Ontem, dia 24-04-14, fizemos mais uma reunião do projeto de Extensão Universitária Foco de Luz. Contamos com as seguintes pessoas: Francisco Rodrigues, Edinólia Rodrigues, Paulo Henrique, Ana Paula, Ivanaldo Irineu, Marivan Silva, Anilton Cabral, Clóvis Costa, Damares Batista e Maria Estela. Foram abordados os seguintes assuntos:
ASSOCIAÇÃO DE MORADORES E AMIGOS DA PRAIA DO MEIO – Paulo apresentou a ata de fundação da Associação foi indicado o nome de Paulo, Oscar e Ezequiel para formaram uma Junta Diretiva Provisória para convocar uma Assembléia Geral para o dia 08-05-14, com a finalidade de oficializar a Junta Diretiva Provisória que irá organizar os associados e promover a diretoria definitiva o mais breve possível. Será feito um Edital de convocação que será divulgado nos jornais e locais de fácil acesso para a comunidade. Na próxima 3ª feira, dia 30, as 10h, Paulo irá ao HUOL para atualizarmos a ficha de sócio da Associação com a finalidade de começar logo a construção do corpo de associados.
HOTEL REIS MAGOS – Foi entregue a Junta Diretiva Provisória da Associação o Projeto de Reconstrução do novo hotel Reis Magos, pelo seu proprietário, Senhor Zezito. Ele se mostra satisfeito por perceber que os interesses da comunidade coincidem com os seus e pretende se reunir conosco na primeira oportunidade. Lastima que esse projeto no valor de 130 milhões de reais que ele apresentou a Prefeitura no ano passado não tenha sido aprovado. Os membros da Associação presentes a reunião também lastimaram tão grande perda e que a própria comunidade não teve consciência da dimensão do prejuízo.
ESCOLA OLDA MARINHO – O professor Adailson foi até a Secretaria de Educação com os ofícios emitidos pela Direção da escola solicitando trabalhos de recuperação há mais de ano e que até o momento não foi atendido. Foi sugerido que a diretora fizesse um novo ofício anexando os ofícios anteriores e que no momento da entrega fosse marcado uma audiência com a Secretaria, junto a direção da escola, Projeto Foco de Luz e Associação de Moradores.
PROJETO BOLA NA REDE – Clóvis explicou eventos religiosos que irão acontecer a partir de amanhã. Damares ficou de participar do evento do dia 25-04-14. Clóvis sugeriu que fosse implementado um Fórum Permanente como este que nós estamos realizando.
OCORRÊNCIA POLICIAL – Clóvis relata as ações impróprias do Aquárius, um barzinho que promove todo fim de semana festas onde é observada a presença de menores fazendo uso de álcool. Neste fim de semana passado uma garota foi abusada e ainda tinha em sua companhia duas menores. Foi avaliado a possibilidade de conversarmos com o proprietário e fazermos um ajuste de conduta que beneficie a todos.
LÍDERES DE RUA – Foi colocada a necessidade de começarmos a organizar a comunidade em torno dos líderes de cada rua, começando com os presentes. Ficou assim distribuída essa liderança de forma provisória, até ter sido oficializada a nova diretoria da Associação:
Avenida Café Filho Francisco Rodrigues
Travessa Brasil Ivanaldo Irineu
Rua Feliciano Dias Anilton Cabral
Travessa 25 de dezembro Marivan Silva
Rua do Motor Clóvis Costa
CONVITES ESPECIAIS – Foi decidido que devíamos fazer convites especiais para participação de nossas atividades a pessoas com trabalhos já realizados ou sejam referência por serviços prestados. Foi citado o nome de Marinho Chagas e o de Sombra, que deveriam ser contatados entre outros, de forma especial.
PRÓXIMA REUNIÃO – Por motivo da próxima quinta feira ser feriado, 1º de maio, a próxima reunião ficou marcada para o dia 08-05-14 onde possivelmente ocorra a Assembléia para oficializar a Junta Diretiva que irá organizar os sócios para a eleição da nova diretoria
A reunião foi encerrada as 19:30h com a orientação de que as atividades da comunidade seriam divulgadas sempre que fossem realizadas, através da mídia.
A vinda de Jesus ao mundo foi um fato revolucionário, que mesmo o mais impertinente ateu vive sob sua influência na contagem dos dias no calendário, antes e depois do Cristo. Porém isso é um fato muito simplório, o de viver essa realidade cristã apenas nos seus efeitos do calendário. Jesus veio para implementar uma Nova Ordem no mundo, num mundo que privilegia a natureza material e ignora o mundo espiritual. Jesus veio para dizer da existência do mundo espiritual, que é esse mundo o principal para a evolução de nossas vidas, e que sua principal lei é o Amor e que se confunde com o próprio Deus, criador do mundo, das coisas, dos seres.
Esta é a Nova Ordem que Jesus ensinou em nossas consciências, que devemos privilegiar o mundo espiritual e deixar subordinado todos os nossos instintos e valores materiais aos princípios do Amor Incondicional. Fazendo isso com firmeza e honestidade, iremos transformar a família nuclear de características egoístas em família universal com características fraternas.
A dificuldade que a maioria das pessoas apresenta é de acreditar que esse Jesus que tanto Amor ensinou entre nós, que teve uma vida dedicada aos irmãos e ensinando sobre a paternidade divina, que o Seu Reino não era deste mundo, continue vivo entre nós após a sua morte física. Muitos não acreditam nesse mundo espiritual, nem mesmo tendo conhecimento de provas científicas que o confirma e que já foram colhidas. Para eles é uma realidade totalmente fora de uma lógica racional, onde tudo se mede, se pesa, se reproduz. Não aceitam essa nova ordem que Jesus anunciou e que passou a viver e a ensinar.
Eu confesso que fiquei muito tempo dentro dos valores da Academia e não aceitava uma informação que não tivesse o carimbo de “aceito” pela Ciência. Mas a dúvida nunca se afastava da minha mente, pois os argumentos científicos não conseguiam destruir a paternidade divina do mundo. O máximo que a minha inteligência alcançava, ajudada por cientistas de todas as áreas, era com a explosão inicial do “Big-Bang”, do início da formação de todo o Universo. Mesmo assim ficava um enorme vácuo do que viria antes do “Big-Bang”... Se fosse outro Universo que havia se contraído até um minúsculo ponto super-carregado de energia, de onde viria esse outro Universo? Assim, virava um círculo vicioso.
O conceito de Deus como Criador do Universo e responsável por nossas vidas, assim como foi ensinado por Jesus, veio fechar as lacunas de minha compreensão e forçar a uma humildade que eu não possuía. A de que a minha inteligência é limitada e que jamais poderá alcançar a inteligência do Criador. Então, necessariamente eu não terei condições de alcançar a verdade total da existência. Eu posso apenas vislumbras frestas de luz nessas trevas de ignorância.
Hoje vivo de forma mais confortável, sem tantas dúvidas quanto a minha existência, minha origem e destinação. Aceitei a nova Ordem que Jesus ensinou e procuro cada vez mais me torna um cidadão do Reino de Deus. Dentro dessa nova forma de cidadania eu também tenho meus deveres e direitos. Tenho o dever de obedecer ao meu Pai divino, assim como tenho dever de obedecer aos meus pais biológicos. O meu Pai divino colocou na minha consciência uma missão que devo fazer com a ajuda de mulheres que se tornem sensibilizadas ao projeto, seja pelo desejo sexual que se converte em Amor Incondicional, seja pelo próprio desejo delas de fazer a vontade dEle e que reconhece na minha missão uma boa oportunidade para isso.
Vi no filme de Bezerra de Menezes, “Diário de um espírito”, pela primeira vez esse termo. Achei muito interessante, não tinha ainda percebido por esse viés a atividade política.
Passei um bom tempo da minha vida como um militante político, fui candidato em diversas ocasiões, desde vereador a vice-governador. Sempre mantive o slogan da minha campanha pela “Dignidade Humana” e a ele fui fiel em todos os momentos. Jamais procurei comprar votos ou trocá-los por qualquer meio, principalmente pela minha atuação enquanto médico, o que era uma prática comum nas eleições. Vi que o meu discurso e a minha prática não iria me levar ao cargo e por outro lado eu não poderia modificá-los com a justificativa de que os fins justificam os meios, como eu era constantemente aconselhado a fazer.
Depois de algum tempo e várias experiências frustradas de alcançar algum cargo público eletivo, vi que eu não iria alcançar esse um objetivo com a minha filosofia, método e comportamento. O máximo que eu podia alcançar era dar uma opção digna ao eleitor que poderia votar com a sua consciência no melhor candidato, de forma secreta como seria o correto.
Com o aprofundamento da minha visão espiritual, com a aplicação da principal lei ensinada por Jesus dentro dos desdobramentos da lei do Amor, amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo, percebi que a atividade política desenvolvida através de partidos políticos levam necessariamente a formação de grupos antagônicos, que se digladiam, se acusam, se atacam em praça pública, geralmente lançando mão de meios sórdidos de destacar os erros do adversário, as vezes atacar a honra sem oferecer a oportunidade de defesa. Vi dessa forma uma incompatibilidade do meu comportamento espiritualizado com o comportamento político. Fiz então um afastamento progressivo das atividades partidárias enquanto me aprofundava nas atividades espirituais, de preferência sem uma denominação religiosa, pois me parecia algo muito parecido com os partidos políticos. Aceitei a condição de discípulo de Jesus e encontrei dentro da consciência uma missão que o Pai havia preparado para mim.
O pensamento de Bezerra de Menezes ao considerar a política como a religião da pátria, veio me trazer uma reflexão alvissareira sobre os partidos políticos e sobre as religiões. Percebi que Bezerra ao fazer esse comentário, queria destacar o homem da pátria, e que cada um podia ter sua religião: o homem para se religar com Deus, e a pátria para se religar aos seres humanos. Cada uma dessas instâncias deveria ser movida pela lei do Amor como o Cristo ensinou.
Como o pensamento do homem é bastante diversificado e forma as diversas culturas que observamos no planeta, justifica assim a diversidade das religiões e dos partidos políticos. Devido aos interesses individuais é que podemos observar distorções quanto a aplicação da lei do Amor dentro deles, partidos ou religiões. Cabe aos nossos próprios interesses individuais, sintonizados ou não com a lei de Deus, se agregar a tal ou qual denominação religiosa ou política.
Dessa forma Bezerra exercia o seu mandato político na defesa do pensamento abolicionista e trouxe um grande benefício para a dignidade humana dentro da sociedade e cultura brasileira. Contribuiu para a construção de uma sociedade mais justa com os cidadãos, independente da cor da sua pele. A pátria se tornou mais saudável com essa ação e promoveu assim mais um grau evolutivo para o planeta inteiro.
Os meios de comunicação quer sejam escritos, falados ou televisados, mostram com prioridade as notícias relacionadas com a ação do mal. Sabemos que o bem existe, mas não aparece tanto na mídia como o mal. Que pode justificar isso? Talvez porque o mal ameaça a nossa vida e, portanto, devemos conhecer com mais detalhes como forma de nos prevenir. O bem não traz ameaça a nossa vida, pelo contrário, é algo que ajuda a nossa sobrevivência e por isso não existe urgência em conhecê-lo com detalhes.
Essa explicação, respaldada pelas ciências cognitivas, comportamentais, behavioristas, principalmente da Sociobiologia, explica convenientemente esse tipo de comportamento coletivo.
Porém, passa uma falsa impressão de que o bem não existe, que o mal domina com ampla maioria as ações do bem. Pode até ser verdade, pois o planeta ainda é considerado um planeta de provas e expiações, para onde são enviados os espíritos que necessitam de escola e/ou hospital para purgar suas dívidas quanto ao não cumprimento da lei do Amor. No entanto, como tudo e todos estamos sujeitos a lei do Progresso, expressos na evolução dos seres e dos mundos, o planeta paulatinamente vai deixando a condição de ser campo de provas e expiações para a condição de planeta de Reparação onde prevalece as ações do bem.
Assim, como já está próximo dessa transformação do planeta que está alicerçada sobre nossas ações do bem é importante que sejamos repórteres do bem. Vou então fazer a minha parte e ser repórter do bem neste momento com um fato ocorrido e guardado em minhas reminiscências.
Caminhava logo cedo pela areia das praias com destino a praia de Ponta Negra como faço algumas vezes. Ao passar pela praia de Areia Preta percebi que uma família de turistas estava em apuros. A água tinha levado uma das crianças e a mãe no afã de socorrê-la também estava em dificuldades. O pai com outras duas crianças ao lado se mostrava impassível frente ao que estava acontecendo, talvez não soubesse nadar para fazer o socorro. Eu não me atrevia, pois sei que não tenho nado suficiente para uma ação de resgate. As demais pessoas que trabalhavam numa obra também não sabiam nadar, acredito, pois como eu só faziam olhar. O caso parece que caminhava para uma fatalidade, quando percebo passar em disparada em direção ao mar, uma pessoa que ia se desvencilhando pelo caminho dos sapatos e das roupas. Enfrentou as ondas com disposição e logo estava resgatando as duas, mãe e filha que estavam sendo arrastadas. Deixou-as em segurança na beira da praia as quais vieram receber o apoio dos familiares. No aperreio da situação não percebi nenhum agradecimento ao rapaz que fez o salvamento. Nós, a platéia muda, apenas registramos o ocorrido com admiração. O rapaz com a mesma velocidade que havia largado seus pertences, recolheu os objetos e seguiu seu caminho sem esperar qualquer tipo de manifestação. Certamente tinha uma obrigação a cumprir, algum trabalho a lhe esperar.
Fiquei a imaginar, se fosse uma ação do mal, um assalto, um assassinato, a providência esperada era que fosse feito um Boletim de Ocorrência e possivelmente no outro dia estivesse sendo anunciado nos jornais. Essa ação do bem, por outro lado, não tem nenhuma delegacia que faça esse registro, nenhum jornal para divulgar. O rapaz corajoso fez o que ensina o Evangelho, fazer o bem sem olhar a quem, sem esperar a recompensa em função disso. Os céus certamente o recompensará, pois sua ação com certeza foi automaticamente registrada no mundo espiritual. Quanto a nós, a platéia silenciosa e inerte, cabe absorver a lição que esse filho de Deus nos ofertou.
Depois do Carnaval teve início a Quaresma, seguido pela Semana Santa e culminando com o domingo de Páscoa. Este é um roteiro que pretendi aproveitar para mergulhar na espiritualidade e ao chegar na Páscoa sentir que fiz o necessário para corrigir minhas ações equivocadas.
Agora, terminado esses dias, não tenho essa convicção de que fiz tudo que estava ao meu alcance para atingir uma boa renovação espiritual. A área que eu tive um melhor desempenho foi na aplicação do jejum, cheguei a perder 14 quilos, saindo do Carnaval com 85 e atingindo até 71 quilos. Nas outras áreas como a Caridade, Solidariedade e principalmente Abnegação fui muito fraco, quase um fracasso.
Mesmo com o sucesso do jejum e tendo atingido além da meta que me propus, de reduzir até 10 quilos, recebi críticas que isso não estava tendo valor espiritual para mim, uma vez que o foco principal era a estética e não o crescimento espiritual.
Posso até aceitar parte da critica, mas jamais em sua totalidade. Da mesma forma que eu exagero dentro dos apelos da Gula, onde cometo o pecado de comer além do necessário e ficar no “acima do peso”, também posso incentivar os critérios da abstenção de alimentos, privilegiando a Sobriedade e como conseqüência ter a perda de peso como recompensa, assim como tenho o excesso de peso como punição. Fica assim equilibrado: tenho o excesso de peso como punição pelo pecado da Gula e tenho a perda de peso como recompensa pela virtude da sobriedade do excesso de alimento. Portanto, nesse campo do jejum de alimentos considero que tive significativa vitória.
Por outro lado, do ponto de vista mais amplo, eu poderia ter feito jejum de diversas ações que impedem ou são incompatíveis com as demais virtudes e ações do bem que justificaria uma melhor renovação espiritual. Fiquei a maior parte do tempo envolvido com atividades de lazer, brincadeiras, jogos, ironias... Não é que tivessem um propósito maligno, creio até que servem para promover a harmonia do ambiente onde me encontro, mas deixo de fazer assim outras ações de maior importância dentro do critério de renovação espiritual.
Essa é uma situação na qual percebo que deve existir a mudança de domicílio do mundo material para o mundo espiritual. Essas ações de lazer e recreação, mesmo com o propósito de promover a harmonia entre os presentes, estão muito ligadas ao mundo material, ao mundo dos prazeres terrenos. As ações de caridade, solidariedade, voluntariado, abnegação, não trazem prazer dessa forma, é um outro tipo de prazer mais ligado ao mundo espiritual e do qual ainda não estou habituado, não sei ainda sentir esse tipo de prazer na sua plenitude. Porém é algo que só aprenderei fazendo, como diz o ditado, amar se aprende amando. Então, ser cidadão do mundo espiritual se aprende exercendo a cidadania no Reino de Deus, onde a ajuda ao próximo que necessita e que está ao nosso lado é um requisito que não pode ser procrastinado, deixado para amanhã, pois pode ser muito tarde para quem está vivendo sob extremo risco, ignorância e desvio dos caminhos do Pai.
Sei que não é uma data específica que irá proporcionar a mudança dos meus hábitos, sei que é no dia a dia que isso irá se realizando. Mas é numa data específica como essa, que existe toda expectativa da comunidade para quem já tenha uma boa compreensão das responsabilidades espirituais como eu já possuo, fazer o teste do quando renovado espiritualmente já me encontro.
Não vou dizer que neste ano eu tenha tido uma renovação espiritual espetacular, não foi isso que ocorreu, mas sei que comparado ao ano passado eu tive um melhor desempenho, tanto com relação ao jejum como nas outras ações associadas. Espero que no próximo ano eu tenha um desempenho ainda melhor, fruto da persistência de minhas ações cotidianas dentro do bem, da lei do Amor.
Um bom termômetro para avaliar essa renovação espiritual, no meu caso, é a harmonização que possa evoluir entre as minhas diversas companheiras e que fazem parte da essência da minha missão junto ao Pai. Eu sinto que já houve uma melhora significativa entre elas, comparado ao ano passado, e tenho esperança que o Pai nos ajude a melhorar ainda mais essa harmonização e que seja verificado no ano que vem no sentido da colaboração mútua e assim construirmos a família que Ele deseja que façamos.