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AMOR CONTIDO
Não sabes e eu nunca mais te direi
O quanto eu sinto de tumulto cá no peito
Quando te vejo... teu sorriso... tua voz
Quando aspiro o teu perfume embriagante

Não, não posso mais falar, hei de calar
Calar pra sempre essa frase que insiste: eu te amo!
Afogar esse desejo, essa ânsia obsessiva por você
E se doer, que doa em dor surda, surda-muda

Não deves perceber nem mesmo um pouco
Esse desejo agigantado que se hospeda aqui dentro
Que sua força constritora, que consome, aperta e range
Se tiver que torturar, a mim que seja

Para todo mundo que me vê, eu sou sorrisos
A ninguém eu dou aviso da tortura que sou vítima
Mesmo que só, eu banhado fique em lágrimas
E implore ao Criador que de mim tenha clemência

E sonho que contigo estou juntinho e nos beijamos
Mergulhamos no oceano de carícias, de juras, de afagos
Que seu corpo junto ao meu aplaca a ânsia do gigante
E minha alma harmonizada com a tua vibra em luz

O meu anjo protetor que a tudo isso assiste
Intercede por mim: Oh! Pai, diz ele
Alivia esse sofrer, veja só seus belos sonhos
É um sinal que merece do Divino a complacência

O Pai que usa sempre em tudo a justiça
Diz não ser justo apagar da minha mente esse gigante
Que foi criado e nutrido pelo meu livre arbítrio
Mas que leu a minha alma e que mereço o que se pede

Assim encheu meu coração de puro amor
E de prazer fico repleto quando a todos distribuo
E principalmente quando é ela o meu alvo preferido
Fico em êxtase, sou brilhante, sou um astro em fulgor.

produzida em 21-06-06)
Sióstio de Lapa
Enviado por Sióstio de Lapa em 29/12/2011
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Imagem de cabeçalho: Sergiu Bacioiu/flickr