Sióstio de Lapa
Pensamentos e Sentimentos
Meu Diário
20/07/2014 08h40
INTIMIDADES

            O tema que circula nos nossos pensamentos mais íntimos fica a maioria restrita às intimidades da consciência, onde ninguém tem acesso. É o tipo do iceberg que representa nossa condição racional, apenas 10% desse processamento cognitivo vem a público na forma de palavras ou ações.

            Este trabalho que desenvolvo com este diário tem o objetivo de aumentar um pouco essa porcentagem do que acontece em meus pensamentos. Faz parte do compromisso que firmei com o Pai de publicar tudo que eu consiga organizar de forma coerente para explicar meus comportamentos e tendências, as motivações biológicas, materiais e espirituais que justificam minhas ações como forma educativa para mim e meus irmãos que possam acompanhar a leitura.

            Hoje irei falar sobre essa condição psicológica que domina a minha mente com base num compromisso que assumi com o Pai.

            Vejamos só, no momento que eu escrevia acima “compromisso com o Pai” veio na minha mente que eu devia colocar assim: “pseudo-compromisso com o Pai”. Era uma forma de dizer que eu não tinha certeza que esse compromisso que direciona minhas ações tem alguma coisa a ver com Deus. Esse é o pensamento lógico, científico, materialista e que atende os princípios da Academia de ciência (senso amplo) da qual faço parte. Mas eu voltei no texto e apaguei o “pseudo”. Eu tenho a convicção de que estou movido pela compreensão de ser filho de Deus, de saber que a intenção dEle com a Natureza que Ele criou e na qual se apresenta para nós é que tudo flua com harmonia, incluindo esta nossa capacidade de pensar e fazer a co-criação junto com Ele. Se eu não apagasse o “pseudo” eu estaria anulando na consciência todo esse paradigma de vida que acredito e tento seguir, ou por outro lado sendo hipócrita: pensar uma coisa e falar e fazer outra.

            Agora, nem tudo são flores nesse caminho que o Pai me ofereceu. Tenho o reconhecimento das faltas e defeitos que sou possuidor e também sinto na pele o defeito e falhas das pessoas ao meu redor, principalmente das minhas companheiras, presentes ou passadas, de qualquer natureza, fraterna ou sexual, espiritual ou material.

            Uma dessas consequências é a exigência de viver sozinho, por mais amores ou companheiras de jornada que eu tenha ao lado. Pois sinto que quando estou ao lado exclusivo de uma as outras sofrem; quando estou só no meu apartamento, o efeito do meu distanciamento de cada uma delas fica mais atenuado.

            Isso parece um paradoxo, pois onde eu estou e com quem eu estiver, o meu compromisso comigo mesmo e com o Pai é de distribuir o Amor com o qual Ele me abastece. Isso faz a pessoa ao meu lado feliz, mas as outras que estão distante, sabendo que isso acontece, ficam tristes. Aí é que está o aparente paradoxo, pois se o Amor real prevalecesse no coração, o sentimento era de alegria quando se soubesse que o nosso ser amado estava feliz, amando e sendo amado ao lado de outra pessoa. Eu sei que já atingi esse nível, de saber que a minha pessoa amada está feliz ao lado de outra pessoa e me sentir feliz com isso também, mesmo que ela não volte ao meu lado em outra ocasião, se isso for o desejo deles.

            Também sei que a evolução que ocorre com o tempo atinge todas as pessoas, e que o Amor sendo a energia mais importante que rege o universo vai chegar o dia em que todos estão sintonizados com ela que circulará livremente sem preconceitos ou sentimentos egoístas de exclusividade por todos os corações.

            Nesta última semana fiquei surpreendido com uma fala de E. Ela sempre mostrou muita dificuldade na forma de meu companheirismo, mas atualmente conseguiu uma boa adaptação ao meu lado, nas minhas caminhadas. Ela disse que não pensava encontrar um companheiro para “chafurdar” sexualmente, e sim em alguém que pudesse compartilhar a vida nos momentos que fossem apropriados, em cinemas, teatros, restaurantes, viagens, inclusive que pudesse ser incorporado aos seus atuais companheiros. Perfeito! Quando ela estiver ao lado dessa pessoa, sendo feliz com ela, mesmo distante de nós, todos nos sentiremos felizes por eles. Assim será construído mais um elo dessa família ampliada que tende a ficar cada vez maior em direção a família universal, ao Reino de Deus.

            É isso que eu gostaria de sentir, que minhas atuais companheiras estão realmente felizes quando sabem que eu estou longe, ao lado de outra companheira permutando o Amor que seja possível na ocasião. Que fiquem muito mais felizes sabendo que eu estou trocando Amor com outra pessoa em algum lugar, do que preso sozinho dentro de um apartamento. Mas reconheço que todas fazem o seu devido esforço para chegar a essa perfeição e que devo ter paciência para esperar o momento de cada uma, como parece estar chegando para E. Tenho a certeza da vigilância do Pai que sonda diariamente o meu coração, sabe das minhas falhas e deficiências, mas confia nas minhas intenções e oferece a cada dia a beleza da Natureza ao meu redor e lições excepcionais que chegam à minha consciência das mais diversas fontes.

Publicado por Sióstio de Lapa
em 20/07/2014 às 08h40
 
19/07/2014 00h01
FOCO DE LUZ (12)

            Foi realizada no dia 17-07-14 mais uma reunião do Projeto Foco de Luz / AMA-PM, as 19h, no Clube Pâmpano, na Praia do Meio, com a presença das seguintes pessoas: Edinólia, Cíntia, Adriana, Radha, Francisco, Nivaldo, Paulo, Bárbara, Ana Paula, Davi e Clóvis.

            Oscar não pôde comparecer mais uma vez, por problemas pessoais, e o projeto do torneio de futebol para as crianças não foi discutido. Davi teve que sair antecipadamente e o projeto da escolinha de futebol também não foi apresentado.

            Paulo e Clóvis trouxeram o modelo de um documento para a ocupação comunitária do quiosque em frente ao artesanato. Essa ação deverá ser realizada com cuidado especial em virtude do pessoal que está ocupando o espaço angariar dinheiro com as ações que realizam tendo como base aquela estrutura. A ideia é fazer a recuperação física do quiosque, inclusive aproveitando quem está ocupando ele no momento, e oferecer serviço comunitário aos turistas e nativos que frequentam a praia, como lazer ou esporte. Pode ser distribuído folhetos informativos sobre a praia, verificação de pressão arterial, com peso e altura, pré e pós-exercício, venda de lanche rápido. Ficou acertado que na próxima terça feira nos reuniremos no Departamento de Medicina Clínica para elaborar esse documento e recolher assinatura dos comerciantes da área.

            Ana Paula apresentou uma listagem de 26 jovens interessados no curso de xadrez. Foi feito ligação telefônica com Letiene no momento e ficou combinado que todos os jovens seriam convidados para comparecer no Pâmpano na próxima quinta feira, as 19 horas, para ser organizados os grupos, horários e locais para ser iniciado o curso. Fiquei de entrar em contato com Tiago Felipe e o convidar para essa atividade, já que ele demonstrou interesse pelas atividades em tabuleiro.

            Davi ficou de entrar em contato com a presidência do Pâmpano e convidar para uma reunião da AMA-PM com o objetivo de apresentarmos nossas respectivas agremiações e a possibilidade de fazermos uma parceria de ações.

            Durante a discussão desses diversos encaminhamentos, foi colocada a preocupação com o trabalho que estamos fazendo na comunidade e que se aproxima cada vez mais da fonte do mal, da ignorância, da violência. Temos a consciência que fomos chamados por Deus para compor este trabalho, na condição de soldados das forças do bem, sob o comando de Jesus, para levar a luz da Verdade, do Amor Incondicional a todos. Sabemos do perigo que estamos correndo devido a essa proximidade com o mal, apesar do apoio que recebemos do Pai e de todos os recursos que Ele coloca ao nosso alcance. Mesmo assim, sentimos a dificuldade de realizar o trabalho, falta inteligência e sabedoria de como agir, como caminhar, por esses caminhos tortuosos; falta coragem, persistência e determinação na realização daquilo que discutimos e consideramos importante realizar; faltam recursos materiais para confrontar com os recursos materiais que o mal tem a oferecer, principalmente no tráfico de drogas e na prostituição. O que temos de positivo é a convicção de que fomos chamados por Deus para realizar este trabalho, e da mesma forma que Jesus trabalhou com os apóstolos, com tantas pessoas cheias de defeitos para fazer a vontade do Pai, nós também poderemos fazer isso apesar de nossos inúmeros defeitos. Basta que tenhamos consciência desses nossos defeitos e que procuremos corrigi-los com rigor a todo momento num processo de reforma íntima; que sejamos tolerantes com os defeitos e falhas dos nossos companheiros, pois cada um é peça importante, colocada com Deus em Sua seara, que hoje está transformada em campo de batalha entre o bem e o mal.

Publicado por Sióstio de Lapa
em 19/07/2014 às 00h01
 
18/07/2014 00h01
LIÇÕES BÁSICAS SOBRE O AMOR

            É desejo de todos terem as condições de dirigir as suas próprias vidas. Eu também sou assim, não me excluo. Acredito que a única maneira de fazer isso de forma saudável é desenvolvendo o Amor, primeiro por mim mesmo como a base, como os fundamentos estruturais da consciência. Aceito como verdade inconteste a principal lição que Jesus nos deixou: “Ama a Deus acima de todas as coisas e ao próximo como a ti mesmo.” Este é o meu fundamento básico, o alicerce sobre o qual está construído o paradigma de minha vida.

            Não é preciso nenhum esforço transcendental para que eu acredite em Deus, eu O percebo em toda expressão da Natureza, incluindo a mim mesmo e ao próximo. Aprendi que Sua essência é o próprio Amor, que fui criado por Ele com essa essência dentro do coração.

Inicialmente devo ter o foco do meu amor sobre mim mesmo e depois de sentir dessa forma eu posso olhar para a Natureza, para o próximo e distribuir esse Amor que começa a jorrar de dentro de mim. Este é um momento de especial atenção, pois não posso permanecer com o foco do Amor que estou aprendendo a usar dirigido exclusivamente para mim, de forma narcisista. Depois que eu senti o meu amor por mim mesmo, com minhas falhas e defeitos, eu posso direcionar para o meu ambiente. É um Amor gerado internamente que agora adquiriu maturidade para se expor externamente. Vou entender que tudo que encontro pela frente é criação de Deus e ao mesmo tempo a Sua presença manifestada no mundo físico. Vou entender que o meu próximo é uma pessoa com as mesmas necessidades básicas que eu tenho, que devem ser satisfeitas da mesma forma que eu tenho essa necessidade. É nesse ponto que devo aplicar a lição de Jesus, não devo fazer com ele, com o próximo, o que não desejaria que ele fizesse comigo, ou de forma afirmativa, devo fazer ao próximo o que eu gostaria que ele fizesse comigo.

Essa é a maior lição que tenho de aprender dentro dos relacionamentos, principalmente os relacionamentos parentais e os íntimos. Existe uma tendência em querermos a reciprocidade e exclusividade do Amor da pessoa que amamos. Isso joga sobre essa pessoa um limite que tolhe a expressão dos seus sentimentos. Mesmo que no início isso não seja importante, nem constrangedor, até mesmo um pouco “romântico”, com o tempo essa exigência de reciprocidade e principalmente a exclusividade do Amor se torna inconveniente e se desenvolve para a intolerância e muitas vezes com um rompimento fatal.

Eu estou agora nesta etapa do meu aprendizado, neste planeta de provas e expiações, que serve para serem repetidas as experiências que foram conduzidas de forma errada. É uma espécie de escola primária onde o Mestre deu-me a principal lição e eu não consigo compreender na sua essência nem a praticar em sua pureza. Sempre estou contaminando o Amor com meus interesses subalternos, materiais, individualistas, em detrimento do próximo que sofre os efeitos de minhas ações, por mais que eu me esforce para corrigir essa falha.

Acredito que mesmo assim, eu tenha dado um salto de qualidade ao perceber a natureza essencial do Amor e evitar que Ele se contamine tanto com meus interesses materiais. Sinto que agora estou no processo de aperfeiçoamento da aplicação dessa lição, estudando os diversos relacionamentos em que estou inserido.

Dois aspectos básicos desses relacionamentos eu tenho que observar para não me desviar da essência do Amor.

Primeiro é com relação ao Amor que recebo, devo avaliar com justiça aquilo que me oferecem para não ser abusivo, não receber nada que eu perceba irá prejudicar o outro, sentir os seus desejos e expressões de suas vontades, para verificar se algo que é dado ou feito para mim está sendo motivo de constrangimento de qualquer espécie. Se isso for observado, de imediato eu deverei evitar receber esse serviço ou carinho dessa pessoa, pois estaria assim violando a consciência e a liberdade de quem assim o faz, que só deve fazer algo por alguém se sentir-se bem com isso em todos os ângulos.

Em segundo lugar, é com relação ao Amor que distribuo. Não posso avaliar em profundidade a legítima necessidade do bem que eu posso oferecer. Quando percebo que a pessoa tem determinada necessidade, procuro fazer o possível para atender. Isso leva a necessidade que eu tenho de aumentar o meu ritmo de trabalho, me expor regularmente nas estradas, ocupar muito tempo do lazer com serviços extras, tudo isso para conquistar o recurso financeiro para atender as diversas necessidades das pessoas que amo. Acredito que todas elas tenham o mesmo cuidado por mim, como eu tenho por elas, de não exigir nada motivado por sentimentos rasteiros de orgulho, vaidade, ou mesmo de raiva ou ressentimento.

São essas as lições básicas do Amor que muito antes de ensinar eu estou aprendendo. Confesso que o meu raciocínio é importante, mas o meu coração é quem identifica onde existe a sujeira do egoísmo a contaminar as necessidades tanto minhas como as do próximo. A partir daí é onde eu devo tomar posições racionais para corrigir a doação ou recepção do Amor.

Continuo aprendendo...

Publicado por Sióstio de Lapa
em 18/07/2014 às 00h01
 
17/07/2014 00h01
QUEM É MINHA MÃE?

            Poucos perceberam, mas Jesus deu um golpe contundente na família nuclear. Poucos ainda têm ouvidos para ouvir as diversas lições que Jesus deu na sua época e que foram reproduzidas ao longo do tempo pelos diversos discípulos de todos os níveis e orientações religiosas.

            É Mateus quem assim relata essa ocorrência: “Jesus falava ainda a multidão, quando veio sua mãe e seus irmãos e esperavam do lado de fora a ocasião de lhe falar. Disse-lhe alguém: “Tua mãe e teus irmãos estão aí fora, e querem falar-te.” Jesus respondeu-lhe: “Quem é minha mãe e quem são meus irmãos?” E apontando com a mão para os seus discípulos, acrescentou: “Eis aqui minha mãe e meus irmãos. Todo aquele que faz a vontade de meu Pai que está nos céus, esse é meu irmão, minha irmã e minha mãe.”  

            Jesus não podia ser mais claro do que foi com essa lição. Ele mostrava que o importante não era a filiação biológica e sim a filiação espiritual, divina. Nós, enquanto filhos de Deus, devemos obediência em primeiro lugar a Ele. Os pais biológicos merecem nosso respeito, mas nossa obediência deve ser a Deus em primeiro lugar e a quem procura obedecê-lo. E a essência de Deus é o Amor Incondicional que permeia todo o Universo.

            A família nuclear com sua parentela biológica está alicerçada no amor romântico, nos instintos biológicos que visam a preservação da vida individual e a continuidade da espécie ao longo do tempo. Por esse motivo, por esses instintos terem o objetivo principal de garantir a integridade biológica do indivíduo, eles são carregados de egoísmo, isso é, de ações que consideram em primeiríssimo plano seus interesses biológicos, de sobrevivência pessoal. Isso é o que acontece no reino animal, com todas as espécies. Todos indivíduos lutam para se preservar  no tempo, com a reprodução dos seus gens, da melhor forma e competência possível. Jesus não veio para referendar esse tipo de amor animal que toda espécie pratica. Ele veio para ensinar que acima desse amor mundano existe o Amor Divino, associado à existência do Pai e que com Ele se confunde. Foi isso que Ele quis dizer quando se referiu a Maria, e Maria não ficou nem um pouco sentida por essas palavras, pois sabia que Jesus tinha razão, e que esta era uma lição que Ele precisava deixar para os seus discípulos. Maria também sabia que Jesus a considerava também como mãe no plano espiritual, pois ela aceitou fazer a vontade do Pai quando ficou grávida dEle.

            Agora, essa lição de Jesus não é aproveitada pela imensa maioria das pessoas, mesmo aquelas que conhecem Jesus, estudam as suas lições e dizem que praticam o Amor. O que observamos é uma sociedade estruturada na família nuclear e que gera tanto desnível social, com a miséria dos dois lados, dos indigentes e dos bilionários.

            Conheço pessoas que praticam uma rotina constante dentro da igreja, cumprem seus rituais com rigor, fazem orações a cada momento do dia, mesmo assim não conseguem aplicar o Amor Incondicional, principal lição que o Mestre deixou. Praticam o contrário, em nome do Amor, praticam o egoísmo, intolerância, maledicência...e não notam!

Publicado por Sióstio de Lapa
em 17/07/2014 às 00h01
 
16/07/2014 00h01
INCREDULIDADE

            No campo da fé eu me deparei muitas vezes com a incredulidade, amparada na dúvida do transcendental, daquilo que poderia existir sem que meus sentidos físicos percebessem. Passei muito tempo nesse processo de incredulidade, apesar de frequentar diversas igrejas e de ler diversos livros sagrados. Quem me salvou das garras da incredulidade e fez-me reconhecer a filiação divina, com um Pai amoroso e sempre presente, foi o meu raciocínio lógico, coerente, associado a humildade de que eu não poderia conhecer tudo da vida. A Verdade que eu poderia alcançar estaria limitada ao potencial da minha inteligência e que ela, e tudo que eu sou, deveria ter sido obra de “alguém”, e que por ignorância de Sua essência verdadeira, tive que aceitar os conceitos mais coerentes que chegavam às minhas mãos.

            Hoje me considero uma pessoa de fé, acredito no mundo transcendental e que ele tem uma maior preponderância sobre o mundo físico que funciona como uma escola ou hospital para o aprimoramento da nossa alma. Reconheço como Verdade as lições do Mestre Jesus e o considero como meu superior hierárquico, o comandante supremo à nível de Sistema Solar, na luta da luz da Verdade para vencer as trevas da Ignorância.

            Dentro desse contexto eu me deparo constantemente com pessoas incrédulas, da mesma forma que eu fui no passado, e o sentimento que me vem ao coração é o de compaixão. De forma comparativa ao passado eu me sinto bem mais adaptado à vida, com um compromisso importante a realizar no campo físico, dos relacionamentos, mas de ordem transcendental, da vontade do próprio Deus. Diminuiu o meu apego pelas coisas materiais que considero apenas como instrumentos para o implemento das minhas ações. Aumento a minha responsabilidade com o mundo espiritual e dentro do qual eu percebo toda a hierarquia superior frente ao mundo material. Então, quando eu me relaciono com pessoas incrédulas, não deixo de sentir, sem falsa modéstia, um patamar diferente de relacionamento com a vida. É como se aquela pessoa estivesse fixa a um patamar inferior, como se estivesse amarrada por ferros do orgulho e preconceito que não a deixa ver a lógica e coerência que me libertou.

            Mas essas pessoas também usam da lógica e coerência para dirigirem suas ações, então por que não consideram uma paternidade superior que está além de suas compreensões? Esta verdade para mim é tão clara, que só posso considerar essa hipótese: da pessoa está presa ao orgulho dos conhecimentos que adquiriu até o momento atual, e que podem de ser de alta relevância acadêmica. Porém isso pode reforçar o poder dos preconceitos contra tudo que não pode ser mensurado por nossos sentidos físicos ou aparelhagens sofisticadas.  

             Jesus criticava as cidades incrédulas chegando até a dizer que elas seriam atiradas no inferno, pior do que Sodoma. Ele criticava a incredulidade sobre a mensagem do Amor, da paternidade divina, do Reino de Deus, que trazia para a Terra. Sei que Ele foi muito duro com essa reação, mas Seu objetivo era quebrar justamente essas cadeias do orgulho e preconceito que impedem do homem se adaptar à vida como ela é, e não permanecer fixado em valores materiais, que são transformados constante e inevitavelmente pela ação do tempo, inclusive os nossos corpos biológicos.

            Portanto, dentro da Verdade que reconheço, peço ao Pai compaixão para todos nós que podemos estar “viajando” por falsas verdades e presos por forças que não consideramos.

Publicado por Sióstio de Lapa
em 16/07/2014 às 00h01
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