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AS BASES DOS NOVOS RELACIONAMENTOS
Com a evolução da ciência, da tecnologia, da própria sociedade, temos observado uma tendência para nova base nos relacionamentos humanos. Considerando os relacionamentos humanos saudáveis, onde a preocupação principal é com a harmonia do relacionamento, vamos observar nos sexos opostos os seguintes comportamentos. O ideal no relacionamento para as pessoas de sexos opostos é que eles tenham as seguintes características: amigos, amantes, companheiros, cônjuges. Seguindo nessa mesma ordem, vamos discriminar cada uma delas.
Amizade é a condição básica do relacionamento constante. Não é necessário que haja o apelo sexual, ou pelo menos o ato sexual. Pode até ser que exista o desejo sexual pela pessoa, porém os aspectos sociais e psicológicos de ambos é que irão determinar a conveniência ou não da realização de atos mais íntimos.
Amante é quando os desejos de ambas as pessoas que se envolvem e as circunstâncias sociais e psicológicas permitem a aproximação suficiente para atos de intimidade, de sexualidade, sem qualquer tipo de implicação em comportamentos futuros ou compromissos assumidos em função disso. É uma atividade que busca maximizar o prazer do relacionamento sem implicar em qualquer tipo de cobrança de ambas as partes, a não ser o compromisso de ser procurada a harmonia do relacionamento baseado na verdade das condições de vida e expectativas de cada um. Que cada um dentro do relacionamento tenha a oportunidade do crescimento tanto material quanto psicológico e espiritual e que isso seja um termômetro da saúde do relacionamento.
Companheirismo é aquele relacionamento no qual melhor se harmoniza a vida no cotidiano. É prescindível que seja esposa ou até mesmo amante. Claro que a condição de amante deixa a vida com mais qualidade, porém a sua ausência não inviabiliza a condição do companheirismo. O que é imprescindível é a condição de amiga, pois é a base saudável para qualquer tipo de relacionamento humano mais prolongado, principalmente o companheirismo.
Conjugal é, paradoxalmente, de todos os tipos de relacionamentos o mais frágil. Tem a vantagem apenas de harmonizar o relacionamento dentro de um padrão social tradicional, e, conseqüentemente ser capacitado para conseguir alguns benefícios sociais, previdenciários. Isso também pode ter alguma repercussão psicológica para o bem estar pessoal de acordo com o nível psicológico de cada um. A tendência é que o modo de ver e de sentir, nenhuma diferença traga em ter ou não esse título de esposa ou esposo. Não altera o nível de amizade, de amante ou de companheirismo. Pode ser mantido como estratégia para ter a opção dos benefícios sociais ou simplesmente para satisfazer o outro que porventura dá grande valor a ele. Mas de nenhum modo tem a força de fazer cobranças de “fidelidade conjugal” que o termo implica, o que deixaria o relacionamento funcionando com base em vigilância policial da liberdade do outro, na forma de ciúmes, mesmo que seja a nível psicológico. O que deve constituir os limites de qualquer tipo de relacionamento são seus princípios morais obedecendo a Lei Maior: amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo.
Fico à disposição para esclarecer alguns pontos de interesse para o leitor que o espaço não deu para aprofundar.
(criado em 17-03-11)
Sióstio de Lapa
Enviado por Sióstio de Lapa em 27/12/2011
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Imagem de cabeçalho: Sergiu Bacioiu/flickr