INSTRUÇÕES PSICOFÔNICAS (DIAS DA CRUZ / FCX)
Quem se consagra aos trabalhos de socorro espiritual há de convir, por certo, em que a obsessão é um processo alérgico, interessando o equilíbrio da mente. Desde as mais simples perturbações epidérmicas aos casos dolorosos de avassalamento psíquico.
O que é a pele? É o maior órgão do corpo humano, responsável por 15% do peso corporal. Nos coloca em contato com o mundo através de receptores nervosos, que percebem o calor, frio, as vibrações, o tato, a dor.
FUNÇÃO DA PELE
Há 35 anos, a ciência considera a pele como o maior órgão do Sistema Psiconeuroendocrinoimunológico. A função primordial é o desenvolvimento somático, psíquico e emocional, manutenção do seu equilíbrio global e com influência nos processos internos e na vida de relações das pessoas. O SNC tem uma relação íntima com a pele, tem a mesma origem embrionária, que chegamos a pensar: o SNC é uma parte escondida da pele, ou a pele é a parte exposta do SNC?
PELE E NEUROPEPTÍDEOS
O processo de comunicação pelas secreções do SNC ocorre, na pele, pelas terminações nervosas e pelas células imunológicas. Pesquisas científicas demonstram que o estresse aumenta os neuropeptídios cerebrais, provocando as alterações dermatológicas nos casos de Dermatite Atópica, Psoríase, Vitiligo e Urticária Crônica.
EMOÇÃO À FLOR DA PELE
A pele humana constitui uma saída simbólica para os problemas emocionais íntimos, para as emoções reprimidas. Produz sintomas a fim de chamar a atenção para este grito interior por libertação. O tato reside em nossa pele e cérebro, e sua sensação se refere tanto ao contato físico quanto à emoção: transpira-se de desespero; coça-se de frustração; rompe-se de raiva; e espessa-se para se defender. (O poder do toque, Phyllis K. Davis)
ESTRESSE
O Estresse atinge o Sistema Nervoso Central, que ativa as glândulas e o Sistema Imunológico produzindo Anticorpos, que assim promovem alergia, resposta autoimune, tumores. Caso ocorra diminuição das células de defesa, as infecções oportunistas podem se manifestar. Por esse motivo, o processo obsessivo pode ter uma relação com o estresse e sua interferência no sistema de defesa, facilitando as infecções.
INSTRUÇÕES PSICOFÔNICAS (DIAS DA CRUZ / FCX)
Quanto a Alergia, o médico vienense Von Pirquet, defendeu que era uma reação modificada nas ocorrências da hipersensibilidade humana. Agentes os mais diversos, como alimentos, poeira doméstica, pólens das plantas, parasitos da pele, do intestino e do ar, tanto quanto as bactérias que se multiplicam em núcleos infecciosos, e medicações. Dessa forma podemos considerar os compostos exógenos ou endógenos como estranhos ao organismo, da mesma forma que os processos obsessivos podem ser considerados como agentes estranhos provocando reações no nosso psiquismo. A medicina moderna admite que a ação do anticorpo sobre o antígeno na intimidade da célula, liberta uma substância semelhante à histamina, vulgarmente chamada substância “H”. Essa substância ocasiona desequilíbrios que se expressam na forma de Dermatite atípica, Dermatite de contacto, Coriza espasmódica, Asma, Edema, Urticária, Enxaqueca, Alergia sérica, digestiva, nervosa ou cardiovascular.
AUTO-INTOXICAÇÃO FLUÍDICA
Todos os nossos pensamentos, definidos por vibrações, palavras ou atos arrojam de nós “raios específicos”, que são chamados de Agentes R de natureza destrutiva em nós e fora de nós (endógenos e exógenos) capazes de fecharmos por tempo indeterminado em deploráveis labirintos de desarmonia mental. Da mesma forma que os antígenos na presença dos anticorpos geram a serie de doenças que já relatamos, os Agentes R são formados por antígenos mentais negativos (cólera, irritação, maledicência, leviandade, crueldade, irreflexão, calúnia, tristeza, desânimo, culpa). Tudo isso gera em nós desequilíbrios. A aura pode registrar os diferentes sentimentos, nas diversas fases e experiências, como pode ser observado no livro “Mãos de Luz”.
INTOXICAÇÃO FLUÍDICA ENTRE ENCARNADOS
Se a mente da criatura encarnada ainda não atingiu a disciplina das emoções, se alimenta paixões que desarmonizam com a realidade, pode, a qualquer momento, intoxicar-se com as emissões mentais daqueles com quem convive e que se encontrem no mesmo estado de desequilíbrio (Missionários da Luz, André Luiz)
INTOXICAÇÃO FLUÍDICA DE DESENCARNADOS PARA ENCARNADOS
A obsessão é um processo alérgico, objetivando o equilíbrio da mente. O pensamento doentio e descontrolado provoca em si a contaminação fluídica de entidades em desequilíbrio, capazes de conduzi-los a escabiose, urticária, dermatites, asma, enxaqueca, ulceração, loucura, cirrose, tumores... Os vícios corroem a vida moral levando a eclosões de alienação mental como psicoses, depressão, ansiedade, delinquência. Nossa conduta pode ser a nossa enfermidade tanto quanto o nosso comportamento pode representar a nossa restauração e a cura. Para sanar a obsessão nos outros ou em nós mesmo, é preciso cogitar dos agentes “R” que estamos emitindo. O pensamento é força que determina, estabelece, transforma, edifica, destrói e reconstrói.
A PRECE – FRONTEIRA VIBRATÓRIA
A oração é o mais eficiente antídoto do vampirismo (...) é vibração, energia, poder. Semelhante estado psíquico revela a nossa origem divina e coloca-nos em contato com as forças superiores (...) emitindo raios de espantoso poder. (Missionários da Luz, André Luiz).
Existe obsessão no campo físico? Sim! De que forma elas ocorrem? Allan Kardec diz que os obsessores produzem manifestações ruidosas e persistentes, através de pancadas, batidas, transporte de objetos, combustão espontânea (pirogenia), “chuva interior” (hidrogenia), etc.
Era muito comum os jornais noticiarem casos de pedras atiradas sobre o telhado das casas, ou vidraças quebradas. Panelas e utensílios voando pelos aposentos, pratos e xícaras espatifando-se pelo chão, poltronas, armários e até colchão de bebê pegando fogo espontaneamente. Ninguém encontrava o autor dessas façanhas, nem mesmo a polícia que fica desconcertada frente ao desconhecido. É comum então, pairar o desalento e o temor. Hernani Guimarães Andrade, no livro “Poltergeist”, descreve um desses casos dentre muitos observados.
“A casa estava um verdadeiro caos. Um odor nauseabundo impregnava o ar. As roupas haviam entrado em combustão espontânea por várias vezes. Restava um mínimo capaz de agasalhar devidamente as 8 crianças e os 6 adultos que ali residiam. Havia 8 colchões, 10 cobertores e um sem-número de colchas, lençóis, travesseiros, etc., todos já haviam sido carbonizados. Os vidros dos caixilhos e janelas, todos quebrados. As telhas partidas propiciavam goteiras, inundando todos os cômodos. Uma desolação... O sofrimento coletivo já estava no 7º mês. O que é isso? Poltergeist é uma palavra de origem alemã, composta de 2 vocábulos: poltern = fazer barulho; geist = espírito. Etimologicamente significa espírito barulhento, galhofeiro, desordeiro. Portanto, é uma entidade de ordem inferior o responsável pelo fenômeno.”
André Luiz no livro “Mecanismos da Mediunidade” nos elucida o seguinte: se a personalidade encarnada acusa possibilidade de larga desarticulação das próprias forças anímicas, encontramos aí a mediunidade de efeitos físicos, suscetível de se exteriorizar em graus diversos. Normalmente os jovens mal saídos da primeira infância, são o epicentro destes fenômenos. Servem de medianeiros aos desencarnados menos esclarecidos que com eles se afinam. Com o fornecimento de seu ectoplasma, o espírito produz as batidas, deslocamentos, etc. O fornecedor da energia (ectoplasma) é o Epicentro do fenômeno, e pode comandá-lo inconscientemente. O Epicentro é jovem e não demonstra nenhuma exaustão das forças físicas, embora haja grande produção de eventos.
O livro “Poltergeist” de Dr. Hernani Guimarães Andrade é excelente para quem queira dissecar esses fenômenos que levam o pânico e o desespero a muitas famílias.
Allan Kardec no “O Livro dos Médiuns” apresenta orientações seguras. Na “Revista Espírita” Kardec várias vezes comentou esses fenômenos. Exemplo, o caso do Espírito batedor de Bergzabern ocorrido na Baviera nos anos de 1852 e 1853. Allan Kardec entrevistou vários espíritos causadores desses fatos. Pedem coisas para si mesmos. Uns pedem preces, outros o cumprimento em nome deles, de votos que não puderam cumprir; outros para que possam ficar em paz, pedem para reparar uma má ação praticada enquanto encarnados.
Nas pesquisas de Dr. Hernani aparecem muitos casos de magia, ou seja, “trabalhos” de Umbanda encomendados por encarnados para prejudicar pessoas. A esses propósitos vingativos, associam-se os desencarnados de condição inferior, escravizados neste tipo de comércio de forças espirituais, para satisfazerem apetites grosseiros da matéria.
O Dr. Hernani cita o Poltergeist de Suzano, onde encontrou as 4 condições propostas no seu modelo investigativo: o feiticeiro; os agentes incorpóreos; práticas mágicas capazes de acionar os agentes incorpóreos; e a presença do epicentro no local.
Dr. Hernani conclui: o exorcismo dos espíritas funcionou, bloqueando a segunda condição, isto é, suprimindo a ação dos agentes incorpóreos. Para suprimir os agentes incorpóreos, recorremos à sugestão do codificador da doutrina espírita.
Allan Kardec aconselha-nos a chamar (evocar) o espírito perturbador e através de um bom médium, interroga-lo. Pelas respostas saberemos com quem estamos tratando e agiremos conforme o caso (Livro dos Médiuns, cap. V, item 90).
Temos nestes casos, uma ação anímico-espirítica em plena associação. Em boa parte destes fenômenos, existe uma manifesta preponderância das almas dos encarnados no comando e aliciamento dos fenômenos. Estes fenômenos podem ser enquadrados em obsessões espiríticas, mas também podemos classifica-las como obsessões anímicas. Estes são os fenômenos que ora se encaixam numa ou noutra classificação, pois os seus limites de separação são muito tênues. Trata-se de uma terrível associação entre encarnados e desencarnados, com a formação de quadrilha organizada, tendo em vista na maioria das vezes, uma ação vingativa.
Vejamos alguns exemplos. 1. Caso de Therese Selles em 1911 – França; 2. O Poltergeist de Euclides da Cunha, Bahia, 1996. Às vezes alguém nas proximidades da casa recebia uma pedrada. O agressor nunca era encontrado. Com o tempo as pedradas ficaram mais frequentes e passaram a atingir o telhado da residência. Telhas quebravam e caiam atingindo os moradores. Por mais que vigiassem, os meliantes nunca eram encontrados. Então o negócio começou a piorar. Numa bela noite os moradores acordam com a fumaça... um incêndio havia começado em um dos colchões. Após apagar o fogo, vultos foram vistos nos cantos da casa. A situação chegou num ponto insustentável. Os incêndios ficaram mais frequentes e quase toda roupa deles ficou queimada e imprestável. Resolveram chamar o padre da cidade e ele heroicamente disse que não ia botar os pés naquele lugar assombrado. Segundo o padre, os tais fantasmas eram imaginação popular, mas o povo da cidade sabia a verdade. Ele estava era morrendo de medo de encarar o local. Então procuraram o prefeito. Esse sim, resolveu tomar alguma atitude e quase bate as botas. Ao invés de pedras o prefeito foi atingido por uma machadada nas costas. Assim como as pedras, ninguém sabe de onde veio ou de quem era o machado. Uma senhora resolveu levar uma foto do papa, levou uma pedra na cabeça. Outro quis resolver na bala. Tomou 2 pedradas na cabeça que o deixou desorientado. Havia na família um garoto de 13 anos que tinha mania de falar sozinho e costumava ouvir vozes (epicentro). Então a família passou a frequentar um centro espírita.
3. Família Lutz, EUA, 1976. A família Lutz que foi atormentada por entidades inferiores durante os 27 dias que viveram em uma casa na pequena cidade de Amityville, mais tarde passaria às telas de cinema com o nome de “Horror em Amityville”. Um dos integrantes da família, George Lutz afirmou que durante a noite ouvia o ruído de uma Banda Marcial tocando na sua sala de estar, evento só constatado por ele.
4. Jardim Europa, São Paulo, 1948. Uma família teve sua residência assolada dias e dias por várias chuvas de pedras que se atiravam contra a casa, quebrando vidraças e provocando muitos estragos. A polícia foi chamada, vizinhos foram interrogados, sem solução.
5. Jaboticabal, São Paulo, dezembro de 1965. Uma respeitável família católica tornou-se o centro de uma atividade Poltergeist maliciosa e violenta. Para começar, pedaços de tijolos começaram a cair dentro de casa, aparentemente do nada. Um padre local tentou um exorcismo, mas isso piorou as coisas. Um vizinho, João Volpe, dentista, que tinha estudado assuntos psíquicos, tornou-se interessado e visitou a casa. Ele logo percebeu que o foco dos distúrbios (epicentro) era uma menina tranquila e bonita de 11 anos de idade chamada Maria José Ferreira, que dormia no quarto dos empregados. Levou-a para sua casa para ver o que podia fazer. Nada aconteceu por uns dias. Ao retornar a menina para casa, os bombardeios de pedras e ovos recomeçaram, aparecendo do nada e voando pelos quartos. Volpe contou 312 pedras que tinham caído dentro de sua casa desde que Maria chegou. Nem todas essas pedras eram pequenas, como é frequentemente num caso de Poltergeist. Uma delas pesava 3,7 quilos. Em uma ocasião, uma grande pedra apareceu e começou a descer do teto, depois ela se partiu em dois pedaços cerca de quatro metros do chão. Quando alguém pegou as duas peças, elas pareciam se encaixar como se fossem magneticamente atraídos uma pela outra. Maria começou a se acostumar com a atividade frenética, e foi mesmo capaz de pedir a presença invisível de um doce, uma flor ou algum outro item pequeno que apareciam imediatamente a seus pés. Mas, por alguma razão o Poltergeist mudou seu caráter e um dia recomeçou a confusão na casa. Por quase três semanas pratos, copos e vasos de flores, mesmo pesados, foram lançados ao redor da casa em todas as direções. Todos os utensílios de mesa foram quebrados, móveis foram jogados e fotos foram arrancadas das paredes e atiradas em outras salas. Em seguida, Maria se tornou o alvo de ataques ferozes. Repetidamente Maria apanhava, com tapas no rosto ou na parte inferior, deixando hematomas por todo seu corpo. Sobre ela foram jogadas cadeiras, um grande sofá, e até mesmo um cilindro de gás que tinha sido arrancado da parede. Aparentemente, também tentou mata-la por asfixia enquanto ela dormia, forçando xicaras ou copos sobre a boca e narinas. Agulhas foram encontradas, as vezes, presas profundamente à carne de seu calcanhar esquerdo, mesmo quando ela tinha sapatos e meias. Uma vez, 55 agulhas tiveram que ser removidas. As coisas pioraram. Em 14 de março de 1966, Maria estava no seu almoço escolar, quando suas roupas de repente pegaram fogo, aparentemente provenientes de uma pequena marca redonda que parecia ter sido causado por um cigarro. Na mesma tarde o quarto de Volpe explodia em chamas. Maria vivera na casa do dentista Volpe por cerca de um ano durante o qual os fenômenos diminuíram um pouco, mas nunca pararam completamente. Finalmente, em uma última tentativa desesperada para encontrar uma cura, Volpe a levou para um centro espírita. Um espírito veio e falou por meio do respeitado médium, Chico Xavier, e anunciou: “Ela era uma bruxa. Muita gente sofreu e eu morri por causa dela. Agora vamos faze-la sofrer também...” De volta à casa de Volpe, haviam orações especiais e apelo aos guias espirituais, que impediam qualquer ataque mais grave contra a menina. Ainda assim não se conseguiu parar a atividade Poltergeist completamente. Pedras, frutas e legumes ainda voaram em torno da casa quando Maria estava presente. Pensando que não havia mais nada a ser feito, a menina foi mandada de volta para morar com a mãe. Um dia, em 1970, quando ela tinha 15 ou 16 anos, Maria cometeu suicídio por ingestão de formicida misturado com um refrigerante, e morreu quase que instantaneamente.
Como podemos perceber, não existe acaso no universo. Um fenômeno físico aparentemente sem nenhuma razão, ao ser analisado com profundidade, pudemos perceber a Lei de Ação e Reação (Causa e Efeito). Quando formos chamados a auxiliar nestes casos de Poltergeist ou obsessão por efeitos físicos, o que devemos fazer? Como proceder? Primeiro, atentar para a alta porcentagem de participação dos encarnados que estarão envolvidos no fenômeno. Segundo, tanto quanto possível, espalhar a excelência do Evangelho de Jesus, a fim de que o perdão entre os encarnados e também desencarnados, possa ser definitivo! Desta forma, a paz poderá reinar de forma duradoura. Afinal de contas, estamos na matéria para que? Acertar as contas mal resolvidas do passado! Lembremo-nos sempre: hoje é a colheita da semeadura feita no passado e é o momento da semeadura do que colheremos no futuro! Semeemos então, só amor!
Desde quando assumi o paradigma de fazer a vontade do Pai, aplicando o amor incondicional na forma que Jesus ensinou, obedecendo as duas principais leis, amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo com a si mesmo, tenho enfrentado diversos desafios, sendo o maior deles o amor romântico que está associado aos desejos carnais. Procuro usar a energia que vem dos impulsos carnais para potencializar o amor incondicional, deixando sempre ele em prioridade. Num desses relacionamentos, aplicando o amor incondicional com a energia dos instintos carnais, fui vítima de várias críticas de pessoas significativas para mim. Como a minha consciência apontava que eu estava ainda caminhando na trilha do amor incondicional, aplicando a virtude da paciência e tolerância ao que estava acontecendo, podia resistir a todas as críticas, pois eu estava seguindo meus atuais paradigmas.
Mas, chegou um momento que um pedido feito acendeu a luz vermelha na minha consciência, que eu não poderia acolher tal pedido, sob pena de estar ultrapassando os limites da compreensão, da tolerância, alimentando um mal que já estava instalado e deixando o amor incondicional subordinado aos instintos biológicos que alimentam o amor romântico.
Depois de refletir e receber do Pai o texto sobre a mulher garrida, elaborei a resposta que se segue para avaliação crítica dos meus leitores, como sempre estou a fazer neste espaço, onde coloco minhas ações e pensamentos, como forma de instrução aos meus leitores, me colocando como um tipo de cobaia de laboratório.
Vejamos.
Oi. Pedi ao Pai orientação sobre o pedido que você fez para lhe ajudar a comprar um carro. Veja o que Ele colocou na minha mente para lhe responder.
Você sabe que nos conhecemos numa situação de dificuldade emocional que você passava. Sua amiga pediu para eu intervir e foi a primeira vez que tivemos contato. Em outro momento você foi acidentada e pediu minha ajuda, carona para ser mais específico, para ir ao hospital. Como você fez o pedido diretamente a mim, sua amiga ficou muito contrariada, pois ela esperava que você fizesse tal pedido a ela. Não me incomodei, você estava precisando de ajuda e eu estava disposto a ajudar. Percebi que você precisava de mais ajuda que uma simples carona. Então lhe dei um empréstimo de 2.500,00 reais para você cobrir as despesas de saúde que teria em decorrência do acidente e pagar quando fosse possível, com as parcelas ao seu alcance. Fui muito criticado quanto a isso, mas mantive a minha posição de lhe ajudar, sem interferência de ninguém. Cheguei a ajudar uma amiga sua, a seu pedido, que passava por dificuldades financeiras e precisava fazer o muro da casa. Também fiz um empréstimo a ela para ser restituído quando possível. O último empréstimo que fiz para você, foi para a compra de um tênis, já que o seu tinha descolado com a chuva quando você saia da escola. Isso era para ser feito o pagamento o mais breve.
Pois veja bem, com esse histórico, em nenhum momento você pensou em fazer o pagamento de qualquer ação que eu fiz para lhe ajudar financeiramente, inclusive a amiga. Agora você me pede para entrar num financiamento para a compra de um carro, com o dinheiro que recebeu da demissão da escola onde trabalhava, e não falou em um só momento em pagar qualquer coisa da minha dívida. Como confiar em você para entrar em novo compromisso financeiro bem mais alto que os anteriores? Você não fez essa reflexão? Não conversou também com Deus para Ele lhe intuir no que melhor podia fazer? Fico até preocupado do ponto de vista profissional, pois se você fizer a mesma coisa com seus amigos como fez e está fazendo comigo, certamente criará um muro de resistência ao seu convívio. Mesmo com toda intensão de solidariedade, a confiança não consegue se instalar. O verdadeiro amor é cheio de derivativos como a gratidão, honestidade, compreensão, solidariedade, abnegação, apoio, etc. Mas não vejo em seu comportamento isso se manifestando, pelo menos com relação a mim. O que Deus me orientou para eu lhe ajudar naqueles momentos difíceis, Ele agora me orienta para eu ter cuidado, que a tolerância tem seus limites.
Não posso assumir esse compromisso, pois está totalmente fora dos propósitos de Deus. Talvez Ele tenha me colocado em seu caminho e eu tenha lhe ajudado com tanto desprendimento, para que, ao chegar neste momento, eu tenha a condição de lhe ajudar acima do meu conhecimento técnico e sim como um irmão que lhe ajudou e por todo esse tempo nunca lhe pressionou e você nunca se preocupou em resgatar sua dívida. Agora é o momento de eu lhe dizer para refletir profundamente em sua vida, no seu comportamento, na forma de se relacionar com os outros. Continuo pronto a lhe ajudar, mas não financeiramente, e sim emocional e espiritualmente.
Ore a Deus como sei que você faz, mas procure escutar o que Ele tem a lhe dizer no fundo da alma, como eu senti a voz dEle no fundo da minha alma.
A mulher garrida assemelha-se a um pássaro engaiolado que pelo canto, atrai as outras aves para junto de si. Ela atrai os homens cujos corações se dilaceram contra as grades que a prendem. Podemos lamentar mais a ela do que aos homens que ela atrai, pois ela está reduzida a um tipo de cativeiro pela estreiteza de ideais e pela aridez do seu coração. Sapateia na obscuridade de sua consciência, sem jamais ver luzir o sol do amor, que só irradia para as almas generosas e dedicadas. Pelo contrário, ela é inimiga do amor, ela mata ou o que é pior, o amesquinha. É mais difícil para ela sentir o amor do que inspirá-lo. Todos os homens se inquietam e perscrutam o coração desejado, mas têm que primeiro examinar se esse coração possui o tesouro desejado, a pureza do amor e não simplesmente uma ocasião de usufruir do prazer sexual.
Prestemos bem atenção, o amor não é a sensualidade do amor próprio que a mulher garrida pode oferecer. A garridice não é sedução para uma alma elevada. Quando percebermos que isso está acontecendo, devemos censurar e cercar de dificuldades essas frágeis ligações amparadas no egoísmo, vergonhosa permuta de vaidades, de ganancias, avareza, misérias de toda sorte.
O amor fica alheio a essas coisas. Pode até contribuir enquanto não perceba a garridice, quando ainda imagina que o ato de amor que o homem pode oferecer não está sendo captado pela garridice da mulher. Da mesma forma que o raio não fica maculado pelas imundícies que ilumina, o amor não fica maculado pela garridice de quem o atrai.
Insensatas são as mulheres que não compreendem que sua beleza e sua virtude representam o amor na sua essência, no esquecimento dos interesses pessoais e na transmigração da alma que se entrega fraternalmente ao ser amado.
Deus abençoa a mulher que carrega o jugo do amor e repele aquela que fez desse precioso sentimento um troféu à sua vaidade, uma distração à sua ociosidade, um recurso para sua necessidade ou uma chama carnal que permite consumir o corpo deixando vazio o coração.
A personalidade humana, entre as criaturas terrestres, é mais desconhecida que o Oceano Pacífico (Gotuzo. Esta é a dificuldade de conhecermos a profundidade da personalidade humana. Nós estamos evoluindo na Terra há milhões de anos e há pouco mais de milhares de anos na condição humana. A nossa consciência é como a ponta de um iceberg que emerge no oceano. A intuição, a mais antiga das mediunidades, é uma das formas dela ser exercida. A cada existência nós estamos subordinados a uma programação que nós mesmos fizemos com nossos mentores. Cada um de nós temos um espirito protetor, que nos guarda e intui, nos dão a diretriz para onde nós devemos ir.
AULUS EXPLICA A EMERSÃO NO PASSADO
A influência maior em nossas vidas vem do passado espiritual. No livro é relatado que após as tarefas normais dos médiuns da Casa, uma das senhoras que viera para tratamento, cai em choro convulsivo e começa a falar: tinha uma lâmina enterrada em sua carne, clamando contra um homem que lhe arruinou o destino. A questão é que não havia nenhum espírito comunicante.
Estamos diante de passado de nossa companheira. A mágoa e o azedume, tanto quanto a entidade supostamente exótica de que dá testemunho, tudo procede dela mesma... Ante a aproximação do desafeto, que ainda a persegue do nosso plano, revive a experiência dolorosa que lhe ocorreu, em cidade do Velho Mundo, no século passado, e entra em seguida a padecer insopitável melancolia. (Nos Domínio da Mediunidade)
CRISTALIZAÇÃO MENTAL
Essa condição imobilizara grande coeficiente de forças emotivas que a levou à cristalização mental. Passou pelo choque biológico do renascimento e trouxe a presença do antigo verdugo na memória. A situação ambivalente de amor e ódio teimavam em ressuscitar o passado, do momento difícil do seu próprio assassinato.
PERSONALIDADE DIFERENTE
Existe algo que volta do passado para comunicar-se no presente. Ela centraliza todos os seus recursos mnemônicos tão somente no ponto nevrálgico onde viciou o Pensamento. É um processo de autêntico animismo. Ela supõe encarnar uma personalidade diferente, quando apenas exterioriza o mundo de si mesma. O Espírito dela cristalizou-se nesse evento. Ela pensa que está dando passividade, mas na verdade é o espírito dela que está dando passividade. Uma personalidade do passado que fala no presente, que é ela mesma. (Nos Domínios da Mediunidade, cap. XXII).
OBSESSÃO ANÍMICA
Os doutrinadores ou esclarecedores devem agir normalmente, como se estivessem diante de uma entidade comunicante. Não devemos nos fixar na mistificação. Não devemos ser desrespeitosos diante do seu padecimento moral. Ela está sofrendo, tem um tormento mental. Devemos ajudar para que ela saia dessa fixação mental. Essa mulher existe ainda nela mesma. A personalidade antiga não foi eclipsada pela matéria densa como seria de desejar. É uma enferma espiritual. Fatos e condições de outras vidas que passam a nos obsidiar, porque não sabemos o que se passa conosco. Essa lembrança fica encruada, pois ela não tem consciência que é sua memória. A psicoterapia de vivências passadas pode auxiliar.
PERSISTÊNCIA DE PERSONALIDADE ANTERIOR
Há uma fixação mental onde a pessoa é obsidiada por si mesma. Podemos assim explicar o fenômeno de mendigos não se verem com os trajes andrajosos do presente. Servos mantém o orgulho dos poderosos senhores de outrora.
OBSESSÕES ANÍMICAS
Inteligências desencarnadas de grande poder senhoreiam vítimas inabilitadas à defensiva, detendo-as por tempo indeterminado, em certo tipo de recordação, segundo dívidas cármicas a que se acham presas. Os obsessores que se aproximam de nós, podem usar esse mecanismo.
É muito comum esses fenômenos de auto hipnose, uma simples presença, circunstâncias traumáticas que fazem a emersão da personalidade anterior, pela repetição dos reflexos condicionados revestidos pelas fortes lembranças do passado espiritual. A única maneira de pagar o mal que fazemos, é trabalhar para fazer o bem. Para substituir os velhos reflexos condicionados, devemos formar novos.
O condicionamento de vidas anteriores sofre influência a partir da adolescência. Os pais parecem não reconhecer mais os próprios filhos. É importante o recondicionamento segundo as lições do Cristo. Tudo isso é importante, em nossas reflexões, para a psicologia e sobretudo, a educação. Tempo virá que os educadores mudarão para melhorar, considerando todos esses aspectos espirituais.