Sióstio de Lapa
Pensamentos e Sentimentos
Meu Diário
28/01/2017 01h11
MARIA MADALENA – O FILME

            No reinício dos estudos da Escola do Evangelho, realizado nos sábados em Ceará-Mirim, surgiram algumas dúvidas sobre a vida de Jesus e de alguns dos seus discípulos, principalmente Maria Madalena. Fiquei em dúvida sobre a entrada dela no círculo dos discípulos, devido a resistência que existe nessa participação dela no círculo mais íntimo dos discípulos, da pecha de prostituta e de edemoniada. Procurei ver uma fonte alternativa e encontrei um filme e um livro que fala sobre ela. O filme passa uma versão que é compatível com a aura que ela demonstra até os dias atuais na sua ligação tão próxima com o Cristo.  

            No filme, Maria era casada com um judeu. Este recebeu como dote a rica Magdala, a região próspera que mantinha diversos imóveis e servos. Como esse judeu, sem saber que era estéril, vivia pressionando Maria por um filho, chegou ao cúmulo de se divorciar e deixar Maria na miséria e desonrada. Como forma de vingança, Maria se envolve com um capitão do exército romano e deixa o seu antigo lar, com a promessa de ir com esse “namorado” para Roma. Mas logo descobre que está grávida, fica surpresa e mais ainda o militar romano, que acredita que ela tenha lhe enganado se passando por estéril. Age com brutalidade com ela e a deixa exposta aos seus soldados que a estupram sem piedade. Fica vagando pelas ruas, desorientada e enfraquecida, até que aborta e desfalece nas ruas e é acudida por prostitutas.

            Maria consegue se recuperar fisicamente, tem contato com João Batista que a interroga sobre o que ela deseja, e termina no palácio de Herodes, com o objetivo de cuidar de Herodíades, esposa do rei Herodes, que sofre de ferimentos pelo corpo. É testemunha da dança de Salomé, filha de Herodíades, e o pedido da cabeça de João Batista, que ela faz induzida pela mãe, sob seus protestos tão veementes quanto inúteis.

            Nessa condição privilegiada de serva da rainha, Maria tem envolvimento afetivo com o general romano responsável pela política militar da região, e sugere que o ex-marido é um falso e traidor e que merece ser punido. O general atendendo os seus desejos invade a terra de Magdala, faz chicotear o perverso ex-marido de Maria e incendeia a propriedade. Maria cai em si, do mal que havia induzido, e corre para Magdala para tentar evitar o pior. Mas não consegue. Ver a sua amiga aterrorizada por saber que o filho está dentro de um prédio em chamas. De forma corajosa Maria entra no prédio e consegue resgatar a criança, mas essa está sem vida. Maria fica abatida, desesperada, e recusa seguir viagem com o militar romano, que a convida com veemência para seguir com ele. Maria fica sozinha, ao lado da mãe com o filho morto.

            Jesus vem em suas andanças com os discípulos e se aproxima da cena dolorida. Sob o olhar admirado de Maria, Jesus pede para a mãe se afastar, senta ao lado da criança morta, pega delicadamente em sua mão e pede para ela acordar, pois sua mãe a espera. A criança mexe os dedos e abre lentamente os olhos, sob a perplexidade de todos. Jesus segue seu caminho e vai para a casa de um respeitado judeu que quer ouvi-lo falar. Maria é convidada a ir com eles por suas amigas, e com receio ela vai até a casa. Ver a crítica que todos fazem porque a consideram uma prostituta, mas ela não ver no olhar nem na fala de Jesus nenhuma crítica. Uma onda de amor domina a sua mente e ela se aproxima do Mestre, beija os seus pés, lava-os com suas lágrimas e enxuga-os com seus cabelos.

            O Mestre ouve as críticas do dono da casa, pois ele como profeta não reconhece uma mulher como um ser inferior, principalmente quando esta é uma prostituta. O Mestre simplesmente lembra que ele, como convidado, não foi recebido com beijos, não teve os seus pés lavados nem enxutos. Mas essa mulher, fez tudo isso: beijou os seus pés, lavou-os com suas lágrimas, enxugou-os com seus cabelos e perfumou-os com óleos. Isso mostra que ela, apesar de pecadora, merece ter todos os seus pecados perdoados, por muito saber e demonstrar o amor.

            Jesus olha para Maria e diz com serenidade, que ela pode seguir o seu caminho, pois todos os seus pecados estão perdoados. Maria enfrenta o olhar do Cristo, e diz que ela irá para onde Ele for, em qualquer momento, em qualquer lugar.

            Os fatos podem não ter se passado dessa maneira, de uma forma ou de outra. Mas os registros que existem dentro dos Evangelhos, principalmente os apócrifos, mostram que uma situação como esta ou semelhante pode ter existido.

            Então, adquiro uma percepção melhor daquela mulher que é considerada pela Bíblia, Novo Testamento, como uma prostituta. Vejo que ela não é uma mulher amoral na acepção preconceituosa que se faz dela a todo momento. Foi uma mulher desonrada e divorciada por iniciativa do seu marido, sem nenhuma justificativa, pois a esterilidade alegada era dele, e não dela. Foi uma mulher que procurou depois disso uma situação que pudesse conciliar o seu senso de justiça com o amor que ela tanto mostrava ter. Não conseguiu isso ao lado de ninguém, nem de mulheres, nem principalmente, de homens, que a queriam mais pelo seu corpo do que pela sua alma. Ela foi advertida sobre isso por João Batista, mas foi o contato mais próximo com Jesus, que a fez despertar definitivamente para o amor incondicional, aquele que está muito além do desejo carnal, do interesse material.

Ave, Maria de Magdala, Maria Madalena!

 

Publicado por Sióstio de Lapa
em 28/01/2017 às 01h11
 
27/01/2017 14h34
MENSAGEM ESPIRITUAL

            Eis a mensagem do Mentor, 22 de janeiro de 2017.

            Filhos e filhas da Terra. Em primeiro lugar, quero lhes transmitir a Paz e a Serenidade que deve guiar cada um durante o decorrer do ano.

            A minha palavra é suave, porém, não menos enfática para alertar sobre a necessidade de preparação emocional e espiritual nestes tempos derradeiros e difíceis.

            Um projeto tenebroso se concretizará a nível internacional, aonde a guerra de todos contra todos favorecerá radicais em todos os quadrantes do mundo. A caixa de Pandora foi aberta até que se dê a seleção completa entre as almas evangelizadas e as inferiores.

            Podem esquecer que haverá transição planetária pacífica e sem ranger de dentes, pois criou-se uma história, sem nexo, de data limite de 2019, isso seria delegar para a humanidade encarnada um poder que ela jamais terá.

            A justiça cósmica cabe a Jesus que sabe o nível inferior do planeta e da necessidade das dores do parto até que sejam separados totalmente os espíritos. Isso posto, os reprovados serão transladados para um orbe mais primitivo.

            Se dependesse da criatura humana esta Terra já teria sido destruída por armas nucleares, então, Jesus e seus prepostos estão à frente da transformação terrestre.

            Peço com carinho a todos que não sofram tanto, aprendam a carregar o fardo de forma mais leve e resoluta. O Brasil continuará as transformações necessárias para que assuma a sua posição de Nau Capitânia da Espiritualidade Superior em todo o Planeta.

            Os trevosos ameaçam a mim e “infernizam” o médium que transmite a nossa mensagem. Não é a toa que ele fala em parar as psicografias, contudo, lhe daremos força na hora certa, mas sem poupá-lo dos esforços tremendos que são necessários a ele e aos demais encarnados. Já disse isso aqui, mas corroboro com as palavras de Hannah sobre novas técnicas obsessivas da espiritualidade inferior.

            Os Centros Espíritas tem boa fé e amor na sua grande maioria, mas há um atraso metodológico nas suas técnicas e é preciso recicla-las com urgência.

            A eleição americana se deu entre duas potestades trevosas e venceu uma que dará o que falar! O teatro de máscaras da política brasileira sofrerá abalos com novas revelações bombásticas.

            Os que esperam discursos genéricos, perdem o seu tempo conosco, pois não é mais hora de se defender do mal, mas sim ataca-lo! No calor da luta, o forte extrai a sua verdadeira força.

            Estamos no tempo da Graça de Deus, daremos estrutura e apoio para as almas decididas. Simplifiquem e esqueçam ideias mirabolantes, a Ordem é simples: melhorar diariamente.

            Sou uma velha águia esperando que cada um aprenda a voar com as suas próprias asas. Me dói quando o médium acha que não lhe damos o suficiente apoio, contudo, ele sabe que somos justos e que cada um será cobrado em atitudes e ousadia para avançar sobre os obstáculos.

            No plano espiritual não existem privilégios! Adquirir merecimento é uma tarefa essencial para cada ser humano. Do mais, fica o meu amor de sempre. Abraços afetuosos de Paz e Luz. Alfred Schutz

            Esta é uma mensagem que sintoniza com os novos tempos que estamos vivendo, com tanto conflito espalhado pela sociedade, aqui e algures. Estimula o nosso ânimo para que sejamos mais eficazes e protagonistas nessa luta de sofrimento que terá de acontecer na passagem evolutiva da Terra, de planeta de provas e expiações para planeta de regeneração.

Publicado por Sióstio de Lapa
em 27/01/2017 às 14h34
 
26/01/2017 15h53
NÍVEIS DE GRATIDÃO

            Encontrei nova forma de conceituar Gratidão, explicada pelo professor António Nóvoa, que veio fazer uma aula magna da Universidade de Brasília, e considero muito interessante. Eis o que ele falou:

            Se me derem mais dois minutos explico-vos o que quero dizer com a palavra “agradeço”.

            Há uns meses atrás estava eu em Brasília, a preparar a aula magna da Universidade de Brasília, e vinha-se à cabeça que queria agradecer aos colegas brasileiros tudo o que me tem dado e tem sido muito. E vinha-me à cabeça o Tratado da Gratidão de S. Tomás de Aquino. Todos aqui sabem que o Tratado da Gratidão de S. Tomás de Aquino tem três níveis de Gratidão: um nível mais superficial, um nível intermédio e um nível mais profundo.

            O nível mais superficial é o nível do reconhecimento, do reconhecimento intelectual, o nível cerebral, o nível cognitivo do reconhecimento.

            O segundo nível é o nível do agradecimento, do dar graças a alguém por aquilo que esse alguém fez por nós.

            O terceiro nível, mais profundo do agradecimento, é o nível do vínculo, é o nível de sentirmos vinculados e comprometidos com essas pessoas.

            E de repente, descobri uma coisa na qual eu nunca tinha pensado. Que em inglês ou em alemão, se agradece no nível mais superficial da Gratidão. Quando se diz “thank you” ou quando se diz “zu danken” estamos a agradecer no plano intelectual.

            Que na maior parte das outras línguas europeias, quando se agradece, agradece-se no nível intermediário da Gratidão. Quando se diz “merci” em francês, quer dizer dar uma mercê, dar uma graça. Eu dou-lhe uma mercê, estou-lhe grato, dou-lhe uma mercê por aquilo que me trouxe, por aquilo que me deu. Ou “gracias” em espanhol, ou “grazie” em italiano. Dou-lhe uma graça por aquilo que me deu e é nesse sentido que eu lhe agradeço, é nesse sentido que eu lhe estou grato.

            E só em português, que eu conheça, que eu saiba, é que se agradece com o terceiro nível. O terceiro nível, o nível mais profundo do Tratado da Gratidão. Nós dizemos “obrigado”. E obrigado que dizer isso mesmo. Fico-vos obrigado. Fico obrigado perante vós. Fico vinculado perante vós. Fico-vos comprometido a um diálogo, agradecendo-vos o vosso convite, agradecendo-vos a vossa atenção. Fico obrigado, vinculado a continuar esse diálogo e a poder contribuir, na medida das minhas possibilidades, para vossos projetos, para vossos trabalhos, para as vossas reflexões, para o vosso diálogo... É esse diálogo que quero, e é nesse preciso sentido que eu vos digo: MUITO OBRIGADO!

            Então, por força da língua, estamos sempre agradecendo num nível profundo, de vinculação àquelas pessoas que nos prestam algum favor, algum benefício. É coerente com as lições do Evangelho, e se queremos ser realmente a Pátria do Evangelho e Coração do Mundo, como está previsto, é bom que tenhamos o completo entendimento sobre a Gratidão e possamos sempre a realizar no nível mais profundo.

Publicado por Sióstio de Lapa
em 26/01/2017 às 15h53
 
25/01/2017 02h50
MÚSICA DO MEU NASCIMENTO

            Recebi um site que revela a música mais tocada no dia do nascimento da pessoa. Fui conferir e encontrei a canção “I went to your wedding” de Patti Page, nome artístico de Clara Ann Fowler, cantora americana, que foi a cantora de maior sucesso nos anos de 1950, vendendo mais de 100 milhões de discos.

            Eis a letra com a tradução:

 

I went to your wedding                               Eu fui para seu                                                                       casamento

 

I went to your wedding                                Eu fui para seu casamento

Although I was dreading                              Embora eu temesse

The thought of losing you                             O pensamento de perder                                                                        você

The organ was playing                                   O órgão estava tocando

My poor heart kept saying                             Meu pobre coração sempre                                                                         dizendo

“Your dream, your dream are through”        “Seus sonhos, seus sonhos                                                                         estão sumindo”

 

She came down the aisle, wearing a smile    Ela veio pelo corredor,                                                                       com um sorriso

A vision of loveliness                                    Uma visão de beleza

I uttered a sigh, whispered goodbye             Eu dei um suspiro,                                                                       murmurei adeus

Goodbye to me happiness                             Adeus para minha                                                                       felicidade

 

Your mother was crying                                Sua mãe estava chorando

Your father was crying                                  Seu pai estava chorando

And I was crying too                                    E eu estava chorando                                                                       também

The teardrops were falling                            As lágrimas estavam caindo

Because we were losing you                         Porque nós estávamos                                                                       perdendo você

 

She came down the aisle, wearing a smile    Ela veio pelo corredor,                                                                        com um sorriso

A vision of loveliness                                    Uma visão de beleza

I uttered a sign, then whispered goodbye     Eu dei um suspiro, então                                                                       murmurei adeus

Goodbye to my happiness                             Adeus para minha                                                                       felicidade

 

Oh, your mother was crying                          Oh, sua mãe estava                                                                       chorando

Your father was crying                                  Seu pai estava chorando

And I was crying too                                    E eu estava chorando                                                                       também

The teardrops were falling                             As lágrimas estavam                                                                       caindo

Because we were losing you                         Porque estávamos                                                                       perdendo você.

 

 

            Agora fico a imaginar, eu no berço e essa música entrando pelos meus pequenos ouvidos, banhando meu cérebro que estava iniciando na percepção das coisas, com esses sentimentos românticos tão melancólicos. Imagino que minhas primeiras lágrimas não tenham sido somente por medo, fome ou frio... imagino que dentro delas já existia esse sentimento de perda da pessoa amada, do respeito pela vontade do outro em ir embora com outra pessoa, do meu conforto sofrido em saber que o meu amor, tão belo, estava feliz ao lado de outra pessoa, que eu estava perdendo o amor dela por mim, mas que o meu amor por ela jamais seria perdido.

            Interessante, como nesta vida tudo parece conectado, presente com o passado construindo o futuro; pessoas as mais diversas que chegam que vão, umas que voltam, outras jamais... no meio se encontra cada pessoa, que para fluir com harmonia nesse paroxismo das formas que chegam ininterruptamente como ondas num mar, ora calmo, ora revolto, deve usar sempre como prancha o amor incondicional  

Publicado por Sióstio de Lapa
em 25/01/2017 às 02h50
 
24/01/2017 03h28
AMOR FECHADO

            Encontrei no site do Recanto das Letras um texto assinado por A. Beringhs com o título acima, que diz procurar por textos e canções, coisas que não sabe dizer ou que não teve coragem, sobre o amor. Logo enviei um comentário da seguinte forma: “Eis uma ótima oportunidade de interação e complementação. Enquanto você tem tanta dúvida quanto o amor, eu tenho tantas certezas; enquanto você precisa tanto aprender, eu preciso tanto ensinar... mesmo sabendo que estamos aqui na Terra funcionando em mão dupla, todos aprendem e ensinam a todos, e o melhor professor é aquele que mais aprende com seu aluno. Convido você a visitar meu diário no endereço neste site do autor Sióstio de Lapa, meu codinome. Muito prazer.

            Fiquei então motivado de responder a pergunta que poderia ter sido feita: o que é o amor?

            O amor é a maior energia que existe no universo, se confunde com a energia do próprio Criador que está sempre criando dentro das características da infinitude, perfeição, beleza, harmonia e integração.

            Nós, como criaturas inteligentes, possuímos a centelha desse amor nas memórias armazenadas nos trilhos dos sentimentos. É nossa responsabilidade a percepção dessa fagulha de amor no nosso psiquismo e desenvolvê-lo dentro dos nossos relacionamentos, quer seja com a Natureza em geral, quer seja dentro da humanidade em particular, principalmente os relacionamentos íntimos.

            Portanto, nutrir essa fagulha do amor divino livre de qualquer tipo de condicionamento, até mesmo o materno que é o mais forte, é a nossa responsabilidade para a evolução espiritual. Foi com esse objetivo de nos ensinar essa forma de amar que Jesus encarnou entre nós: amar incondicionalmente, com liberdade, solidariedade, justiça e inclusividade.

            Devido nosso espírito assexuado está encarnado num corpo biológico sexuado, com objetivos evolutivos materiais de reprodução, devemos aprender a controlar essas forças enormes que surgem do atavismo milenar na forma de instintos. O amor romântico surge para atender as exigências do egoísmo dos instintos de sobrevivência, de reprodução. Elege uma pessoa do sexo oposto, principalmente, com forte energia de afeto que recebe o nome de paixão. Nesse momento a preocupação principal é manter a pessoa pela qual está sentindo a paixão perto de si, de forma exclusiva, o maior espaço de tempo possível. Mesmo que a paixão se atenue, o sentimento de posse permanece. O sentimento de amor pode surgir com naturalidade ou ser mascarado pelo ressentimento da pessoa se sentir preso a outra pessoa por regras culturais protegidas pela lei. O amor incondicional, nesse contexto, não foi alcançado.

            Vamos observar que, se aprendemos sobre o amor incondicional, iremos observar que ele tem como maior rival no campo dos sentimentos, o amor romântico. Enquanto este defende e luta pelo exclusivismo do afeto, pelo ciúme, pela formação de uma família fechada, nuclear, aquele defende a inclusividade do afeto, da liberdade, da formação de uma família aberta, ampliada, universal.

            O estudante do amor incondicional se ver na responsabilidade de dar a liberdade plena ao seu companheiro amado, para ele ir na direção dos seus sentimentos, mesmo que seja por outra pessoa. Deverá passar pelo teste máximo de se sentir feliz por perceber que o seu companheiro (a) está feliz trocando afetos com outra pessoa, no mais profundo nível de intimidade que os dois queiram seguir. Isso implica em quebrar as regras culturais cristalizadas por milênios dentro das diversas comunidades humanas.

            Este é o ponto de confusão afetiva que muitas pessoas apresentam. Aprendem sobre o amor incondicional e estão presos dentro das cadeias do amor romântico. Praticam um amor fechado, exclusivo, e ao mesmo tempo desejam a liberdade, a inclusão de novos afetos. Caso decidam, com honestidade e força de vontade, irão perceber que a prática do amor incondicional é o caminho mais coerente com a verdadeira felicidade, de se sentir bem em qualquer consequência do caminho, sozinho ou acompanhado. Sabe que na vida tudo passa, que companheiros que por acaso decidam ir por outros caminhos deixam sempre uma saudade do amor que fica e sempre permanece, que nem o tempo consegue apagar.

            Esta é a minha contribuição para as dúvidas e medo da autora A. Beringhs. Espero ter contribuído para ensinar algo, e desejo também aprender com algumas de suas sugestões ou de qualquer leitor que esteja nos acompanhando e queira colocar também o seu pensamento, crítica e discernimento lógico.

Publicado por Sióstio de Lapa
em 24/01/2017 às 03h28
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