Simão Pedro quando era mais moço, ouvira contar sobre pelos seus ancestrais, a vida de Jacó e sua família, a história de José e de seus irmãos, e tinha vontade conhecer essa região, essa terra onde esses homens moraram, e principalmente do poço que Jacó construíra e tomou o seu nome.
Um dia, saiu com mais dois que gostavam de viagem e foram até Sicar, onde existia o Poço de Jacó. Sentiu uma emoção diferente. Não via naquele trabalho um feito das mãos humanas. Via a glória das mãos espirituais que abençoavam aquelas águas. Bebeu do líquido e pôde saborear coisas diferentes das águas comuns.
Pedro encontrou um velho comerciante grego que falou sobre o poço, que muitas pessoas haviam visto um anjo, nas bordas do poço, abençoando as águas.
Pedro notou nas paredes do poço alguns molhos de planta que o velho informou ser peganon (mastruz), serve de tempero para as comidas, remédio para vista cansada e afasta os males espirituais e do corpo. Pedro usou a orientação do velho e passou a usar a planta com a água do poço sobre a vista. Repetiu várias noites em que ali permaneceu.
Na última noite, como num sonho, Jacó apareceu e disse-lhe que a água quando acrescentada a fé fazia milagres, e por isso ele estava curado.
Pedro voltou a Betsaida com os companheiros e não contou esse segredo para ninguém. Na hora costumeira se encontraram com Cristo e após a oração feita por Tiago Menor, Pedro, instigado pelo olhar de Jesus, levantou-se e propôs com desembaraço:
- Mestre! Estou ansioso por saber qual o valor real da oração. Muitos sacerdotes, sábios e Tu mesmo, têm na oração um princípio, a súplica a Deus. Será mesmo indispensável para nosso dia a dia?
O Cristo, revestido de energia mesclada com paciência, instruiu com segurança.
- Pedro, a oração devia anteceder a todos os encontros dos homens, em qualquer sentido de conversação, pois ela é uma força reguladora de nossas emoções. A prece é uma manifestação de gratidão ao nosso Pai Celestial, é como se estivéssemos pedindo orientação para nossos feitos. Quando feita com humildade, estabelecemos, em torno de nós um ambiente parecido com o dos anjos, e estes, por simpatia, nos visitam, incentivando mais as qualidades que Deus guardou em nossos corações.
“Pedi e obtereis”, essa é a lei do Senhor.
‘No entanto, é necessário saber pedir, para que o pedido abra caminhos compatíveis com a dádiva que mora no reino do amor. Quem não gosta de orar, certamente não acordou para as realidades do espírito. Se manifesta algum interesse pelas coisas espirituais, é só aparentemente. No fundo do coração é como aquele poço que o sedento furou, mas não encontrou água para beber. É o homem seco de sentimentos, capaz de fazer escândalos em nome da religião e dos bons princípios.
‘É bom que vejamos este exemplo: a criança quando chora – é uma forma de oração que faz à sua mãe, que como anjo tutelar, apareceu imediatamente, já sabendo da necessidade do filho. Pois assim é o nosso Pai Celestial. Ele sabe bem mais do que nós do que precisamos. Mas espera por nós, porque quem pede desenvolve em si certa humildade, tonificando as almas pelo carinho e abrindo diálogo entre as criaturas.
‘Pedro! Tocaste em um assunto dos mais lindos que a vida nos apresenta: os segredos da oração. Essa força que nos impulsiona a todos é instinto, inspiração e intuição em todos os reinos da Natureza. É que Deus já nos fez assim, com certa predisposição para falarmos com Ele através dos meios de que dispomos, de conformidade com o grau que atingimos na escala da vida. Quem não ora e desconhece a ação benfeitora da prece, mesmo o Senhor estando nele, por meio que ele próprio desconhece, sente-se distanciado de Deus pela ignorância.
‘Toda alma que reconhece os altos benefícios da vida espiritual e trabalha para o auto aperfeiçoamento não despreza a oração. Tem nela uma arma que previne e que ajuda no combate a todos os tipos de imperfeições materiais e espirituais. Negar a sua claridade é negar a própria existência do Criador. A prece é o prefácio da vida. Quando uma alma se esquece da oração, ela, por si mesma, é atrofiada. Na verdade, eu vos digo para não esquecerdes de orar em todos os trabalhos que Deus vos confiou nos caminhos da Terra. No entanto, deveis fugir dos exageros, do fanatismo, das lamentações sem sentido, principalmente os que já conhecem e entendem a Boa Nova do Reino. Quando orardes, não o façais em público, pois esse ato é muito sagrado para que jogueis aos que passam. Não façais como orienta a hipocrisia, o farisaísmo.
Ser dado a oração para satisfazer amizades e mostrar à sociedade que se reverencia a Deus é típico de hipócritas.
Orar, acima de tudo, é trabalhar no coração para que todos os sentimentos de ódio desapareçam, deixando de existir a vingança; é perdoar as ofensas; é doar sem que a recompensa circule em nossa mente como troca. É amar constantemente. O Evangelho da primeira à última letra é uma oração. E aquele que começar a vive-lo está orando nos moldes que a vida espera.
A prece, Pedro, tem várias modalidades, e a que mais agrada ao Criador é a que tem a forma do Bem. Quando estamos orando, emitimos luz de vida, que traz de volta a luz de Deus. E, nesse ambiente de permuta divina, sentimo-nos felizes: a felicidade de quem ora, poderá se transformar em cura para os enfermos, em alegria para os tristes, em paz para os atribulados e poderá ajudar muito na aquisição da sabedoria.
Quando oramos por um determinado objetivo, enriquecemos a área em que desejamos servir. Orar é muito grande para a alma, e saber orar é muito maior.
O evento de extensão universitária que estamos organizando para o próximo dia 19-10-2019, sábado, de 8h as 18h, na Faculdade de Farmácia, à Rua Gen. Gustavo Cordeiro de Faria, S/N - Petrópolis, Natal - RN, 59012-570, tem o objetivo de sensibilizar a comunidade evangélica para ser mantido o foco na construção do Reino de Deus conforme o Cristo nos confiou.
O evento será dividido em duas partes: a primeira, de 8h às 12h, com a formação de mesa de palestrantes com o objetivo de apresentação, objetivos e informar os avanços científicos e tecnológicos, conduzidos ou monitorados pelas universidades, desde a vinda do Cristo. Serão divididos em quatro horários. O primeiro deverá ser mostrado o objetivo do evento, a forma de organização, o compromisso das universidades com o cumprimento de uma missão que o Cristo nos delegou, enquanto humanidade. O segundo horário será mostrado a compreensão que adquirimos do Cosmo, da infinidade de moradas que o Mestre citou e que naquela época não fazíamos ideia. O terceiro e o quarto horários serão mostrados os diversos avanços científicos na medicina, biologia, fisiologia, química, sociologia, economia, etc., e ao mesmo tempo a força do egoísmo que se apossam desses avanços e mantém o planeta refém das forças do egoísmo, onde o mal continua sobrepujando o bem.
A segunda parte, de 14h às 18h, serão colocados os relatos de todas as entidades religiosas quanto aos serviços prestados que contribuem para a construção do Reino de Deus. Após os relatos, serão pontuados os mais eficazes e advertidos a todos sobre a principal lição do Mestre neste aspecto, que a construção do Reino de Deus deve começar por cada indivíduo em particular, mesmo que no momento queiramos dar o salto para a construção coletiva. Devemos ficar atentos nessa construção que é uma das formas da batalha sempre presente do bem contra o mal. As armas que podemos utilizar, a verdade, a solidariedade, a justiça, a misericórdia, todas dentro do arsenal do Amor, é muito diferente daquelas que o adversário lança mão, como a mentira, a injúria, a manipulação, a crueldade, a maledicência, a ganância, a corrupção, a violência, todas dentro do arsenal do egoísmo.
Todo o evento será registrado com o objetivo de ser trabalhado os encaminhamentos apresentados, com a possibilidade de ser reeditado no próximo ano, de forma mais ampla, a nível nacional. Imaginamos que nesse segundo momento, toda a sociedade será comunicada e convocada a participar através das diversas entidades, religiosas ou não, mas todas compreendendo a importância da construção deste Reino de Deus dentro da coletividade.
Para ser construído o Reino de Deus conforme Jesus anunciou, o egoísmo deve ser vencido dentro dos nossos corações. As forças instintivas da natureza animal são muito fortes e tendem a se organizar para os poucos que dominam o poder, manter afastado do ideal humano a grande maioria. Termina ambos os grupos, poderosos e explorados, afastados da condição de Família Universal que caracteriza o Reino de Deus.
Irei apresentar as 10 estratégias de manipulação em massa, conforme idealizado pelo francês Sylvain Timsit, com base em Noam Chomsky, que dizia o seguinte: “Em um estado totalitário não se importa com o que as pessoas pensam, desde que o governo possa controlá-la pela força usando cassetetes. Mas quando você não pode controlar as pessoas pela força, você tem que controlar o que as pessoas pensam, e a maneira típica de fazer isso é através da propaganda (fabricação de consentimento, criação de ilusões necessárias), marginalizando o público em geral ou reduzindo-a a alguma forma de apatia” (Chomsky, N., 1993)
Essas estratégias utilizadas diariamente pelas elites servem para afastar o rebanho de Deus do seu aprisco. Cabe a nós, cristãos mais esclarecidos, conhecer essas manobras, denunciá-las e partir para a construção do Reino de Deus, a partir do Brasil, sob o comando do anjo Ismael, como tal foi designado pelo Cristo, nosso governador sideral.
1. A Estratégia da Distração
O elemento primordial do controle social é a estratégia da distração, que consiste em desviar a atenção do público dos problemas importantes e das mudanças decididas pelas elites políticas e econômicas, mediante a técnica do dilúvio, ou inundação de contínuas distrações e de informações insignificantes. A estratégia da distração é igualmente indispensável para impedir o público de interessar-se por conhecimentos essenciais, nas áreas da ciência, economia, psicologia, neurobiologia e cibernética. Manter a atenção do público distraída, longe dos verdadeiros problemas sociais, cativada por temas sem importância real. Manter o público ocupado, ocupado, ocupado, sem nenhum tempo para pensar; de volta à granja como os outros animais.
2. Criar problemas e depois oferecer soluções
Este método também é chamado “problema-reação-solução“. Se cria um problema, uma “situação” prevista para causar certa reação no público, a fim de que este seja o mandante das medidas que se deseja aceitar. Por exemplo: Deixar que se desenvolva ou que se intensifique a violência urbana, ou organizar atentados sangrentos, a fim de que o público seja o mandante de leis de segurança e políticas desfavoráveis à liberdade. Ou também: Criar uma crise econômica para fazer aceitar como um mal necessário o retrocesso dos direitos sociais e o desmantelamento dos serviços públicos.
3. A estratégia da gradualidade
Para fazer que se aceite uma medida inaceitável, basta aplicá-la gradualmente, a conta-gotas, por anos consecutivos. Foi dessa maneira que condições socioeconômicas radicalmente novas, neoliberalismo por exemplo, foram impostas durante as décadas de 1980 e 1990. Estratégia também utilizada por Hitler e por vários líderes comunistas. E comumente utilizada pelos grandes meios de comunicação.
4. A estratégia de diferir
Outra maneira de se fazer aceitar uma decisão impopular é a de apresentá-la como “dolorosa e necessária“, obtendo a aceitação pública, no momento, para uma aplicação futura. É mais fácil aceitar um sacrifício futuro do que um sacrifício imediato. Primeiro, porque o esforço não é empregado imediatamente. Depois, porque o público, a massa, tem sempre a tendência a esperar ingenuamente que “amanhã tudo irá melhorar” e que o sacrifício exigido poderá ser evitado. Isto dá mais tempo ao público para acostumar-se à ideia da mudança e aceitá-la com resignação quando chegue o momento.
5. Dirigir-se ao público como crianças
A maioria da publicidade dirigida ao grande público utiliza discurso, argumentos, personagens e entonação particularmente infantis, muitas vezes próximos à debilidade, como se o espectador fosse uma criança de pouca idade ou um deficiente mental. Quanto mais se tenta enganar ao espectador, mais se tende a adotar um tom infantilizante. Por quê? “Se alguém se dirige a uma pessoa como se ela tivesse a idade de 12 anos ou menos, então, em razão da sugestionabilidade, ela tenderá, com certa probabilidade, a uma resposta ou reação também desprovida de um sentido crítico como as de uma pessoa de 12 anos ou menos de idade. ”
6. Utilizar o aspecto emocional muito mais do que a reflexão
Fazer uso do aspecto emocional é uma técnica clássica para causar um curto circuito na análise racional, e finalmente no sentido crítico dos indivíduos. Por outro lado, a utilização do registro emocional permite abrir a porta de acesso ao inconsciente para implantar ou injetar ideias, desejos, medos e temores, compulsões ou induzir comportamentos.
7. Manter o público na ignorância e na mediocridade
Fazer com que o público seja incapaz de compreender as tecnologias e os métodos utilizados para seu controle e sua escravidão. “A qualidade da educação dada às classes sociais inferiores deve ser a mais pobre e medíocre possível, de forma que a distância da ignorância que paira entre as classes inferiores e as classes sociais superiores seja e permaneça impossível de ser revertida por estas classes mais baixas.
8. Estimular o público a ser complacente com a mediocridade
Promover ao público a crer que é moda o ato de ser estúpido, vulgar e inculto. Introduzir a ideia de que quem argumenta demais e pensa demais é chato e mal-humorado, que lhe falta humor de sorrir das mazelas da vida. Assim as pessoas vivem superficialmente, sem se aprofundar em nada e sempre ter uma piadinha para se safar do aprofundamento necessário a questões maiores. A ideia é tornar qualquer aprofundamento como sendo desnecessário. Pois qualquer aprofundamento sério e lúcido sobre um assunto pode derrubar sistemas criados para enganar a multidão.
9. Reforçar a auto culpabilidade
Fazer com que o indivíduo acredite que somente ele é culpado pela sua própria desgraça, por causa da insuficiência de sua inteligência, suas capacidades, ou de seus esforços. Assim, no lugar de se rebelar contra o sistema econômico, o indivíduo se auto desvaloriza e se culpa, o que gera um estado depressivo, cujo um dos efeitos é a inibição de sua ação. E, sem ação, não há questionamento!
10. Conhecer aos indivíduos melhor do que eles mesmos se conhecem
No transcurso dos últimos 50 anos, os avanços acelerados da ciência têm gerado uma crescente brecha entre os conhecimentos do público e aqueles possuídos e utilizados pelas elites dominantes. Graças à biologia, a neurobiologia a psicologia aplicada, o “sistema” tem desfrutado de um conhecimento avançado sobre a psique do ser humano, tanto em sua forma física como psicologicamente. O sistema tem conseguido conhecer melhor o indivíduo comum do que ele conhece a si mesmo. Isto significa que, na maioria dos casos, o sistema exerce um controle maior e um grande poder sobre os indivíduos, maior que dos indivíduos sobre si mesmos.
Nós do Yogui.co acreditamos que para se manter desperto e apto a tomar decisões sem sermos massa de manobra devemos nos autoconhecer, o caminho mais profundo de autoconhecimento é a meditação (ao nosso ver).
A simples tarefa de olharmos internamente para cada nuance de nosso ser e questionar cada célula, cada pensamento é o caminho básico para quem deseja despertar de toda essa manipulação que foi pensada para nos manter dispersos.
Quanto mais disperso o ratinho. Mais facilmente cai na ratoeira
Observamos assim que o embate prioritário que existe na sociedade envolve principalmente os aspectos materialistas do poder. As elites querem se manter onde estão e a massa, manipulada por essas técnicas, ficam longe do poder e mais ainda das lições do Mestre Jesus. Cabe a nós, espiritualistas de todos os credos, que respeitamos a Deus como nosso Criador e que queremos seguir as lições do Cristo, sair dessa dicotomia e construir a sociedade do Reino de Deus, conforme Ele nos ensinou, praticando inicialmente a Reforma Íntima em nossos corações.
Judas Tadeu era um homem viajado, conhecia muitas cidades ao longo do rio Jordão, várias línguas, costumes, comércio. Quando jovem, 14-15 anos, se distraia pelas ruas de Jope, quando um velho, uma espécie de mago, o levou para sua cabana. Falou que seu nome era Basílio, tinha 98 anos, e que era seu dever revelar algo que a vida reservava para o jovem. O velho usou um cristal muito polido e brilhante e falou:
- Vi em volta de tua cabeça uma promessa para o futuro.
Tadeu via no cristal o nascimento de uma criança numa estrebaria, até a sua morte na cruz.
- Estás vendo? Diz o mago, tu és um que vai acompanhar esse Mestre, que é a luz do mundo.
O rapaz chorou e o velho advertiu para que essa imagem não saísse da sua mente, que acompanhasse esse personagem divino, que era o homem do Amor.
-Não digas nada do que vistes e ouvistes de mim, reforçou o mago, porque a vida tem segredos dispensados a poucos e que exigem silêncio aos ouvidos de muitos.
Passaram-se os anos. No dia em que encontrou Jesus, Tadeu reconheceu o mesmo personagem da bola de cristal.
Tadeu pensava muito na Bondade. Achava essa virtude uma segurança para os sofredores. Nos caminhos da verdade, ele já havia encontrado muita gente possuidora desse clima de Deus no coração.
Na reunião da noite, sentiu a inspiração de indagar:
- Mestre! Pelo pouco que faço não cabe a mim tomar o teu precioso tempo com perguntas que podem não ser ideais. Mas, o que é a Bondade? Qual sua ação benfeitora na Terra?
O Nazareno, tranquilo, respondeu com alegria:
-Judas Tadeu, a Bondade é uma marca de Deus em nossos corações. O homem bom sempre sabe de onde veio a sua Bondade e o que fazer para conservá-la. Essa virtude é uma das cordas do grande instrumento da vida, e uma das cordas do amor. Se queres irradiar uma melodia perfeita da vida que levas, deves afinar todas as cordas sonoras da alma, para que os dedos de Deus toquem em teu favor.
‘A Bondade é, sem dúvida, um princípio da escrita divina em nós, que nos leva à procura de outras da mesma linha. Contudo, o senso de equilíbrio nos leva a disciplinar essa disposição inspirada pela caridade. A Bondade não pode querer suprir as deficiências que somente o trabalho pode fazer, ou a dor que desperta, ou a corrigenda que conscientiza as pessoas.
‘Quem chega ao ponto de conciliar a Bondade com a justiça faz muitos prodígios na arte de educar as criaturas e, ao invés, como pensas, de afastar as pessoas, elas sentirão, mais tarde, a eficiência de mestre daqueles que andam sempre no fio da balança divina, dando o que devem dar, na hora certa; tirando o que devem tirar, no momento exato.
Houve silêncio. Muitos discípulos andavam exagerando no serviço de assistência. A Bondade estava virando fanatismo, que logo pode passar a ser conivência com certo tipo de vida contrária à moralidade e avessa à lei do trabalho.
Jesus voltou a dissertar:
- Nós, temos muitas coisas que poderemos destinar aos outros, sem envernizá-las com mesquinhos interesses. Todavia, mesmo que o desprendimento acompanhe as dádivas, a sabedoria e o amor nos asseguram que deveremos vigiar o que vamos entregar aos nossos semelhantes a quem vamos dar. A Bondade no lugar certo, é luz que se acende nas trevas, mas onde não chegou a hora pode ser incentivo para a miséria da alma. Já pensastes em se condoer dos insetos de todas de todas as espécies que vivem ao léu, nos campos, e leva-los para dentro de casa? Dos animais, que por vezes, estão enfermos? Dos mendigos que encontrais pelas ruas e estradas, leva-los para vosso convívio, dos doentes, ou dos assassinos ou leprosos, ou dos inconscientes às leis do país? Pois essa seria uma Bondade que se tornaria um distúrbio muito grande, de modo a impedir que alcanceis a vossa paz no lar e na consciência.
‘É muito grandioso ser bom, mas é muito melhor saber ser bom pelas linhas da fraternidade e da razão objetiva. Não estou querendo que esmoreçais na aquisição dessa virtude iluminada por excelência, porém que aprendais a dignificar a Deus pela inteligência que Ele vos deu, amparada pelos sentimentos. É bom que não passeis para nenhum dos extremos da sabedoria e do amor, porque nas margens encontrareis desequilíbrios. No centro das correntezas dos rios, as águas são mais puras.
‘Tadeu, se encontrastes muita Bondade nos teus caminhos, e estas facilitaram o teu bom desempenho, sê grato aos teus benfeitores, não com palavras, pois nem sempre eles podem ouvir, mas sendo bom na mesma temperatura da Bondade que recebeste. Fica sabendo que toda virtude desordenada é ninho de serpentes para o futuro.
‘Por isso é que meu Pai que está nos céus me enviou a vós, para que fundásseis na Terra um educandário onde podereis, com a ajuda da Boa Nova que vos trago da parte dEle, equilibrar as vossas emoções e enobrecer as vossas ideias. Controlar os pensamentos é iluminar a fala.
‘Todas as virtudes que ensinamos já são conhecidas na Terra, pois os profetas e os sábios as espalharam por toda a parte. Mas a Boa Nova de Deus é o educador comum que propicia, com mais amplitude, disciplina para todas as virtudes. Havereis de dar graças a Deus, mesmo que entregueis a vida como semente de luz para esplender nos corações, pelo sangue que derramastes, o interesse maior, de viver, mas de viver bem.
Quero e espero que todos vivais pela Bondade. Não obstante, que essa Bondade não ultrapasse as divisas do seu município, evitando perturbar a capital do coração e o comando da inteligência.
Caía a tarde, chegava a noite
Plena quarta feira em Natal
Quem diria, chegavam as trevas com alegria
Fim de tarde ao ar, em sintonia
Como posso unir o sol à lua
Se um é quente, a outra fria?
Ao longe o astro e o satélite se completam
E de perto se perdem, se destroem.
Eis o mistério do anoitecer
Dois corpos devem se distanciar
Mas como vencer a gravidade?
Se todos corpos sofrem atração?
A cidade luz debaixo do romance
Desperta frio na barriga, à boca da noite
Se o entardecer foge da luz
A noite chega cheia de sonhos.
O frio invade em meio à escuridão
O calor do dia dar espaço ao sereno
Congelado fica o coração
Das estrelas espera a compaixão
É tão singelo a troca de energias
O esconderijo do sol cavalheiro
Por entre as nuvens transmite a luz
Para a lua transmitir o brilho como espelho