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FASCISMO É POPULISTA
Continuando o estudo feito por Rodrigo da Silva, volto a colocar as informações para melhor conceituar o Fascismo, termo tão usado e pouco entendido pelos que o usam.
            Há algo inegável a respeito das ideologias: fascistas e populistas de esquerda nasceram como uma espécie de irmãos Karamazov dos dicionários políticos. E não sem motivos.
            Em geral, tanto o primeiro grupo quanto o segundo, construíram suas plataformas ideológicas no último século a partir do aumento do gasto público, da criação de políticas econômicas equivocadas, justificadas para atender as massas, da propagação da ideia que o livre mercado é um mal a ser combatido, da figura centrada num grande líder carismático, do uso das estruturas do Estado para a construção da propaganda oficial, do combate à globalização como proteção à economia nacional, da crença no partido como um instrumento inquestionável de criação de prosperidade e justiça social, da luta contra um inimigo em comum (os norte-americanos, o comércio internacional, os judeus), da construção de um discurso que uma o grande líder ao “povo” e condene todas as figuras contrárias ao partido como “antipovo”, da perseguição à propriedade privada, da ,manipulação dos números oficiais, da descrença em escândalos de corrupção do governo.
            Isso tudo está em Getúlio, Hitler ou Mussolini. Mas também está em Chávez, Peron e Fidel.
            Há evidentes diferenças entre fascistas e populistas de esquerda, certamente. Ainda assim, não é um equívoco apostar que há mais coisas que aproximam do que os afastam.
            Esta tendência desses dois tipos de movimentos, fascistas e populistas, de aumentar os gastos públicos e condenar a evolução dos mecanismos de mercado, traz num primeiro momento um aparente bem-estar para a população, mas logo em seguida, com a queda na entrada dos recursos associada ao aumento de sua saída, iremos ver o desastre econômico, como aconteceu na Venezuela e começou a acontecer no Brasil.
            Entre nós, o aparelhamento do Estado com figuras que se comportam alinhadas a esse tipo de pensamento, inclusive nas altas esferas, como as instâncias superiores da justiça, mostram atitudes tão incompatíveis com a ética como o favorecimento da corrupção que assola o país.
            O investimento em propaganda se torna mais importante que o investimento nas ações básicas e prioritárias do governo, como saúde, educação e segurança. Esses governos populistas desejam manipular a vontade popular com mentiras, falsas narrativas, entendendo que a maioria são ignorantes e necessitados da sobrevivência biológica.
            Nesse contexto, entendo que todos que conseguiram desenvolver uma consciência crítica devem denunciar em seu entorno esse tipo de política populista, fascista, que seja respeitado o livre mercado, o individualismo, o liberalismo, e também tenhamos pulso para que não seja gerada injustiça à condição humana, única forma desses movimentos nocivos prosperarem dentro da sociedade.
 
Sióstio de Lapa
Enviado por Sióstio de Lapa em 07/07/2018


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Imagem de cabeçalho: Sergiu Bacioiu/flickr