Para entender uma pequena parte da grande crise que atinge a Igreja Católica, vou colocar e refletir sobre alguns argumentos colocados por Pedro Affonseca, o presidente do Centro Dom Bosco, na sua aula “Unidade e divisão na Santa Igreja Católica”, que estreou em 26-03-2021 no YouTube, e consta nesta data com 33.531 visualizações, com 3,8 sinais positivos e 71 negativos.
Esta aula tem o objetivo de debelar o erro que se tornou muito comum nas últimas semanas, quando diversos fiéis começaram a se insurgir contra essa malfadada Campanha Ecumênica da Fraternidade de 2021. Esse erro consiste em dizer que aqueles que combatem os erros, promovem a divisão na Igreja. Isso se tornou um lugar-comum, e nos assusta quando vemos que esse tipo de erro grave é defendido não apenas pelos inimigos declarados da Fé, mas até por católicos bem formados, até por sacerdotes que, mesmo eventualmente malformados, mas são honestos, bem-intencionados, desejam de fato servir a Deus, salvar as almas. Nós vemos muitos fiéis e muitos clérigos, movidos por uma covardia inaceitável, que acabaram por aderir a esse discurso infeliz, de que aqueles que condenaram ou expuseram os erros da Campanha da Fraternidade, seriam os responsáveis pela divisão na Santa Igreja. É claro que nesse grupo também estão os inimigos declarados da Fé. Nunca vi tantos teólogos da libertação, tantos hereges, afirmarem sua fé na existência do demônio como eu vi nas últimas semanas. Eles até falavam da etimologia da palavra, diábolus, divisor, ou aquele que gera confusão. Quantos hereges nas últimas semanas nos chamaram de diabólicos ou reafirmaram a Fé dessas pessoas, que por décadas ou anos das suas vidas, inclusive muitos sacerdotes, negaram a existência do demônio, negaram a existência do inferno. Pessoas que não tem Fé, mas quando é conveniente eles falam do demônio. Mas não apenas esses caíram nesse discurso, defenderam esse discurso, que nada mais é um subterfúgio para que o erro permaneça. Infelizmente, muitos sacerdotes, muitos leigos, pessoas que querem ficar em cima do muro, numa atitude inaceitável de omissão e defendem essa falácia (raciocínio falso que simula a verdade) de que aqueles que combatem o erro geram divisão.
Neste trecho, observo o ponto do surgimento do erro. Algumas pessoas apontam que existe erro em comportamentos exibidos por parte do clero, que tiveram origem no Concílio Vaticano II. Seria mais lógico que os promotores desses “erros” justificassem o comportamento errado, baseado na Sagrada Escritura, que deve ser o Norte de todos que fazem a Santa Igreja. Porém, a reação que se seguiu foi contrária. Foram feitas acusações a quem estava apontando os “erros” como se tivessem incorporados pela entidade que eles não defendiam a existência. Se realmente eles não tivessem cometendo erros com seus comportamentos modernos, passaram a cometer com essa forma de reação. Mostraram que podem usar os conceitos em benefício dos seus interesses, sem se preocupar com os ensinamentos da Sagrada Escritura, da qual não podem se afastar.
Por terem cometido esse erro na reação, pode-se imaginar que os erros dos quais são acusados realmente existem. Se os promotores dos erros permanecem firmes em suas posições prepotentes, sem a necessária humildade de reconhecer ou pelo menos colocar suas razões que consigam dirimir os erros, está formada a divisão dentro da Santa Igreja. Agora, quem gerou a divisão? Não seria quem implementou comportamentos que não são apoiados pela Santa Escritura, pelo Evangelho do Mestre? Ou será que todos os passageiros da barca de Pedro devem ficar calados quando percebem que o rumo que está sendo tomado não é o correto? Afinal, não devemos obediência irrestrita aos timoneiros da barca, mesmo percebendo seus erros. Nossa obediência está limitada ao cumprimento do Evangelho de Jesus, o construtor da barca, sob a vontade de Deus. Se os condutores da barca querem chegar a outros destinos, não podem querer que exista unidade entre aqueles que percebem os erros e têm a coragem de aponta-los.
Assim, usando a lógica, chego a conclusão que a crise que surgiu na Santa Igreja Católica foi devida àqueles que cometeram comportamentos não devidamente explicados à luz da Sagrada Escritura. Que a humildade que deve caracterizar os cristãos, não foi usada para alinhar pensamentos e corrigir erros. Que debelar erros e corrigir rumos, é obrigação moral de todos que estão dentro da barca espiritual construída pelo Cristo, mesmo que esta navegue nos mares do mundo material naquela construída por Pedro.
Imagine um soldado convocado para uma guerra ancestral, onde as batalhas se desenvolvem a todo século, que várias pessoas já foram convocadas, desde sempre, com os mais diversos perfis e competências.
Imagine que dois são os comandantes nessa guerra, por um lado, Deus o Criador de tudo que existe, onipotente, onisciente e onipresente; do outro lado está o Demônio, a antítese de Deus. Este Demônio, também criado por Deus, como tudo que existe no mundo, existe energeticamente dentro de nós, identificado como o Behemoth no livro de Jó. Tem a finalidade de proteger e desenvolver o nosso corpo, expressa a sua energia em nossa mente e podemos identificar cada uma das suas sete cabeças nos comportamentos caracterizados como os sete pecados capitais: gula, preguiça, avareza, orgulho, vaidade, ciúme e luxúria.
Nós somos os combatentes nesta guerra constante e cada século, cada milênio, apresenta suas particularidades. Os dois comandantes estão dentro de nós e se expressam na consciência, onde está a lei de Deus. Quem desperta para esta realidade, que estuda os livros de história e sente as batalhas acontecerem ao redor, percebe a responsabilidade de se alinhar ao projeto de Deus como combatente sob a liderança do Mestre Jesus, o nosso governador planetário.
Foi neste ponto de compreensão da vida em que estou inserido, que resolvi fazer a vontade do Pai, entrar como combatente esclarecido nesta guerra. Sei que os dois comandantes supremos desta guerra estão dentro de mim, como estão dentro de cada pessoa que faz parte de um ou outro exército. Agora o que vai prevalecer para o meu bom ou mal desempenho acontecer são as minhas virtudes e defeitos que trago comigo. Tenho que eliminar ou diminuir a força dos inúmeros defeitos e aumentar a força das frágeis e insipientes virtudes. O Behemoth tem o seu império dentro do meu corpo e domina meu campo mental na maioria das vezes. Sinto que sou conduzido em busca dos prazeres dos sentidos, em busca principalmente ao atendimento da gula, da preguiça e da luxúria, por mais que eu, espirito, saiba da minha responsabilidade de gerenciar todas as ações comportamentais em meu entorno.
Ao fazer estas reflexões, vejo que estou ainda combalido dentro da guerra, todos os recursos adquiridos dentro da academia, dentro das diversas religiões, principalmente no Evangelho de Jesus, não estão sendo aplicados com constância e sabedoria. Preciso vencer a principal cabeça do Behemoth que me domina, a preguiça. Não quero dizer que devo deixar de dar importância para aquelas atividades que dizem respeito às responsabilidades do campo material, do trabalho que me traz os recursos financeiros. Neste campo de atuação todos reconhecem que desenvolvo bastante trabalho, que sou um trabalhador constante e eficiente. Tenho que fazer isso, é verdade, estou satisfeito com o meu desempenho neste campo material. Mas o que sei que é mais importante é o desempenho que devo ter no campo espiritual. É no mundo espiritual que a vida real se desenvolve. Aqui na Terra, no mundo material, serve apenas para um treinamento, uma escola que o espírito deve passar para aprender como domesticar o Behemoth e como aplicar o amor incondicional que é a principal lição para seguirmos na evolução, individual e coletiva.
São tantos os caminhos que estão ao meu alcance, todos colocados por Deus, que deixa a mente confusa. Qual deles Deus quer que eu assuma? Já estou na trilha do Amor Incondicional, ampliei minha família de nuclear para ampliada e estou em busca da família universal, como base para a construção do Reino de Deus, além do próprio coração. Já identifiquei o trabalho com o marketing de relacionamentos, desenvolvido por diversas empresas, como uma estratégia eficaz para esse projeto ir em frente. Tenho um projeto universitário de fazer um evento de extensão, neste período do ensino de forma remota, online, sobre a construção deste Reino de Deus, a partir dos ensinamentos que Jesus nos deixou e com a participação de tantos que tenham a mesma intenção, de forma honesta e eficaz. Além de tudo isso, tenho que desenvolver o trabalho profissional, dentro da minha condição de psiquiatra e de professor, para adquirir os rendimentos necessários para manter a dignidade da minha vida, tanto material com os bens de consumo para o conforto que o corpo exige, quanto espiritual, ajudando a tantos que estejam ao meu redor.
Este é o bloco de atividades que tomam conta do meu cotidiano, sabendo eu que preciso ser mais eficiente para que o projeto principal, de fazer a vontade de Deus em primeiro plano, e contribuir para a evolução coletiva dos meus irmãos em humanidade, é o que exige mais de mim, que faz eu precisar do que tanto peço em minhas orações: sabedoria, inteligência rápida e coragem.
Tive contato agora recente com o caminho do Marketing Digital e vi o potencial que ele oferece para potencializar os projetos que tento desenvolver. Acontece que vai exigir um tempo considerável para que eu apreenda as técnicas para coloca-las a serviço do meu ideal. Aqui entra em cena os três pedidos que sempre faço ao Pai. Tenho que ter a sabedoria para discernir se isso será realmente útil, um caminho que o Pai deseja que eu siga, ou será um mero dispersador de esforços? À primeira vista, minha inteligência aponta que será de utilidade, que é um recurso moderno onde toda a sociedade está se adaptando e gerando muitos lucros em todas as áreas. Será que se aplica bem ao projeto espiritual que é a minha prioridade? Terei tempo suficiente para me debruçar sobre as aulas teóricas e práticas que fazem parte desse aprendizado? O custo financeiro, que não é impedimento para mim, considero um bom investimento, mas para quem tem todas as condições de aproveitar tudo que será ensinado e possa colocar em prática. Eu terei essa condição? Já fiz outros investimentos semelhantes e se perderam pelo caminho, por eu não ter o tempo de fazer o devido acompanhamento.
Agora estou neste impasse, necessitando da inteligência rápida para decidir o que fazer, de imediato. A intuição me leva a entrar neste campo de conhecimentos e aplicação prática. A prudência me segura e alega que já entrei em caminho parecido e que não serviu para nada, pois não pude dar a atenção que era exigida. A sabedoria, pequenininha, diz que tudo serve de aprendizado, o que antes foi perdido pela falta do tempo e organização necessários, agora pode ter um melhor sucesso, pois a eficácia que eu espero em cumprir a vontade do Pai, pode ser dada por esse aprendizado. Que eu possa usar o aprendizado dos fatores que levaram ao fiasco os projetos anteriores, para evitar que eles ocorram novamente com mais esta tentativa.
Dessa forma, minha consciência compreende que este é mais um caminho que o Pai oferece e quer que eu o percorra, com mais habilidade, constância e determinação do que aconteceu antes.
No texto escrito na agenda “2021 Dia a Dia com o Evangelho” da Editora Paulus, encontrei o seguinte:
Evangelho: Lc 9,7-9
Naquele tempo, o tetrarca Herodes ouviu falar de tudo que estava acontecendo e ficou todo confuso, porque uns diziam: “João ressuscitou dos mortos”. Outros diziam: “Elias apareceu de novo”. E outros ainda: “Um dos antigos profetas ressuscitou”. Mas Herodes disse: “Eu mandei degolar João. Então quem é esse, de quem ouço falar essas coisas?” E queria ver Jesus.
Comentário
Jesus vem para realizar e propor nova mentalidade e, por isso, novo estilo de vida. Por suas atitudes coerentes e por seu poder de expulsar as forças do mal e curar doenças, em pouco tempo, Jesus havia cativado e arrastado atrás de si numerosas multidões. Embora ele insistisse para não publicarem seus feitos, sua fama logo se espalhou por toda parte e chegou aos ouvidos de Herodes, homem forte do governo. Fosse o profeta Elias que voltava, fosse João Batista, ressuscitado dos mortos, ambas as lembranças eram um tormento para a cabeça do cruel Herodes, que fica confuso. “Queria ver Jesus”, talvez para livrar-se do pesadelo de sua vida desregrada. Na paixão de Jesus, Herodes fará de tudo para arrancar-lhe uma palavra. Em vão. Tratava-se de mera curiosidade, não desejo de tornar-se um discípulo.
Tentando interpretar à luz da vontade de Deus, o que esse texto quer transmitir justamente no dia do nascimento de Mateus, pois sei que o acaso não existe, e que os filhos de Deus, de boas intenções, estão sempre recebendo mensagens do Pai, intuí a seguinte compreensão.
O texto está explicando quem é esse que chega, Mateus, que acaba de vir à luz. Juntando com o texto do dia 24-09-2021, mostra que este está designado para ser um legítimo seguidor do Cristo, ensinando um novo estilo de vida, com atitudes coerentes, com o poder de expulsar o mal, de curar doenças, e por tudo isso com o poder de arrastar multidões.
Como naquelas provas de revezamento onde o atleta passa para o atleta seguinte da sua equipe a tocha da competição até o ponto de chegada, também observo que na equipe do Cristo, que passou no início, após o seu desencarne, a tocha para Pedro e para os demais papas que o sucederam, até agora no século 21, quando no papado de Francisco, parece que este não conseguiu segurar a tocha que vinha sendo repassada de mão em mão. Francisco demonstra sintonia com a ideologia comunista/socialista, movimento este já condenado pelas diversas aparições de Nossa Senhora e por diversos papas anteriores.
Assim, estando a tocha do Cristo sem ter quem a conduza com firmeza, com tantas vozes se levantando em apelo aos Céus para que surja um novo condutor, então Deus envia o condutor seguinte, certamente com a devida organização estratégica no mundo espiritual, dos espíritos superiores, dos espíritos santos de Deus, para encarnar no Brasil, que será a “Pátria do Evangelho e o Coração do Mundo”. Este será o novo Noé, que salvará o povo de Deus do incêndio das iniquidades, conduzindo-os para a Barca da Verdade, cujos passageiros serão os futuros habitantes da Terra, assim promovida para planeta de Regeneração.
A mãe, aparentemente tão frágil na condição de mulher, pode demonstrar grande heroísmo em suas ações, tão discretas quanto importantes, tanto no contexto coletivo quanto no individual.
Vejamos o exemplo de Maria de Nazaré, a que foi prometida para ser a esposa do viúvo José. Antes do casamento, ela foi visitada por um anjo que lhe dizia que tinha sido escolhida para gerar uma criança pela vontade de Deus. Sem titubear ela disse que o Criador fizesse em si conforme fosse Sua vontade, mesmo sabendo que iria gestar um filho sem a participação de nenhum homem biológico, principalmente do seu noivo, José. Sabia que iria ser difícil explicar essa condição para seus pais, mas principalmente para José, o seu noivo, que não lhe conhecia tanto quanto os seus pais. Mas enfrentou com heroísmo essa condição, mesmo sabendo que poderia ser morta por apedrejamento, caso o seu marido, com fúria justa para a época, a acusasse perante o sinédrio.
O seu ato de heroísmo não foi percebido por nenhum dos seus vizinhos, por nenhum conterrâneo. Ela mesma se encarregou de confessar aos principais interessados, seus pais e o seu noivo. Sofreu a compreensão dos pais, pois eles a conheciam bem e sabiam que ela era incapaz de mentir, que sempre se comportara como uma filha obediente e temente a Deus. Porém, o seu noivo a repudiou de imediato, mesmo que não tivesse intenções de lhe acusar para ela sofrer a pena do apedrejamento, como era praticado naquela cultura, contra a mulher que traísse a confiança do seu marido.
Após ter passado por todas essas dificuldades com a maior discrição possível, ninguém naquela vila onde moravam sequer imaginavam que ela estava gestando o filho de Deus, conforme o anjo anunciara para si e o seu noivo. Devido a esse heroísmo discreto de Maria, Jesus veio ao mundo material para ensinar o que Deus pediu para Ele, sobre o amor incondicional, a forma da construção do Reino dos Céus.
Agora, hoje, ao meu alcance, 2.000 anos após o caso de Maria, a virgem santíssima, sou testemunha de heroísmo parecido, sem o glamour que havia em Maria, por ser a mãe do filho de Deus.
A mulher cujo heroísmo testemunhei, teve um elemento extra que Nossa Senhora não teve. A mulher de hoje estava totalmente indiferente aos projetos de Deus em sua vida. Gerou um filho e cujo momento de lhe dar entrada ao mundo material, para lhe dar à luz aqui fora do útero, luz que não existia dentro do útero. Ao dar a luz ao seu filho neste ato, a influência do cosmo em sua vida, conforme diz os estudiosos do horóscopo, iria nascer no último dia do signo de Virgem, 22 de setembro.
Porém, Deus havia designado para o filho dessa mãe uma missão que se adaptava melhor ao signo de Libra. Ela não recebeu nenhuma instrução diretamente dos anjos, como aconteceu com Maria de Nazaré, mas intuitivamente ela sentia que o parto devia ser retardado até passar do dia 22 para o dia 23, deixar seu filho de ser o último virginiano para ser o primeiro libriano nascido nesse dia.
Ela chegou à maternidade na manhã do dia 22 e falou para o médico que preferia um parto normal, deixou de decidir pelo parto cesariano, que seria mais rápido e menos doloroso. Dessa forma teria o seu filho virginiano, e ninguém poderia lhe criticar por essa decisão, pois havia motivo clínico para o parto ser dessa forma.
Apesar de tamanhas dores, ela resistiu, anonimamente, até que o seu filho teve condições de emergir para o mundo material sob a influencia de Vênus, o planeta do amor e da justiça, e que agora esse planeta, Vênus, seria o seu regente cósmico no mundo do horóscopo, das influências cósmicas que regem a nossa vida. Seu filho agora está sendo regido por Libra, o mesmo signo do apóstolo João, o bem-amado de Jesus, que acolheu a mãe do Mestre e ficou com ela até a data do seu desencarne e ascenção ao Céu, seguindo o caminho do seu filho, o mestre Jesus.
Eis mais um exemplo do heroísmo discreto de tantas mulheres, cuja missão coletiva foi dada por Deus, para serem o portal por onde novas almas entram cotidianamente no mundo material.
Ave Marias!