Sióstio de Lapa
Pensamentos e Sentimentos
Meu Diário
16/08/2019 00h15
REINO DE DEUS: UMA CONSTRUÇÃO POSSÍVEL?

            Jesus, o Mestre mais conceituado e respeitado à nível do Ocidente, veio há 2.000 anos para nos ensinar sobre o Amor Incondicional, como formar a Família Universal e construir o Reino de Deus. Acontece que, depois de tanto tempo passado, que conseguimos tanta evolução na ciência e tecnologia, parece que esse Reino ainda está muito distante, tendo em vista a prevalência do mal sobre o bem.

            A Universidade é uma instituição destinada a procurar a verdade, de facilitar e desenvolver a evolução humana em todos os campos do conhecimento. A Universidade também acata o ensino de até onde vai nossas limitações. Usa a ferramenta da Ciência como instrumento básico na busca da verdade, mas não pode em nome do instrumento descartar como mentira o que na verdade ainda não conhece.

            Este é o desafio colocado para a Academia. Usar da humildade para reconhecer seus limites e deixar em aberto à procura da verdade sobre assuntos transcendentais. Neste ponto se encontra a procura por Deus: uma pessoa ou energia? Uma existência ou não existência?

            Com o reconhecimento dessa condição de não poder responder a essas questões com os instrumentos da ciência, resta a lógica e a coerência para nos ajudar a evoluir nesses campos não desbravados.

            Quando Jesus fala do Reino de Deus, quer se referir a uma sociedade composta por cidadãos conscientes e dispostos a cumprir com suas responsabilidades éticas e morais nos diversos tipos de relacionamentos, interpessoais e com a Natureza de forma geral. Esta é uma condição social apoiada por todos, e por isso as lições do Mestre Jesus são aceitas por todos, mesmo que a maioria ainda não tenha condições de cumprir.

            Esta deve ser a preocupação da humanidade atual, tão mergulhada em crimes e iniquidades, em dores e sofrimentos. Estas lições do Cristo podem realmente serem cumpridas? Quem pode responder essa pergunta? Certamente os homens que se dedicam ao estudo do Evangelho, que em suas diversas atividades religiosas defendem e amam a “figura” de Deus.  

            Como colocar na prática essas lições para a construção do Reino de Deus? Pelo que Jesus ensinou, este Reino deve ser iniciado pela construção dos seus cidadãos. Cada pessoa deve fazer sua reflexão pessoal e começar com determinação à reforma íntima, limpar o coração da força dos instintos para fazer prevalecer o racional na defesa dos princípios morais, praticando o amor incondicional em todos os relacionamentos.

            Parece ser por aí o caminho. Ensinar a cada pessoa a importância do mundo espiritual, transcendental, para onde todos nós devemos ir com o passaporte de cidadão do Reino de Deus. Se cada um se comportar aqui, no mundo material, com essa determinação, construirá no mundo físico ao redor, essa realidade de natureza transcendental, mas que nossa razão e coerência aponta como o caminho correto. E certamente algum dia, a ciência poderá esclarecer melhor os detalhes desse funcionamento, inclusive colaborando com a sua instalação, o mais breve possível.

Publicado por Sióstio de Lapa
em 16/08/2019 às 00h15
 
15/08/2019 03h14
DEMOCRACIA... QUEM ÉS?

            O discurso proferido em 08-12-1949 na Câmara dos Comuns, na Inglaterra, pelo 1º Ministro Winston Churchill, referente à criticada decisão que tomou das forças militares inglesas serem firmes na Grécia, recentemente dominada pelos nazistas e no momento sofrendo a investida dos comunistas, é de grande valor para compreendermos mais um pouco de nossa realidade atual. Vale a pena lermos trechos desse discurso que foi publicada em seu livro, “Memórias da 2ª Guerra Mundial”, volume 2, para nossa reflexão.

            A acusação feita contra nós (...) é a de estarmos usando as forças de Sua Majestade para desarmar os amigos da democracia, na Grécia e em outras partes da Europa, e para sufocar os movimentos populares que tão valorosamente auxiliaram na derrota do inimigo. (...)

            Mas surge a questão – e podemos permitir-nos refletir sobre ela por um momento – de saber quem são os amigos da democracia, e como interpretar a palavra “democracia”. A ideia que faço dela é que o homem simples, humilde, comum, homem do povo que sustenta mulher e filhos, que sai em luta por seu pais quando este se acha em dificuldades, que comparece às urnas nas ocasiões adequadas e coloca seu x na cédula eleitoral, mostrando o candidato que deseja eleger para o Parlamento, minha ideia é que esse homem constitui o fundamento da democracia. E é também essencial para esse fundamento que tal homem ou tal mulher faça isso sem medo e sem forma alguma de intimidação ou de coação. O cidadão marca sua cédula em rigoroso sigilo e, depois, os representantes eleitos se reúnem e decidem, juntos, que governo – ou até, em tempos de aflição, que forma de governo – desejam ter em seu pais. Se isso é a democracia, eu a saúdo. Defendo-a. Disponho-me a trabalhar por ela. (...). Apoio-me no fundamento das eleições livres, baseadas no voto universal, e é isso que consideramos a base da democracia. Mas tenho um sentimento muito diferente em relação aos simulacros de democracia, às democracias que se denominam democracias por serem de esquerda. Há que haver toda sorte de gente para compor uma democracia, e não apenas esquerdistas, ou mesmo comunistas. Não admito que um partido ou um órgão se denomine democrata por estar enveredando cada vez para as formas mais extremadas de revolução. Não aceito que um partido seja necessariamente representante da democracia pelo fato de se tornar tão mais violento quanto menos numeroso é.

            Há que se ter respeito pela democracia e não usar essa palavra de maneira leviana. A última coisa que pode se assemelhar à democracia é a lei da turba, com bando de gângsteres equipados com armas mortíferas a forçarem a entrada em grandes cidades, tomarem as delegacias policiais e as sedes principais do governo, empenharem-se em introduzir um regime totalitário com mão de ferro e clamarem, como eles costumam fazer hoje em dia, quando conseguem o poder... (interrupção).

            A democracia não se baseia na violência nem no terrorismo, mas na razão, no jogo limpo, na liberdade, no respeito ao direito dos outros. A democracia não é meretriz apanhada na rua por um homem de metralhadora. Confio no povo, na massa da população de quase todos os países, mas gosto de me certificar de que se trata mesmo do povo, e não de uma quadrilha de bandidos que, pela violência, acham que podem derrubar a autoridade constituída – em alguns casos, antigos parlamentos, governos e estados. (...).

            Churchill relata que só trinta deputados votaram contra e quase trezentos deram seu voto de confiança. Um exemplo da aplicação da democracia, dentro da Casa que congrega os representantes eleitos pelo povo. Certamente entre esses que votaram contra estão aqueles que colocaram a carapuça naquilo que Churchill acusou. Mas, a grande maioria apoio o discurso e apoiou a tomada de decisões no enfrentamento de hostilidades na Grécia, mesmo que a imprensa, não sintonizada que a essência da democracia, tenha feito tantas críticas e induzido ao erro tantos cidadãos, que sem saber na verdade o que se passava, passaram a criticar o Primeiro Ministro da Inglaterra.

            Algo muito parecido se passa no Brasil. Aqueles que pegaram em armas no passado e que hoje se dizem defensores da democracia, que se elegeram de forma democrática com esse discurso, logo mostraram suas reais intenções, em quase levar o Estado brasileiro à falência e o deixar até hoje aparelhado com suas ideias totalitárias, usando sem dó ou piedade os mecanismos da corrupção.

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em 15/08/2019 às 03h14
 
14/08/2019 00h12
CONHECIMENTO E PARTICIPAÇÃO EM ALCOÓLICOS ANÔNIMOS

            A Irmandade de Alcoólicos Anônimos (AA) é reconhecida como a alternativa mais prática e eficiente para manter o alcoólico em sobriedade. No entanto, ainda existe muito preconceito sobre a doença e consequentemente sobre as alternativas de tratamento que existem.

            A participação nas salas de AA disseminadas por todo o mundo, representam a melhor forma de conter a compulsão que faz o alcoólico, mesmo querendo sua recuperação, se perder em diversas recaídas. A percepção dessa incapacidade de manter a sobriedade naqueles alcoólicos que desejam parar de beber, é um grande motivo para o suicídio que ocorre nesse segmento.

            Para as salas de AA se manterem abertas e cumprindo o seu papel de salvar vidas, é importante que os membros em recuperação sejam frequentes nessas reuniões. Acontece que um bom número desses alcoólicos em recuperação falta a essas atividades, dificultando os poucos que frequentam em levar adiante a mensagem.

            Para ajudar na conscientização de alcoólicos e seus familiares sobre a importância do AA, desenvolvemos este projeto de pesquisa com o objetivo de ir nas residências de alcoólicos já identificados e entrevistar os familiares disponíveis e o próprio alcoólico se for possível.

            Após a exposição da importância do AA, será feita a sensibilização dos presentes para a participação no grupo de AA mais próximo da residência ou onde melhor haja a adaptação da pessoa. Também será informado da importância dos grupos paralelos, de Al-Anon para os familiares de alcoólicos, e de Al-Teen para filhos adolescentes de alcoólicos.

            Este estudo terá como base de atuação o grupo de AA existente em Ceará-Mirim-RN, que funciona aos domingos de 9 as 11 horas. Servirá de referência para aquelas pessoas que se sintam intimidadas, pois encontrará na reunião as pessoas que fizeram a entrevista em sua casa.

            Será usado o telefone fixo, celular ou e-mail para manter as pessoas entrevistadas conectadas com as diversas atividades de AA, sendo mantida a motivação para a participação, tanto dos familiares quanto dos alcoólicos.

            Caso seja necessário, haverá a orientação para o tratamento médico, com o uso de psicofármacos e possíveis internações, em hospitais psiquiátricos ou comunidades terapêuticas. Também será feita a devida orientação social para fins de benefício social enquanto se mantiver em tratamento, incapaz de trabalhar, ou encaminhar para aposentadoria se estiver incapacitado.

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em 14/08/2019 às 00h12
 
13/08/2019 00h12
AUTODESCOBRIMENTO – A CURA INTERIOR

            O aforismo grego "Conhece-te a ti mesmo" é uma das máximas de Delfos e foi inscrita no pátio do Templo de Apolo em Delfos de acordo com o escritor Pausânias.

            Este autodescobrimento pode colaborar com a cura de transtornos emocionais que desenvolvemos ao longo de nossa vida. Por esse motivo, desenvolvi um curso de extensão universitária, tendo como base as lições de Joanna de Ângelis, que desenvolve conteúdos psicológicos transpessoais e é mentora espiritual do médium Divaldo Franco.

            O curso visa um aprofundamento do autoconhecimento utilizando esses conteúdos psicológicos para a imersão consciencial. O autodescobrimento atingido dessa forma permite ao técnico/estudante uma compreensão mais fidedigna do ser humano e suas dificuldades inerentes à personalidade de cada um e assim capacitando melhor a sua expertise profissional na arte de cuidar. O dependente químico que geralmente frequenta o curso, tem oportunidade de reconhecer suas fragilidades psíquicas que contribuíram na geração da doença e construir formas de enfrentamento para superar o problema.

            A programação do curso num primeiro momento abordou os seguintes assuntos: O ser real; Equivalentes existenciais; Consciência e vida; O inconsciente e a vida; Viagem interior; Equilíbrio e saúde; O ser subconsciente; Sicários da Alma; Viciações mentais; e Conteúdos perturbadores.

            O objetivo do curso era a conscientização dos mecanismos psicológicos que favorecem a evolução pessoal e previnem os distúrbios comportamentais. O resultado esperado seria a atualização dos alunos, dos profissionais e dos dependentes químicos quanto a capacidade curativa do autodescobrimento.

            As lições do Mestre Jesus que foram dadas há cerca de 2.000 anos, contribuíram bastante para a aquisição desse autoconhecimento. Serve para observar o que existe de negativo dentro de nós, oriundo de nossa origem animal, instintos que devem ser domesticados no momento que atingimos a idade adulta e a responsabilidade de gerenciar os diversos aspectos da coletividade, do mundo em que vivemos.

            As igrejas cristãs disseminam por todo o mundo essas lições, no entanto, pela influência materialista, muito associada aos instintos egoístas, não conseguimos fazer a prática dessas lições. Por esse motivo, consideramos que prevalece no mundo a influência do mal e o planeta ainda continua estacionado na categoria de “provas e expiações”.

            Felizmente, estamos entrando na perspectiva de evolução do planeta para a categoria de Planeta de Regeneração, onde o bem consegue sobrepujar o mal. Para isso é necessário que procuremos ter este autoconhecimento do que somos e para onde devemos ir, para ajustar o nosso comportamento e construir uma sociedade mais próxima do Reino de Deus.

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em 13/08/2019 às 00h12
 
12/08/2019 00h11
PRESTANDO CONTAS COM O CRISTO – FIDELIDADE

            Sei que ao regressar ao mundo espiritual irei prestar contas com o Cristo, ou quem Ele determinar, sobre os atos que pratiquei aqui na Terra, no mundo material, encarnado num corpo físico sujeito a tantos instintos, tantas forças que tenho como dever domesticar.

            Um dos comportamentos que tive e que até hoje recebo críticas sobre a justiça, ética e moral que ele mostrou e que merece neste momento. Merece mais uma reflexão da minha parte, enquanto ainda estou encarnado neste mundo material, para ver se, eu me considerando errado, ainda tenho como reparar os prejuízos.

            Esse comportamento que quero prestar contas é com respeito à fidelidade que prometi a minha primeira esposa, no ato do meu casamento. Passei bastante tempo mantendo esse compromisso de fidelidade, cerca de seis à oito anos. Foi quando nos estudos espirituais me deparei com o conceito de Amor Incondicional e que considerei importante, verdadeiro e necessária à sua prática. Nesse mesmo momento passei a receber convites de uma colega de trabalho para namorarmos, incluindo o sexo. Isso ia de encontro ao meu compromisso de fidelidade com minha esposa, e, claro, recusei. Mas os convites continuaram insistentemente e isso fez eu entrar em novas reflexões colocando em jogo o conceito de Amor Incondicional ensinado pelo Cristo e também pela bússola comportamental que Ele nos ensinou para não sairmos do caminho da ética e da justiça: “fazer ao próximo o que quero que façam a mim”.

            Dentro dessa nova perspectiva, passei a considerar que o convite que eu estava recebendo devia aceitar, pois o Amor Incondicional não estava sendo agredido, pelo contrário, incentivava. Da mesma forma que minha colega desenvolveu o desejo de namorar comigo, eu também tinha por ela o mesmo desejo. Pode ser dito que isso não era amor, que era puro instinto, mas o instinto foi também feito pelo Criador dentro da gente para que pudéssemos usá-lo. O que importava saber era, esse namoro entre nós dois era ruim para qualquer um de nós?  Claro que não! Poderíamos responder. Iria nos dar prazer. Não havia promessas ou recompensas em função disso. Ambos sabíamos nossas condições de vida e que o namoro seria bom para nós. Se o nosso universo fosse só este, Mestre, eu não estaria agora aqui procurando esta prestação de contas. Mas existia as minhas circunstâncias de vida e as dela. Eu sabia que ela era casada e que o marido tinha diversas experiências afetivas como essa que ela estava querendo ter comigo. Isso justificava o lado dela. Acontece que eu tinha uma esposa fiel, que cumpria o que havia prometido desde o nosso casamento. Se eu saísse com essa colega para namorar, iria quebrar o compromisso de fidelidade. Mas, o Amor Incondicional estava me liberando, eu poderia seguir a vossa bússola comportamental, amado Mestre, desde que eu não considerasse os compromissos com minha esposa.

            Este foi o meu dilema. Até onde eu poderia ignorar a liberdade que o Amor Incondicional me dava, por respeitar um compromisso que o amor condicional, romântico, um dia elaborou? Eu iria viver até os fins dos meus dias, como estava escrito na promessa, por respeitar esse amor romântico, condicional a uma pessoa? Mesmo que eu percebesse que a cultura funcionasse dessa forma, que a maioria mostrava um cumprimento a essa promessa para a manutenção do casamento, mesmo que por trás houvesse a quebra de fidelidade. Eu não queria participar dessa hipocrisia.

            Fiquei muito tempo paralisado dentro desse dilema, até que um dia resolvi quebrar essa fidelidade e sair com minha colega para namorar. Para compensar o meu senso de justiça, aceitei implicitamente que a minha esposa tinha o direito de ter o mesmo comportamento que eu, pois assim fazendo também estava seguindo os parâmetros do Amor Incondicional. Mas acontece que, apesar de todos esses cuidados éticos, conceituais, eu não pude evitar o sofrimento que a minha esposa padeceu por causa de minha decisão. Até hoje ela coloca de forma amargurada, a perversidade do meu comportamento, de não ter tido cuidado com a felicidade dela, procurando atender apenas aos meus desejos carnais.

            Eis, Mestre, minha prestação de contas no campo da Fidelidade. Eu sei que Vós, como filho mais evoluído do Pai, que consegue sondar nossos corações, sabe que eu não tinha intensões de ferir ninguém, e sim de praticar o Amor Incondicional, da forma que aprendi e compreendi. Teria que ser fiel, principalmente ao Amor Incondicional, assim entendia.

            O que fiz, Mestre, foi certo ou errado? A minha consciência, onde está escrita a lei de Deus, não me acusa. Mas eu recebo tantas críticas, acusações, e tantas recriminações, principalmente daquela que se sente mais prejudicada, a minha primeira esposa, que resolvi recorrer a Vós.

Publicado por Sióstio de Lapa
em 12/08/2019 às 00h11
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