Sei que já estou inserido nas forças do bem, me sinto como um soldado engajado na Nova Ordem sob a orientação de Jesus. Sei também que ainda não sou um bom soldado, sei da disciplina que devo seguir, mas a força da carne e a fraqueza do espírito conspiram contra minha vontade. Mas sei que o mestre, meu comandante, é sábio em considerações, julgamentos e orientações. Sei que Ele percebe minhas intenções e sabe das minhas principais fraquezas. Sabe que ainda não tenho uma comunicação regular com Ele através da oração, como Ele instrui com veemência, devido a essas fraquezas que ainda não venci. Mas Ele reconhece o meu principal dom que é a inteligência associada ao senso de justiça e coerência com a verdade. Então, percebo que Ele aproveita diversas oportunidades para colocar instruções ao meu alcance, sabe que ao ler irei fazer as conexões que é esperado, tanto pela lógica quanto pela sintonia do que se é ensinado. Foi assim que tive contado com a literatura católica, depois com a visão evangélica, em seguida com a espírita e no momento com a Nova Ordem de Jesus. Instrui assim a minha inteligência e isso fortifica cada vez mais o meu espírito. Sei com uma clareza cada vez maior o que devo fazer, qual o caminho a seguir e também as dificuldades que irei enfrentar. Chega a ser tão explícito o que Jesus coloca ao meu alcance como roteiro para seguir no caminho, com o pensamento filosófico e ações práticas a ser realizados, que vejam só o título do livro que Ele enviou no momento que minha preocupação era como fazer esse trabalho espiritual dentro da Nova Ordem que Ele instalou enquanto espírito, no nosso mundo material: No roteiro de Jesus.! Nesse livro é colocado na forma de contos e divididos em 4 partes: temas ligados ao início da vida de Jesus na terra (1); Jesus agindo no ensino, cura, exemplos e conforto (2); fatos vivenciados pelo Cristo no final de sua vida na Terra (3); e Jesus agindo após a sua volta ao mundo espiritual (4). Tudo fica tão claro a partir de lições que Ele deixa com os Apóstolos há 2000 anos e que agora com o recurso de novas tecnologias podemos ampliar bastante o raio dessas ações e assim instruir novos candidatos ao apostolado cristão como eu e tantos outros.
Da mesma forma que faz com textos apropriados ao cumprimento de nossa missão, também favorece a aproximação com pessoas que podem colaborar com o projeto em diversos campos, intelectual, afetivo, político e serviços.
O cardeal Carlo Maria Martini fazia a seguinte pergunta e rogativas: E nós, Senhor? Não tememos dizer-te que nos encontramos agora, como teus primeiros discípulos. A nossa fé é companheira da parca disponibilidade, da rigidez do coração, da dureza, da incapacidade de te compreender. Repreende-nos, Senhor, para que o nosso coração possa acolher-te! Faze com que não nos amedrontemos da nossa dureza de coração, possamos colher os sinais de tua presença.
Tenho a mesma dificuldade do Cardeal. Tenho consciência do mundo espiritual, sei que minha pátria real é no mundo espiritual, que estou aqui fazendo uma espécie de curso de aperfeiçoamento para ao retornar conquistar melhor espaço vibracional. Sei que o Mestre Jesus veio a mando do Pai nos passar as devidas orientações para conquistar os atributos necessários de transformação, evolução e reforma intima.
A disponibilidade que possuo ainda está majoritariamente voltada para o mundo material, com o trabalho, com o lazer, com a alimentação do corpo; sinto meu coração rígido quando a caridade me visita na forma de pedintes na rua e nos semáforos e eu, por mais que tenha a vontade de ser solidário, a interpreto com medo de estar sendo ludibriado; a minha inteligência é insuficiente para a compreensão do Criador...
Faço a mesma rogativa do cardeal a Deus: que Ele amoleça o meu coração, que eu encontre mais disponibilidade de tempo para realizar as coisas do espírito, e principalmente, que eu possa reconhecer os sinais de Sua presença.
Apesar de tudo isso, reconheço também a magnitude da compaixão de Deus para com ser ainda tão imperfeito. Usa a minha fé ainda incipiente para enviar mensagens instrutivas por todos os meios e assim eu possa corrigir rotas e com a percepção dessa realidade eu possa aumentar gradativamente a minha pouca fé.
Aproveito a oportunidade para fazer mais uma rogativa ao Pai, que me dê sabedoria para que eu possa distinguir os seus sinais, diferenciar o certo do errado e força para continuar a caminhar pela porta estreita.
Anselm Grün defendia que: O Reino de Deus significa que: Deus governa o mundo e também a mim. Quando Deus governa, então o ser humano é verdadeiramente livre, surge então paz e harmonia na terra. O Reino de Deus deve vir através de nós. Jesus explica esse pedido do Pai-Nosso pela imagem do sal da terra e da luz do mundo. A medida que formos, por meio do nosso comportamento conciliador e reconciliado, luz neste mundo, o Reino de Deus chega ao mundo através de nós.
Concordo com o que ele fala. O Reino de Deus deve ter na liderança o próprio Deus, é o dirigente maior, o próprio Rei, capaz de governar o mundo e aos indivíduos. Mas a exteriorização de Deus deverá ser feita por nós, somos nós que devemos viabilizar esse Reino. E Jesus dar uma orientação fundamental para isso acontecer, o primeiro passo: ter um comportamento conciliador e também ser reconciliado para assim se tornar o sal da terra e a luz do mundo. Existem muitas oportunidades de exercitarmos a reconciliação, principalmente nos relacionamentos, dentre estes o mais central, o relacionamento afetivo.
Os afetos sofrem mudança com o passar do tempo, a vida traz novas oportunidades do amor ser expandido em todas as direções, inclusive no ato sexual com outras pessoas. Isso quebra a exclusividade que o amor romântico procura manter ao longo da vida. Esse conflito, expandir o amor ou mantê-lo exclusivo a uma só pessoa, exige uma reconciliação com todos os envolvidos e que imaginam ficar prejudicados com essa expansão do amor. O sentido de amizade e fraternidade deve constituir a base de onde surgirá essa capacidade de conciliação com justiça aos interesses de todos. Atingindo essa conciliação, entramos assim na condição de formar relacionamentos onde o amor não seja impedido de expandir e assim começaremos a construção do Reino de Deus.
Ao ler sobre a vida de Jesus e dos seus apóstolos e comparo com as exigências modernas, vejo algumas dificuldades. Primeiro, a presença do Mestre. Sabemos que o ensino presencial é sempre superior ao ensino à distância. Naquela época Jesus assumiu um corpo de carne e na condição humana dava as suas aulas presenciais. Acredito ser assim mais fácil ouvir, acreditar, seguir as lições na correção dos defeitos internos e divulgar para outros o sentido e objetivo dessas lições.
Hoje, o Mestre continua entre nós, na condição de espírito tem a preocupação da aplicação e divulgação de sua mensagem entre a massa humana para que aconteça a transformação evolutiva do homem animal em direção a condição angelical e da sociedade egoísta em direção ao Reino dos Céus. Mas para acolher sua mensagem temos que ter a fé nas suas palavras e também na sua existência, já que nossos olhos materiais não o conseguem visualizar como antes fazia. A divulgação da mensagem de nossa parte também perde força, pois as pessoas tem que acreditar na nossa fé, no conteúdo do que é ensinado, fazendo a crítica se o Mestre que referimos realmente existe ou é fruto da nossa imaginação.
Ontem experimentei essa situação. Fiz uma reunião com o objetivo de falar da NOVA ORDEM DE JESUS na casa de um amigo/irmão, profundamente conhecedor do mundo espiritual e de uma fé especial. Reconheceu a importância do que Jesus deseja fazer com a nossa ajuda e colocou, ele e sua esposa, sua casa à nossa disposição com essa finalidade. Sentíamos, nós dois, na condição de apóstolos do Cristo procurando fazer o trabalho que o Mestre espera de nós. Mas, esse salto de discípulo para apóstolo é um tanto complicado. Temos nossas responsabilidades materiais que devem ser respeitadas, pois estão também incluídas nos princípios espirituais. O discípulo apreende as lições e procura colocar em prática para corrigir distorções na sua vida. O apóstolo já assimilou as lições básicas e estar preparado para divulgá-las, assim como o Mestre faz e corrigir as distorções coletivas.
Na reunião me senti inspirado, coloquei as palavras que Jesus esperava que eu dissesse. Acontece que eu não me vejo, não me sinto como um apóstolo... apesar de querer! Também não sinto o impacto positivo das minhas palavras em quem me ouve, como Jesus faria em meu lugar. As pessoas parecem não dar a importância que merece ao mundo espiritual, parece que ficam mais curiosos com o meu comportamento de que com o fato de Jesus estar aqui próximo da gente e organizando diretamente este trabalho da NOVA ORDEM. Uma das pessoas saiu logo da sala explicando que tinha deixado um trabalho em outra casa. A dona da casa saiu da roda de discussão para fumar o seu cigarro longe de nós. Meus irmãos ficaram com ar surpreso e pediram tempo para avaliar essa proposta de servir a Jesus. Enfim, acredito que comecei alguma coisa em nome de Jesus, mas é algo tão frágil quanto frágil está sendo o sistema de divulgação associado ao materialismo e ignorância da grande maioria. Isso mostra a veracidade da preocupação do mestre com este esclarecimento massivo. Mesmo não me sentindo tão eficaz nessa tarefa, mas persistirei.
Hoje é dia de Nossa Senhora da Apresentação, padroeira de Natal-RN. Sua história baseia-se na tradição oral que na manhã do dia 21 de novembro de 1753, pescadores encontraram na margem direita do Rio Potengi, na confrontação da Igreja do Rosário, um caixote que estava encalhado numa pedra. Quando o abriram encontraram uma imagem da mãe de Jesus com um menino no colo. Tinha uma mão estendida, aparentando sustentar alguma coisa que logo foi deduzido ser um rosário. Como o dia 21 de novembro, no calendário litúrgico da Igreja Católica se festeja o dia da apresentação da mãe de Jesus no Templo, foi dado à imagem o nome de Nossa Senhora da Apresentação.
Os pais de Maria, os nazarenos Joaquim e Ana, já eram idosos quando ela nasceu. Joaquim pertencia a família real de Davi e fora censurado pelo sacerdote Rúben por não ter filhos, caso difícil de resolver, pois sua esposa já era idosa e estéril. Mas Joaquim confiava no poder divino e retirou-se para o deserto para orar e meditar. Um anjo do Senhor lhe apareceu e disse que Deus ouviu suas preces. Tempo depois Ana ficou grávida de Maria. Pensando que daria à luz um menino, fez voto de doá-lo e consagrá-lo ao Templo, porque somente os homens serviam aos santuários. O pai faleceu antes do nascimento da filha, mas cumprindo a promessa, aos três anos de idade sua mãe levou-a para os guardiões do Templo de Jerusalém, para decidirem sobre o destino da menina que, pelo voto da mãe, deveria ser Consagrada e Apresentada a Deus. os guardiões do Templo de Jerusalém aceitaram os argumentos da mãe e designaram Zacarias, esposo da sua tia, Elizabete, irmã da mãe dela, para tutelá-la.
O sentido da apresentação no Templo é fazer desde cedo a ocupação da pessoa com as coisas do Pai. Assim foi com a apresentação de Jesus cujo ideal foi sempre o de cumprir a vontade do Pai, como João deixou registrado (4,34): “O meu alimento é fazer a vontade dAquele que me enviou e cumprir a sua obra.”
Hoje comemoramos a apresentação de Maria no Templo, pois como mulher atropelou os preconceitos dogmáticos da religiosidade e abriu uma exceção necessária, já que sua missão era receber e abrigar em seu útero a materialização do espírito mais perfeito que já habitou na terra. A data lembra que nos dias atuais essa mesma apresentação pode ser feita por nós ao Senhor da Criação, usando o Templo de carne que ele nos proporciona na experiência material e confirmar com plena capacidade racional e fé inquebrantável nossa vontade de cumprir a Sua vontade, seguindo as lições do Mestre Jesus, já autorizado, comprovado e sempre presente.
Tenho uma reunião marcada logo mais às 20 horas, para junto com meus irmãos espirituais e devidamente instalados em nossos Templos corporais, apresentar nossas convicções de servir ao Pai. Sei que será um momento sublime, como tantos outros que a providência divina nos dará oportunidade de participar.