Meu Diário
11/02/2024 00h01
DESPERTANDO PARA DORMIR (poesia)

Ah! Minha vida foi longa, hoje eu sei



Por caminhos de rosas ou espinhos



Por ter amores e paixões eu encontrei



Quantas delícias entre mesas e bons vinhos



 



Mas, me parece tudo um sonho do passado



Minha potência, meu vigor, minha beleza



Agora acordo e vejo tudo transformado



E das alegrias vem do fundo uma tristeza



 



Cada memória que existe em minha mente



Mas não encontro quando olho no espelho



Mesmo que use a minha melhor lente



 



A consciência, enfim tá despertando



Num mundo carregado de vermelho



Quero voltar a dormir... me aniquilando



Publicado por Sióstio de Lapa em 11/02/2024 às 00h01
 
10/02/2024 00h01
FALSOS DESEJOS (poesia)

Quando digo pra você eu tenho fome



E tu me oferece um prato de comida



Não percebe o que tanto me consome



É o desejo de tê-la em minha vida



 



Quando eu digo pra você, eu tenho sede



E tu me oferece um mero copo d’água



Não é de água que pereço, em mim crede



É de tua boca, para mim sexuada



 



Porém não posso meus desejos confessar



Como dizer para ti minha agonia?



Da qual eu sinto minha alma sufocar?



 



Como posso te dizer, sem medo de açoite



Te mostrar meu coração ao meio-dia



Se ele vive encarcerado à meia-noite?



Publicado por Sióstio de Lapa em 10/02/2024 às 00h01
 
09/02/2024 00h01
AMOR PROIBIDO (poesia)

O meu amor por ti é proibido



Puro tabu, grande contravenção



Não sei se sentes como eu tal emoção



Deixa-me ser, querida, um mero amigo



 



Será que este amor tão proibido



Gera a causa da minha grande dor?



Que transforma o doce mel em amargor?



Palavras de carinho em som maldito?



 



Mesmo assim não desiste o coração



Se não pode os lábios, beija a tua mão



De querer-te amante, sou teu amigo



 



Construo na mente a fantasia louca



De um dia poder beijar a tua boca



Tornar real este sonho tão antigo



Publicado por Sióstio de Lapa em 09/02/2024 às 00h01
 
08/02/2024 00h01
AMARGURA (poesia)

Taça de fel para mim, tu se tornou



O que era tão gostoso, puro mel



O tempo sem clemência transformou



Neste inferno que antes era o céu



 



Quando penso tão grande nosso amor



Que causou entre os deuses tal ciúme



E num feitiço nos encheu de amargor



Do brilho estelar, um mero vagalume



 



Mas a lembrança, doce-mel, não se apaga



E por mais que peça a Deus que traga



Não é o doce que sinto, é amargura



 



Quem me dera mudar minha desdita



Mas ninguém a minha vida facilita



Quem se importa minha sina, noite escura?



Publicado por Sióstio de Lapa em 08/02/2024 às 00h01
 
07/02/2024 00h01
VIAGEM DE SAUDADE (poesia)

O carro avança por estrada afora

 

 

Pavimentada de tristeza e mágoa

 

 

 

 

Nem os pássaros que cantam nesta hora

 

 

 

 

Fazem enxugar dos meus olhos a água

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Ela não quer a minha companhia

 

 

 

 

Não se importa com a minha solidão

 

 

 

 

Que na curva eu capote e vá pra tumba feia

 

 

 

 

Sem ato de amor ou consolação

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Por que eu tenho que ainda viajar?

 

 

 

 

Se assim aumenta minha saudade?

 

 

 

 

E cada metro percorrido parece perguntar...

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Ei! Cadê ela, a musa que eu via ao teu lado?

 

 

 

 

E que com ela nós fazíamos a Trindade?

 

 

 

 

Eu, só contigo, é puro e acre enfado!

 

 


Publicado por Sióstio de Lapa em 07/02/2024 às 00h01



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Imagem de cabeçalho: Sergiu Bacioiu/flickr