Pai, aqui estou ao Teu lado, com minhas fraquezas e minhas esperanças; com minha inteligência à espera de Vossa sabedoria.
Pai, como é bom estar em casa, na acolhida dos Teus braços, na segurança do Teu poder... Mas sei que devo voltar. Devo voltar para a Terra... Terra cheia de ratos, do egoísmo... De ratos que entram em todos os poros da natureza e chega até a obstruir a nossa respiração! Ratos, egoísmo! Tudo é uma só coisa... Deprimente... Degenerador... Eu também estou contaminado pelos ratos, pelo egoísmo... Mas vejo na pele do meu corpo onde eles se escondem na forma de instintos, de desejos, de usura, de lascívia... Vejo os ratos correrem nas minhas veias e exercitarem meus músculos em busca do prazer desejado... Mas tenho Vossos conselhos, meu Pai, para dedetizar tais peçonhas da minha alma...Um conselho que diz, simplesmente...
AMAR INCONDICIONALMENTE!!
Somente assim os ratos não se nutrirão, não se reproduzirão e eu darei os exemplos necessários a todos meus irmãos, para cada um fazer as devidas faxinas em seus corações. E, assim como o flautista de Hamelin que conduziu os ratos sob o encantamento do som da sua flauta para afogá-los no rio, eu quero tocar com o coração a canção do Amor Divino que a todos e a tudo inclui num clima de justiça e solidariedade. Assim construirei o Reino de Deus... Longe dos ratos... Dentro da felicidade harmônica e perene, construtora de mundos e de criaturas ao longo da eternidade.  
Obrigado, Pai, por tudo que me destes, dá e dará.