Sióstio de Lapa
Pensamentos e Sentimentos
Meu Diário
20/01/2017 15h44
O PAPEL AMASSADO

            Encontrei o texto abaixo na internet, de autor desconhecido, e achei interessante fazer algumas considerações, pois aborda questões sobre as quais sou criticado por algumas pessoas.

            Quando criança, por causa de meu caráter impulsivo, tinha raiva à menor provocação. Na maioria das vezes, depois de um desses incidentes me sentia envergonhado e me esforçava por consolar a quem tinha magoado.

            Um dia meu professor me viu pedindo desculpas depois de uma explosão de raiva, e entregou-me uma folha de papel lisa e me disse:

            - Amasse-a.

            Com medo, obedeci e fiz com ela uma bolinha.

            - Agora, deixe-a como estava antes. Voltou a dizer-me.

            Óbvio que não pude deixa-la como antes. Por mais que tentasse, o papel continuava cheio de pregas.

            O professor me disse, então:

            - O coração das pessoas é como esse papel. A impressão que nele deixamos será tão difícil de apagar como esses amassados.

            Assim, aprendi a ser mais compreensivo e mais paciente.

            Quando sinto vontade de estourar, lembro daquele papel amassado.

            A impressão que deixamos nas pessoas é impossível de apagar.

            Quando magoamos alguém com nossas ações ou com nossas palavras, logo queremos consertar o erro, mas é tarde demais...

            Alguém já disse certa vez:

            - Fale somente quando suas palavras possam ser tão suaves como o silêncio.

            Mas não deixe de falar, por medo da reação do outro.

Acredite, principalmente em seus sentimentos!

Seremos sempre responsáveis pelos nossos atos, nunca se esqueça.

O autor chama a atenção sobre a responsabilidade que devemos ter com o nosso comportamento, com os nossos atos, para não magoar ninguém. Sou criticado porque provoco sofrimento nas pessoas que ficam ao meu lado e que se ressentem da minha ausência quando estou com outras pessoas. Provoco sofrimento com minhas palavras e minhas ações, dizem alguns críticos do meu comportamento. Parece que sou um exemplo negativo daquilo que o autor quis ensinar. Como não me considero assim, devo explicar a forma do meu pensamento como justificativa.

Sou uma pessoa que não pensa como as demais. Adquiri a compreensão de praticar o amor inclusivo, característica do amor incondicional. Portanto, a família nuclear, característica da nossa sociedade, com a prática do amor exclusivo, não é o meu objetivo. Acontece que todas as pessoas que se aproximam de mim, apesar de concordaram com meu pensamento, pois é devido a ele que me aproximo de outras pessoas, todas elas estão comprometidas com o pensamento do amor exclusivo. Esta é uma incompatibilidade severa. Caso não haja uma aceitação do meu pensamento, não pode haver relacionamento íntimo, pois já estou determinado em não mudar o meu pensamento, pois acredito que ele foi determinado por Deus para eu cumprir.

Assim, deixo bem claro em todos os meus relacionamentos essa forma do meu pensamento e comportamento. Mesmo assim algumas pessoas resolvem manter relacionamento íntimo comigo, sabendo como pensa e ajo. E quando surge a oportunidade de agir, eu percebo o sofrimento, as vezes revolta e até agressividade. O máximo que posso fazer é me afastar intimamente dessas pessoas paulatinamente, mesmo que exista oportunidade de nova reaproximação íntima.

Então, o comportamento de magoar as pessoas foi aplicado por mim, mas é o mesmo comportamento exemplificado pelo autor do texto? Acredito que não. Eu faço aquilo que é previsto pelo meu comportamento e que foi devidamente avisado a quem dele podia ser “vítima”. É uma pena que essas pessoas gerar um sentimento de inclusividade como eu consigo. Já estaríamos bem avançado nessa proposta de família ampliada, já estaria mais avançada do que consegui até agora.

Publicado por Sióstio de Lapa
em 20/01/2017 às 15h44
 
19/01/2017 02h18
HISTÓRICO DE UMA VIDA (12) – EM BUSCA DO REINO

            Finalmente estou na fase final da minha vida. Já começo a descer a montanha do gráfico da vida, os erros metabólicos começam a se acumular, os hormônios vitais para a reprodução começam a diminuir... a vantagem é que no cérebro existe uma seleção dos neurônios mais importantes com relação ao Juízo Crítico das circunstâncias ao meu redor e que guardam importantes informações na memória. Se eu conseguir evitar o ataque de qualquer tipo de demência, poderei usar essas informações para privilegiar minhas ações no campo da espiritualidade, pois é nesta dimensão que meu foco de atividades está definido, fazer a vontade de Deus seguindo as lições do Mestre Jesus e respeitando todos os avatares, pré e pós o Cristo.

            Por esse motivo coloquei no último slide desta apresentação a frase BUSCAI PRIMEIRO O REINO DE DEUS na posição central.

            Coloco acima a palavra Amizade para dar o significado dos rastros que devo fazer durante todos os momentos da minha vida, e principalmente neste. A Amizade é o sentimento que deve estar na base de todos os relacionamentos, dos mais superficiais aos mais íntimos e profundos. Mesmo que por qualquer razão um nível de relacionamento tenha se rompido, por exemplo, o companheirismo, a sociedade num negócio, o coleguismo no trabalho ou na escola, jamais a amizade deve desaparecer, por mais que fique distante a pessoa. A qualquer momento que haja a aproximação, a Amizade deve ressurgir com todo vigor, como acontece com os animais que hibernam em sono profundo e em determinado tempo acordam com todo o vigor.

            Seguindo as imagens do slide no sentido dos ponteiros do relógio, vamos encontrar a figura da minha mãe. Foi a pessoa responsável por me trazer à luz desta vida material, que me ensinou, com seu sacrifício pessoal, a necessidade de se deixar um ente querido à distância para que ele tenha melhor oportunidade de evoluir na vida. Ela me deixou convivendo com minha avó, e pouco tempo eu tinha para estar ao seu lado, e por poucos momentos. Talvez tenha sido essa lição sem livros que minha mãe me deu, que me proporcionou a devida compreensão de eu me afastar circunstancialmente de algumas pessoas queridas, praticar a abnegação, para promover a evolução, conforme a vontade do Pai, em outras situações.

            A próxima figura é um retrato da minha avó e do meu pai. A minha avó teve a importância de me dar uma educação que eu não teria se permanecesse morando com minha mãe. Sofri os rigores de uma educação rígida, onde a punição física era frequente e o trabalho, tanto doméstico como fora de casa era constante. Mas não a critico por causa disso, pelo contrário. Acredito que essa forma de educação burilou os meus impulsos instintivos, favoreceu o controle do meu espírito às exigências da carne. Pode ter havido algum exagero, alguma ação inapropriada, afinal de contas ela era uma mulher iletrada, lutando pela sobrevivência num mundo machista e egoísta. Quanto ao meu pai, que nunca me deu qualquer apoio, financeiro ou afetivo, também não o critico. Ele tinha suas próprias deficiências, verdadeiras taras sexuais, mas foi quem deu a semente a minha mãe para a minha geração. E acredito que Deus tenha feito isto para me colocar em provação, para ver se eu conseguiria resistir com dignidade, sem prejudicar ninguém, à imensa força sexual que o meu pai legou para todos os seus filhos. Também para mostrar que no caminho que eu teria que seguir, de formar uma família ampliada que implicava ter várias companheiras, e que elas não conseguiam seguir o caminho que eu trilhava, eu não iria poder ficar constantemente próximo dos filhos, ou de ninguém, se os preconceitos levantassem as suas barreiras. Bastaria que eu fosse justo e seguisse a lei do Amor.  

            A próxima foto do slide mostra os integrantes do grupo de estudo semanal que intitulamos Escola do Evangelho, uma forma de ensinar a teoria do Evangelho do Cristo associado à sua prática, no meio de uma família excessivamente religiosa, mas com tanta dificuldade de aplicar na prática os conceitos cristãos, principalmente o perdão e a tolerância.

            A foto seguinte mostra os membros do Projeto Foco de Luz e da Associação Cristã de Moradores e Amigos da Praia do Meio – AMA-PM, um ensaio comunitário de como colocar em prática as lições do Evangelho dentro do tecido social, sem sofrer a contaminação da exclusividade que pode existir dentro da política partidária ou das afiliações religiosas.

            Todas essas ações são desenvolvidas dentro de um clima de fraternidade. Por mais que a pessoa seja difícil, não entenda ou não consiga aplicar as lições do Cristo, nós, que pretensamente sabemos mais, devemos dar o exemplo. Ser tolerante, perdoar 70 x 7, aplicar o amor incondicional dentro das diversas famílias, mesmo que sejam rivais. Principalmente nós, que estamos dentro dos grupos com denominações cristãs, não podemos jamais esquecer dessa condição, de nos considerar como irmãos.

            E, finalmente, a construção do Reino de Deus. Se conseguirmos fazer dessa forma em nossas vidas, aplicar o Amor Incondicional em nossos relacionamentos, já seremos cidadãos do Reino de Deus. Foi isso que Jesus ensinou. Se conseguirmos fazer a reforma íntima, limpar nossos corações do egoísmo, tratar a todos como irmãos, então já podemos ser considerados cidadãos do Reino dos Céus. Mesmo que ao nosso lado o inferno esteja fervilhando de almas cruéis, perversas, dissociadas do Pai. Mas, como cidadão do Reino de Deus, devemos dar o nosso testemunho e suor para construir as famílias ampliadas que irão logo mais formar a família universal. Então, estará chegado para todos o Reino dos Céus.

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em 19/01/2017 às 02h18
 
18/01/2017 10h32
TRANSMUTAÇÃO DA MENTE

            Sabemos que o nosso corpo biológico sofre os efeitos evolutivos no tempo de acordo com as características do ambiente, como foi devidamente descoberto por Darwin, nos seus trabalhos sob a origem das espécies. Na espécie humana o cérebro é o órgão mais importante, do ponto de vista da cognição, percepção, compreensão e juízo crítico da realidade. A mente é a superestrutura extra material que extrapola os limites materiais, formata o pensamento e passa a operar sem limites de velocidade, tempo ou espaço. Surge acima dessas estruturas materiais e abstratas uma outra entidade com o papel de vigilância, controle, supervisão e decisão: a consciência.

            Dessa forma, na experiência interior do homem, a mente encontra-se vinculada a matéria. Caso não se liberte dessa condição, a mente vinculada assim à matéria, não pode sobreviver ao falecimento dos órgãos, ao perecimento mortal, material. Para conseguirmos sobreviver é preciso seguir as lições de Jesus, que veio nos mostrar o caminho espiritual, capaz de vencer essa morte física. Deve ser feita uma espécie de transmutação nessa mente de origem biológica, mortal, com os recursos da vontade humana para esse ajustamento, compreensão e aceitação do espiritual.

            Dirigindo nosso intelecto para as lições da Verdade trazidas pelo Mestre Jesus, para adquirimos a Vida eterna, a consciência passa gradualmente a aceitar Deus, e finalmente deixa-se guiar por Ele.

            Essa evolução da mente humana, a partir da associação material até a união com o espírito, resulta na transmutação das fases, potencialmente espirituais, da mente mortal, nas realidades moronciais da alma imortal.

            É importante a compreensão dessa condição moroncial ou anímica da nossa alma, que significa que foi criada pela mente material, essa como produto da evolução estudada por Darwin, e também pelo Monitor Divino, um fragmento de Deus, ensinado por Jesus, que nos acompanha a partir do momento em que começamos a distinguir o certo e o errado em nossas decisões. Desse momento em diante exerceremos, com a ajuda dos Espíritos Santos que procuram fazer a vontade de Deus, o Livre Arbítrio que nos faz co-criadores de realidades com a Trindade Suprema: Pai, Filhos mais perfeitos, e Espíritos Santos que fazem a vontade de Deus. Isso vai desenvolvendo uma alma de crescente beleza, em decorrência das opções que fazemos em cada ocasião. As mentes normais começam este processo entre os quatro e seis anos de idade, período assemelhável ao conceito cristão de “idade da razão”.

            A substância da alma que vamos construindo ao amadurecer é justamente a morôncia, atávica, intermediária entre a matéria e o espírito. Neste estágio do nosso desenvolvimento permanecemos com forte ligação com a matéria, um atavismo enraizado nas profundidades do subconsciente e inconsciente. Com o aprendizado das leis espirituais, com o aperfeiçoamento do comportamento, iremos adquirindo um grau de pureza que nos aproxima cada vez mais do Criador.

            A mente mortal se for subserviente à matéria, está destinada a tornar-se cada vez mais material, e consequentemente, a sofrer a extinção pela morte do corpo físico. A mente transmutada e entregue ao espírito está destinada a tornar-se cada vez mais espiritual e, finalmente, realizar a unificação com o espírito divino, que é sobrevivente e que é o guia, para desse modo conseguir a existência eterna, como Jesus ensinou e exemplificou: “Eu venci a morte!”.  

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em 18/01/2017 às 10h32
 
17/01/2017 07h42
OFENSIVA DO MAL

            No último fim de semana fomos testemunha de uma ofensiva do mal na penitenciária de Alcaçuz, município de Nísia Floresta, Rio Grande do Norte. Alguns presos avançaram sobre outros presos, divididos em facções, e deram uma demonstração de barbárie, de carnificina. Lembrei então de uma entrevista fictícia feita por Arnaldo Jabor, em 2007, que foi ar pela Rádio CBN, e que voltou a circular na internet. É puramente fictício, apenas mais uma crônica do Arnaldo Jabor. A entrevista não é verdadeira, mas a sua essência impregna a nossa realidade. Pois vejamos, essa espécie de 3x4 da ofensiva do mal.

            Íntegra da imaginária entrevista de Marcola – Estamos todos no inferno

            - Entrevistador: Você é do PCC?

            - Marcola: Mais que isso, sou um sinal de novos tempos. Era pobre e invisível... Vocês nunca me olharam durante décadas... E antigamente era mole resolver o problema da miséria... O diagnóstico era óbvio: migração rural, desnível de renda, poucas favelas, ralas periferias... A solução que nunca vinha... Que fizeram? Nada. O governo federal alguma vez alocou verba para nós? Só aparecíamos nos desabamentos no morro ou nas músicas românticas sobre a “beleza dos morros ao amanhecer”, essas coisas... Agora, estamos ricos com a multinacional do pó. E vocês estão morrendo de medo... Somos o início tardio de vossa consciência social... Viu? Sou culto... Leio Dante na prisão...

            - E: Mas... a solução seria...

            - M: Solução? Não há mais solução, cara... A própria ideia de “solução” já é um erro. Já olhou o tamanho das 560 favelas do Rio? Já andou de helicóptero por cima da periferia de São Paulo? Solução como? Só viria com muitos bilhões de dólares gastos organizadamente, com um governante de alto nível, uma imensa vontade política, crescimento econômico, revolução na educação, urbanização geral; e tudo teria de ser sob a batuta quase que de uma “tirania esclarecida”, que pulasse por cima da paralisia burocrática secular, que passasse por cima do Legislativo cúmplice (ou você acha que os 287 sanguessugas vão agir? Se bobear vão roubar até o PCC...) e do Judiciário que impede punições. Teria de haver uma reforma radical do processo penal do País, teria de haver comunicação e inteligência entre policiais municipais, estaduais, e federais (fazer até “conference calls” entre presídios...) E tudo isso custaria bilhões de dólares e implicaria uma mudança psicossocial profunda na estrutura política do País. Ou seja: é impossível. Não há solução.

            - E: Você não tem medo de morrer?

            - M: Vocês é que tem medo de morrer, eu não. Aliás, aqui na cadeia vocês não podem entrar e me matar... mas eu posso mandar matar vocês lá fora... somos homens-bomba. na favela tem 100 mil homens bomba... estamos no centro do “Insolúvel”, mesmo... vocês no bem e eu no mal e, no meio, a fronteira da morte, a única fronteira. Já somos uma outra espécie, já somos outros bichos, diferentes de vocês. A morte para vocês é um drama cristão numa cama, num ataque do coração... A morte para nós o “presunto” diário, desovado numa vala... Vocês intelectuais não falavam de em “luta de classes”, em “seja marginal, seja herói”? Pois é: chegamos, somos nós! Há há... vocês nunca esperavam esses guerreiros do pó, né? Sou inteligente. Leio, li 3 mil livros e leio Dante... mas meus soldados todos são estranhas anomalias do desenvolvimento torto deste País. Não há mais proletários, ou infelizes ou explorados. Há uma terceira coisa crescendo aí fora, cultivado na lama, se educando no absoluto analfabetismo, se diplomando nas cadeias, como um monstro Alien, escondido nas brechas da cidade. Já surgiu uma nova linguagem. Vocês não ouvem as gravações feitas “com autorização da Justiça”? Pois é. É outra língua. Estamos diante de uma espécie de pós miséria. Isso. A pós-miséria gera uma nova cultura assassina, ajudada pela tecnologia, satélites, celulares, internet, armas modernas. É a m*** com chips, com megabytes. Meus comandados são uma mutação de espécie social, são fungos de um grande erro sujo.

            - E: O que mudou nas periferias?

            - M: Grana. A gente hoje tem. Você acha que quem tem 40 milhões de dólares como o Beira-Mar não manda? Com 40 milhões a prisão é um hotel, um escritório... Qual a polícia que vai queimar essa mina de ouro, tá ligado? Somos uma empresa moderna, rica. Se funcionário vacila, é despedido e jogado no “micro-ondas”... há, há... Vocês são o Estado quebrado, dominado por incompetentes. Temos métodos ágeis de gestão. Vocês são lentos e burocráticos. Lutamos em terreno próprio. Vocês em terra estranha. Não tememos a morte. Vocês morrem de medo. Somos bem armados. Vocês vão de “três oitão”. Estamos no ataque. Vocês na defesa. Vocês tem mania de humanismo. Nós somos cruéis, sem piedade. Vocês nos transformaram em superstars do crime. Fazemos vocês de palhaços. Somos ajudados pela população das favelas, por medo ou por amor. Vocês são odiados. Vocês são regionais, provincianos. Nossas armas e produto vêm de fora; somos globais. Não nos esquecemos de vocês; são nossos fregueses. Vocês nos esquecem assim que passa o surto de violência.

            - E: Mas o que devemos fazer?

            - M: Vou dar um toque, mesmo contra mim. Peguem os barões do pó! Tem deputado, senador, tem generais, tem até ex-presidentes do Paraguai nas paradas de cocaína e armas. Mas quem vai fazer isso? O Exército? Com que grana? Não tem dinheiro nem para o rancho dos recrutas... O País está quebrado, sustentando um Estado morto a juros de 20% ao ano, e o Lula ainda aumenta os gastos públicos, empregando 40 mil picaretas. O Exército vai lutar contra o PCC e o CV? Estou lendo o Klausewitz, “Sobre a Guerra”. Não há perspectivas de êxito... Somos formigas devoradoras, escondidas nas brechas... A gente já tem até foguetes antitanques... Se bobear, vão rolar uns Stingers aí... Prá acabar com a gente, só jogando bomba atômica nas favelas... Aliás, a gente acaba arranjando também “umazinha” daquelas bombas sujas mesmo... Já pensou? Ipanema radioativa?

            - E: Mas... não haveria solução?

            - M: Vocês só podem chegar a algum sucesso se desistirem de defender a “normalidade”. Não há mais normalidade alguma. Vocês precisam fazer uma auto crítica da própria incompetência. Mas vou ser franco... na boa... na moral... Estamos todos no centro do “Insolúvel”. Só que nós vivemos dele e vocês... não tem saída. Só a m***. E nós já trabalhamos dentro dela. Olha aqui, mano, não há solução. Sabem por que? Porque vocês não entendem nem a extensão do problema. Como escreveu o divino Dante: “Lasciate ogni speranza voi che entrate”! Percam todas as esperanças. Estamos todos no inferno!

            Essa é a situação que estamos vivenciando... o inferno explodindo dentro das penitenciárias e com ameaça de levar o caos a toda a sociedade. Como o Exército do Bem pode fazer o enfrentamento em situação perversa tão difundida em todos os meios sociais, desde o campo político, jurídico, econômico e até no religioso?

Publicado por Sióstio de Lapa
em 17/01/2017 às 07h42
 
16/01/2017 09h38
EXPERIMENTANDO DEUS

            Ampliei o meu conceito de Deus ao ler o livro “Urântia” no item que fala em “conhecer Deus por três fenômenos experimentais: o primeiro é a capacidade intelectual para conhecer Deus – a consciência de Deus. Hoje vejo com certa perplexidade o fato de existir pessoas inteligentes, críticas, bondosas, e mesmo assim, não adquiriram essa consciência de Deus. Tenho um amigo, desde a infância, e que sempre fortalecemos nossa amizade, apesar do pouco tempo que passamos juntos. Este amigo não aceita a existência de Deus e se mostra tão perplexo por eu ser crente, quanto eu perplexo por ele ser ateu. Eu tenho a sensação de segurança, de ser orientado a cada momento de minha vida, por saber que o meu Pai cuida de mim e torce para que eu não cometa tantos erros na vida. Mas, e o meu amigo? Eu não vejo ele desesperado, é uma pessoa serena, fraterna e justa. Mas, é órfão do mesmo Pai que me protege. Além de amigo, eu o considero como um irmão. Ele é o meu amigo, tem um comportamento fraterno comigo, mas não aceita o mesmo Pai que nos criou. Que situação!

            Fico às vezes pensando... se por acaso eu estivesse, quando criança, viajando com minha mãe num cruzeiro marítimo, se houvesse um naufrágio e somente eu e minha mãe conseguíssemos alcançar uma ilha deserta. Nesta situação nós iriamos lutar pela sobrevivência até o dia que nos resgatassem. Se essa situação perdurasse durante 10 anos, vamos imaginar, onde somente a minha mãe fosse responsável por minha educação. Ela teria condições de me ensinar, vamos supor, dos 5 aos 15 anos de idade. Conseguiu me alfabetizar e ensinar aquilo que ela sabia, uma educação à nível de segundo grau. Mas não procurou falar da minha origem biológica.

            Depois de passados os 10 anos nós éramos resgatados e começaria a ser indagado sobre a existência do meu pai. Como eu não havia sido educado sobre isso, seria muito provável eu negar peremptoriamente, pois no meu mundo racional só existia a figura da minha mãe e todo o universo que ela conseguiu transmitir para mim. Como a experiência dela com o meu pai não estava boa no momento do acidente que nos deixou isolado do mundo, era como se essa figura não fosse necessária, um mito.

Dessa forma, eu não podia acreditar que cada uma daquelas pessoas que me interrogavam, que cada uma delas tinha um pai, uma figura de amparo, proteção e encaminhamento na vida. Eu não poderia acreditar que existisse um ser que fosse capaz de colocar sementes ne ventre de outra pessoa e que a partir disso um filho nascesse. E que esse semeador fosse capaz de me orientar nas diversas circunstancias que a cada dia a vida traz para cada um, e que devemos fazer a opção mais adequada possível.

            Eu passei a reconhecer e efemeridade do tempo de minha vida e então achei mais coerente a existência de um mundo transcendental onde existe a matriz da vida que emerge quando necessária no mundo material, sobre a batuta do Pai universal.

            Terminei acreditando com toda a convicção na existência deste Pai transcendental, que tudo criou, que tudo mantém, sustenta e organiza até os dias atuais, mesmo que meus sentidos orgânicos não consigam identificar a Sua presença, mas o meu racional consegue vê-Lo em todos os aspectos da Natureza que Ele criou e se confunde com Ele. Da mesma forma que, aquele jovem, que nunca foi educado sobre a existência de um pai biológico, termina por se convencer, ao ver tantos filhos com seus pais biológicos... e por que somente ele deveria ser diferente?

Publicado por Sióstio de Lapa
em 16/01/2017 às 09h38
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