CIRCULO DO MAL DE HITLER (16) - PRESO E ADMIRADO
Interessante procurar saber como o mal pode se desenvolver e ameaçar todos os países do mundo. O que se passou na Alemanha Nazista sob o comando de Hitler e seus asseclas, abordado pela Netflix em uma série sob o título “Hitler’s circle of evil” serve como um bom campo para nossas reflexões.
XVI
A cena se desloca para a Prisão de Landsberg
Juntamente com Hitler, o conspirador Ernst Rohm também é declarado culpado. Mas Rohm tem sua sentença suspensa. Ele é libertado no dia em que Hitler é enviado à prisão, e acaba pensando: “O golpe fracassou, Hitler ficará preso, talvez seja a hora de eu ter um papel maior, ser mais importante que antes. ”
Hitler lhe pede para aperfeiçoar a SA, a milícia de “camisas pardas” do Partido Nazista. Como oficial desonrado, Rohm aprecia a chance de criar um exército à sua imagem. Hitler quer que a SA se torne um exército político, pronto para quando ele for solto. Mas Rohm tem um homem em seu caminho. Goring ainda é o líder oficial da SA. Então, Rohm vai à Áustria para convencê-lo a lhe passar o controle. Ele encontra Goring sem dinheiro e dependente de morfina.
Vendo que Goring não está em condições de se opor, Rohm volta à Baviera, onde enfrenta o primeiro grande problema. A SA está formalmente proibida na Baviera. Então Rohm precisa providenciar uma organização de fachada. Ele muda o nome da SA. A SA se torna Frontbahn. E com seus vários contatos militares, Rohm não tem problemas em recrutar para sua nova organização paramilitar.
Enquanto isso, na prisão de Landsberg, Hitler descobre que tem admiradores em altos escalões. Sua cela mais parece uma sala de estar militar, e ele recebe vários privilégios. Ele tem sua própria cela, repleta de cerca de 200 livros. Ele recebe uma grande festa de 35 anos lá. Foi uma grande festa, um dia de alegria, ele recebeu visitantes, como se fosse um encontro da realeza. Iam cumprimentá-lo. Foi uma ocasião alegre demais para alguém que estava preso. E Hitler tinha seu próprio secretário, o dedicado Rudolf Hess.
O inteligente veterano do Exército, Rudolf Hess, estava meio perdido antes de conhecer Hitler. Mas agora, condenado a 18 meses por participar do golpe, ele está maravilhado por poder cumprir a pena com seu ídolo. Hess nem acreditava na sorte de ter ficado em Landsberg com Hitler, o homem que ele idolatrava. Na época, foi o dedicado seguidor que inspirou Hitler. Ele era inteligente. Hitler leu um ensaio que ele escreveu quando estudante e que o encorajou a pensar na questão nacional e como resolvê-la, e na situação da Alemanha devido à guerra.
Mais uma vez a semelhança aparece entre Hitler e Lula. Ambos estão presos e tem um séquito de admiradores, dentro e fora das prisões. Para isso acontecer com Hitler, havia o sentimento de salvar a pátria alemã do sacrifício pós-guerra, que deixa a nação humilhada e com extremas dificuldades financeiras. Ele não alcançara a direção da nação e com esse discurso havia uma expectativa positiva do povo e dos dirigentes que estavam fora do poder. Com Lula a situação é diferente. O homem atingiu o poder da nação com um discurso ético que se transformou na maior peça de corrupção que o país já viu. Agora, na cadeia em função disso, mantém como admiradores seus comparsas que tentam a todo custo levar uma narrativa mentirosa, para o livrar de seus crimes, estando todos eles corrompidos com as mesmas iniquidades. Outra parcela, que não participa dos crimes, mas se beneficiam deles, completa o coro dos seus admiradores, sem conseguir ver a verdade que poderia os livrar dessa hipnose.
Sióstio de Lapa
Enviado por Sióstio de Lapa em 04/04/2019