Meu Diário
27/10/2023 00h01
ESTRATÉGIA REVOLUCIONÁRIA – 04 ÊXTASE DE JOAQUIM

            Segundo o pensamento de Bernardo Küster (Uma estratégia revolucionária publicada há 40 anos), publicado pelo Youtube em 16-10-23, e que transcrevo de forma resumida para se tornar mais objetiva com meus cortes e minhas considerações quando sinto a necessidade.



Isso parece inofensivo. Tudo isso acontece quando Joaquim de Fiore estava na Terra Santa, no Monte Tabor em Israel, onde ocorreu a transfiguração de Jesus. Joaquim estava em oração e teria uma espécie de visão, de êxtase místico e teria recebido uma espécie de revelação onde ele conseguia ver como num momento toda a história da humanidade e via uma concordância profunda entre o Antigo e o Novo Testamento e o desenrolar da história. Ele via a história como a Trindade na eternidade que de algum modo se transpunha na história. Então ele concebeu a história em três dispensações, momentos, idades ou eras: Era do Pai, Era do Filho e Era do Espírito Santo (as 3 idades do mundo)



O primeiro período, Era do Pai: Adão > Abraão (Sinagoga, Sistema Sacerdotal) com a Lei, o Medo. Elemento: água, Luz das Estrelas, Casados (carne).



O segundo período, Era do Filho: Elias > Cristo (Igreja de Roma, Sistema Hierárquico) com a Graça, a Fé e os Libertados. O elemento; Vinho. Aurora, Sacerdotes,(carne + Espírito.



O terceiro período, Era do Espírito Santo: São Bento > Joaquim de Fiore (Igreja Espiritual, Sistema Comunitário) com Graça Abundante, Caridade, Amigos. Elemento: Óleo, Plenitude do Dia, Monges (100% Espírito).



A Era do Pai vem da criação, tem o ápice em Abraão, a Era do Filho vem de Elias e tem o ápice em Cristo e a Era do Espírito Santo começaria com São Bento no século V e teria se ápice na época de Joaquim de Fiore, em 1260, precisamente, que era a data que ele queria.



As características centrais da Era do Pai, era a Era das Sinagogas, época do sistema Sacerdotal, dos Levitas, da tribo escolhida, da Lei dura, do medo, da servidão, do elemento água que significa a purificação e o inesperado, época das luzes das estrelas, ou seja, uma noite com poucas luzes, e a época dos casados em que a transmissão da Aliança e dos seus benefícios pela carne. A Era do Pai como concebia Joaquim de Fiore, tinha uma espécie de parábola: começava, tinha seu ápice e depois caía. Começava com Adão tinha o seu ápice em Abraão e acabava lá no profeta Elias.



A Era do Filho começava com o profeta Elias quando estava acabando a gestão do rei Uzias, um pouco antes do profeta Elias. Começava com o rei Uzias, tinha seu ápice em Cristo e ela acabava no tempo de Joaquim de Fiore. Elas tinham intersecções como em círculos concêntricos, o último, a Era do Espírito Santo chega a fazer intersecção com a primeira, a Era do Pai. Ele chamava principium, depois frutífco e depois finis. O Princípio, a Frutificação e depois o Final.



A terceira Era começaria com São Bento, teria o seu ápice com as ideias que viriam em 1260, segundo Joaquim de Fiore que seria o ápice e elas iriam caindo, caindo, até a vinda do Anticristo e o fim do mundo.



Essa era a ideia de Joaquim de Fiore a respeito dessas três Eras.



A Era do Filho seria caracterizada pela Igreja de Roma, por um sistema hierárquico, onde reinaria não mais a Lei, mas a Graça, não o medo, mas a Fé, não seríamos mais servos, mas libertados por Cristo. O Elemento não era mais água, mas o vinho da alegria, da Eucaristia, da Vida. Mais a Luz das Estrelas, aquela noite com pontinhos de luz, mas seria a aurora, que é o começo do dia. Então, é aquela Luz que vem vindo no horizonte e seria um sistema misto, um sistema sacerdotal em que você mistura a carne do sacerdote com o Espírito Divino. Ou seja, a Era do Filho seria o auge em Jesus.



A terceira Era teria começado em São Bento no século VI, que é pai do monasticismo e o seu auge seria o ano de 1260, um pouquinho depois da morte de Joaquim de Fiore, cerca de 58 anos depois da sua morte. Já não é mais uma Igreja Romana, é uma Igreja absolutamente Espiritual. Não é mais um sistema hierárquico, vertical, mas um sistema comunitário, circular ou sinodal. Se formos observar os documentos do Sínodo, iremos ver uma Igreja Sinodal, circular, não tem hierarquia mais, está nos documentos, proposta de trabalho deles. É uma igreja comunitária, da graça abundante, transbordante, a igreja da caridade ou dos carismas, em que cada um exerce o seu ministério como diz o Leonardo Boff, de forma livre; é a igreja dos amigos, não é mais a igreja dos libertados; é a igreja daqueles que se reconhecem; o elemento é o óleo porque é o símbolo do Espírito Santo que queima no coração dos fiéis e já não é mais apenas o começo do dia, mas é o meio-dia, é a plenitude do dia. E o tipo não é mais a carne e o Espírito, mas é a vida monástica, de inspiração monástica, 100% espiritual. É só o Espírito comandando tudo.



Esse cálculo que ele conseguiu de datas para 1260 que seria o auge da Era do Espírito Santo se baseava na existência de 21 gerações depois de Cristo.



Publicado por Sióstio de Lapa em 27/10/2023 às 00h01
 
26/10/2023 00h01
ESTRATÉGIA REVOLUCIONÁRIA – 03 JOAQUIM DE FIORE

            Segundo o pensamento de Bernardo Küster (Uma estratégia revolucionária publicada há 40 anos), publicado pelo Youtube em 16-10-23, e que transcrevo de forma resumida para se tornar mais objetiva com meus cortes e minhas considerações quando sinto a necessidade.



Essas ideias do Leonardo Boff não são inovadoras, ele não descobriu a pólvora aqui. Como diria o Rei Salomão, “não há nada de novo debaixo do sol”.



Lembremos uma frase do cardeal emérito de Guadalajara: “A Teologia da Libertação é um experimento intelectual, centro-europeu, mas com sua prática na América Latina”. Ela foi concebida na Europa, na universidade, no convento, em vários lugares. Todo o povo da América Latina que bolou essa porcaria estudou lá. Ela se espalhou na América Latina de forma bem-sucedida, só que agora o ovo da serpente que foi bolada ali está voltando para a Europa neste Sínodo pretendendo ir para o mundo inteiro. Fez um balão de ensaio aqui e joga de volta para a Europa.



Vamos falar das origens reais dessas ideias, não apenas da Teologia da Libertação, mas das que estão rondando o Sínodo, já que a Teologia da Libertação deriva de outra heresia muito perniciosa que é o Modernismo. É falado em alguns círculos, mas o leigo não conhece.



Vamos fazer uma viagem de 800 anos atrás. No ano de 1135 na Calábria que fica no sul da Itália para falar de Joaquim de Fiore. É uma das figuras mais importantes do fim da Idade Média e uma das mais controversas, polêmicas e perigosas. É um homem de muitas faces. Ele foi um monge, abade, chefe deum mosteiro da Ordem de São Bernardo de Claraval e faleceu em 1202. Muitos dos seus textos foram elogiados por papas e depois condenados. Ele foi o primeiro a conseguir criar uma ideia que pudesse se contrapor a ideia de Santo Agostinho a respeito da história presente na Cidade de Deus.



As ideias de Joaquim de Fiore serviriam depois e como servem até hoje, como base de muitos dos movimentos revolucionários de agora, como também na Idade Média. Diversos pensadores, filósofos, citam Joaquim de Fiore como a matriz do pensamento revolucionário e um dos criadores do milenarismo. Foi escrito acerca disso a “posteridade espiritual de Joaquim de Fiore”, dois volumes de 600 páginas cada. Mostra o espírito joaquinista rondando a Igreja como está agora presente neste Sínodo.



Qual a diferença entre a concepção histórica de Joaquim de Fiore e de Santo Agostinho que viveu no século V e Joaquim 600 anos depois, (1135-1200).



Santo Agostinho na Cidade de Deus, por exemplo, conseguiu com sua ideia prevenir qualquer tentação cristã de instaurar um paraíso cristão nesta Terra pelos esforços humanos. Ele via no milênio, mil anos de Cristo, o paraíso de forma figurada e não literal. Portanto, os mil anos seria um símbolo de perfeição, era uma plenitude dos tempos que começaria com Cristo e continuaria com o mundo através da Igreja até o Juízo Final que seria a transformação da história por Deus, no casamento do Céu e da Terra com a descida da Nova Jerusalém, como está no final do Apocalipse.



Joaquim de Fiore mexeu nisso. Não era mais uma interpretação alegórica, figurada, mas uma interpretação literal dos mil anos de Cristo. Os mil anos de Cristo aconteceriam na história, neste futuro, neste mundo que estamos vivendo. Não é o momento que Deus vai mudar tudo, é o momento que o desenrolar da acoes históricas, claro, com a ajuda de Deus, mas que vai acontecer neste mundo. Não vai haver uma transformação da realidade presente, mas uma elevação, uma transfiguração do mundo. Não, vai haver apenas uma mudança contínua, progressiva, até a perfeição.



Publicado por Sióstio de Lapa em 26/10/2023 às 00h01
 
25/10/2023 00h01
ESTRATÉGIA REVOLUCIONÁRIA – 02 IGREJA SEM CONTEÚDO

            Segundo o pensamento de Bernardo Küster, publicado pelo Youtube em 16-10-23, e que transcrevo de forma resumida para se tornar mais objetiva com minhas considerações quando sinto a necessidade.



            O Papa disse que fazer Sínodo significa caminhar pela mesma estrada, caminhar em conjunto. No documento “A sinodalidade na vida e na missão da Igreja” tem um texto que diz “A sinodalidade, como dimensão constitutiva da Igreja, nos oferece o quadro interpretativo mais adequado para compreender o próprio ministério hierárquico.”



            Este Sínodo vai ser muito diferente dos outros e vai acontecer da seguinte maneira.



            Fase preparatória de consulta aos leigos. Não sei se você chegou a participar, mas alguns vão se lembrar que a partir de 2018 as paróquias começaram a lançar uma espécie de pesquisa de opinião aos paroquianos para entender melhor sobre sua situação religiosa



            Fase celebrativa. Reunião dos bispos em assembleia.



            Fase operativa. O momento crucial quando o Papa aprova ou não a conclusão e os documentos finais do sínodo e que for decidido vai ter que ser aceito pela igreja inteira.



            Os leigos têm uma participação e um protagonismo absurdo desde o princípio: Bispos 55%; Cardeais 17%; Religiosos 3%; Outras Igrejas 4% e Leigos 21%. Um quinto dos votantes são leigos, entre homens e mulheres. Dos 13 delegados do Brasil, 2 são mulheres.



            Algumas coisas podem abalar a Igreja para sempre. O Sínodo da Alemanha já permite mulheres batizando nas igrejas, bênçãos para os pares homossexuais, ainda que o Vaticano tenha dito que não podia fazer, porque a Igreja não pode abençoar o pecado. Isso é sério, pois se é aplicado na Igreja inteira? A Teologia da Libertação já saiu em vantagem neste Sínodo antes dele começar.



            A Teologia da libertação é a grande parteira das ideias que vêm hoje da Igreja. Todas essas pautas que estão sendo discutidas hoje não são novas, são pautas antigas, várias delas condenadas no século passado por vários papas. O livro “Igreja, Carisma e Poder” de Leonardo Boff foi condenado e volta corrigido. O que ele propõe nesse livro é a mudança do Centro de Decisão da Igreja da seguinte forma:



            Deus > Cristo > Apóstolos > Bispos > Padres > Fiéis



            Cristo Espírito Santo > Comunidade/Povo de Deus > Bispo Padre Coordenador



            Esta é uma proposta de subversão da Igreja, remodelação da estrutura. Um novo modelo de Igreja onde o poder seja concedido sem privilégios teológicos, como puro serviço articulado segundo as necessidades do povo, da comunidade, fazendo uma Igreja viva com serviços flexíveis e funcionais. Cada um faz nas conversas segundo o fluir do Espírito. Como uma sociedade de classes proposta por Karl Marx. Seria as ovelhas guinado as ovelhas, não seria nem as ovelhas guiando o pastor. Todo mundo vira ovelha. As lideranças seriam meramente simbólicas, não teria o sacramento da ordem, todo mundo poderia celebrar missa, dar absolvição, etc.



            Ninguém poderia esperar que as ideias condenadas há 40 anos seriam discutidas dentro de um Sínodo para a Igreja universal. Está acontecendo exatamente agora em Roma. Isso mostra que a Teologia da Libertação que é esse braço marxista dentro da Igreja não morreu. Fica a questão: onde a Teologia da Libertação atua hoje e onde ela pretende atuar após o sábado. Antes ela atuava na América Latina e agora que ir para o mundo inteiro.



            Mesmo que nenhuma dessas pautas avancem, mesmo que o Papa simplesmente rejeite todas as sugestões do Sínodo, dos Bispos, dos Padres, dos leigos, etc., mesmo que o Centro de Decisão da Igreja não seja alterado, isso não seria motivo para comemorar. Pois a fato de haver tantos clérigos, inclusive do alto clérigo, adeptos e dispostos a essas mudanças já é um problema de proporções inimagináveis.



            Situações como esta que estamos passando aconteceu na época do Arianismo. Na época, 90% dos bispos e padres eram adeptos da heresia do Arianismo, só que os leigos não foram a maioria. Sobraram uns 8 bispos que reagiram, poucos, e todos foram canonizados, viraram santos. Os leigos não caíram nessa. Eles estavam preparados para combater e dar apoio aos bons prelados para que tudo que fosse estranho ao catolicismo fosse combatido, não tolerar aquilo.



            Será que hoje estamos na mesma “pegada”? acho que não... 8% dos católicos vão à missa, significa que apenas estes cumprem o básico, quanto mais os outros 92% para se levantar contra esse mal.



Publicado por Sióstio de Lapa em 25/10/2023 às 00h01
 
24/10/2023 00h01
ALICERCES DA NOVA ORDEM DE CRISTO

            As respostas que Jesus deu à Malebel, um espadaúdo assessor da justiça em Jerusalém, citado no livro “Pontos e Contos” de Chico Xavier, pelo Irmão X, traz boas considerações para a Nova Ordem de Cristo que deve contribuir para a construção do Reino de Deus.



            Malebel percebeu no milagre de reprodução dos pães e peixes, o poder que emanava de Jesus. Logo ficou interessado em integrar tal poder e fez as seguintes perguntas querendo sondar de Jesus como seria o Seu Reino. Jesus responde como seria os alicerces desse Reino de Deus malogrando o interlocutor, mas que nós aqui podemos aproveitar para construir a Nova Ordem dEle.



            Acatando com precisão essas respostas podemos elencar os seguintes critérios:



            P – Senhor, - indagou, exultante, Malebel – és, em verdade, o arauto do novo Reino?



            R – Sim, respondeu o Cristo sem titubear.



            P – Em que alicerces está estabelecida a Nova Ordem?



            R – Em obrigações de trabalho para todos.



            P – Instituir-se-á, porém, uma organização hierárquica?



            R – Como não? Acentuou o Mestre sorrindo.



            P – Qual a função dos melhores?



            R – Melhorar os piores.



            P – E a ocupação dos mais inteligentes?



            R – Instruir os ignorantes.



            P – Senhor, e os bons? Que farão os homens bons dentro do novo sistema?



            R – Ajudarão aos maus, a fim de que estes se façam igualmente bons.



            P – E o encargo dos ricos?



            R – Amparar os mais pobres para que também se enriqueçam de recursos e conhecimentos.



            P – Mestre – tornou Malebel, desapontado -, quem ditará semelhantes normas?



            R – O amor pelo sacrifício, que florescerá em obras de paz no caminho de todos.



            P – E quem fiscalizará o funcionamento do novo regime?



            R – A compreensão da responsabilidade em cada um de nós.



            P – Senhor, como tudo isto é estranho! – Considerou o noviço alarmado. – Desejarás dizer que o Reino diferente prescindirá de palácios, exércitos, prisões, impostos e castigos?



            R – Sim – aclarou Jesus, abertamente -, dispensará tudo isso e reclamará o espírito de renúncia, de serviço, de humildade, de paciência, de fraternidade, de sinceridade e, sobretudo, do amor de que somos credores, uns para com os outros, e a nossa vitória permanecerá muito mais na ação incessante do bem com o desprendimento da posse, na esfera de cada um, que nos próprios fundamentos da Justiça, até agora conhecidos no mundo.



            Nesse instante, justamente quando os doentes e os aleijados, os pobres e os aflitos desciam da colina tomados de intenso júbilo, Malebel, o destacado funcionário de Jerusalém, exibindo terrível máscara de sarcasmo na fisionomia dantes respeitosa, voltou as costas ao Senhor, e, acompanhado por algumas centenas de pessoas bem situadas na vida, deu-se pressa em retirar-se, proferindo frases de insulto e zombaria...



            O milagre dos pães fora rapidamente esquecido, dando a entender que a memória funciona dificilmente nos estômagos cheios, e, se Jesus não quis perder o contato com a multidão, naquela hora célebre, foi obrigado a descer também.



            Que possamos aplicar estas orientações do Cristo na Nova Ordem que queremos construir.



Publicado por Sióstio de Lapa em 24/10/2023 às 00h01
 
23/10/2023 00h01
PRIMEIRO DIA DE 72 ANOS

            Após o meu aniversário de 71 anos completos em 20-10-2023, passei a viver o primeiro dia dos meus 72 anos em 21-10-2023.



            Fazendo uma reflexão numerológica, percebo que 72 corresponde ao número isolado 9. O número mais considerado por mim como o principal representante do meu ser é o 3 e seus derivados, 6 e 9. Considerando o 3 como principal, verifico que ele multiplicado por ele mesmo vai gerar o 9 que assim pode ser visto como a súmula do meu Eu. Então, a idade que estou começando a viver a partir desta data atual representa a súmula do que eu sou: 9.



            Por outro lado, o número 9 também representa a súmula do número da Besta, 666, somando todos, 6+6+6 = 18 = 9. Seis significa o número do homem, pois foi no sexto dia que o Pai o criou.



            A numerologia parece indicar que eu estou indicado para fazer o confronto com a Besta, nesta atual fase da minha vida, já que eu estou firmemente determinado em fazer a vontade do Pai seguindo as lições do Mestre Jesus, que é o meu comandante nesta batalha espiritual.



            Toda essa dinâmica quem comanda é o Pai que deixa se expressar os seres de Sua criação com o devido respeito pelo livre arbítrio de cada um, seja dirigido ao mal ou ao bem. Eu tenho a determinação de seguir no bom combate ao lado do Cristo o dia do meu aniversário foi escolhido por Deus para fazer uma mensagem tanto para mim como para a minha companheira. Ela sempre se esforça para fazer o aniversário para todos os membros da família, como se fosse uma missão. Neste dia do meu aniversário, por mais que ela quisesse fazer o melhor possível, não conseguiu. Nem mesmo alimentação, um simples jantar conseguiu fazer. Fiquei o dia todo em jejum sem ter me programado para tal. Logo percebi que era Deus que estava atuando, mostrando para ela que os aniversários que ela sempre está a promover para todos os membros da família, não devia trazer orgulho ou vaidade, pois tudo se faz pela vontade de Deus. Esta era a prova, por mais esforço que tenha feito para fazer o meu aniversário, não conseguiu.



            Logo eu percebi o que o Pai estava ensinando e eu era simplesmente o cordeiro que estava sendo imolado. Mas, tal como o Cristo, eu não reclamei da situação, apesar de sentir a fome como nunca, ter pedido até uma farofa de ovo e não ter sido atendido pela humilhação que a outra sentiria dentro de uma situação dessa. Senti desejo de eu mesmo fazer o alimento que o meu corpo estava querendo, mas entendi que este jejum era parte da lição e que eu deveria ficar onde Deus estava querendo, devia fazer a Sua vontade.



            No dia seguinte, sábado, ela continuava querendo comprar um bolo e sem conseguir. Entendi mais uma vez que a ação do Pai continuava e que eu deveria permanecer em jejum. Mas como fui à casa da minha irmã e ela havia prepara do um almoço, eu fui atender ao meu corpo. Depois, refletindo melhor, eu fiz errado. Eu deveria ter ficado sem me alimentar ou pelo menos ter comido o mínimo possível, pois Deus também agiu na cozinha da minha irmã, fazendo ela preparar um jantar de qualidade inferior ao que ela é capaz de fazer, mesmo tendo ao eu dispor material de primeira qualidade. No momento não entendi isso e terminei fazendo a vontade do meu corpo comendo muito além do que era preciso. À noite fui a um culto em igreja evangélica procurando saber o que Deus queria com esse caminho que abriu para mim. Percebi que Ele queria que eu desse o testemunho de como Ele opera em nossas vidas, mas como a Igreja estava em festa o momento que me foi dada esta oportunidade já estava tarde, muitas mulheres com crianças no colo, achei que não seria conveniente para elas gastar mais tempo com meu depoimento que deveria fazer mais efeito sobre mim do que sobre elas. Mas agora reconheço que mais uma vez fiz errado e Deus estava certo. Era para eu dar o meu depoimento naquela igreja cheia de mulheres carentes com filhos pequenos nos braços. Eu deveria ter dito que havia sido enviado pelo Pai de todos nós para dizer o que Ele estava fazendo em minha vida, para minhas irmãs, que querem fazer a Sua vontade e que passam tanta dificuldade. Diria que a minha mãe também era como elas. Eu era uma criança de 5 anos que minha mãe não podia criar e deixou para fazer a isso a minha avó, que tinha mais condições financeiras, pois era dona de um bordel, onde ganhava o seu dinheiro suado com o trabalho das mulheres que se prostituíam, com um forró que organizava nos fins de semana e com a venda de bebidas alcoólicas. Eu desde cedo passei a trabalhar dentro de casa, fazendo tudo o que era necessário para manter a casa limpa, pratos lavados e a medida que crescia, vendia confeitos e cigarros nas portas dos cinemas e entregava galões de água trazido das cisternas nos meus ombros para as casas das pessoas que precisavam. Felizmente ela me afastava das atividades profissionais do bordel e me matriculou num colégio católico onde tive contato com o Cristo. Vim servir à Marinha em Natal e consegui passar no vestibular de Medicina. Deus me preparou para ser psiquiatra, professor da universidade e entender o que Ele queria na minha vida. Hoje eu vim aqui dizer isso para vocês. Que tenham coragem como a minha mãe teve, de criar os seus filhos com a luz do Cristo ou deixar com alguém que tenha mais condições de fazer isso, se for conveniente, pois Deus é quem sempre está no comando, basta a gente seguir os melhores caminhos que Ele coloca à nossa disposição. Hoje estou totalmente dentro da vontade dEle, como um cordeiro obediente. Ontem foi o dia do meu aniversário e como um cordeirinho passei o dia de fome, pois Ele queria dar uma lição à minha companheira. E eu obedeci, da mesma forma que Jesus obedeceu quando se submeteu feito um cordeirinho a subir naquela cruz para dar uma lição à humanidade.



            Hoje, domingo, sinto que ainda estou no processo de imolação e que devo conter os desejos da minha carne, até sentir que a lição que Ele quer dar esteja completa. Interessante que nesta lição que o Pai estar dando tem uma forte sintonia com aquela dada através de Jesus. Também Ele foi imolado na sexta-feira, passou o dia do sábado na tumba mortuária e veio à ressurreição no domingo, para uma nova forma de vida. Talvez isso seja o que Deus deseja de mim, que eu venha para uma nova forma de vida a partir de hoje, neste domingo.



            Ficarei atendo às Suas ações.   



Publicado por Sióstio de Lapa em 23/10/2023 às 00h01



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Imagem de cabeçalho: Sergiu Bacioiu/flickr