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15/09/2024 00h01
HITLER E O NAZISMO 04 MENTIRA ADUBO DO MAL

            A Netflix apresenta uma série “Hitler e o Nazismo” que nos oferece uma visão realista da influencia do mal sobre pessoas que se tornam carrascos perversos dos próprios irmãos. Vejamos a quarta parte do episódio 1, “Origem do mal”.



            Os húngaros, os tchecos, os romenos, todas essas nacionalidades queriam um Estado próprio, não necessariamente independente, mas soberano. Também havia o Império Alemão que era a economia mais importante da Europa. Era uma potência industrial grande e próspera.



            E estava surgindo o chamado pangermanismo – uma ideologia unificadora dos povos germânicos – entre austríacos de ascendência alemã que menosprezavam as etnias do império e queriam se separa dele para se unir ao Império Alemão.



            Existia uma crença que se espalhava pela direita de Viena de que o povo alemão era superior aos outros povos, como tchecos ou então os judeus.



            O antissemitismo, ou ódio aos judeus, existia há muito tempo na Europa. Mas um novo tipo de antissemitismo surgiu no fim do século dezenove, e agitadores políticos extremistas começaram a escrever tratados que expunham uma visão racista dos judeus como um povo subversivo, que conspirava para enfraquecer a civilização, e destruir os pequenos empresários trabalhadores.



            Havia vários políticos de destaque em Viena que eram antissemitas não apenas por um viés político, como também de raça (Tiffany N. Florvil, Professora, University of New México).



            Karl Lueger era prefeito de Viena. Ele e seu movimento se denominavam Social Cristãos. E o antissemitismo era um elemento essencial disso. Hitler observou tudo isso na juventude e, até certo ponto, se inspirou nisso.



            Desde muito cedo, Hitler desprezava a Áustria e o Império Habsburgo multinacional. Ele se enxergava acima de tudo como alemão, não como austríaco. Ele achava que a Alemanha era a grande nação.



            Ele vivia num mundo de fantasia. Hitler gastava mais dinheiro do que podia indo à ópera. Ele era especialmente fascinado pelas peças musicais de Richard Wagner. Para ele, Wagner apresentava a Alemanha a que ele aspirava, uma Alemanha de deuses, de heroísmo, de grandes líderes. Ele se identificou com a música, com as mensagens.



            Uma das primeiras óperas de Wagner que Hitler viu foi Lohengrin, uma ópera romântica composta no século dezenove, em que o grande herói Lohengrin de certa forma se sacrifica pela nação. A música poderosa de Wagner alimentou a ideia de Hitler de que um dia ele também se tornaria um grande líder heroico.



            Hitler viria a se tornar ditador da Alemanha, e depois conquistador de grande parte da Europa, mas deve-se enfatizar que ele foi um dos tiranos mais cruéis, sanguinários e bárbaros que já existiram. Ele jogou o mundo numa das guerras mais sangrentas e destrutivas da história.



            Uma alma traumatizada desde a infância, como a alma de Hitler, pode estar propensa a reproduzir o mal que recebera, mas não que destinado infalivelmente para isso. Certo é que, se tivesse sido aceito para a Academia de Belas Artes, ficasse longe dos jogos de poder, talvez o máximo que pudesse fazer fosse ficar viajando com seus autores famosos como Wagner, e talvez pudesse até dar umas pinceladas de sua arte com conteúdo mitológico e ufanista do grande compositor. Mas ele passou a se envolver com a guerra e os discursos políticos, onde o conteúdo ideológico das palavras contaminadas severamente pelas mentiras e tentativas de iludir ao próximo, ao eleitor fosse a tônica dos seus pronunciamentos. E uma comunidade desatenta para as narrativas mentirosas e sofrendo as injúrias da derrota de uma guerra, se tornou uma vítima fácil e que pagou com muito sofrimento a permissão para que o mal prosperasse com o adubo da mentira.


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em 15/09/2024 às 00h01
 
14/09/2024 00h01
HITLER E O NAZISMO 03 A INFÂNCIA

            A Netflix apresenta uma série “Hitler e o Nazismo” que nos oferece uma visão realista da influencia do mal sobre pessoas que se tornam carrascos perversos dos próprios irmãos. Vejamos a terceira parte do episódio 1, “Origem do mal”.



AUSTRIA, 1889



            - Todo ser humano tem dentro de si o potencial para o bem ou para o mal. Vendo o histórico de Hitler na juventude, não havia nada indicando que ele se tornaria aquela figura terrível, repleta de ódio e rancor, cujo objetivo de vida seria exterminar uma raça inteira (Alexandra Richie, Autora, Warsaw 1944).



            - Hitler nasceu na Áustria. Ele era de uma família de classe média. A mãe de Hitler provavelmente foi a única pessoa que ele amou de fato. Ela parece ter sido uma pessoa muito gentil que tinha que lidar com um marido difícil (Benjamin Carter Hett, Autor The Death of Democracy).



            - Hitler teve uma criação rígida. O pai batia nele, mas isso era muito comum naquela época (Richard J. Evans, Author, Teh Coming of the Third Reich).



            - O pai dele era um agente da alfândega que tinha mudado o nome de Schicklgruber para Hitler.  Você consegue imaginar as pessoas gritando “Heil Schicklgruber” em vez de “Heil Hitler”? (Christian Goeschel, Autor, Mussolini and Hitler).



            Hitler era meio diferente. Ele gostava muito de ler. E tinha uma imaginação muito fértil. Não era bom aluno. Ele não era esforçado. Ele tinha um baita sonho de se tornar um grande artista. Ele se mudou para Viena em 1907 na esperança de estudar na Academia de Belas-Artes de Viena. Mas a academia rejeitou a matrícula dele, o que o deixou chocado. Ele queria ser um artista mundialmente famoso, mas não era muito bom. Vendo as pinturas dele, a maioria são paisagens. E ele foi recusado por não saber pintar pessoas. De certa forma, é muito simbólico. Ele não sabia pintar pessoas. Ele foi obrigado a se sustentar vendendo pinturas que copiava de cartões-postais.



            Ele morou alguns anos num abrigo para homens no norte de Viena. Ele levava uma vida bem pobre. Na época, a região da Áustria que falava alemão fazia parte de uma entidade política muito maior, o chamado Império Habsburgo, ou Austro-Húngaro. Era um império muito diverso cultural e etnicamente, e, no início do século vinte, quase todas as grandes nações estavam tentando se separar dele e obter autonomia.



            Criado em um lar conflituoso e tendo seus sonhos de artistas frustrados, Hitler com sua boa imaginação estava pronto para criar modelos mentais que se desenvolveriam na realidade. Infelizmente, sua incapacidade de empatia identificada na incapacidade de pintar figuras humanas, tinha tudo para jogar o mundo em uma fogueira de guerras e genocídio. Infelizmente ninguém identificou esse potencial maligno e não fez as devidas correções, logo que ele comecou a mostrar para que veio.


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em 14/09/2024 às 00h01
 
13/09/2024 00h01
AUTOENGANO

            João Calvino, teólogo francês (1509-1564), escreveu o seguinte: “O coração humano possui tantos interstícios nos quais a vaidade se esconde, tantos orifícios nos quais a falsidade se espreita, e está tão ornado de hipocrisia enganosa que ele com frequência trapaceia a si mesmo”.



            Esta é uma confrontação lógica que podemos fazer a nós mesmos: tudo que fazemos e pensamos que está correto, não será um autoengano? Esta é uma dúvida que trago comigo e que, por fidelidade ao que acredito ser a vontade de Deus, destrói todos os meus relacionamentos românticos.



            Acredito que, para fazer a vontade de Deus, o Criador de tudo que existe, inclusive a mim e, portanto, sendo meu Pai e Pai de tudo e de todos, Ele deseja que nos amemos como irmãos, como se estivéssemos amando a nós mesmos, com o amor incondicional que é a Sua essência, soprada em nós no ato da criação. Assim, eu devo amar sem preconceitos, sem barreiras de quaisquer espécies.



            Dessa forma, um compromisso cultural aqui no Ocidente, como o casamento, que implica na fidelidade conjugal, que os cônjuges não podem amar a nenhuma outra pessoa fora desse relacionamento, não pode ser aceito por minhas convicções formadas a partir da compreensão da vontade divina que formulo em meus pensamentos. Porém, verifico que há duas motivações básicas para que eu me comporte dessa forma livre de amar, sem respeitar barreiras que impeçam o alcance da meta da relação afetiva íntima que traz o prazer orgástico da relação sexual. Será que o meu cérebro, influenciado pelos instintos, o Behemoth bíblico, não foi ele que determinou tal conceituação da vontade de divina, para que eu atue pensando que o alcance do prazer orgástico seja uma vontade de Deus elaborada a partir dos escritos bíblicos?



            Esta é a grande crítica que recebo por todos que estão no meu entorno, principalmente as minhas companheiras que resolvem assumir a intimidade do relacionamento comigo, mesmo não aceitando a minha forma de pensar. Podem aceitar a convivência e a tolerância dos meus atos que são explícitos desde o início, mas sempre esperam uma fidelidade que sempre digo que nunca será alcançada por minha firme determinação de seguir a vontade do Pai.



            É aqui que está a grande dúvida: sigo a vontade do Pai ou a vontade do Behemoth, dos meus próprios instintos que se apoderaram do meu raciocínio, já que o cérebro é quem comporta os neurônios, o elemento material que constrói a arena mental onde se desenvolve o raciocínio? Sei que o que emerge à minha consciência é apenas uma pequena porcentagem, a parte visível do iceberg mental, o restante ficando com o subconsciente e a maior parte com o inconsciente.



            Conhecendo essa estrutura fisiológica que dá origem ao psicológico, reconheço que na minha consciência eu detenho uma pequenina parte da minha capacidade mental. O que está no subconsciente e principalmente no inconsciente, pode estar afetando a minha capacidade de racionalização e direcionar o meu comportamento.



            Assim, o pensamento de Calvino pode ser um forte acusador dos interesses do Behemoth que se aloja na intimidade do coração. Esse meu comportamento não seria dessa forma um autoengano? Sim, considero essa possibilidade, mas mesmo assim não encontro os argumentos lógicos que me façam mudar de opinião. Os fortes argumentos da família nuclear que é a base do relacionamento conjugal e construtora da sociedade, são derrubados pelos argumentos que vejo na construção da família universal, que está mais conforme a vontade do Pai.



            Mesmo assim, permanece essa “espada de Dâmocles” do autoengano sobre a minha cabeça: será que estou mesmo fazendo a vontade do Pai? Mas não posso abandonar essa suposição enquanto não encontrar argumentos lógicos, racionais, que apontem o contrário, pois acredito que esta é a Verdade, o Caminho ensinado pelo Cristo.  


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em 13/09/2024 às 00h01
 
12/09/2024 00h01
HITLER E O NAZISMO 02 JULGAMENTO DE NUREMBERG

            A Netflix apresenta uma série “Hitler e o Nazismo” que nos oferece uma visão realista da influencia do mal sobre pessoas que se tornam carrascos perversos dos próprios irmãos. Vejamos a segunda parte do episódio 1, “Origem do mal”.



            - Sieg Heil! Sieg Heil! Sieg Heil!



            - Vi (William L. Shirer) pela primeira vez Adolf Hitler e seus capangas, Göring, Goebbels, Himmler e Hess, e mergulhei na cobertura da ascensão do Terceiro Reich pelos próximos seis anos. Agora, os líderes nazistas que não tinham cometido suicídio aguardavam julgamento por crimes contra a humanidade. A justiça, finalmente, tinha alcançado eles.



            - A total devastação trazida pela Segunda Guerra Mundial só pode ser compreendida depois. Como poderia haver justiça após algo assim? É por isso que os julgamentos de Nuremberg eram considerados vitais (Francine Hirsch, professora da Universidade de Wisconsin-Madison).



O JULGAMENTO DE NUREMBERG DUROU 10 MESES, DE NOVEMBRO DE 1945 ATÉ OUTUBRO DE 1946. HÉ APENAS 35 HORAS DE GRAVAÇÃO CAPTURADA E GRANDE PARTE SÓ FOI DIVULGADA RECENTEMENTE.



            Pela primeira vez na história, um tribunal que consistia em juízes americanos, britânicos, franceses e russos foi formado para julgar crimes que eram inéditos na memória humana. Entre os espectadores estavam quatrocentos jornalistas do mundo todo. O clima na sala era extremamente tenso. Ninguém sabia exatamente o que esperar. E quando os réus entraram... a sala ficou em silêncio, com todos olhando para eles (Davin Pendas, professor, Boston College).



            - Esse é o final dessa longa noite, desse pesadelo horrendo. É a queda dos poderosos. A súbita queda do poder parece ter arrancado a arrogância que havia neles durante todos os anos que os conheci. Num instante, eles se tornaram homenzinhos pequenos e ressentidos. A longa noite nazista me deu muito o que pensar e escrever. Ao longo de todos esses anos, eu busquei, como muitos outros, um sentido. Um dos aspectos mais marcantes do Julgamento de Nuremberg era a ausência no banco dos réus. Hitler não estava lá fisicamente, mas a presença dele era inevitável.



            Finalmente os criminosos da Segunda Guerra Mundial sentam nos bancos dos réus. Aqueles crimes que envolveram até mesmo pessoas de boas intenções, mas de caráter fraco, agora iriam ser colocados com clareza, longe das mentiras e falsas narrativas que eles tanto usaram para iludir e conduzir a nação germânica. Vejo muita similaridade com o que acontece no Brasil. Uma quadrilha de mentirosos, embusteiros, corruptos, assumiram o poder e colocaram em todas as instituições democráticas, de preservação dos interesses do povo, comparsas que estariam prontos, consciente ou inconscientemente, para conduzir o processo de transformação, de escravidão da sociedade brasileira, como mão de obra financeira para alavancar uma agenda diabólica, na base da luta fraterna entre os irmãos, jogando uns contra os outros como é próprio das revoluções.


Publicado por Sióstio de Lapa
em 12/09/2024 às 00h01
 
11/09/2024 00h01
HITLER E O NAZISMO 01 INTRODUÇÃO

            A Netflix apresenta uma série “Hitler e o Nazismo” que nos oferece uma visão realista da influencia do mal sobre pessoas que se tornam carrascos perversos dos próprios irmãos. Vejamos a primeira parte do episódio 1, “Origem do mal”.



            A cena inicia com Hitler e sua companheira Eva cometendo suicídio, em 30-04-1945 com o relato do comentarista.



            A resistência alemã está desmoronando, estamos numa situação em que tudo pode acontecer. Vamos leva-los a São Francisco, com William L. Shirer.



            Então Hitler está morto. E destruído, como o próprio país, que ele queria que dominasse o mundo, mas acabou sendo destruído. Devo dizer que, de certo modo, lá no fundo, claro... hã, este é um dia que eu esperava há muitos anos. De repente soubemos dos termos de rendição das Nações Unidas. Este, senhoras e senhores, é o fim da Segunda Guerra Mundial. É a notícia que recebemos da Casa Branca, em Washington. Eu não esperava ouvir a comemoração na nossa redação em Nova York. Mas vocês podem ouvir o barulho aqui no fundo.



            Há uma estimativa de 60 milhoes de vidas perdidas durante essa Segunda Guerra Mundial, o conflito mais destrutivo da história humana.



            Berlim se rendeu. Os generais alemães saíram dos buracos onde se escondiam, como animais afugentados das tocas. Göring se entregou, Goebbels preferiu se matar. Agora os principais criminosos de guerra estão nas mãos da justiça. Foi decidido que eles seriam julgados em Nuremberg, que era dominada pelos nazistas. Nuremberg, de onde o insano Hitler lançou suas ameaças contra o mundo. Agora Nuremberg é apenas ruínas e cinzas. Eles foram trazidos para responder pelos crimes. Esses beligerantes e conspiradores contra nações. Esses carniceiros de povos e saqueadores de países. Esses assassinos de crianças e escravagistas. Esses hunos do século vinte. Eles vão responder por tudo isso. A hora do acerto de contas chegou. Não esconda o rosto, Göring. O mundo todo te conhece, e o mundo todo te amaldiçoa.



A ASCENSÃO E A QUEDA DE UM DOS REGIMES MAIS SANGRENTOS DA HISTÓRIA, CONTADA POR TESTEMUNHAS E HISTORIADORES.



            Vamos ouvir o homem que melhor conhece a Alemanha, cujas transmissões de Berlim e outras cidades nos primeiros dias da invasão alemã eram ouvidas por todo o país. Senhoras e senhores, o autor de “Diário de Berlim”, William L. Shirer.



            Tudo acabou após 2.319 dias, quase seis anos. Após se renderem, os líderes alemães não apenas não se responsabilizaram, como também não expressaram uma única palavra de remorso pelos crimes. Não expressaram a menor noção de responsabilidade por terem tentado destruir o nosso mundo. Para mim, era o último capítulo de uma história que tinha começado onze anos antes, nesta mesma cidade, no meu primeiro trabalho na Alemanha de Hitler. Eu fui mandado para lá no começo de setembro de 1934 para cobrir o comício anual do Partido Nazista.



            Resolvi colocar esta série com a história de Hitler e o Nazismo, de forma aparentemente repetitiva, pois já tínhamos abordados aqui outra série com o mesmo teor, porque considero importante nós refletirmos sobre a origem do mal entre nós e como ele pode se fortalecer entre pessoas que na intimidade querem seguir as lições de fraternidade, de amor divino ensinados pelo Cristo. São lições importantes para compararmos com o que acontece hoje no Brasil e no mundo, uma nova escalada do mal, apesar de toda ideologia cristã que temos ao nosso alcance. Esta nova versão do que aconteceu na Alemanha, como o ovo da serpente, pode estar sendo gestacionado novamente no mundo todo, principalmente no Brasil, considerado pelo mundo espiritual que seremos a Pátria do Evangelho e o Coração do Mundo.



 


Publicado por Sióstio de Lapa
em 11/09/2024 às 00h01
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