Sióstio de Lapa
Pensamentos e Sentimentos
Meu Diário
29/05/2020 23h16
TEMOS OS HUMILDES

 

Estamos mergulhados em sombra imensa

Levados pelos sôfregos das paixões

Pensando ser verdade as ilusões

Em outra vida que existe, ninguém pensa

 

Nem o exemplo do Mestre Nazareno

Que deu a vida para ensinar sua lição 

Consegue, coisa simples, despertar o coração

De quem na Terra pensa ter o poder pleno

 

Restam os pobres de espírito, os humilhados

E cada uma, de figura distorcida, vergastada

Mas que têm no coração, fraternidade

 

Todos ensinos do Mestre aí plantados

Se reproduz até mesmo em invernada

E constrói para Deus sua cidade.

Publicado por Sióstio de Lapa
em 29/05/2020 às 23h16
 
28/05/2020 23h41
TAÇA VAZIA

Sentei com minha amiga num barzinho

Cercado da mais bela Natureza

Não bebes, perguntou ela, tens certeza?

Pois eu já tenho minha taça com bom vinho

 

Não posso, respondi, vou dirigir

E preciso ter cuidado na estrada

Não sabe ela quanto é por mim amada

E nessa taça não consegue conferir   

 

Não ver que a taça que parece tão vazia

Que nada tem dentro dela, transparente

Que nada sente, dentro dela, a sua mente

 

Mas a minha mente percebe tal magia

A minha taça, transbordante de amor

Tal sentimento, assim, ninguém nunca enxergou

Publicado por Sióstio de Lapa
em 28/05/2020 às 23h41
 
27/05/2020 00h26
PENSAR NO ERRO

            O próprio Jesus nos advertiu que pensar no erro, no caso da mulher casada, já estaríamos cometendo adultério. Não precisava a realização do ato. Mas será que toda relação sexual com uma mulher casada leva infalivelmente ao pecado? Jesus não foi determinista nesse ponto. Ninguém o provocou nesse sentido. Talvez seja necessário um aprofundamento nesta forma de pensar para que o erro deixe de existir, e, portanto, o relacionamento sexual com uma mulher casada, e vice-versa, com um homem casado também seja permitido.

            Como eu poderia justificar isso? Na minha atuação como terapeuta tenho oportunidade de fazer essa análise. Primeiro, o casamento é um acordo entre duas partes para convivência mútua, geralmente com a cláusula da fidelidade sexual. Mas existem casamentos onde essa cláusula não é incluída, tanto o homem quanto a mulher podem ter outros relacionamentos sexuais fora da convivência. Um exemplo clássico é o de Jean Paul Sartre e Simone de Beauvoir. Porém, isso é difícil de ser observado em nossa cultura, onde todo casamento possui a cláusula de fidelidade. No entanto, na maioria dos casamentos, um dos dois ou os dois se envolvem em relações extraconjugais, geralmente o homem tem essa iniciativa e a mulher é mais contida e quando descoberta, é muito mais punida que o homem. 

            É nesse ponto que o Cristo advertia no pecado, quando um dos dois cônjuges trai a confiança do outro que não imagina que sua companheira ou companheiro, tem outra(o) parceiro(a) sexual.

            Temos que considerar a Lei do Amor incondicional que deve reger todo tipo de relacionamento, com a verdade e a justiça que devem estar atreladas a ele. No meu caso, como não quero ficar limitado a relacionamento íntimo com uma só pessoa, devo obrigatoriamente dizer a qualquer mulher que se aproxima de mim, essa minha forma de pensar, sentir e agir. Aceitando conviver comigo dessa forma, não existe a culpa de traição quando eu estiver envolvido sexualmente ou não, com outra pessoa. Isso diz respeito a minha pessoa, o pecado não vem à minha consciência.

            Mas isso não é tão simples assim. Devo ter cuidado com a pessoa que me atrai e que é possível o relacionamento mais íntimo. Será que tal comportamento vai prejudicar essa pessoa? Se eu tenho essa convicção que a prática dos meus desejos irá prejudicar essa pessoa de alguma forma, devo evitar até de pensar nisso. Aqui é onde o Cristo quer chegar. Na proteção de pessoas inocentes que estejam sendo cobiçadas por alguém. 

            Lembro de um dos antepassados do Cristo, o rei Davi, que cometeu tamanho pecado. Cobiçou Batseba, a mulher de seu soldado, Urias, e fez com que esse fosse colocado na frente da batalha e mais fácil ser morto. Assim aconteceu. Davi casou com Batseba e gerou o filho Salomão que também se tornaria rei. 

            Com certeza, essa atitude de Davi foi totalmente negativa para Urias. Também acredito que tenha sido negativa para Batseba, que se sentiu constrangida a conviver com o assassino do seu marido, mesmo que essa verdade tenha sido oculta para ela. Antes do fato da morte de Urias acontecer, tudo isso foi tramado no cérebro de Davi, que engendrou tais pensamentos. Antes de agir, ele já estava pecando no pensar em causar o mal e sentir os prazeres carnais com Batseba.

            Nesse sentido, é que devemos ter a vontade férrea para não deixar tais pensamentos prosperarem em nossa mente, deixa-los crescer, pegar energia até que venham causar mal ao próximo, mesmo que seja com a tintura do amor carnal, que é muito diferente do amor incondicional. 

Publicado por Sióstio de Lapa
em 27/05/2020 às 00h26
 
26/05/2020 17h22
A VONTADE DO PAI

            Tanta coisa já sei! Tanta coisa a fazer, sobre a vontade do Pai... e não faço! Mas faço a vontade do corpo, com jogo, comida, sexo... e a minha vontade quanto espírito? De fazer a vontade do Pai e não a do meu corpo? Entendo perfeitamente a autocrítica de Paulo, de querer fazer uma coisa e fazer aquilo que não quer. 

            Sei onde está o fiasco do meu livre arbítrio, de fazer aquilo que não quero e procrastinar com orações mínimas que se tornam ridículas tentando atenuar a culpa. Sei que as intuições que chegam para que eu faça este texto, tem o “dedo do Pai”, pois desta forma Ele puxa minhas orelhas.  

            Sim, identifico o problema. Mas como resolver? Que Paulo fazia? Saia pelo mundo a trabalhar na vontade de Deus, e mesmo assim ainda fazia sua autocrítica. Eu tenho algum trabalho dirigido à vontade do Pai? Sim, tenho alguns trabalhos..., mas não chegam a ter àquela dimensão dos trabalhos do Paulo.

            Estou agora parado ante minhas deficiências. Sei que tenho potencial, mas até agora não consegui coloca-lo a serviço do Pai, como é a minha intenção, o que determina o meu livre arbítrio. Mas essa deliberação íntima a que cheguei não se concretiza com atos, não caio em campo com objetividade, perco tempo com coisas fúteis. Ação da Preguiça? Acredito que sim, ela é uma das minhas mais fortes adversárias.   

            Que devo fazer agora, sabendo de tudo isso? Pedir perdão ao Pai por minhas deficiências, reafirmar minha decisão de fazer a Sua vontade e não a minha, e procurar ver se venço essa inércia, de realmente fazer a vontade do Pai.

            Este é o problema: vencer essa inércia! Vencer a preguiça! Tanto tempo já que estou tentando... e isso não acontece! Procuro ajuda na oração, peço ao Pai constantemente, inteligência rápida, coragem e sabedoria. Sei que estes são atributos importantes para a realização da minha tarefa, para eu não sair deste mundo material com esta falência moral em minha consciência. 

            Hoje é um dia que inicia, que nova chance surge para fazer isso, resolver os problemas espirituais que identifico aqui. Sei que tenho muitas tarefas ligadas ao mundo material, de suprir a sobrevivência e a dignidade, minha e a de meus dependentes, que são muitos, parentes, sanguíneos, amigos... também eles, apesar de serem externos e comporem o mundo material, faze parte dos meus compromissos espirituais, já que não tenho a pretensão de levar comigo ao mundo espiritual, nada do que estou construindo ao redor deles.

            Apesar de tanta autocrítica que faço aqui, sinto que falta apenas um pequeno detalhe para que eu engrene minhas ações naquilo que minha consciência cobra. Talvez o elemento importante para este avanço seja a sabedoria, encontrar esse pequeno detalha no meio de tantas alternativas que o Pai coloca ao meu alcance. Tenho um pequeno vislumbre que a igreja EITA que está maturando na minha consciência, seja este detalhe. Talvez eu precise ter um pouco mais de paciência para compensar e minha deficiência em sabedoria. Afinal, tudo tem o seu tempo na dinâmica da vida, e quanto o trabalhador está pronto a tarefa aparece.  

Publicado por Sióstio de Lapa
em 26/05/2020 às 17h22
 
25/05/2020 12h37
VULNERABILIDADE ESPIRITUAL

               O livro “A Marca da Besta”, de autoria de Ângelo Inácio através do médium Robson Pinheiro, nos traz importantes informações sobre as providências que estão sendo realizadas no mundo espiritual com respeito ao que se passa conosco, aqui no plano físico. É preciso que tenhamos esse conhecimento para que possamos refletir com mais eficiência.

            - Com frequência os guardiões se expõem pessoalmente em combates atrozes contra as organizações da oposição. Muitos encarnados julgam que nunca seremos atingidos, devido ao fato de que somos espíritos vivendo na realidade extrafísica. Sabemos que não é assim, mas muita gente talvez gostasse de ouvir mais sobre nossa resistência espiritual, nossa pretendida superioridade e suposta invencibilidade. Poderia comentar a respeito?

            Sem pensar muito, o guardião da noite apressou-se em apresentar seu argumento com simplicidade, de maneira convincente.

            - Muita gente acredita que ser espírito é sinônimo de invulnerabilidade. Não conhecem as leis que regem nossas vidas, tampouco as relações dos espíritos com os elementos considerados sutis, segundo a ótica dos encarnados. Em qualquer dimensão na qual estagiamos, somos permeáveis aos elementos dessa mesma dimensão. Isto é, nosso períspirito é formado pelos fluidos da dimensão astral onde nos movemos. Isso significa que o conceito de fluidez é bastante relativo. Nossa realidade material é sutil se comparada ao mundo físico propriamente dito, mas não em relação ao nosso plano, por um observador situado entre nós. 

            “Encontramos obstáculos, sentimos a resistência dos objetos que nos circundam, exatamente do modo como sucede com os encarnados em relação aos elementos que os rodeiam no mundo das formas. Não deixamos de ser humanos nem adquirimos títulos de santidade; graças a Deus estamos num estágio ainda muito acanhado de evolução. A realidade na qual estamos inseridos depois da morte do corpo é dotada de um sistema de vida e de uma política especiais em virtude apenas da visão mais dilatada daqueles que nos orientam. Em tudo, porém, o plano considerado espiritual é similar ao mundo físico. Assim sendo, um projétil feito de material de nossa dimensão poderá nos afetar, embora não cause a morte, devido ao fato de que vibramos na mesma frequência do referido projétil. Os feixes de energia lançados por nossas armas de defesa ocasionam impacto real nos espíritos atingidos, em razão do mesmo fato de que eles existem na faixa hertziana dessa energia (ver o livro “Legião” que trata das relações estreitas com o espectro eletromagnético estudado pela física).

            “Na eventualidade de ser necessário baixar a frequência em que vibra nosso períspirito para atual em dimensões mais densas que a habitual, ficamos igualmente sujeitos aos efeitos da matéria daquele plano ou campo energético., pois ainda que temporariamente, vibramos em idêntica sintonia à da matéria astral naquela esfera. Enfim, são conceitos básicos da física, com os quais muitos amigos da realidade corpórea não tem familiaridade por mera escassez de estudos e cultura.”

            Este tema da vulnerabilidade espiritual é um tanto complexo, que provoca nossa racionalidade e coerência. Sabemos que o espírito é imortal, que não morre, apenas muda para mundos diferentes, vibracionalmente. Qual a razão de se usar espadas e outros instrumentos bélicos se isso não tem capacidade de matar? A explicação de que esses instrumentos são feitos da mesma natureza vibracional desse mundo astral onde estamos, e por isso são capazes de nos afetar, tem boa lógica. Isso deverá causar sofrimento, sem provocar a morte. Nisso é o que consiste a batalha nos mundos espirituais, parece que é assim.

Publicado por Sióstio de Lapa
em 25/05/2020 às 12h37
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