PAULO E FRANCISCO
As coincidências do mundo quando olhadas com a lupa do racional e dos conhecimentos adquiridos, passam por uma nova tonalidade.
Francisco e Paulo nunca se tinham visto. Francisco nascera no Nordeste brasileiro, Paulo no Sudeste, também brasileiro. Ambos prestaram o serviço militar, ambos se especializaram nos conhecimentos da mente. Ambos se capacitaram como professores e ambos se tornaram discípulos do Mestre Jesus, até se sentiram convocados para assumirem um apostolado moderno. Aceitaram o Cristo agora na condição de espírito, com base no território brasileiro, que convocava a todos para transmitir o conhecimento do mundo espiritual, do conteúdo do projeto de vida de cada pessoa, e do canal de comunicação aberto através da oração, direto com Ele ou com as forças do Bem.
Paulo era de caráter pragmático, recebia as ordens do Mestre e logo estava colocando em prática de forma organizada, metódica, comunicativa, integrativa.
Francisco era mais introspectivo, reconhecia com profundidade as verdades que o Mestre ensinava e procurava aplicar inicialmente em sua própria vida. Mesmo que isso fosse de encontro à cultura local, aos preconceitos vigentes, ele agia com a coerência que o Mestre esperava.
Logo que eles receberam a convocação do Mestre, Francisco arquitetou a melhor estratégia do cumprimento; Paulo ofereceu sua casa como a base dos estudos e cumprimento da missão.
Francisco colocou seu plano, deveriam usar todas as lições que tão bem já conheciam e fazer a aplicação prática com elas. Deveriam seguir a estratégia de Jesus de Nazaré e de Francisco de Assis, dispersar-se com os demais companheiros 2 a 2 pela comunidade e levar as instruções do mundo material associado à caridade necessária do mundo espiritual.
Paulo compreendia a essência do que era necessário e logo organizava a logística das ações, do material que seria usado, as pessoas a serem mobilizadas.
Não tinham a intenção de criar uma nova religião. Essa não era a ordem do Mestre, pelo contrário, todas as religiões deviam ser respeitadas, mas que seus dirigentes e adeptos tivessem verdadeira compreensão do mundo espiritual, do objetivo de cada um neste pequeno período de vida na matéria.
Pois então, fica aí uma curiosidade. Será que o peso do nome atrai características de personalidades do passado?
Será que o compromisso de cada um ao renascer no mundo material, influencia seus pais biológicos a colocarem os nomes mais apropriados historicamente com o núcleo de suas missões?
Será que tudo isso são simples coincidências que nossa mente curiosa fica apenas “pescando” os fatos que interessa para montar uma “história” plausível?
Não sei o que aceitar como verdade, mas prefiro ficar com o que Paulo e Francisco defendem: há um trabalho a realizar, na batalha do bem contra o mal sob o comando do Mestre, tanto ontem quanto hoje!
Sióstio de Lapa
Enviado por Sióstio de Lapa em 08/12/2012