ALVORADA DOS SONHOS
Antes era o sol que me acordava
Envolvendo minha pele com seus raios
Acompanhava o astro-rei todo um séquito
Passarinhos, borboletas bailarinas.
O perfume das rosas se abrindo
E cavalgando na brisa matinal
traziam a paz, prazer, aventurança
Era feliz, vivia os meus sonhos.
Porém o mal, eterno traiçoeiro
Me espreitava, prestes a atacar
Se não a mim, protegido pelo amor
Mas a quem amo e de mim não tem mais fé.
Hoje rompido, estraçalhado, esmigalhado
Agonizante, bate em dor meu coração
Ao perceber, transformada em pura fera
Aquela mesma geratriz dos meus encantos.
Minha alvorada agora é diferente
Quam me acorda são as sombras tenebrosas
Acompanhadas do medo arrepiante
Que a insônia desperta antecipada.
Fico à frente da roda do destino
A esperar de novo vir o sol
E com seus raios delicados, milagrosos
Me conserte o coração que tanto ama!
(publicada em jan/fev de 2002 no Jornal Café Literário, nº 1)
Sióstio de Lapa
Enviado por Sióstio de Lapa em 03/01/2012
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