Sióstio de Lapa
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No filme “Saulo: A viagem para Damasco” postado no Youtube, tem uma fala de Paulo, quando ele se converte, muda o nome e deixa de perseguir os cristãos, arrependido de todos os atos criminosos que praticou, pensando que estava servindo a Deus, e que considero importante para a nossa reflexão.

Cidadãos de Damasco.

Vocês podem não me conhecer, eu sou Saulo de Tarso, o perseguidor da Judéia.

Eu dediquei a minha vida à obra de Deus e a perseguição daqueles que ameaçavam as leis dEle. Há um movimento em suas terras hoje, um movimento de seguidores de um carpinteiro chamado Jesus.

Mesmo que esse homem tenha sido crucificado há cinco anos, Ele ainda é considerado uma ameaça. Por que?

Ele não fala mais e não há mais multidões para vê-lo fazendo milagres. Tudo isso ficou no passado. Por que temê-lo ainda? Por que?

Ele era um falso profeta. Uma praga em nosso meio a ser erradicada sem misericórdia.

Esse Jesus, esse falso Messias pregou uma simples palavra, nem um pouco complexa, não precisamos de sábios para interpretá-la ou explica-la.

Tudo que Ele disse pode ser resumido em uma simples palavra: amor. A mais simples das palavras e mesmo assim a mais perigosa. Ela desarma os homens de guerra, ameaça exércitos e é um perigo em sua própria definição.

É tão ameaçadora que pode se espalhar por nossas terras, assim como as pragas no Egito.

Então me apresento diante de vocês hoje como Saulo de Tarso. Fui enviado pelos líderes do Templo de Jerusalém para vir aqui e livrar esta cidade desta praga.

No meu caminho para esta cidade eu atropelei uma mulher jovem com meu cavalo no dia do casamento. Nesse mesmo dia eu condenei a morte o pai dela e prendi os convidados. Todos eram seguidores desse falso Messias.

Eu estava pronto para leva-los de volta a Jerusalém para serem julgados. Estava pronto para estar presente no apedrejamento deles, assim como estive presente no de Estêvão, outro seguidor do Nazareno.

Eu me lembro muito bem daquele dia. No momento da sua morte, ele se virou para mim e me perdoou. Assim como aquela noiva, antes de morrer.

Eu fui perdoado, não porque eles foram forçados por leis sagradas, não porque tinham medo da repercussão, mas porque eles valorizavam a palavra desse falso profeta, mais do que as suas próprias vidas.

Foi essa maldição, essa praga, que eu, Saulo de Tarso dediquei minha vida para destruir. Eu estava cego, mas então, aqui em Damasco recobrei minha visão e agora posso ver cada crueldade, cada crime, cada assassinato que cometi. Não foram nada além de atos contra o mesmo Deus que eu dizia servir.

Como poderia Deus se voltar contra inocentes? Como Ele poderia insistir em maldades contra aqueles que caíram e que precisam de ajuda?

Por causa desse falso profeta aquela noiva me ofereceu ajuda para sair do abismo onde eu esta. Aquele Nazareno agonizou na cruz para manter sua palavra. Ele gritou: Perdoe-os, eles não sabem o que fazem.

Através de Sua morte na cruz Ele nos mostrou que nosso caminho até Deus não é conquistado pela força nem pelas leis, mas por aquela simples, poderosa e linda palavra: amor.

Saulo de Tarso derramou o sangue de inocentes, mas Saulo de Tarso está morto. Deste dia em diante eu devo ser conhecido como Paulo, um seguidor de Jesus, o filho de Deus.

Esta atitude de Paulo é uma das grandes lições que ele nos deixou na sua vida, a capacidade de mudar radicalmente a direção do seu pensamento e comportamento com base na Verdade reconhecida e incoerente com os princípios de vida. Isso me lembra bem o que aconteceu comigo e minha militância nos partidos de Esquerda, a partir do engajamento que eu fazia dentro da narrativa que o Lula fazia na sua campanha, muitas delas na associação do partido dele, o PT, com o meu partido, o PDT. Contribui para a sua primeira eleição a presidente do Brasil em 2002, e logo percebi suas mentiras no Escândalo do Mensalão, onde eram compradas as consciências de parlamentares para serem aprovados projetos do seu interesse. Ele sempre se defendia dizendo que não sabia nada, argumentos que tentavam simplesmente ludibriar nossa inteligência e mostrando a maldade explícita na sua forma de se comportar, quando entendemos que a Mentira é a principal arma do Demônio, o inimigo das nossas almas, isso acontecendo desde o Jardim do Éden. Deixei de seguir a sua liderança e descobri com mais clareza outro líder que foi firme na defesa da Verdade com seus argumentos de nossa filiação a Deus, o Criador e que Sua principal lei/desejo era que agíssemos com Amor em todas as circunstâncias. O mesmo argumento que Paulo colocou em sua fala, quando destacou a principal arma que o Carpinteiro de Nazaré usou em seus ensinamentos, e que isso estava se replicando após 5 anos de Sua morte na cruz, quanto hoje, mais de 2 séculos. Portanto, não poderia deixar de fazer esta reflexão para os meus leitores como forma de ajudar aos irmãos a reconhecerem a importância dos ensinamentos de Jesus Cristo e seguirmos com fraternidade seu Caminho de Verdade e Vida.

 

Sióstio de Lapa
Enviado por Sióstio de Lapa em 16/03/2025
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