MILAGRE DO PAI
Meu coração chora e range de tão seco
Na estiagem, do amor que nunca vem
À espera angustiosa de alguém
Em qualquer rua, praça, ou beco
Olho o céu numa oração inconfidente
Renego a vida atormentada, que pecado!?
Certamente meu destino de nunca ser amado
É pra não manchar o afeto que ela sente
Então eu devo me esforçar para florir
Devo tudo fazer para encantar
Devo a dor transformar em um sorrir
Somente o Pai faz em mim um tal milagre
De a tantas ser capaz de tanto amar
E por isso ter um vinho recebido por vinagre.
Sióstio de Lapa
Enviado por Sióstio de Lapa em 29/03/2015