Sióstio de Lapa
Pensamentos e Sentimentos
Meu Diário
24/08/2014 23h59
QUEM É JESUS?

            O próprio Jesus fez essa pergunta direta aos seus discípulos quando esteve encarnado entre nós e cada um deles teve uma resposta diferente. Se Jesus fizesse hoje essa mesma pergunta, “quem sou eu”, às pessoas que já o conhecem e que já admitem serem os seus discípulos, qual seria a resposta?

            Se a pergunta fosse dirigida a mim, acredito que eu responderia assim: Mestre, Tu és o filho de Deus, assim como todos nós também o somos, apenas que vós estais mais evoluído considerando a todos que habitam ou já habitaram neste planeta; Tu viestes para cá, encarnado como um simples ser humano, com a missão de ensinar sobre o Amor Incondicional; é o comandante supremos da luta do bem contra o mal, o governador do nosso sistema solar.

            Esta seria a minha resposta. Representa tudo aquilo que aprendi e ouvi falar sobre Ele. Fala do meu conhecimento a respeito dEle a partir da minha experiência pessoal e única. É a imagem do Mestre/Governador/Pastor que alimento em meu consciente e creio que também no inconsciente. Não é um castigador, e sim alguém que se importa com minhas transgressões, reconhece minha fragilidade humana e sabe das intenções do meu coração. Sabe que apesar dos meus erros e deficiências, eu tenho vontade de aprender e de corrigir o que tenho de errado dentro de mim, limpar o coração da sujeira do egoísmo que o meu espírito ganhou ao aceitar ser o administrador do corpo que foi oferecido para o meu estudo e evolução. Assim, Ele com o esforço que fez de deixar para nós o Evangelho, pode colaborar com o esforço que quero fazer de ser a cada dia melhor do que fui ao dia anterior.

             Estou engajado nas fileiras do Cristo, recebi o Paráclito na minha consciência e sei que tenho uma grande responsabilidade ao aceitar ser instrumento do Pai para fazer a Sua vontade. Tenho a missão específica de praticar o Amor Incondicional em todos os meus relacionamentos, principalmente nos relacionamentos afetivos, incluindo aqueles íntimos que geram a estrutura familiar. Dentro dessa perspectiva o Amor se torna inclusivo, sem ciúmes, sem exclusão de ninguém, principalmente das parceiras que o Pai permitiu a aproximação e a Lei do Amor permitiu a intimidade sexual.

            Como a Lei do Amor, representação abstrata do Pai, foi a disciplina principal que o Mestre veio ensinar, tenho a compreensão de ter na consciência uma espécie de procuração espiritual para representá-lo aonde eu for, com quem estiver, em qualquer circunstância que o Pai permita que eu esteja dentro da Natureza que é a sua representação física. Isso me afasta inevitavelmente dos costumes e até mesmo das leis humanas, carregadas de individualismo de toda espécie, desde os interesses do sangue, da hereditariedade, até os interesses de grupos corporativos. A consequência é que eu me torne um execrado, uma pessoa isolada, que nem as pessoas que desenvolvem amor por mim e mesmo que tenham uma convivência íntima, conseguem suportar.

            Apesar desse perfil, de ser um ermitão do convívio na vida íntima, torno-me cada vez mais uma pessoa que se difunde na comunidade através do Amor que recebo do Pai e que o redistribuo na forma de solidariedade, de levar a todos um pouco da luz que consegui receber. Forma-se assim o grande paradoxo na minha vida quando procuro levar avante essa vontade do Pai e coloco Jesus como o meu comandante, fico tão isolado dentro da minha casa e tão preenchido na comunidade! 

Publicado por Sióstio de Lapa
em 24/08/2014 às 23h59
 
23/08/2014 02h45
SERVIR PARA REINAR

            As lições de Jesus são cheias de paradoxos. Uma desses é aprender a servir para reinar. Nós aprendemos que os reis são pessoas acostumadas a serem servidas, isso aparentemente é o que caracteriza um rei. Jesus diz o contrário, que devemos servir, que aquele que deseja ser o maior entre todos no Reino de Deus, um rei, que aprenda a ser aquele que mais serve a todos.

            Verificando com mais atenção essa lição e aplicando nas relações humanas, na estrutura da sociedade, pelo menos no que ela se propõe a ser, concluiremos que realmente é isso mesmo, um rei deve servir a todos os seus súditos, deve cuidar deles, estar sempre atento as suas necessidades. Deve chegar ao cúmulo de atender as necessidades dos outros e deixar as suas em segundo plano.

            Ao dizer sim a vontade de Deus em minha consciência, me prontifiquei a servi-Lo com todo o meu ser, deixando o meu corpo como instrumento da Sua vontade. Como Deus quer ver toda a Natureza em harmonia, impregnando em tudo o Amor que é a Sua essência, sei que devo levar o Seu Amor para o próximo, como se fosse Ele em mim. Devo servir ao próximo como se fosse Deus, não me importando com o que possa me suceder. Fui chamado para assumir minha missão como filho de Deus, assim como todos os meus irmãos também têm essa oportunidade. Devo imitar Jesus como Francisco e Paulo fizeram, no cotidiano, fazendo a vontade de Deus e esquecendo as necessidades materiais, para assim poder assumir o meu lugar no Reino de Deus.

            Este é o projeto que já está amadurecido na minha consciência, mesmo que ainda não o consiga praticar nos relacionamentos. Sei que o foco principal é este, servir para reinar, para ser livre dos impulsos e instintos materiais; sei que a bússola comportamental já tenho também ao meu alcance e que foi ensinada pelo Mestre Jesus: “não fazer ao próximo o que não quero para mim.”

            Não consigo praticar isso que eu tão bem já sei, por causa da força biológica que ainda é grande dentro de mim e devido ao egoísmo externo que me fustiga constantemente quando me esforço para caminhar na trilha do Amor Incondicional. O resultado é que eu me vejo forçado a morar sozinho, sem o carinho e afeto de uma companheira constante devido ao apego corrosivo e a exclusividade que é exigida por todas elas, da ignorância ou incapacidade funcional de aplicar a Lei do Amor em todas as áreas da vida.  

            Mas eu já descobri o Reino de Deus como um tesouro preciosíssimo e que não devo abandoná-lo por nada deste mundo material. Estou disposto a abandonar todos os bens materiais ou afetos incoerentes que se coloquem como obstáculo a tomar posse desse tesouro. Devo evitar a armadilha mais perigosa; é que no Amor que eu desenvolver com o próximo, não devo cair na rede do exclusivismo. Devo atentar que o Amor que eu distribuo sempre tem o caráter da incondicionalidade, isto é, não pretende receber nada em troca. Pessoas dos meus relacionamentos podem também distribuir amor em minha direção, mas contaminado com o desejo de reciprocidade, de diferenciação, de exclusivismo. Essa é a armadilha. Se eu caio nela, pensando que fazendo isso com o próximo que naquele momento exige esse retorno, eu estou praticando o “amar ao próximo como a si mesmo”, é falso!. Falso porque eu não amo dessa maneira, portanto não posso Amar essa pessoa que não ama como eu amo, da maneira que eu amo a mim. Pode parecer mais um paradoxo da Lei do Amor Incondicional, mas é justamente isso que a lógica e o sentimento do coração apontam. Aquela pessoa que me deixa livre para eu aplicar o Amor com outras pessoas que estejam à distância, é essa que mais se aproximará do meu coração incondicional. Mas talvez eu não consiga encontrar ninguém com esse perfil nessa atual encarnação, porém, enquanto isso, não serei desonesto com meus princípios. Acima de tudo estou focado na conquista de meu espaço no Reino de Deus, na forma de servir para poder reinar; mas esse servir tem de ser incondicional, pois ele é o músculo do Amor. Quem desejar um servir exclusivo, sem querer está colocando uma armadilha no meu caminho que eu devo evitar a todo custo, com carinho e compreensão, mas com firmeza e determinação.  

Publicado por Sióstio de Lapa
em 23/08/2014 às 02h45
 
22/08/2014 13h17
FOCO DE LUZ (17)

            A reunião da Associação de Moradores e Amigos da Praia do Meio, realizada no dia 21-08-14 na Escola Olda Marinho, as 19:00h, teve a presença das seguintes pessoas: Cíntia, Edinólia, Ana Paula, Radha, Suerlene, Artur (menor), Marcelo, Davi, Rosendo, Nivaldo, João Batista, Paulo Góis, Paulo Henrique, Francisco, Marília, Francinete, Ivânia, Rogério, Rosário, Damares, Ana Maria, João Dantas, Mateus (menor), Anilton e Isabele.

            Iniciamos a reunião com a leitura do relato da reunião anterior, seguida da informação sobre os encaminhamentos realizados. Edinólia tentou o primeiro contato com o proprietário do Hotel Reis Magos, passou o numero do telefone para Francisco, que tentou também a comunicação, mas não foi possível. Ficou o recado. A entrega da pauta solicitando a entrevista com o Prefeito não foi citada. A saúde comunitária de Brasília Teimosa vai enviar uma psicóloga para se integrar em nossos trabalhos. O prof. Tiago da saúde comunitária de Praia do Meio, não foi contatado para a participação, o seu telefone não estava disponível no momento que era para ser lembrado o convite. O delegado Magnus Barreto justificou a ausência nesta reunião e disse que iria se agendar para a próxima.

            Cíntia fez o relato da reunião ocorrida na Escola Olda Marinho com a presença da diretora onde foram esclarecidos os principais problemas e encaminhados alguns. A questão da energia e hidráulica e a manutenção dos portões, a Associação através de Paulo ficou de levantar a mão de obra e material necessário. Ficaram definidas as aulas de xadrez que já teve início e as aulas de violão e de Futebol, que já começam a receber inscrições. Também ficou combinado o convite para os interessados na aula de alfabetização, para jovens e adultos.

            A professora Letiene não pode vir às reuniões das quintas, mas garante sua presença nas aulas de Xadrez.

            Radha disse que está sendo preparada uma comunicação para os pais estarem presentes na próxima quinta feira em nossa reunião.

            Davi apresentou o projeto da escolinha de futebol, com o material que vai ser necessário, inclusive dois auxiliares, que deverá funcionar nas quadras da Praia do Meio, da Escola Padre Monte e da Escola Café Filho. Deverá funcionar nos sábados e domingos, com 50 a 100 crianças.

            Rosário reafirmou o apoio financeiro do SESC nos projetos sócio-educativos-culturais da comunidade, como futebol, capoeira e música. Também falou com ênfase da escola de alfabetização para jovens e adultos que ela pretende incrementar pessoalmente, como um projeto de vida.

            Marcelo colocou sua colaboração na forma de divulgar os trabalhos da Associação como a formação de um site, e-mail grupo e do Face-comunidade. Paulo Gois ficou responsável pela criação do Face.

            Ficou decidido que será realizado uma palestra sobre drogas, feita pelo prof. João Dantas, dentro de 30 dias.

            Cada um dos participantes da reunião fez um pequeno relato de como estão vendo e sentindo este trabalho comunitário e do interesse em colaborar dentro de suas competências e tempo.

            Esta reunião foi feita com 25 pessoas, o número mais alto até agora. É necessário que seja feita uma organização mais eficiente no sentido de cada um dar o informe do compromisso assumido na reunião anterior e cada um ao final saber com muita clareza o que precisa fazer durante a semana.

            No final ficamos todos de mãos dadas, em roda, para a oração do Pai Nosso. Concluímos com a foto registradora dos presentes.  

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em 22/08/2014 às 13h17
 
21/08/2014 08h34
A VOZ SILENCIOSA

            Sócrates, filho de Sofronisco e de Fenarete, nasceu em Atenas no final de 470, e morreu condenado pelo tribunal ateniense a tomar cicuta, em 399 aC, com idade de 70 anos. Os relatos dizem que Sócrates dedicou-se à filosofia depois de haver ido ao templo de Apolo, em Delfos e ter ouvido uma voz interior (que ele chamava de Daímon, espécie de espírito bom ligado a alguém e que personifica o caráter da pessoa e seu destino). Essa voz o fez compreender que o oráculo inscrito na porta do templo – “Conhece-te a ti mesmo” – era a sua missão. Por ela abandonou toda atividade prática e viveu pobremente com sua mulher, Xantipa e seus filhos. Foi descrito por todos que o conheceram como alguém dedicado ao conhecimento de si e que provocava nos outros perguntas sobre si próprios, conversando na praça do mercado, nas reuniões de amigos e nas ruas com quem aparecesse e se interessasse em respeitar o oráculo de Apolo em Delfos, isto é, conhecer-se a si mesmo.

            Apolo foi uma das divindades principais da mitologia greco-romana, um dos deuses olímpicos. Filho de Zeus e Leto, e irmão gêmeo de Artemis, possuía muitos atributos e funções, e possivelmente depois de Zeus, o Pai de todos, foi o deus mais influente e venerado de todos os da Antiguidade clássica. Era descrito como o deus da divina instância, que ameaçava ou protegia desde o alto dos céus, sendo identificado como o sol e a luz da verdade. Fazia os homens conscientes de seus pecados e era o agente de sua purificação. Era o deus da cura e da proteção contra as forças malignas. Além disso era o deus da beleza, da perfeição, da harmonia, do equilíbrio e da razão.

            Transpondo essas informações da antiguidade para os dias atuais, percebo semelhança de Apolo com o Mestre de Nazaré. Jesus também é considerado o filho mais perfeito de Deus, o Pai de todos. Dizia ser o caminho, a verdade e a vida; fazia os homens ficarem cientes dos seus pecados e ensinava como podemos nos purificar. Ensinou o Amor Incondicional como técnica para se atingir a beleza, a perfeição, a harmonia, o equilíbrio, a justiça, a solidariedade e construir a sociedade do Reino de Deus. Seu oráculo está presente em qualquer templo cristão, de qualquer denominação: “Ame ao próximo como a ti mesmo.”

            Comparando a minha experiência de vida com a de Sócrates, vejo também algumas semelhanças. Tive contato com esse oráculo de Jesus em algum dos seus templos e logo uma voz interior, quase imperceptível, disse que eu devia aplicar a técnica do Amor Incondicional para poder amar com integridade ao meu próximo. A obediência a essa “voz” teve um efeito devastador nos meus antigos projetos de vida. Logo vi a estrutura do meu casamento ser destruída com minha expulsão de casa de forma violenta; ser afastado do contato com os meus filhos e ter construído outros relacionamentos, com outras companheiras, gerando outros filhos, e esperando a compreensão das mães para a minha constante ausência, apesar de manter os recursos financeiros para a sobrevivência e educação sempre que necessário.

            A obediência ao oráculo de Jesus tornou a voz silenciosa dentro da minha consciência cada vez mais forte, uma verdadeira ordem de Deus para transformar o meu corpo em instrumento para cumprimento da Sua vontade. Essa firme determinação me torna cada vez mais solitário na minha vida pessoal, onde ninguém consegue conviver comigo e tolerar a inclusão dos afetos íntimos que o Amor Incondicional permite. Não acumulo dinheiro para mim, para aumentar o meu patrimônio, pois considero que tudo pertence ao Pai e que sou apenas Seu fiel administrador, realizando com justiça o que o dinheiro pode fazer. Posso ser solitário na minha vida íntima de convivência, mas sou solidário nas relações humanas, com o próximo, assim como orienta o oráculo de Jesus, que manda servir como forma de liberdade; servir voluntariamente é libertar-se totalmente. Nada mais libertador, estou descobrindo, que a vontade de querer-servir!

            Continuarei seguindo a voz silenciosa que se torna cada vez mais potente dentro da consciência.

Publicado por Sióstio de Lapa
em 21/08/2014 às 08h34
 
20/08/2014 06h45
NA VINHA DO SENHOR

            Sempre pensei que o Senhor não estava sendo justo naquela parábola que Jesus ensinou sobre a vinha que precisava ser trabalhada. Por que as pessoas que foram contratadas no começo do dia deviam ganhar semelhante aquelas que foram contratadas no final do dia? As primeiras não haviam trabalhado todas as horas contratadas, não suaram durante todo o dia? E as últimas não trabalharam somente algumas horas do fim do dia? Não seria justo que tivessem um pagamento diferenciado?

            Mesmo o meu racional apontando essa injustiça, o mesmo racional diz que essa decisão veio do Pai que tem uma inteligência muito maior que a minha, portanto alguma justificativa tem que eu ainda não consigo compreender, mas com o tempo de maturação intelectual eu o consiga.

            O trabalho que estamos realizando na comunidade de Praia do Meio parece que está trazendo luz sobre essa questão. Vamos imaginar que essa comunidade seja a vinha na qual o Pai espera que trabalhemos durante seis anos para podar as videiras, tirar as sombras da ignorância, do egoísmo e deixar brilhar o sol do Amor e da Justiça para a devida maturação dos bons frutos. O Pai fez a convocação dentro das nossas consciências pelos mais diversos meios. A minha convocação foi feita através de um brado de impotência feito por uma colega no Hospital João Machado, de como combater a violência, fruto das trevas que cobrem nossa sociedade. Foi aí que me reuni com ela e com mais outra pessoa decidimos vir para a vinha onde a semeadura é feita e necessita de trabalhadores para mostrar os caminhos ensinados por Jesus através da lei do Amor cuja aplicação construirá o Reino de Deus.

            Cheguei à comunidade, à vinha, e logo o Pai fez mais convocação na consciência de diversas pessoas que passaram a se engajar no trabalho. O salário prometido é o de ser cidadão desse Reino divino e não se preocupar mais com a morte, pois iremos sempre evoluir em direção ao Pai. Começamos o trabalho e a todo o momento o Pai passa novamente pela praça e faz o convite a outras pessoas com o mesmo objetivo, com o mesmo salário.

            Vou imaginar que no último ano de trabalho, como o Pai continua a convocar as pessoas, chegam ainda mais trabalhadores. Mas o trabalho já está perto do fim, o trabalho não é mais tão intenso quanto antes... Os primeiros não deveriam ter um salário maior dos que os últimos? Mas o que foi que o Senhor prometeu a todos? Não foi ser cidadão do Seu Reino e ter a consciência da vida eterna? Eu já recebi parte do meu salário, já estou consciente da vida eterna e a morte não me causa o mínimo de temor,  nem para mim nem para os entes mais queridos que estão neste momento perto de mim. Falta a segunda parte que é ser cidadão do Reino de Deus que está sendo construído. Mas essa construção só pode ser realizada se todos estiverem sintonizados com essa ideia, realizando esse trabalho. Portanto, faz parte do trabalho na vinha a convocação que o Pai faz através de nós. O mesmo salário que estamos prometendo aos novos trabalhadores em nome do Pai é aquele mesmo que iremos receber. Mesmo porque o Reino de Deus não pode ser concluído enquanto existir um só irmão perdido nas trevas sem orientação. Nosso dever é ser o Bom Pastor, que deixa suas noventa e nove ovelhas, protegidas, e vai à busca daquela que ainda está desgarrada. O último trabalhador que irá concluir o Reino de Deus deve ser semelhante àquela parábola do filho pródigo onde o mesmo é recebido com tanta alegria. Assim devemos fazer com o último trabalhador, pois é ele que irá concluir o trabalho que iniciamos. Do mesmo modo que ele não pode exigir um salário maior por ser aquele que concluirá o serviço, não devemos ter um salário maior por ser aquele que iniciou o trabalho.

            Vejo com esse raciocínio que eu me aproximo da sabedoria do Pai, começo a ver racionalmente que não é pertinente a exigência de um salário maior para os primeiros trabalhadores, pois o salário prometido está justamente assegurado com a inclusão do último trabalhador.

            Assim devemos ter essa compreensão com os novos trabalhadores que a cada dia chegam à nossa vinha, todos eles são importantes e vão receber, com justiça, um salário igual ao nosso. Cada um pode trabalhar com inteligência e dedicação, sem ciúmes ou intolerâncias, pois cada um tem suas dificuldades, defeitos e virtudes. É esse clima de fraternidade que o Pai deseja que tenhamos para haja harmonia no decorrer do trabalho da vinha. 

Publicado por Sióstio de Lapa
em 20/08/2014 às 06h45
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