Sióstio de Lapa
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15/12/2020 00h14
CIRCULO DO MAL DE HITLER (33) – ASSASSINATO DE RÖHM

            Interessante procurar saber como o mal pode se desenvolver e ameaçar todos os países do mundo. O que se passou na Alemanha Nazista sob o comando de Hitler e seus asseclas, abordado pela Netflix em uma série sob o título “Hitler’s circle of evil” serve como um bom campo para nossas reflexões.

XXXIII

            Em junho de 1934, Hitler prepara um expurgo da SA. Ele cancela seus exercícios militares anuais e diz para tirarem licença. Dispersos no país em pequenos grupos, será mais fácil lidar com eles.

            Uma coisa estranha sobre o expurgo de Röhm foi a ingenuidade dele. Ele parece não ter noção de que é visto como ameaça. Acha que pensa que realmente é útil a Hitler e que a SA ajudará na revolução do jeito que Hitler quer.

            Em junho de 1934, Röhm não fica alarmado ao ouvir boatos de que haverá um ataque contra ele. Vai para Bad Wiessee, um lago na Baviera, passar férias. Esse foi um erro fatal. Göring, Himmler e Heydrich, trabalham incessantemente para desacreditar Röhm, e, finalmente, acham seu trunfo.

            No final de junho de 1934, incrivelmente, foram achadas provas de que Röhm é traidor. Há um documento que mostra que ele recebeu milhões de marcos do governo francês para derrubar Hitler em nome deles. Claro que são provas fabricadas.

            Armados com a aparente prova de que Röhm é um traidor, bem como um degenerado, os conspiradores tentam convencer Hitler a agir rápido. O destino de Röhm está selado.

            Então, acontece um dos atos mais infames de violência política da história. Foi a “Noite das Facas Longas”. E, que facas afiadas! 

            De posse da prova falsificada, em uma ação extraordinária, Hitler, o chanceler da Alemanha, decide agir com as próprias mãos. Ele viaja em um comboio de carros, com escolta de homens armados da SS, até o resort de Bad Wiessee. 

            Às 6h30, Hitler entra no hotel, com seu revólver na mão. Ele vai até o quarto de Röhm. Abriu a porta de disse: “Levante-se, está preso por alta traição.” 

            Röhm, sonolento e confuso, não entende o que está havendo e se levanta. Hitler e seu grupo prendem homens da SA que estão dormindo juntos. Isso é algo que os nazistas usarão após o acontecimento para mostrar que tentavam se livrar da torpeza moral de a SA ser considerada a força homossexual.

            Cumprindo seu papel de cavaleiros puros da ordem nazista, a SS de Himmler reúne 200 oficiais superiores da SA e limpa toda sua decadência. Nas 24 horas seguintes, muitos são executados, baleados. Esta é a oportunidade para a qual Himmler preparou a organização durante muito tempo. Eles demonstram claramente que são instrumentos leal do Führer. Outros homens, incluindo Röhm, são presos.  

            Por consideração pessoal a Röhm, Hitler quer poupar a sua vida, mas é convencido do contrario por Göring e Himmler, que dizem: “Não é bom, mein Führer, matar os subordinados de Röhm, mas poupar o chefão nojento.”

            Depois de chegar tão longe, não havia mais volta.

            No dia seguinte, Hitler oferece uma festa de chá para seus ministros e familiares nos jardins da Chancelaria em Berlim.

            Enquanto o evento acontece, a continuidade da Noite das Facas Longas é como o Poderoso Chefão II. Parece filme de gângster. Há pessoas sendo massacradas, literalmente assassinadas, baleadas.

            Mas há uma morte que Göring e Himmler ainda desejam. Durante a tarde, eles tentam convencer Hitler repetidamente, e ele finalmente cede.

            Hitler ainda está reticente quanto a matar Röhm, então ele manda avisar que ele poderia tirar a própria vida com um revólver. Os guardas da SS entregam um revólver com uma bala a Röhm. Dizem a ele: “Sabe o que fazer, se em 10 minutos não ouvirmos um tiro, atiraremos.”

            Pode ser um xeque-mate, mas Röhm não é traidor. Passam-se 10 minutos. Nenhum som. Lutador até o fim, ele não vai lhes dar esse prazer. 

            Dois homens da SS abrem a porta... e ele diz: “Atirem, ou Adolf Hitler deveria atirar.” Eles dão três tiros no peito dele e um na cabeça.

            A morte de Röhm é o final sangrento do expurgo mortal de Göring e Himmler. Ainda não se sabe quantos morreram naquele fim de semana sangrento. Mas com certeza foram centenas. E isso foi um aviso, não só para a Alemanha, mas para o mundo, que se opor aos nazistas era correr risco de vida.

            Em poucos meses, a antes poderosa SA não passa de uma organização cerimonial. E sem Röhm, os protagonistas do círculo têm um rival a menos.

            Após o expurgo de Röhm, o grupo ao redor de Hitler começa a desenvolver suas próprias bases de poder, seus interesses, mas com Hitler no centro. Era preciso ser leal, não poderia ser como Röhm, ou sofreria as consequências. 

            Duas semanas depois, o enfermo presidente Hindenburg morre e Hitler unifica os cargos de chanceler e presidente, declarando-se o líder supremo da Alemanha: o Führer.

            Agora o círculo íntimo é incontrolável.

            O assassinato de Röhm poderia ser um sinal para a Alemanha e para o mundo, de que o mal estava no poder. Mas não houve um protesto significativo, nem na Alemanha, nem no mundo. Na Alemanha, podemos até justificar. Um crítico do sistema nazista, do círculo íntimo, poderia estar assinando a sua sentença de morte, como acontecia frequentemente com os comunista e judeus. Cada um queria ficar longe do foco perverso desse círculo do mal. Mas, e no mundo? Não havia observadores que levantassem tal crítica? Ou o mundo estava absorvido nas falsas narrativas que davam amis crédito ao que o círculo do mal produzia? Mais uma vez muito parecido com o Brasil, cujas narrativas falsas ou tendenciosas que chegam no exterior, são consideradas como verdadeiras e dignas de reação. Lá, os países podiam estar evitando um confronto que os levassem novamente a uma guerra mundial que eles queriam evitar; aqui, em muitos casos, os países acham conveniente aceitar as falsas narrativas, pois privilegiam os grupos políticos que facilitavam o vampirismo econômico em nossas riquezas naturais.

Publicado por Sióstio de Lapa
em 15/12/2020 às 00h14
 
14/12/2020 19h50
CIRCULO DO MAL DE HITLER (32) – TRAMA CONTRA RÖHM

            Interessante procurar saber como o mal pode se desenvolver e ameaçar todos os países do mundo. O que se passou na Alemanha Nazista sob o comando de Hitler e seus asseclas, abordado pela Netflix em uma série sob o título “Hitler’s circle of evil” serve como um bom campo para nossas reflexões.

XXXII

            Himmler obtém êxito e assume o controle das forças policiais estaduais do país, exceto de uma, a Prússia de Göring. 

            Göring mantém sua valiosa Gestapo. E apesar de perder o grande prêmio para Himmler, ele reconhece que seria bom ter o jovem burocrata ao seu lado. Ele logo o recruta como seu adjunto na Prússia. Ele acaba percebendo que Himmler pode ser bem útil. Então, eles decidem trabalhar juntos, mas, claro, Göring é quem tem a superioridade nessa parceria. Mais uma vez, ele subestima Himmler e sua ambição e habilidade em formar uma organização.

            Göring tem um motivo maior para recrutar Himmler. Quer que a força combinada de sua Gestapo, da SS de Himmler e da polícia secreta derrubem alguém que ele vê como ameaça: Ernst Röhm e sua SA. 

            Até 1934, o movimento dos camisas pardas passou de três para quatro milhões de pessoas. Isso começou a subir à cabeça de Röhm. Ele faz discursos pedindo que a SA se torne o exército do povo. Havia uma verdadeira busca por poder dentro do partido por parte dos camisas pardas, que, com alguma justificativa, se viam como os aríetes que abriram os portões para os nazistas.

            A SA mantém a ideia de acontecer uma segunda revolução. Uma junta militar com eles no topo. Embora Hitler e Röhm ainda pareçam próximos, estão ideologicamente em polos opostos.

            Com Hitler amadurecendo politicamente e se afastando da imagem de “tocador de tambor”, convocando homens às armas nas esquinas, Röhm começa a virar um constrangimento a Hitler. “Quem é esse homossexual corpulento associado a ele?”

            A homossexualidade de Röhm nunca foi segredo, mas agora, como líderes legítimos, está virando uma questão explorável para seu rival Göring e seu novo recruta, Himmler. 

            Himmler, que já foi o aliado mais próximo de Röhm, agora se encontra em competição direta com ele. Há uma relação fascinante de amor e ódio entre a SS e a SA e entre Himmler e Röhm.

            Em 1934, Himmler quer a independência de sua nobre SS, para não ser associada ao vandalismo bruto e depravação aparente da SA. Himmler decide que seu antigo camarada Röhm precisa ser controlado. 

            Himmler, o líder da SS, era um grande burocrata, um manipulador brilhante, ele se juntou a Göring para conspirar contra Röhm. Eles consideram que Röhm age contra os desejos deles, e se Röhm for derrubado, eles veem a chance de avanço em potencial para ambos. Eles precisam concentrar os seus recursos, então o aliado de Himmler, Reinhard Heydrich, é trazido a bordo. Com a tarefa de encontrar provas contundentes, ele põe seu SD no caso. Iniciam um programa de vigilância de informações para descobrir o que a SA está pensando. Depois já juntam todo esse material para mostrar a Hitler. 

            Apesar de visar a homossexualidade de Röhm, Hitler não é muito receptivo. Como velhos colegas, ele sabe disso e ignorou a questão, mas os conspiradores sabem como convencê-lo. Göring e Himmler disseram de tudo para tentar persuadir Hitler, fazendo parecer que havia indecência na SA.

            Sem dúvidas, Hitler era homofóbico, e imaginar Röhm e os líderes da SA fazendo orgias homossexuais é algo que ele não suporta.

            Hitler ouve que a influência de Röhm não está corrompendo só a hierarquia da SA, mas também a Juventude Hitlerista. Enojado, Hitler dá permissão aos conspiradores. É temporada de caça a Röhm e sua SA. 

            Himmler ordena que Heydrich encontre informações sobre Röhm, informações fabricadas, mas será o bastante. O jeito nazista é inventar coisas, confrontar a pessoa e condená-la. É o que acontecerá com Röhm. 

            Em um círculo do mal, não solidariedade cristã, de se fazer ao próximo o que gostaríamos fizessem a nós. É exatamente o contrário, se existe alguém que atrapalha a evolução, essa pessoa deve sair do círculo, de preferência com a morte, para não deixar nenhuma possibilidade de reação. Foi isso que aconteceu com Röhm, as pessoas consideradas como amigas, passam a tramar contra ele. Observamos caso parecido no Brasil, com o prefeito Celso Daniel. Por não aceitar os atos de corrupção dentro do seu partido, o PT, para beneficiar as pessoas e não a ideologia, terminou sendo assassinado e os responsáveis até hoje não foram punidos. Mesmo que a corrupção contra o Brasil fosse em benefício ideológico, isso não seria sustentável do ponto de vista ético. Como nos sentimos impotentes, ao ver o desenrolar desses casos e não poder intervir para evitar ou punir os criminosos. O máximo que podemos fazer é não eleger tais criminosos, mas nem isso é possível. As massas ignorantes, subalternas, dirigidas por benefícios pessoais em épocas eleitorais, não tem sentido crítico de agir dentro da honra. E os criminosos conseguem se reeleger, até contando com o apoio de pessoas de bom coração, mas que foram envolvidas pela hipnose das falsas narrativa.

Publicado por Sióstio de Lapa
em 14/12/2020 às 19h50
 
13/12/2020 00h12
CIRCULO DO MAL DE HITLER (31) – MINISTÉRIOS ESTRATÉGICOS

            Interessante procurar saber como o mal pode se desenvolver e ameaçar todos os países do mundo. O que se passou na Alemanha Nazista sob o comando de Hitler e seus asseclas, abordado pela Netflix em uma série sob o título “Hitler’s circle of evil” serve como um bom campo para nossas reflexões.

XXXI

            O marxismo estava realmente destruído. Após toda propaganda e alarmismo nazista... MEDIDAS DRÁSTICAS SERÃO TOMADAS... esta repressão selvagem é bem-recebida pelos alemães, e a popularidade do partido dispara.

            Duas semanas depois, nas eleições de marco de 1933, o esforço de Goebbels e Göring é recompensado. Os nazistas conquistam quase 44% dos votos, ainda não é uma maioria, mas agora são a força dominante na coalização.

            Os nazistas estão no controle. Outra vez, o círculo íntimo aguarda suas recompensas. Göring, louco por poder, já acumula várias posições políticas, mas agora um novo ministério é criado com base em seus talentos. Ele deve secretamente desenvolver e construir a primeira força aérea moderna do mundo. Foi quando Göring deixou de ser apenas um ministro na Prússia. Agora é alguém com responsabilidade nacional. É a escolha óbvia para montar um ministério aéreo, que será uma forma velada de rearmar a Alemanha no ar. 

            Independente do Exército e da Marinha, e com seu próprio orçamento substancial e uniforme elegante, Göring está do jeito que gosta. Joseph Goebbels também recebe o reconhecimento que deseja. Foi a realização da ambição de toda a sua vida ser nomeado ministro da Propaganda em um novo ministério. Ele tinha o orgulho de ser o homem mais jovem já nomeado a um cargo ministerial na Alemanha, e estava muito animado com as oportunidades desse novo papel. É um papel que ele aprecia e rapidamente expande. Pós meses de preparação, ele juntou todos os artistas da Alemanha, escritores, músicos, pintores e escultores, em uma única organização. Dez anos antes, este jovem era um jornalista amargurado e frustrado. Agora está no comando da vida cultural da Alemanha. É o primeiro passo no caminho para o controle absoluto da mídia. Esse será o seu império e o tornará extremamente poderoso.

            Com os nazistas no poder, a lei e a ordem devem refletir sua visão e fazer cumprir seus valores. As forças policiais da nação devem ser centralizadas e serem controladas por uma pessoa do círculo íntimo. Será uma posição de estima e poder. Göring acha que é a escolha óbvia, ele montou a Gestapo na Prússia e teve papel importante em trazer a Polícia para o lado do regime.

            Mas Göring tem um rival inesperado ao cargo: o chefe de segurança em ascenção e meticuloso burocrata Heinrich Himmler. 

            A relação entre Göring e Himmler em i933 e 1934 é bem desigual. Göring está no topo da hierarquia política, enquanto Himmler ainda está manobrando, tentando achar seu lugar, seu papel. Ele está ocupado montando a base para seu poder subsequente. Esta é a grande chance de Himmler. Ele quer comandar uma polícia unificada nos mesmos moldes de sua SS. Ele explica a Hitler porque é o homem certo para o trabalho. Ele é um realizador e ótimo organizador. Claramente, é alguém que conseguirá montar um sistema policial nacional eficaz.

            Com todas as artimanhas, Hitler consegue alcançar uma posição de maior poder e cria dois ministérios estratégicos para seus planos: o Ministério do Ar, que tem finalidade bélica, de ser o maior poderio militar no ar, burlando a comunidade internacional que havia proibido a Alemanha de se armar belicamente. O outro ministério criado foi o da Propaganda, com o objetivo principal de endeusar o Führer e cristalizar cada vez mais o grau de hipnose sobre as massas, aceitando todo as iniquidades de forma passiva, até se encontrar irremediavelmente enredados na trama do mal, enquanto nação. Será que sofremos esse grau de hipnose no Brasil? Pois já são passados mais de um ano que a quadrilha deixou o poder central e até hoje ainda encontra fortes defensores entre cidadãos de bem que acreditam estarem defendendo um lado correto.

Publicado por Sióstio de Lapa
em 13/12/2020 às 00h12
 
12/12/2020 00h10
CIRCULO DO MAL DE HITLER (30) – NARRATIVA NAZISTA

            Interessante procurar saber como o mal pode se desenvolver e ameaçar todos os países do mundo. O que se passou na Alemanha Nazista sob o comando de Hitler e seus asseclas, abordado pela Netflix em uma série sob o título “Hitler’s circle of evil” serve como um bom campo para nossas reflexões.

XXX

            Os nazistas se preparam para a próxima jogada. Ainda são parte de uma coalizão tênue, com poucos cargos no gabinete. Isso não é poder absoluto. Detonando os interesses da população. 

            Embora estejam no poder, os nazistas querem ampliá-lo. O círculo íntimo decide que precisa jogar para valer. Dizem que a coalizão fracassará e convocam outra eleição. Eles têm dois meses para garantir a maioria. O plano deles? Atacar seus principais rivais políticos: os comunistas.

            A ameaça, real ou imaginada, à Alemanha por parte dos comunistas era parte crucial da narrativa nazista, e Goebbels não perdeu tempo para capitalizar sobre isso. 

            Goebbels faz muita campanha, com o slogan “Ataque ao Marxismo”. Mas eles sabem que apenas propaganda não será suficiente. Nessa altura, não há dúvida de que o movimento precisa de algum tipo de crise, algo para derrubar os comunistas, que ainda são o maior partido no Reichstag.

            Mas por mais que os nazistas tentem provocar uma afronta, os comunistas se recusam a responder.

            27 DE FEVEREIRO DE 1933 – BERLIM

            Em fevereiro de 1933, Joseph e Magda Goebbels estão entretendo Hitler e outros líderes do partido em sua casa quando recebem um milagre. O Reichstag está pegando fogo. 

            Quando o incêndio acontece em fevereiro, um mês após ele assumir o poder, tudo circunstancialmente indicaria que teria sido ato dos nazistas. Isso foi negado na época, e a reação de Hitler, quando Himmler e Goebbels contaram sobre o incêndio, sugere que ele não sabia de nada. 

            Conspiração nazista ou não, é uma situação que pode ser manipulada. Um jovem comunista holandês é preso no local do incêndio. 

            Hitler dizia que ele era fruto da providência. Ele ficou realmente indignado com o ataque pelos comunistas ao símbolo do poder, o Reichstag. Hitler aproveita o momento. Rapidamente, ele convence Hindenburg a assinar o Decreto do Incêndio do Reichstag.

            Sob o pretexto de proteger o povo, as liberdades civis são suspensas e os nazistas recebem autoridade legal para reprimir qualquer oposição. 

            O incêndio do Reichstag deu aos nazistas a munição de que precisavam para dizer que os comunistas iriam realizar uma revolta nacional. Foi o sinal, o farol aceso para desencadear a violência nazista desenfreada em toda a Alemanha. 

            A SA de Röhm, a Gestapo de Göring e a SS de Himmler entram em ação para destruir brutal e sistematicamente toda oposição política. A polícia da Prússia chegou à Alemanha com lista de prisão de ativistas de esquerda. Ao mesmo tempo, a SA e a SS não têm limites.   

            A SA, agora como polícia auxiliar, pode atacar e sequestrar seus oponentes comunistas, arrastá-los para câmaras de tortura e submetê-los a violência, terror e extorsão. 

            Falsas narrativas são armas preferenciais de grupos orientados pelo mal. Não existe sentido ético, as mentiras são disseminadas a torto e direito para influenciar a sociedade que não apresenta uma crítica severa. A consequência dessa imprudência é tornar o estado refém de grupos criminosos, como aconteceu aqui no Brasil. Tanto na tomada do poder central, a presidência da república, como já dentro do poder, continuavam suas narrativas mentirosas para induzir o povo, principalmente aqueles de menor crítica, através da doação de benefícios, para conquistar uma simpatia em todos os setores, inclusive na educação, clero e justiça. Depois de tudo acontecido na Alemanha, parece incrível como pessoas tão bem instruídas, como se imagina ser os alemães, deixaram se iludir por um grupo tão abertamente violento. Mas, quando observamos o Brasil, pessoas tão bem instruídas, como juristas e professores universitários, ainda defendem pessoas tão bem identificadas como criminosas e acusam outras cujo passado e atuais atividades estão dentro da ordem e da justiça, sem falar da sintonia espiritual.

Publicado por Sióstio de Lapa
em 12/12/2020 às 00h10
 
11/12/2020 00h10
VINHA DE LUZ 22 – CORRIGENDAS

            Paulo escreveu em Hebreus, 12:6, uma frase que nos adverte em nossa relação de filho e Pai, com o Criador: “Porque o Senhor corrige ao que ama e açoita a qualquer que recebe por filho.”

            É uma frase que merece maior reflexão, pois todos não somos filhos de Deus? Ele não deve nos amar a todos, sem distinção? E também não deve açoitar a todos nós sem distinção, pois todos somos seus filhos?

            Existe uma diferenciação que Paulo quer fazer entender... que o Pai ama todos os filhos, sim, no entanto, os que percebem a Sua existência, que não estão órfãos espirituais e que este Pai é bondade e justiça, estes sim, quando sente alguma correção ou o açoite que a vida traz, identifica a participação do Pai nesse evento, não com o sentido de maldade ou injustiça, mas de correção dos desvios e voltar para a trilha do amor, do seio divino.

            Quando nós, discípulos do Evangelho, começamos a entender o valor da corrigenda patrocinada pelo Pai, elevamo-nos mentalmente a planos mais altos da vida

            Naturalmente, o Pai ama todos os filhos, no entanto, os que aceitam Sua existência e procuram compreendê-lo perceberão, mais de perto, o amor divino. A máxima identificação com o Senhor, representa a máxima capacidade sentimental, de ser um canal por onde flui o amor incondicional a todos os seres da criação. 

            Quando atingimos esse nível espiritual, penetramos em zonas de mais serviço e mais aprendizado. No princípio as corrigendas são dolorosas, ficamos atormentados pelos açoites da experiência, entretanto, se sabemos vencer nas primeiras provas, entramos no conhecimento das próprias necessidades e aceitamos a luta por ser alimento espiritual e o testemunho do esforço diário pela indispensável melhora de nós mesmos.

            A vida que evolui dos aspectos primordiais da Natureza, está repleta de lições nesse sentido, da consciência que é gerada e descobre o Criador e aceita ser o instrumento da Sua vontade.

            A consciência, que é a instância espiritual criada à semelhança de Deus, por ser capaz de refletir sobre sua origem, missão e continuidade, ainda dorme no mineral. No vegetal, acorda e começa a sonhar. Nos animais começam a seguir o impulso instintivo, involuntário, para depois usar a consciência como um brinquedo de criança, que na juventude já tem condições de idealizar. Na sua luta evolutiva, o espírito já dono amplo de sua consciência, continua no esforço de lutar para caminhar em direção ao Pai, já devidamente reconhecido. 

            Procuremos atingir o estágio de renovação, consciente da missão de Jesus, por vontade do Pai, para nos ensinar a importância do amor incondicional e como praticá-lo para formar a família universal e consequentemente, o Reino de Deus.

             Nesse caminhar, o trabalho de iluminação e aperfeiçoamento é constante, e devemos agradecer pelas corrigendas e os açoites que recebemos, pois significa a retificação que o Pai promove em nossas vidas. 

            Quanto mais perto do Pai estamos, mais aprendemos e compreendemos o amor da educação divina.

Publicado por Sióstio de Lapa
em 11/12/2020 às 00h10
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