Pai, hoje não quero falar diretamente contigo, mas sim com os irmãos maiores que embelezam e sustentam a minha vida. Mas, falando assim com eles, com essa compreensão, não deixo de falar também contigo, que afinal És também o Criador deles.
Primeiro, quero agradecer, não a irmã, mas a mãe terra, pois foi dela que fui gerado, todo elemento químico, material, sólido que forma o meu corpo, veio através dela, desde os primeiros momentos no interior do útero, no crescimento daquele óvulo que logo se transformou em ovo e termina com a minha vinda à luz.
Quero agradecer a irmã água, que compõe a maior parte da minha estrutura biológica, que faz os constituintes sólidos do meu corpo deslizarem de forma harmônica para gerar uma fisiologia inteligente, bela e reprodutível. Que serviu de berço para a formação dos meus entes passados, bem longe, no tempo dos coacervados, dos seres unicelulares, até chegarmos na beleza dos mamíferos, dos primatas, da nossa estrutura cerebral, racional, humana.
Quero agradecer ao irmão ar, aquele que não vejo com meus olhos físicos, mas sinto ele entrar e sair constantemente do meu corpo, vejo o movimento que ele produz ao redor, dos aparelhos que construímos para fazê-lo se movimentar, para atenuar o nosso calor, ou então construirmos outros aparelhos para captar sua energia e usá-la em tantas outras necessidades.
Mas, acima de tudo, quero agradecer ao fogo que existe em mim, uma criação direta do Pai para me dar uma existência inteligente, capaz de compreender o sentido da vida e do objetivo de alcança-lo algum dia, por mais distante que ainda pareça. Agradecer aos bons espíritos, fogos como eu, mas que já estão bem mais próximos do Pai, e procuram nos ajudar com o fogo dos entendimentos da verdade em que estamos mergulhados e que temos que descobrir com nossos erros e acertos.
Dessa forma, Pai, esta minha oração deste mês, é um agradecimento por minha existência, pelas estruturas materiais e espirituais que sempre me dás para a minha tão lenta evolução. Sei que me escutas e que percebes minhas ações antes mesmo que eu as tenha praticado. Peço perdão pelos meus erros, aqueles que um dia cometi, por força da minha ignorância e também daqueles que eu continuo a praticar sem ter a consciência deles.
Peço mais uma vez, Pai, a sabedoria pelo menos a necessária, para que eu não continue cometendo erros sem saber, que eu não administre os recursos materiais que me dás de forma devida, que eu não deixe de fazer o bem necessário por não saber como fazer...
Retira-me, Pai, do mar da ignorância!
Existem vários textos circulando na net sobre o Regime Militar no Brasil, que aconteceu a partir de 1964. Um deles colocado de forma irônica, mas bem articulado, irei colocar neste espaço para termos possibilidade de refletir.
É RIDÍCULO TER SAUDADES DO GOVERNO MILITAR.
Como alguém, em sã consciência, pode ter saudades de um governo que tinha, apenas, 12 ministérios? Prova, inequívoca, que o país não era bem administrado.
Como confiar em presidentes que morreram pobres? Um homem que ocupa o cargo máximo de uma nação, sem fazer fortuna, prova que não sabe aproveitar oportunidades, nem gerir o patrimônio próprio. Um incapaz.
Como ser saudoso de uma época de ditadura, onde todos os cidadãos tinham direito ao livre acesso às armas de fogo? E pior, a repressão era tão violenta que, mesmo armados, os cidadãos não se matavam. Isso demonstra o medo da população contra aquele governo bárbaro.
Como respeitar um regime que criou o INSS, o PIS, o PASEP, regulamentou o 13º, instituiu a correção monetária, criou o Banco Nacional da Habitação, o FUNRURAL, construiu mais de 4 milhões de moradias e abriu 13 milhões de vagas de emprego?
Melhor nem falar de infraestrutura. Em 21 anos, conseguiram, apenas, asfaltar 43.000Km de estradas, construir 4 portos, reformar outros 20, instalar as maiores hidrelétricas do mundo, decuplicar a produção da Petrobrás, criar a Embratel e a Telebras, implementar dois polos petroquímicos, entre outras coisinhas sem importância.
A educação era ridícula. Pegaram o país com 100 mil estudantes secundaristas e transformaram em 1.3 milhões. Criaram o Mobral, o CESEC, a CNPQ e o programa de Merenda Escolar.
Nestes vergonhosos anos de chumbo, onde o PIB cresceu 14%, as exportações saltaram de 1.5 para 37 bilhões, atingimos a 7ª economia mundial e nos tornamos o 2º maior produtor de navios do planeta. Uma catástrofe!!
Realmente, durante essa página negra da história nacional, pelo visto, apenas os presídios funcionavam. Esses, sim, um exemplo. Neles entraram terroristas, assassinos, assaltantes, guerrilheiros, sequestradores, e saíram deputados, ministros, governadores e, até, dois presidentes. Isso que é recuperação.
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Sim, não irei checar ponto a ponto a veracidade dessas informações. Prefiro dar o crédito de confiabilidade ao autor, de que não está fazendo um texto mentiroso para captar nossa simpatia. Mesmo assim, o texto me inspira credibilidade e sobre isso é que o trago para nossa reflexão e dividir com meus leitores uma perspectiva diferente da que geralmente estamos vendo ser divulgada pela grande mídia.
Será que sou um ser especial?
Daqueles que lutam tanto e não aprendem
Pois tanto que estudo o amor
Mas não consigo em ninguém o aplicar
Tanto esforço para ser afetuoso
Ser cavalheiro, decente, solidário
Ser verdadeiro em todos os detalhes
Ser, talvez, o último romântico
Mas, um dia, não passo em algum teste
E logo a fúria desaba sobre mim
A quem tanto amor eu pensava que doava
Sou enxotado como um mero vagabundo
Um criminoso da alma e do corpo
Fico exilado no país da ingratidão
Durante os momentos em que Jesus ficava na companhia doa apóstolos, após a caminhada do dia, na casa de Pedro em Betsaída, sempre algum deles fazia alguma pergunta que lhe interessava.
Nos primeiros dias da missão de Jesus, ainda não havia sido dado aos discípulos a ordem para ir e pregar. Era preciso fazer a edificação doutrinária no íntimo de cada um. O Mestre começara o plantio sem se descuidar da assistência aos seus companheiros do coração. Apareciam agitadores para desmoralizar a doutrina, mas as lições e as curas do Mestre faziam os doentes sentirem a presença de Deus nEle. A fé começava a se espalhar. Crescia a esperança de muitos. Aumentava a alegria dos sofredores. Agigantava-se a convicção do colégio apostolar.
Judas Tadeu tinha uma mente com dificuldade de armazenar conhecimento e extrair o saber que vinha envolvido nas parábolas. Era preciso que os outros o ajudassem. O seu corpo era másculo, parecia um gigante dos contos orientais, tendências grosseiras, mas de coração simples e bom. Nessa tarde-noite foi ele que fez a pergunta.
- Mestre, como sabes, as vezes fico constrangido, mas gostaria, com todo o respeito que te dedico, de indagar algo. Mesmo não tendo o direito de acusar ninguém nem intenção de julgar os atos de Deus, queria o teu pronunciamento acerca da Justiça, pois em vários momentos parece-me ver o contrário nos fatos diários.
Jesus, bem acomodado num madeiro improvisado, sorrindo com íntima alegria responde:
- A lei da Justiça é uma realidade nos ajudando a todos. Se nos sentimos injustiçados nas ocorrências da vida, é por nos faltar capacidade de entendimento da vontade do Pai Celestial. Tudo se ajusta na harmonia universal, sem perda de um til na escrita de Deus, desde os astros no universo até um fio de cabelo em nossas cabeças.
- O que interpretamos como injustiça, podemos afirmar ser arrogância, pois é a manifestação da Justiça perfeita, porquanto ninguém recebe o que não merece nem aquilo que não pode suportar no seu avanço espiritual.
- É importante a criatura amar, e além disso, é mais importante ainda a alma que sabe porque está amando. Nenhum dos presentes tem coragem de acusar o Criador pelos distúrbios íntimos. Ninguém acusa o Criador pelas guerras e misérias pelo mundo afora.
- Esses fatos dentro e fora de nós, consomem vidas e mais vidas, fazem jorrar rios de lágrimas e sangue, deixam multidões de viúvas e incontáveis crianças órfãs; os autores não tem coragem de se acusarem. Apesar disso, vivem em dúvidas atrozes, dispersando forças do coração e da inteligência, em círculo vicioso de acusações, sem o devido proveito.
- Se compreendermos os desígnios do Senhor, se pelo menos atentarmos no porquê das coisas, tudo se aclara. As leis que imperam como Justiça somente são vistas com bons olhos quando as analisamos com sabedoria. Do contrário ficamos nos debatendo no ambiente agressivo da ignorância.
- Quando somos dotados de força física, Tadeu, é justo saber como usar essa força. Juiz só um existe, e a Ele pertence todos os direitos de aplicar a lei de reação das ações executadas.
- Se queres saber, é bom que logo se conscientizes disso: os meios de ser útil a coletividade e a si mesmo são incontáveis, sem anunciar o dever de ser caridoso, pois Deus está em toda a parte. Deus vê antecipadamente o ato benevolente, o gesto que em primeiro lugar harmoniza a consciência de quem o pratica, em todos os casos.
- A justiça aplicada pelas mãos humanas, além do escândalo, tem interesse em anunciar uma valentia que está impulsionada pela vaidade e, para tanto, existem as leis criadas pelo Senhor que nunca se esquece daquilo que deve ser dado a cada criatura, atuando também como vigilante na defesa daqueles que são realmente inocentes.
- Se existe cativeiro forçado, prisões infectas e carrascos sem coração, a revolta marca uns e outros, já que são água da mesma fervura. A observação nos diz que se usa a bigorna de ferro para amoldar o ferro, com o malho do próprio ferro.
- Pelo que conhecemos, temos outros caminhos melhores, para pregar e executar a Justiça pelo bem no domínio do amor mais puro. É bom que eu diga e que compreendas bem depressa: não falo para os mortos na carne, e sim para os despertos em espírito e verdade. A ninguém julgo, pois não estou aqui para isso; vim para que conheças o amor, porque somente ele tem o poder no coração das criaturas, de estender a felicidade, para que nenhuma das ovelhas se perca nos labirintos do ódio.
- Quem se preocupa demais com Justiça não tem condições para fazer benevolência, e quando tenta misturar a caridade com a Justiça, essa exigência empalidece o amor.
- Meu filho, não queiras ser o que ainda não podes suportar.
- A inveja, mesmo sendo tocada pelo clarão da boa vontade, carrega consigo o azedume da maledicência. Todo invejoso se esquece das suas próprias qualidades que, as vezes dormem, desperdiçando as forças que gasta, invejando.
- A cobiça não deixa que repares na carência de muitas qualidades do invejado, e queres, com isso, tirar dele o que ele tem para suprir as tuas deficiências. Não é, porventura, isso a maior injustiça?
- Eu estou aqui para servir, e me empenho com todos os companheiros para que me ajudem. Estendamos as mãos para quem quer que seja e falemos aos ouvidos de quem quer que queira ouvir, para que o amor de Deus sobre todas as coisas, seja o primeiro entendimento entre os homens, a fim de que não falte o amor ao próximo.
Assim o Mestre concluía suas explicações sobre a Justiça, e todos se acomodaram para o necessário descanso para nova labuta do dia seguinte. Ainda restava muita gente fora da casa esperando a saída do Nazareno e seus companheiros. De longe via-se Tadeu, pela sua estatura gigante, protegendo a saída do Mestre, que, de mansinho, tocava os homens e as mulheres que avançavam pedindo misericórdia, pedindo curas, pedindo paz, pedindo tudo, como até hoje acontece, mas sem disposição para dar nada. Jesus abençoa a todos e, sem que ninguém perceba, a caravana desaparece por entre a multidão.
A quem posso dar o meu amor
De todos que estão ao meu redor
Quem de mim não pode cobrar nada?
Eu peço ao meu Deus uma saída
Olho pra ti, pequeno beija-flor
Que visita meu jardim cada manhã
Te invejo, pois tu tens tantas flores
E nenhuma quer te agarrar
Olho para o sapo, sujo e asqueroso
Será que é a saída enviada para mim?
Para evitar que eu termine sendo preso?
Devo me tornar dessa forma assim tão feio?
Do sol fugir e na lama me esconder?
Será o preço da minha liberdade?