Tenho que fazer uma retrospectiva e limitar alguns campos de relacionamentos dentro do que eu entendo seja a família ampliada, dentro de uma perspectiva universal. Já tenho diversas pessoas que considero fazerem parte dessa família ampliada, com diversos núcleos e diversos focos. Mesmo que poucas pessoas que considero assim, não tenham essa compreensão, mesmo assim recebem os benefícios quando necessários e possíveis, da minha parte. Por conseguinte, elas se sentem gratificadas pelo meu modo de agir e tendem a se comportar com afeto e harmonia dentro do contexto do qual ainda não percebem a dimensão.
Hoje vou tentar organizar esses diversos núcleos e motivos, apesar de já ter feito algo semelhante neste mesmo espaço há pouco tempo. Porém, como devo preservar a intimidade de cada pessoa, não posso identificar aqui quem quer que seja, pois o meu compromisso de divulgar tudo o que eu faço, mesmo que me traga prejuízos morais por algo inadequado que eu faça, é eu com Deus. Por isso os textos em algumas ocasiões parecem estar aleatórios, sem a devida conexão uns com os outros. Isso pode se dar por essa necessidade de não identificar as pessoas que participam dessa família ampliada, conforme estar organizada em meus pensamentos. Por outro lado, existem ainda fortes pressões preconceituosas e instintivas que tendem levar o relacionamento para o lado romântico e da exclusividade dos relacionamentos, causando fortes resistências para a integração dessas pessoas. Não posso construir uma harmonia à força, tenho que ter paciência e mostrar sempre que for conveniente, a vantagem do amor incondicional e da inclusividade nos relacionamentos, e por outro lado a desvantagem do amor romântico e da exclusividade afetiva que ele provoca.
Vou colocar agora os campos afetivos que formam núcleos distintos e como estão dispostos na minha consciência. Deixarei esse trecho guardado em outro setor com maior acessibilidade e com o nome de cada um dos integrantes, para quando for necessário recorrer a ele para manter a consciência integrativa entre todos.
Núcleo Pessoal (NP) – Este é o núcleo que está mais próximo de mim, composto pelos meus parentes biológicos, ex-esposas, e companheiras mais próximas.
Núcleo Cidade Satélite (NCS) – Núcleo associado à minha primeira esposa e atual companheira de trabalho na espiritualidade.
Núcleo Areia Branca (NAB) – Núcleo associado à minha segunda esposa, que apesar de ter o laço parental, a ligação conjugal passou a ser a mais forte.
Núcleo Passa e Fica (NPF) – Núcleo associado a mãe da minha filha caçula e atual companheira de trabalho na profissão e na espiritualidade.
Núcleo Ceará Mirim (NCM) – Núcleo associado a minha companheira mais íntima que reside em Ceará Mirim, com ação na espiritualidade.
Núcleo Resquícios do Passado (NRP) – Núcleo associado as pessoas que por motivos e circunstâncias tiveram uma aproximação afetiva mais forte, potencialmente capazes de intimidade.
Núcleo Reconhecimento (NR) – Pessoas que fizeram algum benefício significativo em minha vida.
São esses sete grupos que são preenchidos com as pessoas que considero fazerem parte de minha família ampliada, mesmo que por algum motivo exista um distanciamento afetivo, e isso geralmente se dá pelo choque entre o amor romântico e o amor incondicional. Também existem pessoas que podem ser incluídas em mais de um grupo, mas eu considero naquele que a pessoa tem mais relevância.
Fica claro que eu, na condição de encarnado, não posso ficar em todos os núcleos ao mesmo tempo. Sempre existirá algum núcleo, alguma pessoa, que por um motivo ou outro terá a prioridade da minha presença, e isso é sempre determinado por Deus que coloca em minha consciência, por motivos afetivos ou racionais, a motivação para eu agir assim ou assado. Sei que isso pode provocar constrangimentos em outros núcleos, em outras pessoas, mas não posso desviar o meu foco de Deus e procurar atender as necessidades emocionais e materiais de qualquer pessoa. Isso me tornaria um terapeuta correndo para apagar incêndios aqui e ali com minha presença, mas deixaria de construir um relacionamento amplo onde todos tenham a consciência que devem se comportar com os princípios básicos do amor incondicional: a amizade, solidariedade, compaixão de uns com os outros, com a força da compreensão que todos são irmãos e fortalecidos dentro de uma teia de amor na qual eu represento momentaneamente o dínamo construtor e mantenedor.
Em 27-04-16, as 19h, na Escola Estadual Padre Monte, teve início mais uma reunião do Projeto Foco de Luz e AMA-PM, com a presença das seguintes pessoas: 01. Paulo; 02. Silvana; 03. Gabriel; 04. Maria Queiroz; 05. Luci; 06. Ana Paula; 07. Edinólia; 08. Emanuel; 09. Netinha; 10. Adriano; 11. Rosário; 12. Francisco Rodrigues; e 13. Francisco Chagas. Após a primeira meia hora de conversas aleatórias foi lido o texto evangélico com o título “Purificação Íntima” a partir de uma frase escrita por Tiago em 4:8. Logo após foi lida a ata da reunião passada que foi aprovada por todos os presentes sem correções. COMUNICAÇÕES: Maria Queiroz informa que houve problemas de brigas entre alunos e que deve ser marcada uma reunião com a presença do Conselho. Informa que a aluna interessada no Grêmio não veio à aula, mas que foi tirado o material necessário para a sua criação da internet. Diz que na próxima semana será marcada a reunião com os professores onde a AMA-PM e Projeto Foco de Luz devem estar presentes e colocar a natureza do trabalho que pretendem realizar na Escola. Paulo informa que fez ofícios para a Urbana e para a Caern – ASBAM, sobre o esgoto à céu aberto próximo da Escola. Também fala do pedido de paradas para a comunidade. Diz também da importância de ser mantida pelo menos uma reunião dentro da comunidade da Praia do Meio, e ficou acertado que seria na última quarta feira de cada mês, para ser festejado os aniversariantes desse mês. Nivaldo ressalta a importância de ser mantida a limpeza que se alcançou, mesmo que ainda seja pequena. Manu de Olinda, que veio pela primeira vez, diz que toca na noite, que irá trazer cartões informando os locais, e solicita carteira de acesso ao Hospital Universitário pela Rua do Motor para atender seu parente que necessita desse acesso. Ficou de ser encaminhado o seu pedido para o Hospital providenciar essa carteira. Adriano, advogado que está empenhado em resolver a questão do CNPJ necessita dos livros que registraram as eleições e atas, e que não estão sendo encontrados. Também coloca a sua proposta de prestar serviços de orientação jurídica na comunidade, às pessoas que seja sócias ou não, nas dependências da Escola Padre Monte, nas quartas feiras, no horário de 17 as 19h. Edinólia e Netinha colocam a proposta de ser organizada a festa junina, mas como o espaço da reunião é insuficiente, ficou aceita a proposta delas virem na segunda feira pela manhã a escola e se reunirem com Maria Queiroz para elaborarem um projeto e apresentarem na próxima reunião. Rosário informa que conseguiu o patrocínio para instalar uma TV a cabo na escola, infelizmente não foi possível a sua colocação por que a TV que havia foi roubada. Devido a isso ela faz uma reflexão que atuar no pedagógico não vai ser possível nesse estágio inicial e que deve se concentrar num trabalho mais superficial, com a participação do Grêmio Estudantil e da Escola de Pais. Ficou acertado que ela compareceria junto com os membros da AMA-PM, da Academia Pré-militar e dos Curumins, que tenham disponibilidade, na próxima reunião de pais. As 20h30m a reunião foi encerrada e Adriano fez a condução da oração do Pai Nosso. Posamos para a foto coletiva e saboreamos a degustação feita pela escola.
Costumo ouvir nas segundas feiras um programa popular chamado “A procura da felicidade” onde o ouvinte manda sua história, geralmente afetiva, relacionamentos entre homens e mulheres que entram em conflito, e a pessoa que ouvir a história, da audiência do rádio, pode dar sua dar a sua opinião para aquela pessoa poder decidir a sua vida.
Acho interessante, pois os ouvintes participam ativamente, com toda a paixão, colocando a forma de pensar de cada um dentro do caso. Fiquei pensando, eu posso também fazer uma carta e enviar para o programa, não que eu esteja à procura da felicidade, acho que eu vivo dentro de uma boa cota de bem estar, e isso para mim é uma felicidade suficiente.
Então vou elaborar aqui um resumo da minha vida para ouvir o que essa audiência dessa rádio tem a dizer a respeito.
“Caro comunicador.
Venho colocar aqui o resumo da minha vida para ouvir da sua audiência se eu estou correto ou não com as minhas decisões. Hoje estou com 63 anos. Sempre fui um jovem sonhador, pensava em casar e viver para sempre com a minha esposa, fiel a um compromisso de amor eterno, com exclusividade. Após cerca de 7 anos de casados, já tendo três filhos, passei a ser assediado no trabalho por uma garota que queria sair comigo, mesmo sabendo que eu era casado, amava minha esposa e não tinha intensão de deixa-la por ninguém, nem trair a sua confiança na minha fidelidade. Acontece que as constantes investidas dessa garota terminaram por acender também o meu desejo. Já pensava que não era nada demais sair com ela para namorar, fazer o sexo que desejávamos, se ninguém iria ficar sabendo. Porém o meu senso de justiça só permitiu que eu atendesse esse desejo quando eu destruí intimamente o meu machismo e permiti que a minha esposa tivesse o mesmo direito de ter esse tipo de prazer, se assim fosse a vontade dela. E assim aconteceu, eu sai com a minha amiga e logo depois eu confessei a minha esposa o que tinha ocorrido, e que ela poderia fazer o mesmo. Após o choque inicial ela aceitou a situação e nós passamos a ter parceiros fora do casamento, com o conhecimento de ambos. No nosso entendimento não havia traição, pois era um comportamento aceito por nós e os nossos prováveis companheiros também sabiam dessa situação e só se envolviam quando o prazer sexual seria realizado sem nenhum compromisso. Acontece que a minha esposa não tolerou uma paixão que desenvolvi e me expulsou de casa. A segunda pessoa que me envolvi e cheguei a casar pela segunda vez também sabia deste meu novo comportamento, que eu poderia sair a qualquer momento com uma outra pessoa que desenvolvesse algum afeto. Essa minha segunda esposa passou a me criticar, dizia que eu a estava usando sexualmente, e eu não querendo fazer ninguém de objeto sexual, resolvi que não faria mais sexo com ela, mas que viveríamos como amigos, dando apoio ao único filho que geramos. Ficamos oito anos nessa situação. Apesar de continuar a ter desejos por ela, eu me continha, mesmo porque tinha oportunidade de fazer sexo com muitas outras garotas que sabiam da minha condição e não se importavam de sair comigo. Até que chegou o momento que a minha segunda esposa também não tolerou a situação e me expulsou de casa. Vi então que as pessoas que passavam a conviver comigo sempre exigiam a exclusividade no relacionamento sexual e como isso eu não poderia dar, resolvi que não moraria mais com ninguém. Hoje moro sozinho, tenho muitas amigas com potencial sexual e duas que já estão bem mais próximas de mim. As minhas duas ex-esposas passaram a ser minhas amigas. Sei que estou sempre pressionado por quem estar próximo de mim, para que eu mantenha a exclusividade no relacionamento sexual, mas hoje compreendo que me comportando dessa forma eu estou aplicando na prática a vontade de Deus, de agir dentro do Amor Incondicional, de não fazer ao próximo aquilo que não quero para mim, e fazer aquilo que eu gostaria que fizessem comigo. Essas pessoas que convivem mais próximo de mim dizem que uso desse artifício somente para ter sexo com diversidade. Mas eu moro num ambiente onde muitas jovens se prostituem e se esse fosse meu interesse, o meu apartamento seria sempre visitado por essas pessoas, pois tenho facilidade de pagar pelo sexo. Por esse motivo eu quero saber de sua audiência o que acham dessa minha posição, pois eu me sinto confortável dessa maneira, mesmo morando sozinho. Sinto que sou justo com quem se aproxima de mim, pois a ninguém eu oculto a minha forma de pensar, e sinto que faço a vontade de Deus, na construção do Seu Reino, ampliando os meus relacionamentos afetivos, onde cada companheira e seus parentes passam a ser consideradas por mim, membros da minha família ampliada. Será que eu estou realmente seguindo a vontade de Deus ou estou seguindo de forma equivocada os meus instintos animais?”
O nosso espírito usa o corpo material para progredir dentro da lei da evolução. Somos criados simples e ignorantes pelo Pai, com a finalidade de usarmos os nossos próprios recursos para evoluirmos. Se nós tivéssemos sido formados já prontos, espíritos perfeitos, não passaríamos de marionetes do Criador. Não é isso que Ele quer. Assumo a ousadia de responder o que passa na mente do Ser mais perfeito de todo o Universo, Universo que Ele mesmo criou.
O Criador deseja que essas sementinhas ignorantes que Ele espalhou por todo o Cosmo, se empenhem a adquirir sabedoria e valores morais que os aproximem de Si, com essa conquista debitadas si próprios.
Quando um desses pequeninos focos de luz adquire uma consciência livre dos desejos materiais, um grau de pureza bem próxima daquela pureza que irradia do Criador, então fica intrinsecamente ligado com o Pai, sendo com autoridade designado como Filho.
Nesse ponto nós podemos compreender melhor a questão da Santíssima Trindade: Pai, Filho e Espírito Santo. O Pai é o Criador onipotente, acima de tudo e de todos nos Universos que Ele mesmo criou. O Filho é uma daquelas fagulhas de luz inteligente que Ele criou da Sua própria essência e que se desenvolve aprendendo a dominar as forças abstratas que surgem no campo da consciência. O Espírito Santo é a essência de Deus que fiscaliza todos os pontos dos Universos, e ajuda a criar caminhos onde o Espirito em aprendizado pode se direcionar, para o bem ou para o mal, e a partir daí recebendo as consequências dos seus atos.
Com essa compreensão eu imagino que estou exatamente no meio dessa luta consciencial, de um lado as forças atávicas que existem como herança de meu passado pela matéria, desde os objetos inanimados, os cristais, que passa pelos estágios vegetal e animal até a condição de humanos. Nesse ponto eu posso usar a minha inteligência e procurar discernir o certo do errado. Posso escolher caminhar através da porta estreita do dever e evitar a porta larga dos prazeres e desejos.
Sei que um dia atingirei o nível do Mestre Jesus, mesmo que gaste milênios, mas estou dentro de uma espécie de rio do tempo que me leva através da evolução nesse destino de perfeição.
Sei que apesar da grande carga material que ainda tenho nos ombros, estou num processo ascensional, já tendo certa compreensão da natureza do Filho, o qual é o meu Mestre e ídolo, a meta que um dia irei alcançar, e a compreensão do Pai que é o alvo que o meu coração sintoniza, como assim ensinou o Mestre Jesus.
Mesmo os meus sentidos não tendo detectado até agora nenhum estímulo do mundo espiritual, tenho total convicção da sua existência, tanto por raciocínio, lendo todos os trabalhos citados na literatura, inclusive trabalhos científicos acerca do mundo dos espíritos. Mas o que mais firma a minha convicção não é a razão que move os trabalhos científicos, e sim a intuição que me deixa tão próximo do Pai quanto de todos aqueles que como eu procuram fazer a vontade do Pai como o principal instrumento de evolução.
Os primeiros passos para o trabalho realizado dentro da Escola Padre Monte, começam a mostrar as dificuldades do quanto nós vamos encontrar no cotidiano. Mesmo porque os obstáculos não estão escondidos à sete chaves. Eles estão à nossa frente, agredindo nossa estética, nossa capacidade de trabalho, de tolerância, de sabedoria, dependendo da nossa inteligência para colocar os três segmentos da escola, alunos, professores e técnicos, numa conjuntura de Haldol e queijo.
A nossa voluntária que é a condutora do processo de educação, que vai ver a questão de forma mais ampla, junto aos três segmentos, se mostrava desolada com a notícia que a televisão para passar a TV a cabo que ela havia conseguido por doação, havia sido roubada.
Por esse motivo mudaram as perspectivas de atuação dela dentro da escola, percebendo a grande fragilidade geral, dos próprios recursos materiais serem dilapidados por atos que parecem envolver a própria comunidade escolar. Pensa agora em direcionar as ações de forma mais superficial, para as palestras com os três segmentos, e principalmente os pais.
Também sou da opinião que o trabalho deve ser feito em pequenos passos, sensibilizando poucos elementos das três categorias, sendo a base a construção do Grêmio Estudantil, incentivando, motivando e gratificando os alunos que se envolvam efetivamente nos diversos trabalhos propostos. Duas ações podem ser implantadas simultaneamente e de forma sinérgica.
A primeira é a ativação do Grêmio Estudantil, identificando as lideranças de cada sala e com elas discutindo as proposta de melhoramento da escola. Tenho a ideia de formamos um grupo de alunos, professores e voluntários e irmos em busca de uma parceria com a Unimed ou a Unicred, para um projeto de paisagismo, jardinagem e horta dentro do espaço da escola, inclusive com a remuneração através de uma bolsa para os alunos escolhidos para essa tarefa a partir do Grêmio Estudantil.
A segunda é o projeto de Biografias, a começar pela biografia do Padre Monte, onde todas as salas podem participar, sendo eleito uma banca examinadora e providenciado brindes para os participantes, inclusive com uma premiação melhor a partir do quinto colocado.
Além dessas duas tarefas também pode ser criada uma página no Facebook com a proposta de divulgar regularmente todas as atividades realizadas. Também pode se pensar num jornalzinho periódico, pedindo ajuda a Universidade, ao curso de jornalismo.
Enfim, existem muitas dificuldades nesse trabalho que se inicia na Escola Padre Monte, mas estamos intuídos que esta escola é uma espécie de seara que o Senhor escolheu e nos convidou para semear.