Hoje é o dia dos pais. Sinto-me bastante orgulhoso de estar dentro desta data como pai, não por minha ainda pequena expressão na vida, mas por estar na companhia do próprio Deus, o Pai de todos os seres, de todos o Universos.
Na expressão de Emanuel, pensando em Deus, se pensa igualmente nos homens, nossos irmãos. Devemos nos deter de modo especial, na simpatia e no amparo em favor daqueles que se fizeram pais ou tutores.
As mães são sempre revelações angélicas de ternura, junto aos sonhos de cada filho, mas é preciso não esquecer que os pais também amam... Esse perdeu a juventude carregando as responsabilidades do lar; aquele se entregou a pesados sacrifícios, apagando a si mesmo, para que os filhos se titulassem com brilho na cultura terrestre; outros se escravizaram a filhinhos doentes; muitos foram banidos do refúgio doméstico, às vezes, pelos próprios descendentes, exilados que se acham em recantos de imaginário repouso, por trazerem a cabeça branca por fora, e, em muitas ocasiões, alquebrados por dentro, sob a carga de lembranças difíceis que conservam em relação aos infortúnios que atravessaram para que a família sobrevivesse; e, ainda outros renunciaram à felicidade própria, a fim de se converterem nos guardiães da alegria e da segurança de filhos alheios!...
Compadece-te de nossos irmãos, os homens, que não vacilaram em abraçar amargos compromissos, a benefícios daqueles que lhes receberam os dons da vida. Ainda mesmo aqueles que se transviaram ou enlouqueceram, sob a delinquência, na maioria dos casos, nos merecem respeitoso apreço pelas nobres intenções que os fizeram cair.
Algumas vezes as intenções não são tão nobres, pois desviam dinheiro do coletivo, do pão das mesas de milhares de pais, para concentrar nos bolsos dos seus filhos, como aconteceu no governo de Lula, mesmo que na aparência tentasse enganar esses mesmos pais com tantas bolsas e benefícios, arrasando com as finanças de uma nação.
Essa ação paterna de beneficiar o filho com o ilícito, não pode ser considerada uma ação nobre, pois causa um crime de duas faces: uma corresponde a enorme prejuízo causado aos outros pais, e a outra ao ensino errado que transmite ao filho, como se fazer algo ilícito fosse saudável.
A vida comunitária, na Terra de hoje, instituiu datas de homenagens às profissões e pessoas. Lembrando isso, reconhecemos que, o Dia das Mães é o Dia do Amor, mas reconhecemos também que o Dia dos Pais é o Dia de Deus
O relacionamento interpessoal no presente da humanidade ainda é dominado pelos interesses do Ego. Daí surgem as frustrações, desequilíbrios, dissimulações, fixações na aparência corporal, fuga da realidade espiritual, insegurança, falta de identificação com os valores espirituais e queda nas armadilhas que o próprio Ego engendra. O ciúme é o mais claro sintoma do desejo de posse do Ego.
Existe um verdadeiro baile de máscara dentro dos relacionamentos humanos, com as condutas inconsequentes, o triunfo pela fantasia, o sucesso pela bajulação, a imitação do absurdo, o distanciamento da realidade, o esquecimento do dever, a perda da compreensão do real, a deterioração da escala de valores, o desrespeito por si e a perda da auto estima. Tem uma lição de vida que diz assim: Bendito aquele que: admira, mas não inveja; segue, mas não imita; elogia, mas não bajula; e lidera, mas não manipula.
Porém, quando o Self (energia emanada do espírito), passa a predominar sobre o Ego (energia emanada do corpo), então vamos observar que passa a evitar o jogo das personalidades e o sofrimento que disso resulta. Se evita negar a verdade, recusar o auto encontro, ou fugir dos valores espirituais. É nesse ponto que se observa o auto burilamento conduzido pelo Self sob a energia espiritual.
Existe uma história que fala de uma sala de aula com alguns alunos que ouviam lições sábias de um velho professor. Porém, um a um os alunos foram abandonando a sala, e ficou apenas um aluno. O professor então disse para ele que iria fechar a sala de aulas, pois não existia interesse, apenas um aluno permanecia matriculado. O professor estava decidido a não dar mais aulas para somente um aluno. Mas este tanto insistiu que o professor autorizou que ele fosse em busca dos colegas para retornarem ao curso. Ele fez isso, sem êxito, porque nenhum daqueles alunos estavam dispostos a ajudar. Para tentar que o professor voltasse a dar aulas, ele conseguiu manequins no número de alunos que abandonaram o curso e levou-os para a aula. O professor admirado perguntou se pôr acaso ele não sabia que bonecos não entendem nada. O aluno respondeu que os bonecos não entendem, mas são semelhantes aqueles alunos, estavam na aula e não entendiam nada, por isso abandonaram o tesouro de sabedoria que estava sendo transmitido. O professor sensibilizado passou a dar a aula ao aluno rodeado de manequins. Isso é para mostrar que não devemos ser frios e indiferentes como os tijolos da sala frente ao conhecimento transmitido.
Os palcos sociais estão cheios de atores desempenhando dramas, tragédias e comédias, roteiros estes tão bem aproveitados na indústria cinematográfica ou nos estúdios de televisão, com filmes e novelas, respectivamente.
Devemos ter um caráter forte em busca da realidade, do auto descobrimento, do auto encontro, do comportamento real e de atitudes coerentes. Enfim, a carne só é fraca, quando o caráter não é forte.
Não podemos estar disfarçados sempre atrás de uma persona, desenvolvendo métodos equivocados, enganos neuróticos, fugas para o disfarce da fantasia, no uso sempre de uma máscara, de uma persona.
A conscientização da vida exige que identifiquemos os nossos objetivos, que usemos os estímulos ao nosso alcance, que busquemos autenticidade na construção e realização, que reconheçamos a transitoriedade do corpo, que conquistemos confiança no futuro, com o uso de ânimo, com coragem na luta. Afinal, a vida se renova conforme a nossa conscientização e ação.
A firmeza moral é importante para que não valorizemos em demasia as pequenas ocorrências, não dramatizar os insucessos aparentes, e poder rir de sim mesmo, enfrentando os obstáculos com otimismo. Lembremos da firmeza de caráter moral e espiritual de Daniel, que suportou toda sorte de castigos para não renegar a sua fé e o que Deus havia determinado para ele.
A psicoterapia cristã ajuda na nossa necessária terapia da esperança, ao afastar o personalismo, retirar a dissimulação, não pretender agredir ou chocar ninguém, ser íntegro e jovial, ter uma postura de pessoa frente a outra pessoa, e desenvolver sempre ao seu redor relacionamentos sociais saudáveis.
Na gênese profunda dos transtornos mentais vamos observar a hereditariedade como um dos principais fatores. Relacionado com problemas na transcrição do conteúdo genético, surgem erros como a Síndrome de Down, que a ciência não consegue curar. Também podemos observar alterações na química cerebral que pode ser causada por comportamentos inadequados, como uso de drogas lícitas (álcool) ou ilícitas (maconha), gerando dependência química e mutilação dos objetivos espirituais. As sequelas de doenças infecciosas também podem chegar a afetar o cérebro, como a raiva, doença infecciosa que pode se tornar letal quando chega a atingir o cérebro e alterar profundamente o comportamento. Os distúrbios psicossociais aparentemente não lesam o cérebro, mas podem causar tamanho estresse que geram atos de auto (suicídio) ou hetero-destruição (assassinato), como os conflitos conjugais, de separação ou traição. Finalmente, os traumatismos cranianos decorrentes de acidentes, principalmente de trânsito, que muitas vezes não são causados pela vítima, mas que podem lesar tão profundamente o cérebro que este pode permanecer em coma muito tempo, ou definitivamente.
Também não podemos deixar de considerar a fragilidade de personalidade, que favorece a desarmonização neurótica ou psicótica do indivíduo, com fixações negativas, Transtorno Obsessivo Compulsivo, Fobias e Depressão. O Transtorno da Personalidade Borderline pode mostrar com clareza essa fragilidade da personalidade que se mantém sobre a corda banda da normalidade x doença.
Quando passamos a investigar esses casos com a sonda da pesquisa, não devemos esquecer a conduta ancestral registrada nos atavismos inconscientes, as reencarnações passadas com a geração de responsabilidades a serem expiadas, o nível de evolução observada no indivíduo, que segue a trilha instinto-razão-intuição, os conhecimentos e sentimentos que estão armazenados na consciência, e, finalmente, qual o nível da marcha ascensional que a pessoa se encontra.
Não esquecer que a lei de Deus está impressa na consciência, que a sua violação vai gerar o automatismo corretivo para o devido ressarcimento dos prejuízos causados, e assim se constrói o patrimônio moral sobre o processo de recuperação. A reeducação que se obtém com os processos da reencarnação são fundamentais para essa finalidade.
Vamos observar que os mecanismos de reparação, fundamentais para nossa evolução espiritual, estão representados pela família apropriada onde fomos colocados, pelo mapa genético que ganhamos, pelos recursos orgânicos decorrentes, incluindo a participação efetiva de inúmeros neurotransmissores. Tudo isso capitaneado pela modelação do perispírito que é onde estão guardados todas as memórias necessárias para o devido ressarcimento do que é devido.
Depois de todo esse trabalho ter sido realizado, adquirimos o corpo necessário para orientar a conduta, no sentido de recuperar a saúde espiritual e evitar o agravamento da mazela cármica que adquirimos. As exceções que podemos observar ao trabalho consciente que o espírito deve fazer, é quando a expiação é tão grave que o psiquismo não pode funcionar dentro da lógica e coerência, como é o caso dos pacientes portadores de Retardo Mental, Autismo, ou doenças alienantes. A sociedade organizada e solidária é quem tem que fazer esforços para incluir essas pessoas.
Os mecanismos terapêuticos que devem ser usados, deve alcançar o ser real, o ser espiritual e não ficar focado apenas na correção de desvios biológicos da norma. A mudança de atitude interior e conduta mental são fundamentais para a renovação com prosseguimento de uma existência útil.
Nos transtornos psíquicos deve ser olhado de onde vem sua procedência, observar o Ser profundo, o comportamento das pessoas que foram vítimas ou dos seus cúmplices, que justificam o pensamento em desalinho, a consciência culpada, e os quadros obsessivos dentro dos diversos transtornos mentais.
O terapeuta não deve esquecer que as descargas mentais desarmônicas promove excesso ou diminuição de neurotransmissores, que podemos aliviar os efeitos sintomáticos com o uso dos psicofármacos, para diminuir a ação elevada da dopamina, com o haloperidol, ou aumentar a função diminuída da serotonina com a fluoxetina, por exemplo. Mas essa ação química e farmacológica com objetivos terapêuticos, jamais irá corrigir a causa básica que o originou. O encontro com as vítimas durante o sono pode ser trabalhado durante a vigília com a participação da pessoa comprometida num centro espírita que lhe oriente quanto a essa necessidade de compreensão do tipo de erro que foi feito e que merece correção. Muitas vezes a lembrança forte do sepultamento em outras vidas são motivos inconscientes para gerar fortes distúrbios psicológicos. A captação telepática das mensagens dos adversários, principalmente dos desencarnados, causam forte impacto emocional na consciência e que geralmente causam os sintomas obsessivos, a perda do controle e do direcionamento na vida.
A renovação interior é ação fundamental para promover a recuperação da pessoas dos seus transtornos psíquicos. Fazer o resgate dos erros admitidos pela consciência, a sintonia vibratória com as vítimas do passado numa atitude de humildade e reconciliação que envolve a virtude do perdão, e ter a ajuda tanto da ciência quanto do espiritismo para erradicar definitivamente o mal de nossas almas.
Abigail era a irmã de Jeziel, filhos de pais judeus, tementes à Deus, cumpridores da lei de Moisés. Seu pai, Jochedeb, havia sido flagelado e morto por reagir à injustiça de gestor romano. Seus filhos, Abigail e Jeziel, ficaram assim desgarrados e deserdados dos bens da família, pois esta se dissolveu. Abigail foi acolhida por outra família judia e Jeziel foi condenado a servir como escravo nas galés até a morte.
Como Jeziel teve oportunidade de tratar de um oficial romano que viajava e adoeceu em seu navio, com afeto e determinação, este jovem aristocrata da corte romana, logo que se recuperou, decidiu premiar os cuidados que recebera dando a liberdade a Jeziel. Para isso ele convenceu o capitão do navio a deixar Jeziel no primeiro porto que ancorassem e o escravo deveria descer para não mais voltar e que ele deveria assumir um novo nome para não ser descoberto a infração da lei romana que não podia ser desconsiderada por nenhum oficial.
Jeziel foi acolhido pelos homens do “Caminho”, instituição recente que estava tomando forma sob a liderança de Pedro e inspirada nas lições de Jesus. Jeziel adotou o nome de Estêvão, e logo que teve contato com o Evangelho do Cristo, percebeu toda a Verdade que ele continha e que sintonizava com o fundo da sua alma. Passou a estuda-lo profundamente e a divulga-lo na praça pública, mesmo correndo o risco de ser punido pelos sacerdotes do Templo, os mesmos que causaram a morte por crucificação, ordenada pelo procurador romano Pôncio Pilatos.
Foi isso que aconteceu, logo Estêvão estava sendo interrogado rispidamente por Saulo de Tarso, um jovem e arrogante doutor da lei, que sem saber namorava a irmã de Estêvão (Jeziel), Abigail. Mesmo que Saulo comentasse com a moça a ousadia de um jovem seguidor de Jesus, que colocava argumentos para o desautorizar frente a lógica divina e à multidão que ouvia, e que ele deveria ser punido. Abigail procurava ser conciliadora, pedindo ao namorado paciência e que a ajudasse a encontrar seu irmão Jeziel que fora condenado às galés. Saulo concordava em fazer todo esforço para encontrar o irmão da noiva, pedindo informações nos diversos portos por onde passavam navios conduzidos por escravos acorrentados nas galés.
Finalmente, Saulo chegou ao cúmulo de condenar Estêvão à morte pelo apedrejamento, onde ele mesmo participou. Somente nos momentos finais, nos estertores de Estêvão, é que Abigail reconheceu à distância que se tratava do seu irmão Jeziel. Correu até o moribundo, que de forma serena agradeceu a Deus ter reencontrado a irmã, perdoou ao impetuoso doutor da lei e reconhecendo nele um forte defensor de Deus, mesmo que equivocado, acatou a união de sua irmã com o seu algoz.
Após o grave estremecimento da relação entre os noivos devido a morte de Estêvão em tais circunstâncias, Saulo voltou a procurar Abigail depois de certo tempo, disposto a superar os preconceitos e a receber como esposa. Porém encontrou-a doente, profundamente debilitada fisicamente, mas fortalecida espiritualmente. Ela falou que sentiu muito a sua falta e que definhou de tanta saudade. Mas conheceu um velhinho respeitável de nome Ananias que lhe falou sobre Jesus, que lhe deu a conhecer as luzes sagradas da nova revelação. Desde esse momento, revelou, passou a compreender melhor o noivo e conhecer melhor a própria situação.
As palavras da noiva caiam-lhe no coração como gotas de fel. Nunca experimentara dor moral tão aguda. Verificando a sinceridade natural, o carinho doce daquelas confissões, sentia-se pungido de acerbos remorsos. Como pudera abandonar assim, a escolhida da sua alma, esquecendo-lhe a fidelidade e o amor? Onde encontrara tamanha dureza de espírito para esquecer deveres tão sagrados? Agora vinha encontra-la exânime, desiludida de realizar na Terra os sonhos da juventude. Além de tudo, o carpinteiro odiado parecia tomar-lhe o lugar no coração da noiva adorada. Naquele momento, não experimentava apenas o desejo de lhe arrasar a doutrina e os adeptos, mas sentia ciúmes dEle na alma caprichosa. De que poderes podia dispor o nazareno obscuro e martirizado na cruz, para conquistar os sentimentos mais puros da noiva carinhosa?
Abigail reunia as últimas forças para, paradoxalmente, tentar confortar o noivo: não chores, Saulo, a morte não é o fim de tudo. É preciso morrer para vivermos verdadeiramente. Jesus nos ensinou que a semente caindo na terra fica só, mas se morrer dá muitos frutos!... Não te rebeles contra os desígnios supremos que me arrebatam do teu convívio material! Se nos uníssemos pelo matrimônio, talvez tivéssemos muitas alegrias; teríamos um lar com os nossos filhos; mas destruindo nossas esperanças de uma felicidade passageira na Terra, Deus nos multiplica os sonhos generosos... Enquanto esperarmos a união indissolúvel, auxiliar-te-ei de onde estiver e te consagrarás ao Eterno, em esforços sublimes e redentores...
Saulo se mostrava surpreso com tamanha conscientização da vida espiritual... Quem te deu semelhantes ideias, perguntou o jovem cheio de angústia.
Esta noite, respondeu a jovem, depois que partiste, senti que alguém se aproximava enchendo o quarto de luz. Era Jeziel que vinha ver-me... Anunciou-me que Deus santificava os nossos propósitos de ventura, mas que eu seria leva ainda hoje à vida espiritual. Ensinou-me a quebrar o egoísmo de minha alma, encheu-me de bom ânimo e trouxe-me a grata nova de que Jesus ama-te muito, tem esperanças em ti!... Refleti, então, que seria útil entregar-me jubilosa às mãos da morte, pois, quem sabe, se ficasse no mundo não iria perturbar a missão que o Salvador te destinou... Jeziel afirmou que nós te ajudaremos de um plano mais alto! Por que, então, deixarei de ser tua companheira?... Seguirei teus passos no caminho. Levar-te-ei onde se encontrem nossos irmãos do mundo, em abandono; auxiliarei teus raciocínios a descobrir sempre a Verdade!... Ainda não aceitaste o Evangelho, mas Jesus é bom e terá algum meio de nos unir os pensamentos na verdadeira compreensão!...
O conhecimento dessa história me leva a refletir sobre o meu comportamento e compreensão da vontade de Deus. Saulo de Tarso também queria fazer a vontade de Deus, mesmo que de forma equivocada, no início. Penso algumas vezes se também não estou agindo de forma equivocada na construção da família universal, gerando tanto sofrimento ao meu redor. Mas a minha consciência não me acusa, todos sabem das minhas intenções, do meu comportamento, e se ficam perto de mim e geram expectativas que não podem ser realizadas, se não conseguem eliminar o egoísmo de seus corações, a culpa passa a não ser minha.
Abigail parece ser a porta-voz da verdade de Deus, superando os desejos que cada mulher possui, dos sonhos do casamento e viver ao lado do esposo. Reconhece que o companheirismo pode ser feito mesmo com a morte. Conseguiu quebrar o egoísmo de sua alma, aprendeu a Verdade que estava ao seu lado, se recolhe em seu destino e aceita a missão que o outro tem que realizar com abnegação.
Esta é a maior dificuldade que encontro, na missão que tenho na consciência e que tento passar às minhas parceiras, mas nenhuma, como Abigail, conseguiu absorver essa Verdade de forma tão magnífica como ela fez.
Parabéns, Paulo de Tarso, pela companheira que conseguistes encontrar, mesmo que Saulo não tivesse conhecimento da dimensão da Verdade que ela já possuía e tentava te iluminar.
Hoje deverá ser apresentado o projeto de apadrinhamento aos alunos da Praia do Meio dentro da plenária do Departamento de Medicina Clinica. Por esse motivo elaborei a carta abaixo para enviar ao e-mail de todos, para quem chegar a ler ter uma ideia melhor do que se trata.
Caros colegas, o Projeto Universitário Foco de Luz está atuando há dois anos na comunidade da Praia do Meio. Iniciou como uma convocação que alguns voluntários tiveram de fazer a vontade de Deus, combatendo a violência através da educação de crianças em bairros carentes. A primeira reunião aconteceu no Hospital Dr. João Machado onde foi escolhida a comunidade onde iríamos atuar. Foi escolhida a comunidade da Praia do Meio devido o Hospital Universitário está inserido dentro dela. Logo nas primeiras reuniões foi decidido pelos participantes que deveríamos atuar dentro das escolas e que devíamos construir uma associação de moradores para ter o contato mais próximo com a comunidade e suas demandas. Assim foi criada a Associação de Moradores e Amigos da Praia do Meio, AMA-PM, formada por voluntários do bairro ou de qualquer outra localidade de Natal ou de qualquer ponto do planeta, todos conscientes que as atividades a serem desenvolvidas têm o caráter evangélico, sem ligação político-partidária ou religiosa. Recebemos o apoio de qualquer pessoa, político ou não, religioso ou não, desde que queira contribuir para as ações preventivas dentro da comunidade.
Agora, com a proximidade do dia sete de setembro, foi observado que algumas crianças desejavam participar do desfile, mas seus pais não tinham como comprar o necessário. Dessa forma surgiu a ideia da criação de um projeto com o título “Apadrinhamento”, desde que o responsável pelo grupo de Curumins (crianças que aprendem de forma lúdica as habilidades e responsabilidades de característica militar), fizesse uma relação com dos interessados para apresentar aos prováveis padrinhos.
A primeira apresentação do projeto de Apadrinhamento foi planejada para ser feita dentro da plenária do Departamento de Medicina Clínica, na abertura do segundo semestre. Isto porque o projeto Foco de Luz foi criado dentro deste departamento e cuja sede de operações está situada dentro da sala da Chefia do Departamento, com a aprovação da nova chefia.
O projeto está citado como pertencente a Deus, pois esta é a compreensão de todos os membros, tanto do Projeto Foco de Luz, quanto da AMA-PM, que recebemos intuições para realizar trabalhos que visem com prioridade a harmonização da comunidade, a justiça social e principalmente a solidariedade fraterna entre todos. Compreendemos que a academia privilegia os argumentos materialistas no desenvolvimento das pesquisas e a aplicação do saber e da tecnologia no combate ao adoecer. Porém reconhecemos que a nossa ciência e tecnologia não conseguem prevenir o mal que ainda assola a humanidade, que os valores éticos não conseguem superar os valores egoístas de quem assume posições de mando na sociedade. Por esse motivo, voltamos nossa atenção e inteligência às lições que o Mestre Jesus nos trouxe à mando do Pai, para construirmos uma sociedade parecida com um Reino de Deus.
Dentro desse projeto existe a preocupação com a coerência de uma lição evangélica com a sua prática, e, portanto, esse apadrinhamento serve como mais uma pesquisa de campo para verificar se somos competentes em colocar na prática a vontade de Deus, assim como a entendemos.
Estamos prontos para as críticas que possam ser úteis ao aperfeiçoamento do projeto ou que nos tirem de algum desvio ético ou lógico que estejamos cometendo. O projeto pode ser acompanhado em sua evolução pelos boletins que regularmente iremos publicar no mural localizada da chefia do Departamento de Medicina Clínica.
Que o Poder Superior ilumine nossas consciências.