Meu Diário
05/11/2023 00h01
ESTRATÉGIA REVOLUCIONÁRIA – 10 – IGREJA DO ESPÍRITO SANTO

            Segundo o pensamento de Bernardo Küster (Uma estratégia revolucionária publicada há 40 anos), publicado pelo Youtube em 16-10-23, e que transcrevo de forma resumida para se tornar mais objetiva com meus cortes e minhas considerações quando sinto a necessidade.



            Com muita qualidade de ação e entendimento o Papa São Pio X conseguiu segurar o modernismo por muitos anos dentro da Igreja.



            Agora a gente ver como as ideias dos modernistas se parecem demais com as ideias de Joaquim de Fiore. Por exemplo, para os modernistas a Igreja não seria uma instituição criada diretamente por Deus em Cristo. A Igreja segundo os modernistas, pelo contrário, surgiu do que São Pio X acusa de necessidade sociológica. Porque o modernista diz assim: a religião é uma coisa que nasce do coração do homem, é uma coisa irracional, são forças irracionais que surgem no homem. Não é Deus que infunde a fé, é uma coisa irracional que depois o homem vai criando fórmulas, dogmas, ideias e coisas para tentar explicar o sentimento irracional de Deus e tal, e tal. O homem está sozinho e ver outra pessoa que mais ou menos teve aquele sentimento dentro de si que pensa mais ou menos parecido. Eles se juntam para confirmar a fé de um e do outro, para viver em vida comunitária e para trazer outras pessoas para dentro, e para poder se relacionar com as outras instituições humanas. Segundo os modernistas é para isso que a Igreja foi criada.



            A Igreja não foi uma instituição divina: “Tu és Pedro e tal...”, não foi uma coisa assim, isso é interpretação humana.



            Para o modernista, a Igreja nasce apenas de uma necessidade do tempo social, para os cristãos poderem viver em comunidade, mas não foi Deus que criou. Ela não é necessariamente divina, mas relativamente humana, é apenas uma Igreja histórica. Como ela é uma criação humana, não precisa necessariamente durar para sempre do modo como está.



            Para Joaquim de Fiore a Igreja é relativa, será superada no futuro pela Igreja do Espírito Santo. Para o modernista, a Igreja vai se adaptando a cada mudança de tempo. Assim como a antiga aliança foi superada pela nova aliança de Cristo, para o Joaquim de Fiore viria a Igreja espiritual que substituirá a Igreja de Roma.



            Para os modernistas, a Igreja atual vai chegar um momento que vai ficar decadente, contrária aos tempos e ela vai precisar mudar inteiramente, não tem problema nenhum.



Publicado por Sióstio de Lapa em 05/11/2023 às 00h01
 
04/11/2023 00h01
ESTRATÉGIA REVOLUCIONÁRIA – 09 – HEREGE OBEDIENTE

            Segundo o pensamento de Bernardo Küster (Uma estratégia revolucionária publicada há 40 anos), publicado pelo Youtube em 16-10-23, e que transcrevo de forma resumida para se tornar mais objetiva com meus cortes e minhas considerações quando sinto a necessidade.



            Apesar das ideias mais famosas de Joaquim de Fiore terem sido condenadas, ele nunca se apartou da Igreja. Inclusive. No final da sua condenação pelo quarto Concílio de Latrão, veja o que a Igreja disse: “Condenamos as ideias de Joaquim de Fiore sobre o Espírito Santo... Se alguém se atrever a defender ou aprovar a opinião ou a doutrina do citado Joaquim sobre este assunto da Trindade, seja considerado por todos como herege. Nós não pretendemos, todavia, com isto derrogar nada ao mosteiro de Fiore, ou seja, não queremos acabar com o Mosteiro do qual o mesmo Joaquim foi o fundador, porque aí a formação é conforme a regra, a observância salutar, tanto eu o mesmo Joaquim”. Quer dizer, se a pessoa defende a ideia que está sendo condenada, a pessoa é um herege.



            Foi o próprio Joaquim que mandou todos os seus escritos para a Sé Católica com o objetivo de serem avaliados quanto a heresia. Ele reconhecia a autoridade da Sé Apostólica. Acompanhou os seus escritos com uma carta por ele ditada e assinada na qual com firmeza declara sustentar a fé na Igreja de Roma que pela vontade de Deus é mãe e mestra de todos os fiéis.



            Ele se submetia à Igreja, acreditava na fé católica e disse a famosa frase de todo o teólogo no fim da vida: “Se eu escrevi alguma besteira, por favor apague”.



            Este é o grande pano de fundo no qual vamos trabalhar. Vamos guardar aquela frase, “que uma das consequências principais das ideias de Joaquim de Fiore era de que a Verdade seria relativa, a Verdade deveria adaptar-se à situação do momento”.



            Essa é uma das essências, um dos centros de um outro movimento, esse sim, herético mesmo, condenado pela Igreja, que teria início ali uns 600 anos depois de Joaquim de Fiore, por volta do século XIX, que é chamado o Modernismo. Um dos temas principais do assunto hoje, que é um movimento que certamente recebeu influências dessas ideias de evolução, de progressismo, de história, de adaptação da Verdade, etc. produzidas pelo Joaquim de Fiore.



            Para compreender o que de fato é o Modernismo, não existe documento melhor do que a famosa Encíclica Pascendi Dominici Gregis publicada pelo Papa São Pio X em 08-09-1907. Ele explicita com toda a clareza do mundo o que é o Modernismo. É um documento essencial que todo católico conheça. Ainda estamos nadando naquelas águas hoje. Nessa Encíclica o Santo Papa Pio X explica primeiro o que é o Sistema Modernista, quais são os seus variados tipos, o filósofo, o fiel, o teólogo, o historiador modernista, o crítico bíblico modernista, o apologista modernista e o reformador modernista que diz muito a respeito do que estamos vivendo hoje.



            Ele critica o sistema todo e propões os remédios, depois de explicar as causas. Os remédios são duríssimos. Proibir todos os livros modernista, instaurar uma comissão em toda a diocese para verificar se tem modernismo, demitir professores, reitores de seminários, chefes de congregação, todo mundo que é líder na Igreja e que tenha a ver com o Modernismo, ou que tenha até cheiro de modernismo, vai tudo mandado embora. O seminarista que tiver inclinação Modernista também está fora. Não só era impedido a publicação, mas impedir a leitura do livro modernista. Uma operação de trator para tudo isso, para reduzir os efeitos do modernismo.



Publicado por Sióstio de Lapa em 04/11/2023 às 00h01
 
03/11/2023 00h01
ESTRATÉGIA REVOLUCIONÁRIA – 08 – CONDENAÇÃO DOS HEREGES

            Segundo o pensamento de Bernardo Küster (Uma estratégia revolucionária publicada há 40 anos), publicado pelo Youtube em 16-10-23, e que transcrevo de forma resumida para se tornar mais objetiva com meus cortes e minhas considerações quando sinto a necessidade.



            Os Franciscanos da época, chamados espirituais, utilizaram muitas das profecias e dos escritos   de Joaquim de Fiore e aplicaram na própria Ordem e até revoltaram-se contra a Igreja. Muitos deles disseram coisas horríveis sobre o papado, sobre a hierarquia, sobre tudo. Foram punidos duramente pela Igreja, os franciscanos espirituais da época. Depois, os iluministas da Revolução Francesa também pegaram as ideias do Joaquim de Fiore, criando uma espécie de um terceiro período na história em que todos haveriam de ser ensinados pela luz interior. Não é luz espiritual, mas é luz da razão, o Reino da Razão.



            O movimento socialista também se baseia nas mesmas ideias, quando pretende uma sociedade sem classe, uma sociedade absolutamente horizontalizada, sem verticalidade, em que todos seriam diretamente responsáveis perante os princípios fundamentais do homem sem classe, sem interesses.



            Esses movimentos revolucionários que a gente tem no mundo inteiro, sempre tem um fundo de Joaquim de Fiore



            São Tomás de Aquino na época em que foi praticamente contemporâneo de Joaquim de Fiore e São Boaventura, combateram veementemente a heresia do Joaquim.



            Hoje o Joaquim de Fiore é bem-aventurado. Ele não é venerável, nem santo, nem beato, mas é bem-aventurado. Apesar de tudo, ele tinha uma vida acética, foi considerado por muitos santos, foi muito benquisto. Mas vale mencionar algumas menções das condenações que ocorreram à época.



            Ele tinha ideias muito erradas sobre a Santíssima Trindade e que foram formalmente condenadas no quarto Concílio de Latrão em 1215, sob o pontificado de Inocêncio III, 13 anos após a sua morte.



            Em 1255, o Papa Alexandre IV condenou o livro Concórdia do Joaquim de Fiore que era uma obra que ele fazia a interpretação do Antigo e Novo Testamento juntos e condenou também a obra do seu principal discípulo que foi o Gerardo de Borgo San Donnino num livro chamado “Liber introdutórios Evangelho Metero”. Essa obra que foi condenada como herética, declarava que os próprios textos do abade Joaquim de Fiore eram o mesmo Evangelho Eterno que estava para ser revelado.



            Então, seu discípulo principal dizia que o Evangelho Eterno já veio, que eram os textos do Joaquim de Fiore, que deviam ser lidos. Eles são a palavra da Era do Espírito. Joaquim de Fiore é o evangelista do Fim dos Tempos, ele é o novo Profeta, a testemunha, etc.



            Finalmente, em 1263, o Sínodo dos Bispos de Arles, na França, condenou os escritos de Joaquim de Fiore.



            Então houve pelo menos três condenações, uma de um Concílio, uma de um Papa e outra de um Sínodo. Então, em várias instâncias as suas ideias foram combatidas pela Santa Igreja.



            No entanto, apesar de tudo isso, um dos seus quase contemporâneos também, Dante Alighieri falou de Joaquim de Fiore na Divina Comédia devido a fama de santidade que ele tinha, era querido por muita gente, Papas, etc.



            O próprio Ricardo Coração de Leão quando foi `Terra Santa na Terceira Cruzada em Jerusalém foi lá para a Abadia conversar com Joaquim de Fiore para ouvir o que ele poderia dizer sobre ele, dar interpretações... ele já foi visitar papas para dar a interpretação do Apocalipse, tem um livro sobre isso.



            Joaquim foi um homem de muitas faces, muitas condenações, muitas apreciações, que não dar para dizer que é simplesmente um maluco, não é bem assim.



Publicado por Sióstio de Lapa em 03/11/2023 às 00h01
 
02/11/2023 00h01
ESTRATÉGIA REVOLUCIONÁRIA – 07 IGREJA RELATIVA

            Segundo o pensamento de Bernardo Küster (Uma estratégia revolucionária publicada há 40 anos), publicado pelo Youtube em 16-10-23, e que transcrevo de forma resumida para se tornar mais objetiva com meus cortes e minhas considerações quando sinto a necessidade.



            As falhas e os problemas, segundo Joaquim de Fiore, da Igreja, não era por causa apenas do pecado, da deturpação que os homens faziam com a Igreja, mas era porque a Igreja era na sua natureza relativa. Ela estava com data de validade ali para o ano de 1260. Ou seja, nesses esquemas do Joaquim de Fiore a Igreja é relativizada, não é o corpo místico de Cristo que há de perdurar para sempre até o fim dos tempos como diz o catecismo. Ela é um momento da história assim como foi o sistema sacerdotal judeu, depois que chegou Jesus que serviu para a função de trazer Deus para a Terra, o Messias. Agora tem a nova aliança, o Novo Testamento. Vai ter uma nova substituição segundo ele. Se isso é verdade, segundo Joaquim de Fiore, só o Terceiro Período, só o Tempo do Espírito é absoluto.



            Tudo deixa de ser autoritário para ser autônomo. Os indivíduos vão ter o Espírito dentro de si próprios, que seria uma espécie de Novíssimo Testamento, a mais nova aliança. É o pensamento, no fim das contas, contrário a Santo Agostinho, que defendia que o ideal do cristianismo, a sua causa final está no futuro, na história. Não no passado, nem no presente, mas no futuro histórico. Naquilo que ele chamava de “intelectos espirituais”, o intelecto espiritual, que era um intelecto espiritualmente formado e não das leis, das letras. Da filosofia. Era um intelecto que se formava apenas pelo Espírito. Não era o “intelecto literales”.



            Segundo Joaquim de Fiore a igreja e os sacramentos deixarão de existir no futuro. Não serão mais necessários porque todas as coisas, as pessoas, vão, se relacionar diretamente com o Espírito sem apoio da intervenção da autoridade. Não vai mais precisar, em tese, da igreja. Joaquim de Fiore falava de um Papa angélico, como ele chamava, que representaria essa presença do Espírito sem autoridade. Um Papa que faria com que a hierarquia se transformasse numa espécie de vida monástica, e o laicato também. Todos estariam equiparados, iguais, aí então viria a Nova Era, a perfeição, a contemplação, a liberdade do Espírito. Tudo isso acontecendo segundo a história.



            Para Santo Agostinho, fazer essa diferença, o fim vai ser transcendido, Deus vai elevar todos, nada de muito novo vai acontecer nesse mundo. Mas para Joaquim, o novo acontece aqui na história.



            O tal Evangelho Eterno de Joaquim de Fiore, era a presença do Espírito divino na vida das pessoas. Ele usa bastante o profeta Joel que fala bastante assim: “vou derramar o Espírito sobre toda a carne”. Tratava-se segundo Joaquim do “Simplex intuito verutat”, a simples apreensão da Verdade. Uma intuição que todo o mundo seria capaz de aprender a Verdade sem precisar de autoridade, de Bispo, de Magistério, de Tradição de escritura, nada! Ou seja, cada um teria o Espírito Divino em si. A história, o desenvolvimento da história humana vi produzindo a liberdade enquanto progride espiritualmente. É uma ideia progressivista ou progressista. O alvo, o fim, está ali adiante, está aqui, não está lá, é aqui, imediato, próximo.



Publicado por Sióstio de Lapa em 02/11/2023 às 00h01
 
01/11/2023 00h01
ORAÇÃO NOVEMBRO 2023

            Pai, mais uma vez venho conversar com o Senhor por aqui, e com o sentido de fragilidade. Este é o mês seguinte do meu aniversário, onde completei 71 anos que me permitiste viver administrando este corpo que me tem servido tão bem, apesar das exigências que ele faz em busca do prazer. Mas consegui me desvencilhar pelo menos da força desses instintos. Sei que ainda faço a eles concessões que não devia, mas tenho a consciência que isso acontece e que devo fazer um controle melhor. Porém, Pai, o que me traz maior inquietação é a minha falta de empenho com mais rigor enquanto combatente sob o comando do Mestre nesta batalha ferrenha que o mal assume com força neste atual momento da guerra espiritual. Sei que tenho uma boa capacitação para criar uma frente de combate, com os recursos acadêmicos que adquiri e com os conhecimentos espirituais que o Mestre facilitou na minha compreensão. Sei que procurei seguir pelos caminhos que o Senhor colocou à minha disposição da melhor forma possível, mas essa melhor forma que consigo atingir está muito aquém daquilo que tenho capacitação. Enquanto a preguiça é muita, a coragem é pouca; a inteligência é lenta na tomada de decisões e sinto que me falta sabedoria para entender o contexto em que estou inserido e descobrir caminhos que estão à minha disposição e que fazem bem melhor a Tua vontade. Sei que esta condição na qual estou colocado aqui neste espaço, a cada mês parece uma mesma repetição dos meus fracassos, da minha incompetência. Sei que eu posso ser indagado sobre a minha disposição de fazer o que é necessário, de dar o primeiro passo no caminho das realizações do que deve ser feito. Por que isso não acontece? É o predomínio da preguiça? É a falta de coragem, de sabedoria, de inteligência? Como consertar tamanhas avarias na essência da alma, da vida que o Senhor me deu?



            Filho, tu pareces com a pessoa daquela parábola que Jesus te ensinou, do filho que disse que iria fazer o pedido do pai e não fez. O outro filho disse que não iria fazer, mas depois a consciência pesou e ele resolveu fazer. Jesus concluiu acertadamente que aquele filho que disse não ao pai e depois foi e fez o que era pedido, foi este que fez a vontade do pai e não aquele que tinha dito sim e que não fez nada. Assim é como te vejo, tu dizes sim para mim e o trabalho para o qual estás capacitado não é realizado. Isso é o que você está confessando agora, aqui, neste momento comigo. Mas, apesar de tu parecer com aquele filho desobediente, tens ainda muita diferença dele. Eu sei que você tem realmente a motivação de fazer a minha vontade como te foi ensinado corretamente por Jesus. O que acontece é que não encontras forças para realizar o que você pretende fazer, o corpo que te dei para administrar continua ainda com muita força contra os interesses que o teu espirito já reconhece como prioridade. É nisto que está o problema, na queda de braço entre teu corpo e o espírito. O instrumento que te dei para servir de ferramenta para a aquisição de conhecimentos teóricos e práticos para a tua purificação, continua com necessidade de maior firmeza nos limites daquilo que ele exige de você em busca do prazer. Tens que fazer essa distinção e operar voluntariamente com firmeza para o cumprimento dos interesses do espírito, pois é isto que tu vais trazer logo mais quando voltares ao mundo espiritual. Mas eu tenho esperança que você consegue o que já entende como necessário. Continue ao lado do Cristo, que Ele também entende as fraquezas do ser humano



Publicado por Sióstio de Lapa em 01/11/2023 às 00h01



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Imagem de cabeçalho: Sergiu Bacioiu/flickr