Irei colocar aqui, com poucas adaptações, a aula do Prof. Luiz Raphael Tonon, com estreia no dia 26-06-2022, pelo Centro Dom Bosco, no Youtube, com 58.000 visualizações em 16-07-2022.
O evangelho chega muito cedo na Península Ibérica. E também, junto com o Evangelho, no século VIII, vão chegar os muçulmanos. No ano de 622 Maomé funda a sua religião, escreve os versos do Alcorão e se dá a Hégira, a fuga de Maomé de Meca para Medina. Se chama Medina porque significa a cidade do profeta.
A Hégira marca o início do calendário muçulmano no ano 622. Dali em diante, em 632 morre Maomé, mas em 100 anos o Oriente todo já estava dominado. Tem uma passagem do norte da África com a Espanha que é o Estreito de Gibraltar, que foi a porta de entrada dos muçulmanos para o território europeu já cristianizado. Os bárbaros que habitavam a Península Ibérica, os celtas, os líberos, os godos, os visigodos... esses povos todos, alguns eram pagãos e outros eram cristãos, mas hereges, não eram cristãos arianos e deram muito trabalho à igreja. Um herege é muito mais difícil você catequizar do que um pagão, que é muito mais tranquilo.
Então, havia essa presença cristã, dos pagãos e dos bárbaros na Europa. Chegam os muçulmanos que vão invadindo e conquistando territórios, montando sultanatos nos territórios aqui e ali.
Um fato pouquíssimo explorado na história de Portugal e que gosto de contar, é que os muçulmanos estavam num vilarejo que eles ocuparam nas proximidades Leiria. Três deles chegaram num grotão, uma espécie de cova, onde estava edificando seu pequeno reino, uma espécie de feudo, e de repente, dentro daquela cova, onde existiam muitas azinheiras, uma planta típica daquele lugar, eles divisaram ao longe uma grande luz e viram uma senhora de indizível beleza que não olhava para eles em hipótese alguma. Eles tentavam olhar para aquela mulher, chamavam atenção, ela os ouvia, mas não olhava, voltava o seu rosto em outra direção. Viram que havia algo de sobrenatural porque estava extremamente iluminada, sentiram medo, e como bons muçulmanos eles deduziram que devia ser a filha do profeta Maomé que se chamava Fátima. Deram o nome ao lugar de Fátima e chamaram aquele vilarejo de Fátima. Se eles fossem mais estudados, viriam que o nome de Fátima, a filha de Maomé, não é citado em seu livro sagrado, o Alcorão, mas o nome de Maria, a mãe de Nosso Senhor, sim. É o único nome feminino citado no alcorão é o da Virgem Maria.
Em 1917, nessa mesma grota, que recebeu o apelido de Cova da Iria, que é uma variação do nome Irene, porque ali havia uma capelinha dedicada à mártir portuguesa, Santa Irene. Uma mártir dos primeiros séculos.
Ali aparece uma Senhora para três crianças, com as quais ela falou. Vai ficar conhecida como Nossa Senhora de Fátima. A aparição incorporou o nome da filha do profeta Maomé.
Primeira informação que tenho sobre a origem do nome Fátima. Jamais pensei que tivesse qualquer ligação com os muçulmanos. Isso mostra a importância do ensino real, significativo, dentro das escolas, e não essa proposta ideológica que leva os alunos para um caminho que os filhotes de ditadores querem alcançar com a desinformação, a ignorância da massas quanto as suas origens e história real.
Irei colocar aqui, com poucas adaptações, a aula do Prof. Luiz Raphael Tonon, com estreia no dia 26-06-2022, pelo Centro Dom Bosco, no Youtube, com 58.000 visualizações em 16-07-2022.
No tempo do Evangelho, São Paulo coloca na carta aos Filipenses o desejo de evangelizar a Espanha. Mas historicamente não consta que São Paulo tenha alcançado a Espanha. O mais provável é aquilo que a tradição nos legou e há uma grande probabilidade histórica do fato de São Tiago Maior ter se dirigido a Espanha, evangelizado, e retornado a Jerusalém onde foi martirizado. Os restos dele repousam hoje em Compostela, na Espanha.
A evangelização em termos de apóstolos diretos de Cristo que chegou na Espanha foi Santiago, uma testemunha direta da ressurreição, um apóstolo que tocou a Península Ibérica, isso é fato.
Já nos primeiros séculos do cristianismo, o sangue dos cristãos foi derramado. Existem muitos santos que são considerados portugueses. São santos, na verdade, antes da existência de Portugal. O primeiro arcebispo de Braga, foi um mártir. Ele foi martirizado muito antes da existência de Portugal como nação. Santa senhorinha, Santa Irene, e tantos santos que foram mártires e derramaram seu sangue em solo português, e que ainda não era Portugal. Era o solo da Hispania (nome dado a toda a Península Ibérica durante a Roma Antiga), que foi colônia romana.
Roma fundou Lisboa, por exemplo. A civilização ocidental tem três pilares: filosofia grega, direito romano e a fé católica. Roma foi usada pela providência divina para preparar a vinda de Nosso Senhor, para dar estrutura aquele império que depois cederia lugar a Nosso Senhor. É do império de Roma que viria o império do Cristo.
Por isso a igreja absorve não só as estruturas do Império Romano, mas ela absorve também a cultura, a estética, e cristianiza essa estética. Por exemplo, o obelisco da Praça de São Pedro, que os romanos trouxeram do Egito, símbolo do poder romano, Nero mandou colocar no centro do circo aquele obelisco e assistiu o martírio de São Pedro. Depois foi deslocado para a Praça de São Pedro. A igreja apagou as inscrições egípcias, romanas e sobrepôs a essas inscrições pagãs a seguinte frase: Christus vincit Christus rainha Christus imperat – Cristo vive, Cristo reina, Cristo impera. É o que diz no salmo: “Eu sou aquele que constrói e que derruba os impérios. Nosso Senhor é aquele que tem o poder de elevar e derrubar os impérios. Então é Ele que vive, Ele que reina, Ele que impera. Os outros pensam que imperam, tem a ilusão de imperar, mas Nosso Senhor impera sempre.
Interessante essa narrativa de apóstolos diretor ter vindo a Europa e até ao Brasil, as terras americanas do Norte e Central. São Tiago e São Tomé. É como se fossem semeadores do Evangelho se esforçando para preparar a terra que viria a ser a base de Regeneração do planeta.
O Brasil está destinado a ser a pátria do Evangelho e o coração do mundo, segundo informações vindas do mundo espiritual. Dessa forma se entende toda preocupação da expansão do catolicismo na Europa e de lá a vinda para o Brasil, por caravelas devidamente identificadas com a cruz de Cristo sendo o primeiro ato dos descobridores, uma Santa Missa.
Irei colocar aqui, com poucas adaptações, a aula do Prof. Luiz Raphael Tonon, com estreia no dia 26-06-2022, pelo Centro Dom Bosco, no Youtube, com 58.000 visualizações em 16-07-2022.
O fato é que havia uma devoção e o que mais impressiona os jesuítas, que quando eles chegam no Peru, na Colômbia, e os índios também dizem que São Tomé passou por lá também. Então, onde podemos chegar com essa história... os mesmos destinos que unem Portugal e Espanha, na sua história lá na Europa, une também o Brasil e os nossos países irmãos aqui de colonização espanhola, unem os destinos de Portugal e Espanha.
Os nossos destinos espirituais, não é exagero pensar, são os mesmos. Os desígnios espirituais de Nosso Senhor para Portugal e para o Brasil são os mesmos, e não são pequenos.
O Hernan Cortez quando chega no México, na cidade de Teotihuacán, sede do império Asteca, narra o seguinte ao ver um paredão de pedras perfeitamente encaixadas como os astecas faziam: “Vi no meio de uma dessas muralhas uma porção de astecas se prostrando e fui ver do que se tratava”.
Ele chega perto e ver na muralha uma grande cruz, a cruz latina, como nós veneramos e adoramos, a Santa Cruz do Nosso Senhor. Ele se surpreende e os astecas dizem que foi Sumé quando passou por aqui e nos ensinou que este é o sinal da salvação.
Essa muralha não existe mais. Existe outra muralha que um sobrinho de Cortez vai encontrar na Bolívia e também com uma cruz e com o mesmo relato.
Com a chegada definitiva dos portugueses e posse do território brasileiro, começa a evangelização do Brasil. Mas a pré-história do Brasil não começa agora, pouco antes de 1500, e sim com a história da Península Ibérica.
Esses fatos mostrados pelo professor Raphael são incontestáveis, pois estão à nossa frente até hoje. Todos os relatos e principalmente as padroeiras de tantas nações, todas elas sintonizadas com a evangelização preconizada pelo Cristo. Somos nações predestinadas com um mesmo destino espiritual, de fazer a vontade do Pai de acordo com a lições que o Cristo nos trouxe. Por mais que vejamos essa avalanche de ataques à nossa fé e esforços para desviar a verdade do que aconteceu e do que estamos responsabilizados no presente e no futuro, sabemos que, mesmo o adversários tendo as suas vitórias, que o Anticristo venha a reinar, tudo isso serve como mais um teste para provar na luta a firmeza daqueles que têm fé e que se manterão prontos para o engajamento no exército do Cristo e repetir agora como no passado a recuperação de tudo que os invasores de nossa fé conquistaram pela forca das armas ou a malícia das mentiras.
Irei colocar aqui, com poucas adaptações, a aula do Prof. Luiz Raphael Tonon, com estreia no dia 26-06-2022, pelo Centro Dom Bosco, no Youtube, com 58.000 visualizações em 16-07-2022.
Quando padre Manoel da Nóbrega chega aqui, nas chamadas Cartas do Brasil, que é um conjunto de cartas, ele conta que em algumas tribos aqui no Brasil, quando ele começou a catequizar, falando do Nosso Senhor, da Virgem Maria, dos apóstolos...
Essa era a ordem didática dos jesuítas, falar primeiro de Deus e depois da Trindade para mostrar o Deus trino. Usavam o recurso da flor do maracujá. É curioso, pois a imagem da Virgem Maria tem os cabelos enfeitados com a flor do maracujá.
A imagem da padroeira do Brasil tem Flor de Maracujá no cabelo. Os jesuítas usavam a flor do maracujá para dizer que era uma só flor e três pedúnculos, querendo explicar que existia um só Deus em três pessoas: o Pai, o Filho e o Espírito Santo.
Havia uma comoção e um burburinho entre os índios quando se falava especialmente de um apóstolo, que era o mais venerado de todos, quando se falava de São Tomé. Os índios até pulavam e repetiam para os jesuítas: Sumé! Sumé!
Nas línguas derivadas do Tupi, Zumé ou Sumé é o equivalente a Tomé em língua portuguesa.
Os jesuítas ficaram curiosos com toda essa demonstração de familiaridade e com os índios relatando que ele esteve por aqui. A gente conhece esse, eles falavam, os outros não. E ele falou a mesma coisa que vocês falam.
Então os índios começavam a narrar para os jesuítas o que tinham ouvido. O que mais impressionou Manoel da Nóbrega no relato que ele ouviu na Bahia e pensava ser uma coisa localizada, uma confusão com alguma divindade deles. Mas ele ficou ainda mais surpreso, pois, no Rio Grande do Sul, São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia, Paraíba e no Ceará, haviam os mesmos relatos da presença de Sumé, em tribos diferentes, de línguas diferentes.
Uma dessas tribos que foi encontrada pelo Manoel da Nóbrega quando ele veio catequizá-los, foi a tribo que depois originou a vila de São Lourenço de Niterói, e eles também falavam que Sumé passou por aqui. Mais impressionado ficou ainda quando chega em Cabo Frio e os índios levam os jesuítas até uma pedra que parecia estar afundada em cera mole, que dava impressão de alguém ter batido com um bordão e afundado.
Os índios relataram exatamente isso, que Sumé dissera que os índios não podiam casar com mais de uma mulher e nós não concordamos, nós queríamos mais de uma mulher. Então o apóstolo bateu com o bordão com tanta força que marcou a pedra. Isso impactou os índios que então resolveram viver com uma só mulher.
Isso é narrado pelos jesuítas, pois dos 252 povos indígenas existentes no Brasil, na época do descobrimento, eram dois ou três que praticavam a poligamia. A grande maioria dos índios brasileiros eram monogâmicos e eles insistiam na questão da monogamia, de se dizer a verdade sempre, nunca mentir ou omitir, e diziam que Jesus tinha ensinado isso. Ele nos falou de Deus, então os índios do Rio de Janeiro, os Tupis e Guaianazes em São Paulo, chamavam o apóstolo Sumé como o Deus pequeno.
Os jesuítas perguntaram porque ele era o Deus pequeno, e era respondido que ele veio para anunciar o Deus grande de quem ele era apóstolo. Então, Nosso Senhor era o Deus grande e Sumé era o Deus pequeno.
Esse é um relato pré-histórico da presença cristã no Brasil. Os jesuítas começam a conjeturar, como Tomé pode ter vindo. Começam as teses, antíteses, discussões escolásticas, e um deles aventou que talvez São Tomé tenha sido mandado para cá ainda no tempo de vida dele, milagrosamente através de Nosso Senhor, inclusive como castigo por sua dúvida durante a ressurreição.
Uma forte narrativa, pois coloca um apóstolo direto do Cristo em nosso país, catequisando os índios. Como se deu isso? Não tenho nenhuma conexão dessa missão de Tomé em nossa Terra, principalmente tendo a missão um caráter de castigo por ele ter duvidado da ressurreição de Nosso Senhor. Mas vou deixar a informação no aguardo de mais dados a favor ou contra que eu possa considerar ou desconsiderar o que está sendo dito aqui. Mas, existem os fatos...
Irei colocar aqui, com poucas adaptações, a aula do Prof. Luiz Raphael Tonon, com estreia no dia 26-06-2022, pelo Centro Dom Bosco, no Youtube, com 58.000 visualizações em 16-07-2022.
Os jesuítas chegam aqui em 1549, junto com Tomé de Souza, governador Geral nomeado pelo rei de Portugal que vem entre os jesuítas aqui para o Brasil. Só que muito antes deles chegarem já havia aqui uma presença religiosa muito curiosa entre os indígenas. É aquilo que João Paulo II chama de Celina verb, sementes da verdade, e que podem estar presentes naqueles que vivem de boa vontade e de consciência reta.
A ignorância pode eventualmente até salvar, dizem que é o oitavo sacramento, a Santa Ignorância, que acaba salvando, quando a ignorância é invencível. Quando é culposa é outra história.
Já havia um relato dessas terras atlânticas na Idade Média. Se nós pegarmos as lendas de São Brandão, que era um monge irlandês que narrou algumas experiências místicas que ele teve que indica a existência de terras atlânticas a oeste que chama de Hi Brasile, ou Brazil, ou Hi Brasil. Ele usa essas três expressões para falar dessa ilha e é a tradução no dialeto que era falado pelos bárbaros na Irlanda, que nessa época ainda existiam bárbaros não catequisados. A influencia dos dialetos era muito grande, e Brasil significa Terra Afortunada, Terra Abençoada.
São Brandão fala que existia uma ilha atlântica e dá as coordenadas geográficas de onde ela ficaria. Essas coordenadas geográficas coincidem com a nossa Terra de Santa Cruz. Muitos tratam como lenda essa narrativa de São Brandão, mas seus biógrafos não tratam como lenda e sim como experiências místicas e que Nosso Senhor manda que São Brandão estenda a capa dele. É um hábito monástico, que ele estenda sobre o mar e que navegasse sobre a própria capa e que foi conduzido a lugar que ainda não conhecia o nome de Nosso Senhor e ele deveria vir até esse lugar. São Brandão disse que viaja até a ilha fortunata, a Terra Fortunata. Ele diz o que havia aqui, o que fazer e como viver.
Esta narrativa é importante pois fortalece a natureza espiritual do Brasil desde o seu descobrimento, antes da data oficial de 1500. A tradução de Brasil por Terra Abençoada é pouco conhecida. Eu mesmo nunca ouvi falar disso nos meus diversos anos de escola formal. Foi passado como realidade uma invasão de pessoas interesseiras que vieram roubar nossas riquezas e escravizar nossos índios. Acredito que a busca e a ênfase nos aspectos positivos dos descobridores, do que se estava falando da nossa Terra na Europa, de toda ênfase espiritual que estava presente nos ideais dos descobridores, poderia que daria ao nosso imaginário atual uma melhor robustez histórica e orgulho de pertencimento a tudo que ocorreu no passado e que temos a obrigações de conduzir no presente em direção ao futuro, isto é, manter a missão que espiritual que se abriu desde o início para a nossa Terra. Por isso é bem compreensível quando chegam informações do mundo espiritual dizendo que o Brasil será a pátria do Evangelho e o coração do mundo.