A mentira é a principal arma do demônio, pois tenta nos prejudicar disfarçando com a promessa de um benefício um malefício que vai ser implantado. Lembro o que aconteceu na Revolução Francesa, onde os revolucionários empunhando uma bandeira com o lema Liberdade, Igualdade e Fraternidade promoveram um verdadeiro banho de sangue naquele país e que influenciou negativamente até hoje, diversos outros países, com o mesmo lema ou similares, a provocar as mesmas revoluções à base de mentiras pelo mundo afora.
Mas existem situações onde queremos fazer realmente o Bem, mas os meios disso ser alcançado podem trazer desconforto emocional às crenças de determinadas pessoas do nosso mais alto afeto. Para evitar esse desconforto, esses meios podem ser disfarçados de outra forma, contanto que o benefício seja alcançado sem a nossa pessoa querida passar pelo constrangimento com suas crenças.
Portanto, peço licença aos meus leitores para usar “mentiras benéficas” para trazer com mais pureza, profundidade e significado as lições que Jesus trouxe há 2 mil anos e que hoje sofre fortes dissensões, muitas vezes com violência, entre as pessoas que acreditam em suas palavras e querem aplica-las na realidade de acordo com suas próprias interpretações.
Sei que ao fazer isso irei apresentar mais uma narrativa do que aconteceu com o Mestre no passado e como podemos aplicar seus ensinamentos com a maior eficácia em nosso mundo atual. A diferença é que não irei fazer narrativa alternativa com base no que outros escreveram, mas sim com o que vivenciei pessoalmente nos momentos dos fatos, com os próprios personagens, com Cristo e seus apóstolos, as pessoas que se relacionavam e com o entorno ambiental, político e cultural.
Isso tudo é porque vejo uma discrepância entre o que Jesus disse e o que está acontecendo. Ele disse que toda a humanidade iria se converter à Verdade que anunciava, que o Reino de Deus havia chegado, que poderíamos abriga-lo em nosso próprio coração, construir a família universal e difundir o Reino do nosso coração para a comunidade, fazendo a vontade do Pai. Neste ponto, a humanidade seria um só rebanho conduzido por um só pastor.
Acontece que entre nós, cristãos, não reina a compreensão e entendimento. Alguma coisa está errada e por isso é necessária uma narrativa mais próxima a mensagem real que o Mestre deixou para despertar a necessidade de união. É importante não se importar com a embalagem com a qual levemos a mensagem do Mestre, mas sim com o seu conteúdo.
Lembro que já vou levar comigo a lição mais importante para promover essa união: considerar Deus como o Pai, o Criador de tudo que existe, e que é de Sua vontade que amemos os nossos irmãos da mesma forma que nos amamos. Esta á a pedra angular para a construção deste Reino de Deus, dentro e fora de nós.
O Frei Tiago de São José postou um vídeo no Youtube há 3 semanas desta data com o título “A Batalha espiritual e a falsa religião RCC: Carismáticos contra São Miguel”. Respeito muito as colocações do Frei Tiago, pois vejo nelas muita coerência. Neste vídeo vejo a oportunidade de confrontar a minha narrativa com a narrativa do Frei, como forma de aproximação da Verdade e reflexão para todos que visitam esse espaço literário. Vejamos esta 1a. parte: Discernimento.
A grande maioria das pessoas está de acordo que existe uma luta entre o Bem e o Mal. São poucas as pessoas, relativistas, que dizem que o Mal não existe, ou que não existe uma luta, mas simplesmente alguma dificuldade que não chega a ser uma batalha a ponto de ser dito que o Bem está lutando contra o Mal, e o Mal está tentando destruir o Bem. A maioria das pessoas percebe isso.
O que as pessoas não percebem é onde exatamente está o Bem e onde vamos identificar a presença do Mal. Isso é algo que a Igreja sempre nos ensinou, mas que a pessoas perderam essa noção. A gente precisa novamente entender o que é isso, qual é esse discernimento espiritual. Saber que isto está do lado de Deus, isso está do lado do Mal.
Há certo tempo, eu tinha dificuldade de entender como que os homens maus estão muito bem coordenados com os demônios para destruir o projeto de Deus. Eu pensava sobre isso e li em alguns lugares, Santo Tomás de Aquino, Santo Agostinho, outros padres da Igreja, que mostram bem o seguinte: os homens às vezes não sabem, ou não se dão conta, mas os demônios sempre trabalham com o objetivo de utilizar das pessoas.
Vamos partir deste princípio: os demônios conhecem as pessoas, sabem o que elas estão fazendo, percebem quais são as intenções e eles então se organizam e falam assim – vamos trabalhar com isso, vamos trabalhar com aquilo.
Na própria Escritura percebemos algumas passagens que falam dessa Batalha Espiritual. Santo Eliseu estava ali diante de um exército inteiro de cavaleiros que vinham cercar a cidade e combater. E aquela pessoa que estava com Santo Eliseu olhou para aquilo e falou: - olha, estamos perdidos, pois são muitos, não vamos conseguir vencer.
Então Santo Eliseu falou para essa pessoa: - Senhor, abre os olhos dela para que ela veja.
Imediatamente o Senhor abriu os olhos do servo, e este viu o monte cheio de cavalos e carros de fogo ao redor, por trás daqueles cavaleiros, um exército que estava ali com a luz de Deus para combater em nosso favor.
Santo Eliseu então explicou que estava dessa forma em maior número do que eles possuíam.
Neste sentido devemos perceber que assim como os demônios aproveitam de tudo para poder causar o mal, enfermidades, problemas, dificuldades e mesmo a perda das almas, tem também Deus, o exército dos anjos a trabalhar no sentido da informação, do conhecimento, da Luz, da cura, da redenção e tudo que colabora para a salvação das almas. Tem os dois lados, não é apenas um, mas tudo coordenado, e isso às vezes não é percebido. Se pensa que o Mal só está nas pessoas, infelizmente é como pensa a maioria das pessoas. Pensam que o Mal é somente aquele que mata, que rouba, que faz uma ação injusta. Se diz que aquele homem é do Mal, o resto é do Bem, e não é verdade.
Este discernimento entre o Bem e o Mal é fundamental para a formatação dos exércitos que vão entrar no campo de batalha. Tenho observado que existem muitas pessoas boas, de boa índole, mas estão militando no exército do Mal sem conseguirem perceber as acoes do Mal ao redor. Tenho uma pessoa amiga que mora em Brasília, que sei de sua honestidade e boas intenções, mas não consegue ver as ações perversas do Mal, em prender centenas de pessoas de uma só vez, enchendo homens, mulheres, idosos, crianças, todos armados de Bíblia na mão e vestidos com as cores da nação. Essa pessoa não consegue discernir entre o Bem e o Mal. O que está faltando?
A Egrégora é uma estrutura arquetípica, desenvolvida pelo psiquiatra suíço Carl Jung (fundador da psicologia analítica), que habita no inconsciente coletivo da humanidade. É um termo originado do grego, egrêgorein, que significa velar, vigiar. Designa o antigo costume de concentrar o povo em uma assembleia com a mente voltada a determinado objetivo, muito utilizado em situações de guerra ou de importância vital.
É um costume que pode ser resgatado no atual momento político do nosso país, para sairmos das ameaças das sombras, uma verdadeira guerra espiritual contra a nossa liberdade.
A teoria da Egrégora fundamenta-se nas entidades chamadas egrégoros, que são centelhas de energia espiritual, que são manifestações das mentes das pessoas congregadas em estreita união, e na crença que elas podem influenciar o mundo físico.
Essas entidades estão presentes em todas as coletividades, nas simples associações e principalmente nas assembleias religiosas.
Jesus incentivou a formação de uma Egrégora quando disse que estaria presente quando duas ou mais pessoas estivessem reunidas em seu nome.
Todos os agrupamentos humanos geram seus egrégoros particulares, nas associações de pessoas em que as energias físicas e espirituais dos indivíduos são eliciadas para trabalhar por um resultado.
A ideia que está no centro dessa crença é a de que quando um grupo se reúne e promove sinergia, a energia que é gerada por essa comunhão de pensamentos forma uma espécie de corrente que influencia o meio em que ela atua e dá efetividade ao trabalho.
Dessa forma, egrégoros podem ser vistos como esferas de energia, emanadas dos indivíduos agrupados e ligados mentalmente por um objetivo comum. São como átomos que se agrupam e formam uma corrente de energia, que favorece os objetivos do grupo e também a cada um dos indivíduos pessoalmente. As orações comunitárias, os momentos de reflexão e concentração, tudo são estratégias usadas para eliciar a energia do grupo.
No Espiritismo esse conceito é conhecido pelo nome de formas-pensamento, ou seja, ideias projetadas pela mente humana e materializadas no mundo espiritual como entidades que sobrevivem na esfera astral e podem influenciar os objetivos para os quais são dirigidos. É assim que funciona o chamado mau-olhado e as projeções positivas ou negativas de pensamento que influem no comportamento das pessoas.
O projeto universitário Foco de Luz, através da Associação Cristã de Moradores e Amigos da Praia do Meio – AMA-PM, tem o objetivo de fazer a cooptação de pessoas com seus respectivos talentos, procurando aglutiná-las na forma mais nivelada possível, fundamentadas nos ensinamentos do Cristo sobre a formação do Reino de Deus a partir dos nossos próprios corações e ampliar esses valores para dentro da comunidade.
Aproveitei a introdução do livro “O Tesouro Arcano – A Maçonaria e seu Simbolismo Iniciático”, do mestre João Anatalino Rodrigues, para desenvolver este texto sobre a Enteléquia e associando ao meu próprio pensamento.
É um termo criado por Aristóteles que designa a crença do que o Criador concedeu a todos os seres da natureza. Formado pelo prefixo en (o que está dentro), télos (objetivo, realização, acabamento) e o radical do verbo ékha (trago em mim, possuo), significa a qualidade do ser que tem em si mesmo a capacidade de promover o próprio desenvolvimento.
No ser humano pode ser entendida como a forca que leva a enriquecer o espírito por meio da aquisição do conhecimento e também a promover o desenvolvimento do seu organismo em termos físicos.
É um conceito filosófico bastante complexo que nem mesmo entre os estudiosos da filosofia aristotélica encontra muito consenso.
Leibniz o utilizou para indicar as substâncias simples ou mônadas que têm suas raízes no grego “monas” que se traduz como unidade ou princípio individual. Ela representa a parte mais elevada e intocada de nossa existência, uma centelha eterna que transcende a dualidade e a multiplicidade do mundo material. É a conexão direta com o divino, o sopro que o Criador colocou no barro de nossa existência.
Na filosofia contemporânea, Enteléquia foi utilizada pelo biólogo Hans Driesch para justificar seu conceito de vitalidade presente nos seres vivos, que é o princípio da vida nos seres animados. Equivale ao fator primordial que se reduz a agentes físico-químicos como origem da atividade vital.
Enteléquia pode ser considerada como algo abstrato análogo ao nosso DNA, que na estrutura biológica dos seres humanos determina a conformação física que ele poderá adquirir em sua história de vida. No terreno espiritual seria o que chamamos de Espírito, ou seja, aquela força divina soprada pelo Criador que, internamente, movimenta a criatura em seu caminho evolutivo, desde o reino material até o animal, humano, com destinação angelical.
Enteléquia seria a própria vida em todas as formas do ser, físico ou espiritual. É a potência que o move para seu fim e o realiza como parte constitutiva do todo universal.
Em qualquer elemento da Natureza, seja mineral, vegetal ou animal, existe esse programa único, original e fundamental que o dirige e o conforma para uma finalidade predeterminada pelo Criador que rege a formação das realidades universais. É ele que faz um mineral assumir a forma e a função que lhe cabe dentro do reino a que pertence. Também informa as propriedades e as funções de cada organismo no reino vegetal ou animal. Preside da mesma forma as realizações do Espírito, conduzindo o homem à plenitude de sua arte, de sua técnica ou ciência e de suas virtudes éticas e morais.
A Enteléquia também recupera o organismo ou o psiquismo da pessoa doente, recupera seu equilíbrio natural, reconduzindo-o à saúde. É durante o trabalho cognitivo do ser humano, confrontando suas crenças com a realidade, com a verdade, que a Enteléquia se manifesta criando a dissonância cognitiva que motiva a pessoa a reformular sua maneira de pensar e de exibir seu repertório comportamental nocivo, ao seu salutar fluxo evolutivo.
Dessa forma, Enteléquia é a energia abstrata, oculta, que se manifesta em todos os seres da Natureza. É isso que procuramos na liturgia das religiões ortodoxas, nas práticas iniciáticas, nas místicas concepções filosóficas e rituais que visam penetrar no território das realidades de difícil acesso ao raciocínio lógico.
A Netflix apresenta uma série “Hitler e o Nazismo” que nos oferece uma visão realista da influência do mal sobre pessoas que se tornam carrascos perversos dos próprios irmãos. Vejamos a segunda parte do episódio 2, “A ascensão do Terceiro Reich”.
Tive meu primeiro vislumbre de Hitler quando ele passou de carro pelo nosso hotel. O rosto dele era meio flácido, não tinha muita expressão. Eu esperava um rosto muito mais forte. Fiquei me perguntando o que havia naquelas feições comuns, que era capaz de causar tamanha histeria no público inteiro. Olhavam para ele como se fosse um messias (From The Nightmare Years, By William L. Shirer).
- Heil Hitler! Heil Hitler!
De uma coisa eu tive certeza. Todos nós no Ocidente, nossos políticos e principalmente a nossa imprensa, tínhamos subestimado Adolf Hitler e o domínio que tinha sobre aquele país e aquele povo.
JULGAMENTO DE NUREMBERG, 18 DE MARÇO DE 1946
CADA UM DOS QUATRO PAÍSES ALIADOS INDICOU PROMOTORES E UM JUIZ.
OS RÉUS NAZISTAS CONTRATARAM ADVOGADOS ALEMÃES OU AUSTRÍACOS PARA A DEFESA
OS PROCEDIMENTOS FORAM SIMULTANEAMENTE TRADUZIDOS PARA INGLES, FRANCES, ALEMÃO E RUSSO
Os relatos confirmam que a Alemanha tem uma polícia secreta.
Depois da guerra, o meu avô voltou para a Alemanha para cobrir o julgamento de Nuremberg (Deirdre Van Dyk, Granddaughter of William L. Shirer).
A grande ironia era que Shirer esteve em Nuremberg em 1934 e presenciou um comício nazista.
- “Sieg Heil!”
Onze anos depois... aqueles mesmos líderes estavam no tribunal, acusados de crimes guerra (Steve Wick, Biographer of William L. Shirer).
- Oficial, os réus estão no banco?
- Excelência, todos os réus estão presentes (oficial).
Hermann Göring era um dos réus no banco. Ele era basicamente o braço direito de Hitler.
Robert Jackson, o promotor-chefe americano no tribunal de Nuremberg, era um advogado muito prático, com uma cabeça política. Era um democrata do New Deal. Durante a audiência, ele interrogou Hermann Göring (Devin Pendas, Professor, Boston College).
- Você deve estar ciente de que é o único homem vivo que pode nos explicar o verdadeiro propósito do Partido Nazista, além das dinâmicas da liderança.
- Estou perfeitamente ciente.
- Desde o começo, você, ao lado dos seus asseclas, pretendia derrubar, e conseguiu derrubar, a República de Weimar.
- Da minha parte, essa era minha intenção resoluta.
Este era o propósito inicial dos nazistas: derrubar a República e Weimar. Mas este era o primeiro meio para ser alcançado o propósito final, alcançar o poder autoritário, dominar a nação alemã e conquistar o mundo durante mil anos. Teria sido interessante se essas perguntas tivessem sido colocadas, para ver se essa determinação nas respostas seriam mantidas.