporta como um animal predador, bestial, destrutivo. Muitas vezes para nos salvar temos que o destruir.

            Cada vez mais, Pai, tenho clareza da Tua vontade, do caminho a seguir. Cada vez mais assumo tarefas, aumenta a responsabilidade. O lazer fica cada vez mais raro, os compromissos com Tua vontade cada vez mais amplos.

            Vejo a trilha da Família cada vez se alargando, da nuclear para a ampliada e daí para a universal. Vejo que intuitivamente Tu me colocaste nessa trilha, construí os alicerces sem nem ao menos saber que era isso que Tu querias. Certamente minha memória já tinha registrado no inconsciente essa responsabilidade. Tenho vários focos de família que se mantém agregados à minha personalidade, apesar dos muitos preconceitos e barreiras que surgem, mas com a energia do amor elas são dissipadas, mesmo que permaneçam as ruinas a atrapalhar nossos passos.

            Mas a mensagem está se consolidando na matéria, com os aliados que Tu me envia, reconheço, com as energias do amor de toda a natureza, mas todas subordinadas ao amor incondicional.

            Sei que a carcaça biológica começa a entrar em declínio, mas a consciência espiritual começa a ficar mais forte e gerencia com mais competência os diversos interesses que surgem no entorno.

            Sim, Pai, estou com a consciência tranquila que sigo fazendo a Tua vontade, mesmo que seja em muitas ocasiões com pouca competência. Mas isso é devido ainda a minha inferioridade espiritual, que sei será resolvido com o tempo e o trabalho bem direcionado.

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em 01/11/2019 às 15h28
 
31/10/2019 23h59
IDEOLOGIA DE GÊNERO – DIVALDO FRANCO

            A ideologia de gênero defendida pelos partidos de esquerda, foi criticada pelo maior expoente da doutrina espirita no Brasil e provavelmente no mundo, o médium Divaldo Franco. Vejamos o que ele disse quando provocado num programa de auditório.

            - Qual é a pergunta que você tem para o baiano mais querido?

- O que dizer sobre a ideologia de gênero?

- Obrigado pelo pinga-fogo. Eu diria em frase muito breve que é o momento de alucinação psicológica da sociedade. Em uma entrevista que recomendamos, do centro espírita Joana de Angelis da Barra da Tijuca, que entrevistou nosso Haroldo a esse respeito e as respostas como as perguntas muito bem elaboradas, propiciaram Haroldo abordar a questão do ponto de vista legal e moral, espírita e social. Vale a pena, portanto, procurar na internet esse encontro com Haroldo Dutra. 

‘Haroldo diz em síntese, e eu peço licença a ele, que se trata de um momento muito grave da cultura social da terra e que naturalmente é algo que devemos examinar em profundidade. Mesmo porque nós vamos olhar a criança graças à sua anatomia como sendo o tipo ideal. E a criança nesse período não tem discernimento sobre o sexo. A tese é profundamente comunista e ela foi lançada por Marx sobre outras condições. Que a melhor maneira de se manter um povo não é escraviza-lo  economicamente, é escraviza-lo moralmente. 

‘Como nós vemos através de vários recursos que sem sido aplicados no Brasil nos últimos 9  a 10 anos em que o poder central tem feito todo esforço para tornar-se patrão de uma sociedade em plena miséria econômica e moral porque os exemplos de algumas dessas personalidades são tão aviltante e tão agressivo que se constituíram legais e por lei nunca morais. 

‘Todas essas manifestações que estamos vendo, são graças à república de Curitiba cujo presidente, o doutor Moro, e deve-se o desnudar da hipocrisia e da criminalidade. Aliás, o evangelho recomenda que não devemos provocar o escândalo e o nosso venerando juiz não provocou escândalo, atendeu a uma denúncia muito singela e no entanto levantou o véu que ocultava crimes hediondos, profundos desvios de dinheiro que poderia acabar no Brasil. Quando penso nas enfermidades que vem atacando recentemente, que poderia educar toda a população e dar o que a nossa constituição exige: trabalho, repouso, dignidade, cidadania. Mas, determinados comportamentos de alguns do passado, são muito próximos para estabelecer o marxismo disfarçado e à corrupção sob qualquer aspecto, como princípio ético. 

‘A teoria de gênero é para criar na criança, no futuro cidadão, a ausência de qualquer princípio moral. Uma criança não sabe discernir, somente têm curiosidade. No mesmo banheiro, um menino e uma menina vão se olhar biologicamente, sorrindo, e perguntar o de que se tratava aquele aparelho genérico que é desconhecido. Então nós devemos repudiar de imediato e apelar para aqueles em quem nós votamos, que somos responsáveis e gritar para ele que somos contra, totalmente contra essa imoralidade. 

Como adultos espíritas, somos muito omissos no nome falso, na capa da humildade. Achamos que tudo está bem mas, nem tudo está bem. É necessário que nós tenhamos voz. O apóstolo Paulo jamais silenciou o crime, a imoralidade. Com Jesus muito menos. Ele deu a certeza que era de paz, mas não deixou de dar a Deus o que é de Deus. 

Com muitas aberrações nós silenciamos, afinal, disfarçadamente, vivemos numa República Democrática e os nossos representantes lá chegam pelo nosso voto. Já está na hora de acabar com isso, para votar por uma pessoa apta. Já está na hora de não votar por causa do emprego que se vai dar ao nosso filho. Devemos pensar na comunidade, uma comunidade justa, onde não faltará emprego para todos. Uma sociedade justa de homens de bem, de mulheres dignas. 

Naturalmente se estabelecerá as leis de justiça e de equidade. Então nós poderemos evitar essas aberrações, um aborto provocado, esse crime hediondo que está sendo tentado tornar-se legal, por mais que seja legal nunca será moral. Não somos contra quem aborta por esta ou aquela razão, falamos em tese, matar é crime, seja qual for a pálida justificativa. E agora com a tese de gênero, estamos ficando indiferentes e de um momento para outro, pela madrugada, os nossos dignos representantes adotam falácias, a respeito de cartilhas do ministério da educação, depravadas, para corromper as crianças. Por isso as escolas estão devolvendo ao ministério da educação. Os pais devem vigiar os livros de seus filhos e naturalmente recusarem. Nós temos o direito de recusar, nós temos o dever de recusar. Victor Hugo já nos falava que um grande pecado é a omissão. Kardec nos falou que não era nobre apenas não fazer o mal por que não fazer o bem é um crime muito grande. Então precisamos ser mais audaciosos, espíritas definidos, ter na sua opinião o que a doutrina nos ensina. Para os jovens, o direito é uma ética libertadora; poderemos exercer o sexo, é uma função do corpo e também na alma, mas com respeito e com a presença do amor, portanto a ideologia de gênero jamais.

            Pode ter havido troca de algumas palavras durante a transcrição, porém essa é a essência do pensamento e ao qual nós nos associamos. 

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em 31/10/2019 às 23h59
 
30/10/2019 23h59
COMO UMA DEUSA – ROSANA

            Senti a vontade de interpretar a letra de uma canção, “O amor e o poder (The Power of Love), ou “Como uma deusa” de Rosanah Fienngo. Vejamos.

A música na sombra,

O ritmo no ar

Um animal que ronda

No véu do luar

            Evocação do amor romântico, como sempre acontece com as letras das músicas populares brasileiras. Cita a música como o pano de fundo do que vai acontecer, ela está na sombra, no ar, como um animal que ronda o que vai acontecer. Mas a cena romântica está preparada com a participação alcoviteira do luar. 

Eu saio dos seus olhos

Eu rolo pelo chão

Feito um amor que queima

Magia negra

Sedução

            Bela imagem de um amor platônico. A pessoa sente o olhar romântico que a atinge, um amor que não lhe deixa indiferente, que mesmo fugindo a esse olhar permanece sentindo seus efeitos com muita intensidade, que não consegue se livrar, mesmo rolando pelo chão sente o calor das labaredas. Está sendo queimada por esse fogo invisível que parece magia negra. Mas reconhece que é uma sedução que como magia negra a está deixando tão afetada. Melhor seria dizer Magia Branca, pois traz nela o bem, não o mal.

Como uma deusa

Você me mantém

E as coisas que você me diz

Me levam além

            Aqui a pessoa se identifica como mulher. Aquele olhar de sedução que funciona como magia, queimando o seu corpo, despertando seus desejos, funciona como a ação de um crente frente á sua deusa. É nesta posição que o enamorado a mantém, como uma deusa. As coisas que ele diz para ela conduzem a sua alma para espaços paradisíacos, inesperados, inesquecíveis.

Aqui nesse lugar

Não há rainha ou rei

Há uma mulher e um homem

Trocando sonhos fora da lei

            Por um instante ela foge desse sonho de realeza e tem a consciência que onde estão não há espaço para rainha ou rei, ou vassalo, súdito. O que existe é um homem e uma mulher trocando sonhos, com olhares e palavras de sentido embutido. Por que embutido? Porque são sonhos de romance fora da lei, que não podem ser explícitos. Eles existem na imaginação de cada um e que nem ao menos podem ser confessados de um para o outro. Ambos podem estar construindo um sonho que já nasce preso pelos padrões culturais, sob a vigilância carcereira da consciência, de não fazer o mal a ninguém, principalmente quem se quer bem.

Como uma deusa

Você me mantém

E as coisas que você me diz

Me levam além

            Mas como é boa a sensação de divindade. Mesmo sabendo da realidade em que vive, se permite viver esse sonho de deusa, pois afinal o que o sonho não manifestado pode fazer de mal? Os enamorados nessa plataforma platônica curtem o sonho cada um á sua maneira. Ela é a deusa, ele é o devoto. 

Tão perto das lendas,

Tão longe do fim

A fim de dividir

No fundo do prazer

O amor e o poder

            Ela sente que vive na intimidade um mundo de fantasia, mas com um pé dentro da realidade. Vive a construção de uma lenda que está longe de ter fim, pois cada vez mais se fortalece a sensação de prazer. Tem a intuição de que este sonho é dividido e que ela é a fonte desse poder que evocou a força do amor romântico, que provoca a magia a sedução, toda energia capaz de construir deusas e realezas.

A música na sombra

O ritmo no ar

Um animal que ronda

No véu do luar

Tão perto das lendas,

Tão longe do fim

A fim…

            Ela continua ouvindo a música sedutora nas sombras dos padrões culturais em que vive. Mas o ritmo do amor imprimido pelo olhar continua fortemente no ar. Tudo conspira a favor: a luz do luar, mesmo não sendo possível aproveitá-la integralmente dentro do romance; a construção de uma lenda que talvez um dia possa vir á lume; e a perspectiva de durabilidade dessa experiência que se fortalece a cada dia pela força energética do amor romântico e supervisão do amor incondicional.

Publicado por Sióstio de Lapa
em 30/10/2019 às 23h59
 
29/10/2019 00h28
INSENSIBILIDADE SOCIAL

            Dentro de nossa alma existe a centelha divina que mesmo adormecida pelos instintos da natureza animal sempre tem o potencial de brilhar com menor ou maior força, dependendo da pessoa e das circunstâncias. 

            Vou relatar o caso que encontrei no livro “Francisco Julião – Uma Biografia”, de Cláudio Aguiar. 

            Francisco Julião, parlamentar do Partido Socialista Brasileiro (PSB), denunciava com coragem os crimes cometidos contra os camponeses que se associavam ás Ligas Camponesas.

            Dias depois, por causa de um incidente entre um senhor de terras e a família de camponeses que acabaram de se associar á Liga Camponesa, a polícia, comandada por um sargento, invadiu o sítio do velho Mata, que nenhuma relação ele tinha com o caso.  

            A segunda parte dessa tragédia foi denunciada no Plenário da Assembleia Legislativa de Pernambuco, sob o choro e pesada emoção da mãe dos filhos sacrificados, dona Maria Mata, que se encontrava nas galerias, pois Julião costumava levar os camponeses agredidos pela polícia ou pelos capangas para serem vistos na Assembleia, pela imprensa e pelo público presente.

            Este é o relato do Julião.

            A polícia entra pelo oitão, viola a camarinha, joga os trastes de pernas para o ar, quebra os potes e as panelas de barro a coronhadas, criva as portas e as paredes de balas de fuzil, interroga, aterroriza, espanca, mata as crias miúdas do terreiro. Vai além. Agarra um dos filhos do velho Manuel, passa-lhe pela cintura um laço de corda de agave e o prende á traseira do jipe, que se põe em marcha. A velha mãe de Manuel, neta de índio, de caboclo do mato, paciente, estoica, habituada ao sofrimento, precipita-se atrás do filho, pede, grita, implora, tenta segurá-lo, mas nunca o alcança, porque o jipe aumenta a marcha cada vez mais, até que ela perde as forças e se deixa ficar de joelhos com as mãos para o alto clamando pela Virgem. Manuel tem de aumentar o passo, de correr, de pular, equilibrando-se para não cair, mas, finalmente, cai, e é arrastado por cima de pau e pedra. A roupa se rasga, a pele se esfola, o sangue começa a minar das pernas dos braços, do peito, da cara, mas da sua garganta não sai uma palavra, nem se ouve um gemido. Nada. O sargento, o cabo e o soldado se divertem com a carreira, os saltos e tombos de Manuel, que não resiste mais e perde os sentidos. Não passa agora, de uma posta de sangue, que rola desgovernada por baixo da poeira que o jipe vai levantando pelo caminho afora. Três quilômetros durou o suplício de Manuel. Um soldado, a mando do sargento, cortou de facão a corda e o jipe disparou para a cidade. A missão fora cumprida. Quem iria queixar-se ao delegado se o delegado era o sargento? Veio o velho Mata com os filhos e levaram Manuel numa rede para casa.

            Quando voltou a si estava deitado num leito de folhas verdes de bananeira e trazia as feridas curadas com leite de mangará, que estanca rapidamente o sangue. Mas daí por diante Manuel deixara de ser o mesmo homem. Sararam as feridas e enfermou-se da mente. Mais uma denúncia. Mais um inquérito. O retrato do velho Mata e da família na imprensa. Como sempre, a crônica policial, que é a página social do camponês. E tudo acaba em nada.

            Pela primeira vez tenho diante de mim a velha Maria Mata, como um bronze vivo, que diz tudo pelos olhos e quase nada pela boca. Manuel, porém, não viu nascer o sétimo filho que tomou o seu nome. A Liga levantou para ele uma casa noutras terras. Mas no dia que teve a família agasalhada, foi até o local que dava para a estrada, onde a Liga se reúne, sentou-se, tomou a peixeira e, de repente, abriu a barriga de um lado para o outro, tirou de dentro os intestinos e cortou em pedaços que atirava para longe, até cair sem dar um gemido. Conduzido ás pressas para um hospital, o coração de Manuel deixou de bater na sala de cirurgia (Julião, 1975: 166-167).

            Como ficar insensível a uma situação dessa? Quem está se beneficiando dessa condição macabra de tão perversa? São essas circunstâncias que fizeram eu defender as bandeiras políticas das esquerdas, na minha fase de adolescente e adulto jovem, até agora a maturidade. Uma situação que merece a luta em defesa da dignidade humana, mas o passo seguinte não podemos observar com tanta clareza. Os movimentos socialistas/comunistas conquistam o poder com base nessa luta, muitas vezes com revoluções regadas a muito sangue, e se tornam mais sanguinários que os regimes anteriores.Por isso, conhecendo melhor a realidade, resolvi me tornar um soldado do Cristo, um cidadão do Reino dos Céus, onde não há corrupção ou genocídio na liderança do Cristo.

Publicado por Sióstio de Lapa
em 29/10/2019 às 00h28
 
28/10/2019 03h09
CAIXA PRETA

            O livro de Roberto Shinyashiki, “A Carícia Essencial”, traz importantes elucubrações sobre uma forma de fazer terapia. Começa citando Eric Berne, um psiquiatra canadense que desenvolveu o conceito de strokes, que significa carícia, toque, estímulo e reconhecimento.  

            A introdução feita pelo psiquiatra José Ângelo Gaiarsa, afirma que “é preciso começar a trocar carícias, a proporcionar prazer, a fazer com o outro todas as coisas boas que a gente tem vontade de fazer e não faz, porque ‘não fica bem’ mostrar bons sentimentos”.

            A citação de Sigmund Freud coloca mais ênfase na forma de fazer terapia com mais afeto, pois diz que ele ajudou a atrapalhar mostrando o quanto nós escondemos de ruim. Porém, não é só coisas ruins que colocamos dentro da chamada Caixa Preta. Também escondemos dentro dela o que é bom em nós, a ternura, o encantamento, a alegria, o romantismo, a poesia, sobretudo o brincar com o outro.

            Por que tudo tem que ser tão sério, respeitável, comedido, contido, fúnebre, chato, restritivo? Por que o desejo, mesmo tendo sintonia com o Amor Incondicional deva ser reprimido? Até porque o desejo tem a ver com o sideral, com as estrelas. Seguir o desejo é seguir a estrela, estar orientado, saber para onde se vai, conhecer a direção.

            A gama de preconceitos em nossa cultura não deve impedir de tomarmos a direção correta, seguir o desejo compatível com o Amor Incondicional, principalmente em terapia, quando o outro que está ao meu lado merece ter todos os recursos, os mais apropriados para a melhora de sua condição afetada. 

            Nesse contexto, o medo é nosso maior inimigo, pois o outro está sempre observando atentamente tudo que fazemos e que não pode sofrer desvios do padrão cultural estabelecido. Assim, criamos mentalmente uma prisão sem grades para o nosso comportamento. Vivemos sob vigilância mútua, todos contra todos, observando, criticando, comentando.

            Quem tem coragem e quebra essas algemas mentais e faz o que dita a sua consciência, logo vai para a fogueira moderna queimar nas labaredas da maledicência até voltar a ser pequenos, insignificantes, imperceptíveis, uma espécie de normopatia. 

            O corajoso que assume abrir sua Caixa Preta e assumir qualquer conduta que não se afasta do Amor Incondicional, pode ser considerado um iluminado, apesar de todos o considerar um louco delirante que faz tudo diferente de todos. Interessante é que fazendo assim, o corajoso mostra um alto senso de dignidade humana, o que faz ele se tornar insuportável para todos os outros, que são indignos. 

            Amar ao próximo deixa de ser um idealismo místico de alguns poucos espiritualistas honestos. Iremos observar que a união na sintonia do Amor nos transfere sua força. Iremos, afinal, construir o Reino de Deus, recuperando nossos irmãos com afetos em primeiro plano.

Publicado por Sióstio de Lapa
em 28/10/2019 às 03h09
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